quarta-feira, 9 de maio de 2018

MÃE

Mães do silêncio
Em Belém, a noite clareava-se pela conta infinita de estrelas que pairava no firmamento. Eles procuravam por um quarto simples em uma hospedaria, no qual pudessem passar a noite.
Mas faltavam vagas. Um nobre senhorio, tomado de compaixão pela senhora que se encontrava em estágio final de gestação, ofereceu-lhes sua estrebaria, de modo que, ao menos, não dormissem ao relento.
Agradecido, o casal acomodou-se sobre o feno destinado à alimentação dos animais. Naquela mesma noite, a jovem deu à luz um menino, cujo nome já havia sido escolhido: Yeshua, do original hebraico ou Jesus, na tradução latina.
O casal, José e Maria, O contemplavam. Seus pequenos olhos, Suas mãos frágeis, os movimentos de Seu diminuto corpo.
Após ligeiro descanso, Maria tomou o menino ao colo e, amamentando-O, sentiu seu coração de mãe ficar apertado. Ela sabia da grandiosa missão de seu pequeno, da imensa responsabilidade dEle para com toda a Humanidade.
Trinta anos se passaram.
Então, seguido por doze apóstolos, Jesus iniciou Sua vida pública, trazendo à Humanidade a lei magna do Universo: a lei do amor.
Em oposição ao olho por olho, dente por dente, ofereceu o perdão, o amor ao próximo, a caridade e a humildade.
Por vezes, foi criticado, atacado e, até mesmo, posto à prova, por conta de Suas ideias revolucionárias. Manteve-se sempre na postura de quem serve, de quem se doa.
O ponto culminante foi quando, diante da autoridade romana, foi-lhe destinado o madeiro da cruz. Inocente de toda culpa, foi crucificado por não agradar aos interesses da classe dominante da época.
Por trás de toda Sua missão e Sua via crucis, esteve a figura de Maria. Seu coração de mãe sofreu todos os amargurantes momentos que culminaram na crucificação de seu filho.
Silenciosa e humilde, ela legou à Humanidade um grande exemplo de resignação.
*   *   *
Em toda mãe, há um traço de Maria.
São mães que se desesperam diante de um filho dependente químico. Mães que dormem em frente aos presídios, esperando o horário das visitas. Mães cujos corações se desfazem em saudades do filho que retornou à pátria espiritual.
Mães que se abstêm de horas preciosas de sono a velar o recém-nascido, um filho doente. Ou preocupadas com o filho adolescente que demora no retorno para casa.
Mães que, no silêncio de seus atos, amam sem interesse, que se oferecem em sacrifício, se necessário for, pelo bem-estar dos seus.
Mães que, a exemplo de Maria, sabem servir, se doar, se calar, sabem ouvir.
Mães que sempre possuem a palavra precisa, na hora certa e da maneira correta.
Mães que, mesmo do outro plano da vida, continuam a zelar e a interceder a Deus pelo filho de seu coração.
Mães que fazem do mundo um lugar melhor, embelezando-o com seus gestos de puro amor.
Discretas, singelas. Mães do silêncio.

O VERDADEIRO AMOR

O que é amor verdadeiro?
Será que existe esse sentimento na face da Terra?
O amor é de essência divina e cada filho de Deus tem no íntimo a centelha dessa chama sagrada.
E o amor tem várias maneiras de se manifestar.
Existe amor de mãe, de pai, de esposa, de marido, de irmão, de tio, de avó, de avô, de neto, de amigo etc.
Um dia desses, lemos, num periódico digital da Colômbia, uma história de amor das mais belas e significativas, contada por uma doutora colombiana.
Numa tradução livre para o português, eis o que contou a médica:
Um homem de certa idade foi à Clínica, onde trabalho, para tratar de uma ferida na mão.
Estava apressado, e enquanto o atendia perguntei-lhe o que tinha de tão urgente para fazer.
Ele me disse que precisava ir a um asilo de idosos para tomar o café da manhã com sua esposa, que estava internada lá.
Disse-me que ela estava naquele lugar há algum tempo porque sofria do Mal de Alzheimer, já bastante avançado.
Enquanto acabava de fazer o curativo, perguntei-lhe se sua esposa se incomodaria caso ele chegasse atrasado naquela manhã.
"Não", respondeu ele. "Ela já não sabe quem eu sou. Faz quase cinco anos que não me reconhece."
Então lhe perguntei com certo espanto: "Mas se ela já não sabe quem é o senhor, por que essa necessidade de estar com ela todas as manhãs?"
Ele sorriu, e com um olhar enternecido me disse:
"É... Ela já não sabe quem eu sou, mas eu, entretanto, sei muito bem quem ela é."
Tive que conter as lágrimas, enquanto ele saía, e pensei: "É este tipo de amor que quero para minha vida."
O verdadeiro amor não se reduz nem ao físico nem ao romântico.
O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é... do que foi... do que será... e do que já não é...
*   *   *
O Mal de Alzheimer é um transtorno neurológico que provoca a morte das células nervosas do cérebro, descrito pelo neuropsiquiatra alemão Alois Alzheimer, que é de onde vem seu nome.
Pode se apresentar em pessoas a partir dos quarenta anos de idade, de maneira lenta e progressiva.
Em estado avançado, provoca no paciente a incapacidade para se comunicar, reconhecer pessoas, lugares e coisas.
O enfermo perde a capacidade de caminhar, de sorrir, de fazer a própria higiene, e passa a maior parte do tempo dormindo.
No entanto, do ponto de vista espiritual, é uma bendita oportunidade de aprendizado para o Espírito imortal, que fica temporariamente encarcerado no corpo físico, sem poder se manifestar.
Geralmente, o Espírito percebe tudo o que se passa com ele e ao seu redor, mas não consegue se expressar.
Todavia, não fica insensível à atenção, ao afeto, ao carinho e à ternura que lhe dedicam.
A pessoa sente o amor com que a envolvem.
Por todas essas razões, vale a pena refletir com a médica, que ficou a pensar consigo mesma, depois que seu paciente foi ver sua amada:
É este tipo de amor que quero para minha vida.
O verdadeiro amor não se reduz nem ao físico nem ao romântico.
O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é... do que foi... do que será... e do que já não é...

Redação do Momento Espírita, com base em
matéria assinada por Martha Isabel Martinez Gómez MD,

 publicada no site http://www.lacolumna.cl/index.php?p=93
 e traduzida por Terezinha Colle.

Disponível no CD Momento Espírita, v. 10, ed. FEP.
Em 25.8.2

NUNCA É DE MAIS LEMBRAR.

DICA DE SEGURANÇA: POSTURA CORRETA
Fonte:http://motovena.com.br/
Para garantir uma pilotagem segura, não basta apenas escolher a moto mais confortável e usar todos os acessórios imprescindíveis, como capacete e uma roupa adequada. Também é importante ficar atento à posição correta ao pilotar a moto, pois isso o deixará fisicamente melhor para encarar o trânsito e mais ágil para realizar manobras repentinas.
Confira algumas dicas da Honda:
1. A cabeça deve estar levemente levantada.
2. Sua visão deve estar o mais adiante possível, para antecipara qualquer reação.
3. Nas curvas não incline a cabeça junto com o corpo.
4. Manter a coluna ereta evita a fadiga e problemas posteriores com a coluna vertebral.
5. Os ombros devem ficar relaxados.
6. Os braços relaxados funcionarão como molas, ajustando a distância do tronco ao guidão.
7. As mãos devem segurar no centro das manoplas.
8. Os cotovelos devem ficar ligeiramente dobrados.
9. Os punhos devem ficar abaixados em relação a mão, na maior parte das motocicletas.
10. Ao sentar na moto, fique o mais próximo possível do tanque de combustível.
11. Os joelhos devem pressionar levemente o tanque de combustível.
12. Os pés devem estar paralelos ao chão, apontados para frente.
Agora que você já conferiu as dicas, encontre a motocicleta Honda ideal em uma das concessionárias da Honda Moto Vena!

Categoria: Dicas de segurança

REFLEXÃO DA LIAH CONCEIÇÃO


Imagine-se num escuro total sem uma única fonte de luz para se direcionar, te guiar a um ponto de chegada. É  assim hoje agora que percebo, o quanto nós seres humanos estamos. Estamos cegos por não querer enxergar, entender ou melhor a similar com exatidão e melhor com simplicidade as palavras do CRISTO.

E agente complica em nosso dia a dia situações que com coerência seria resolvidos  com que num piscar de olhos, mas, não, ´preferimos complicar com a nossa intransigência, orgulho ferido ou quem sabe se fazendo de vitima e revidamos tipo não pode ser assim, como ? Tá pensando o que?
sei mais que essa pessoa. Olha se soubéssemos mesmo de muitas coisas como julgamos não aji riamos com tanta irresponsabilidade com a gente mesmo, com o nossos jeito de ser e agir agressivo e irracional e sempre se achando donos da verdade em tudo independente da idade. 

Dê o poder de autoridade a qual quer ser humano e automaticamente ouvira " Sabe com quem está falando, eu sou fulano de tal "SOU  seu pai - sua mãe - seu professor - seu patrão - o policial - o prefeito - o governador - o empresario - o sindico - o gerente - o doutor e por aí se vai autoridades máximas, mas hoje nesse exato momento estou conseguindo ver que não é necessário eu ou quem quer que seja dizer eu sou isso ou aquilo.
ou eu sou esse CARGO OU ESSA AUTORIDADE me respeite, será que isso é  mesmo necessário ser dito?
, creio hoje que você e todos nós antes de mais nada, somos SERES HUMANOS; com responsabilidades sim, a realizar e em primeiro lugar seguindo as normas e não se sentindo superior a ninguém,  por que o que diz quem você é são as sua ações e reações;

E digo mais a sua essência, seu traquejo,  sua desenvoltura, a sua postura, a responsabilidade que qualquer ser humano  exerce não o qualificar melhor ou pior que o outro.
LEMBRE-SE É as suas ações com respeito ao próximo, ao ser humano que pra ser uma lei ou uma autoridade não precisa ser um carrasco, só por que foi delegado poderes, olha o orgulho lhe subindo a cabeça, agora estou por cima, agora eu posso, pode o que? Se auto massacrar, se condenar com suas próprias ações. 
Sabemos que a maior autoridade do universo é DEUS  e ele é justo e não condena jamais quem quer que seja, ele é justo para com todos e nos dá as belezas e benefícios a todos nós, indistintamente todos recebe de igual para igual sem cobrar um único favor: sol, lua, chuva, terra, alimento, as estrelas, o ar,o arco ires, sabedoria , inteligencia e como usamos tudo isso, com arrogância, imaturidade. Olhemos em torno de nós e visualizemos qual maravilhoso é o mundo e nós seres Humanos fazemos parte deste ciclo de vida, tudo no universo tem vida e um depende do outro ninguém é melhor do que ninguém, estamos aqui é para nos melhorar, mas o que estamos fazendo para esse melhoramento?
Ao contrario, estamos é nos envenenando com sentimentos mesquinhos, ódio, inveja, orgulho de possuir o que? nada nos pertence é apenas um empréstimo de uso enquanto estivermos por aqui, nada mais. Lembremos que temos um livre arbítrio em que somos responsáveis por nossas ações, reações, penamentos, palavras.sentimentos.
Somos os únicos responsáveis  por nossa forma de agir e pensar. JESUS DISSE: Ame ao próximo com a te mesmo.



terça-feira, 8 de maio de 2018

EVOLUÇÃO




Tudo que chega em nossa vida traz aquilo que precisamos para crescer e evoluir. Quando parte é porque o ciclo do aprendizado se encerrou ali, abrindo as portas para um novo futuro, novas pessoas e novos momentos. Nada acontece por acaso, tudo que nos acontece é necessário.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Valores Pessoais


Valores Pessoais - O que são e como descobrir os seus?

Fonte:http://www.administradores.com.br
Falar sobre valores pessoais é um pouco complicado, partindo do principio em que cada individuo possui sua própria gama de valores. 
Mas fazendo alguns estudos e pesquisas, é possível selecionar uma lista de valores pessoais que movem as pessoas vencedoras, as pessoas que conquistam seus objetivos e correm atras de seu sucesso pessoal e profissional. 
Vou tentar neste artigo falar um pouco destes valores. A ordem em que estão, reflete a minha forma pessoal de avaliar os mesmos, não sendo uma regra a ser seguida. O ideal é que cada pessoa busque os seus valores internamente, e saiba como trabalhar com eles para alcançar seus objetivos.

Antes de começar a dissecar diversos valores meus, é importante falar em como conseguir descobrir seus valores. Vivemos hoje em um mundo em que os valores estão escondidos, camuflados, seja pela midia macissa, seja pela cultura rápida e de necessidades imediatas. Mas existe uma forma simples de descobrir seus valores pessoais, com uma simples atitude:

Pare por um momento da correria do dia a dia, relaxe tranquilamente, seja num banco de praça, em um café, logo após o almoço, escolha um momento para ser somente seu, e faça a seguinte pergunta a si mesmo: O que é importante para mim?

Na grande maioria das vezes, as respostas que você obter desta pergunta, irão indicar seus valores. Sem mais delongas, vamos falar um pouco mais sobre eles a partir desta pergunta.

O Que é importante para mim?

Família: A Familia é um pilar muito importante para o crescimento e o sucesso pessoal de uma pessoa. Quando falamos em familia, não é apenas a nossa familia de sangue, mas também a familia que criamos em nossa caminhada pelo mundo, como amigos e amigas, parceiros e parceiras, companheiros de trabalho e de estudos. A Familia é uma importante instituição e um valor fundamental em minha vida. Em todas as minhas decições, procuro sempre estar o mais proximo possivel deste valor familiar, executando ações que possam me trazer conforto, tanto para mim, como para os que me cercam.

Dignidade: Viver com dignidade é uma das melhores escolhas que uma pessoa pode fazer. Seguir sempre em frente, sem medo do passado, sem temores que assombrem a mente humana durante seus sonhos. É importante saber viver, e viver bem, sempre com a cabeça erguida, sem temer o que possa vir a frente, por deslizes ocorridos no passado. Ter dignidade, não é apenas fazer a coisa certa sempre, mas principalmente saber reconhecer quando se fez algo errado, e com a experiencia dos anos, saber que um erro pode ser consertado, e que para isso, basta uma simples atitude.

Lealdade (Fidelidade): Fidelidade é ser fiel, mas não vamos nos prender a fidelidade entre casais ou amigos. A fidelidade neste caso (meu caso pessoal) é a fidelidade de meus principios, de minhas crenças. em um artigo futuro, estarei falando um pouco mais sobre principios e ética pessoal. A fidelidade se torna um importante valor visto deste ponto de análise, já que uma pessoa fiel aos seus principios e crenças, é uma pessoa destinada ao sucesso sempre. A partir que se conquista esta fidelidade pessoal, você se torna uma pessoa fiel aos olhos dos outros individuos de sua convivência.

Fé: Não estamos falando aqui apenas da fé religiosa, Não que ela não seja importânte, é importante uma pessoa acreditar em algo além do que os olhos podem ver, mas nosso foco é na fé pessoal, ter fé em conseguir alcançar seus objetivos, ter fé em seguir seus principios e valores a risca. Determinar um ponto de chegada para sua vida, e ter fé suficiente para ultrapassar os diversos obstáculos que podem surgir a frente. 

A fé realmente move montanhas. Numa visão mais real deste principio, e fé pode ser denominada de Força de Vontade, ter força de vontade para lutar, cair, e voltar a lutar novamente. A fé em si mesmo é um dos grandes pilares na historia de pessoas que alcançaram seus objetivos, e também é um valor que deve ser muito bem trabalhado.

HonestidadeA honestidade é um valor em extinção, mas nem por isso deixa de ser um importante valor na ascenssão para uma vida de sucesso. Devemos ser sempre honestos com nós mesmos e com os outros individos de nossa convivência. A honestidade é um dos pilares que fecham este pequeno artigo. Ser honesto e, junto da lealdade, um dos mais valorizados princípios que uma pessoa deve seguir em sua caminhada rumo ao sucesso.

Estas são algumas das respostas que obtenho, quando faço a pergunta acima a mim mesmo, e desta forma, é possível determinar meus valores, e saber de que forma devo caminhar, para alcançar o sucesso pessoal que almejo em um futuro próximo.

 O importante de se descobrir seus valores, é que a partir do momento que você começa a fazer escolhas de seu caminho, baseado no que você acredita, o caminho se abre em maiores chances de você alcançar o seu destino esperado. E você, já sabe quais são os seus valores?
AMOR PRA RECOMEÇAR FREJAR

A canção é sobre viver seja qual a for a idade, encontrando muitos amigos, dinheiro e motivos para viver. Além disso, a música fala sobre agir sem medo sempre que for preciso trocar a pessoa amada. Outra interpretação é que mesmo cansado é possível recomeçar, sem precisar desistir de um amor.[2] Ela foi inspirada no poema de Sérgio Jockymann intitulado "Desejo", que é comumemente (mas erroneamente) [3] atribuído a Victor Hugo.

PRECONCEITO.



Pequeno apanhado de temas pertinentes ao preconceito, em seus mais variados matizes. Aconselhamos a leitura dos livros discriminados em cada texto, para uma mais ampla compreensão do assunto em si. (Instituto André Luiz)
fONTE:http://www.institutoandreluiz.org/evangelizando/sociedade_preconceito.html
"Com a reencarnação, desaparecem os preconceitos de raças e de classes sociais (castas), pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da escravidão, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte, nenhum há que prime, em lógica, ao fato material da reencarnação. Se, pois, a reencarnação funda numa lei da Natureza o princípio da fraternidade universal, também funda na mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade.." ALLAN KARDEC - A GÊNESE (Caráter da Revelação Espírita, 36)
PRECONCEITO DE GÊNERO:HOMOSSEXUALIDADE
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
Pergunta - Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher? 
Resposta: - Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar. Item n° 202, de 
"O Livro dos Espíritos".
A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação. Observada a ocorrência, mais com os preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria heterossexual, do que com as verdades simples da vida, essa mesma ocorrência vai crescendo de intensidade e de extensão, com o próprio desenvolvimento da Humanidade, e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais. A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos, para se erguerem como agentes mais elevados de definição da dignidade humana, de vez que a individualidade, em si, exalta a vida comunitária pelo próprio comportamento na sustentação do bem de todos ou a deprime pelo mal que causa com a parte que assume no jogo da delinquência. A vida espiritual pura e simples se rege por afinidades eletivas essenciais; no entanto, através de milênios e milênios, o Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas. O homem e a mulher serão, desse modo, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem especificação psicológica absoluta. A face disso, a individualidade em trânsito, da experiência feminina para a masculina ou vice versa, ao envergar o casulo físico, demonstrará fatalmente os traços da feminilidade em que terá estagiado por muitos séculos, em que pese ao corpo de formação masculina que o segregue, verificando-se análogo processo com referência à mulher nas mesmas circunstâncias. Obviamente compreensível, em vista do exposto, que o Espírito no renascimento, entre os homens, pode tomar um corpo feminino ou masculino, não apenas atendendo-se ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de ação, como também no que concerne a obrigações regenerativas. O homem que abusou das faculdades genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões construtivas e lares diversos, em muitos casos é induzido a buscar nova posição, no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, e a mulher que agiu de igual modo é impulsionada à reencarnação em corpo morfologicamente masculino, com idênticos fins. E, ainda, em muitos outros casos, Espíritos cultos e sensíveis, aspirando a realizar tarefas específicas na elevação de agrupamentos humanos e, consequentemente, na elevação de si próprios, rogam dos Instrutores da Vida Maior que os assistem a própria internação no campo físico, em vestimenta carnal oposta à estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definem. Escolhem com isso viver temporariamente ocultos na armadura carnal, com o que se garantem contra arrastamentos irreversíveis, no mundo afetivo, de maneira a perseverarem, sem maiores dificuldades, nos objetivos que abraçam. Observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual. E para que isso se verifique em linhas de justiça e compreensão, caminha o mundo de hoje para mais alto entendimento dos problemas do amor e do sexo, porquanto, à frente da vida eterna, os erros e acertos dos irmãos de qualquer procedência, nos domínios do sexo e do amor, são analisados pelo mesmo elevado gabarito de Justiça e Misericórdia. Isso porque todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um.
(Do livro "Vida e Sexo", Emmanuel, Francisco C. Xavier)NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas respectivas editoras:http://www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html


PRECONCEITO: COR, RAÇA, SEXO E RELIGIÃO Leon Denis, de "O Problema do Ser, do Destino e da Dor"
(Na regressão)...assiste-se à exumação de um complexo de vistas, de preconceitos, de crenças, em relação com a época e o meio em que essa existência se passou. Quando o sujet, sempre uma mulher nos casos retro indicados, passa por uma encarnação masculina, a fisionomia é inteiramente outra, a voz é mais forte, o tom mais elevado, os modos afetam uma tal ou qual rudeza. Não são menos distintas as diferenças, quando é um período infantil que se atravessa. (Regressão por hipnose)
As negações (quanto à reencarnação), derivam quase sempre de Espíritos muito pouco adiantados, para saberem e poderem ler em si mesmos e discernir o futuro que os espera. Sabemos que essas almas passam pela reencarnação sem a preverem e, chegada a hora, são imersas na vida material como num sonho anestésico.
Os preconceitos de raça e de religião, que na Terra exerceram influência considerável nesses Espíritos, continuam a exercê-la na outra vida. Enquanto a entidade elevada sabe facilmente libertar-se deles com a morte, as menos adiantadas ficam por muito tempo dominadas por eles.
A lei dos renascimentos foi, no Novo Continente, considerada, por causa dos preconceitos de cor, debaixo de aspecto muito diferente daquele por que o foi no antigo mundo, onde velhas tradições orientais e célticas haviam depositado seu gérmen no fundo de muitas almas. Produziu logo a princípio tal choque, levantou tanta repulsão, que os Espíritos dirigentes do movimento julgaram mais prudente contemporizar.
Deixaram, primeiramente, disseminar-se a idéia em meios mais bem preparados, para, daí, ir lavrando até aos centros refratários por diferentes caminhos, visíveis e ocultos, e, sob a ação simultânea dos agentes dos dois mundos, infiltrar-se neles paulatinamente, como está sucedendo no momento presente.
A educação protestante (evangélica) não deixa no pensamento dos crentes ortodoxos lugar algum para a noção das vidas sucessivas. No seu modo de pensar, a alma, por ocasião da morte, é julgada e fixada definitivamente ou no paraíso ou no inferno. Para os católicos existe um termo médio: é o purgatório, lugar indefinido, não circunscrito, onde a alma tem de expiar suas faltas e purificar-se por meios incertos. Essa concepção é um encaminhamento para a idéia dos renascimentos terrestres. O católico pode assim relacionar as crenças antigas com as novas, ao passo que o protestante ortodoxo se vê na necessidade de fazer tábua rasa e de edificar no seu entendimento doutrinas absolutamente diferentes das que lhe foram sugeridas por sua religião. Daí, a hostilidade que o princípio das vidas múltiplas encontrou logo de princípio nos países anglo-saxônicos adeptos do Protestantismo; daí, os preconceitos que persistem, mesmo depois da morte, numa certa categoria de Espíritos.
Vimos que, na atualidade, pouco a pouco se vai produzindo uma reação, a crença nas vidas sucessivas vai ganhando todos os dias mais algum terreno nos países protestantes, à medida que a idéia do inferno se lhes vai tornando estranha. Conta já, na Inglaterra e na América, numerosos partidários; os principais órgãos espíritas desses países adotaram-na, ou pelo menos a discutem com uma imparcialidade de bom quilate. Os testemunhos dos Espíritos em seu favor, tão raros ao princípio, multiplicam-se hoje. Damos alguns exemplos. (LEIA + NO LIVRO: "O Problema do Ser, do Destino e da Dor", de Leon Denis, cap. XVI, As vidas sucessivas – Objeções e críticas)
PRECONCEITO: COR OU RAÇA Allan Kardec, de 
A Gênese
Com a reencarnação, desaparecem os preconceitos de raças e de classes sociais (castas), pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da escravidão, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte, nenhum há que prime, em lógica, ao fato material da reencarnação. Se, pois, a reencarnação funda numa lei da Natureza o princípio da fraternidade universal, também funda na mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade. (Allan Kardec)
Os Espíritos que reencarnam habitualmente como brancos podem reencarnar como negros e vice-versa? Um Espírito masculino pode renascer como mulher? O Espírito feminino pode reencarnar como homem? Ou os Espíritos podem aportar na matéria sob todas os gêneros e raças, o que lhe for mais útil ou conveniente ao adiantamento espiritual? (Instituto André Luiz)
1. O que for mais útil ou conveniente ao seu adiantamento! Vejamos no texto de Allan Kardec, em a Gênese, cap. XIV, o que ele nos diz acerca da aparição dos Espíritos, ou da forma comumente utilizada por eles para sua visibilidade perante os encarnados: "Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.
Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera.
É assim, por exemplo, que um Espírito se faz visível a um encarnado que possua a vista psíquica, sob as aparências que tinha quando vivo na época em que o segundo o conheceu, embora haja ele tido, depois dessa época, muitas encarnações. Apresenta-se com o vestuário, os sinais exteriores - enfermidades, cicatrizes, membros amputados, etc. - que tinha então. Um decapitado se apresentará sem a cabeça. Não quer isso dizer que haja conservado essas aparências, certo que não, porquanto, como Espírito, ele não é coxo, nem maneta, nem zarolho, nem decapitado; o que se dá é que, retrocedendo o seu pensamento à época em que tinha tais defeitos, seu perispírito lhes toma instantaneamente as aparências, que deixam de existir logo que o mesmo pensamento cessa de agir naquele sentido. Se, pois, de uma vez ele foi negro e branco de outra, apresentar-se-á como branco ou negro, conforme a encarnação a que se refira a sua evocação e à que se transporte o seu pensamento. 
Por análogo efeito, o pensamento do Espírito cria fluidicamente os objetos que ele esteja habituado a usar. Um avarento manuseará ouro, um militar trará suas armas e seu uniforme, um fumante o seu cachimbo, um lavrador a sua charrua e seus bois, uma mulher velha a sua roca. Para o Espírito, que é, também ele, fluídico, esses objetos fluídicos são tão reais, como o eram, no estado material, para o homem vivo; mas, pela razão de serem criações do pensamento, a existência deles é tão fugitiva quanto a deste
." (Allan Kardec, de "A Gênese", cap. XIV)




CURTE PRECONCEITO? SINCERAMENTE: POSSUI TENDÊNCIAS PRECONCEITUOSAS? ACREDITA QUE APENAS A SUA COR, A SUA CLASSE SOCIAL, A SUA RELIGIÃO OU SEU GÊNERO SEXUAL SÃO OS CORRETOS? APOIA A DISCRIMINAÇÃO IRRESTRITA AOS "DIFERENTES"?... ENTÃO LEIA:
ASSOCIAÇÃO
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
Se o homem pudesse contemplar com os próprios olhos as correntes de pensamento, reconheceria, de pronto, que todos vivemos em regime de comunhão, segundo os princípios da afinidade.
A associação mora em todas as coisas, preside a todos os acontecimentos e comanda a existência de todos os seres.
Demócrito, o sábio grego que viveu na Terra muito antes do Cristo, assevera que “os átomos, invisíveis ao olhar humano, agrupam-se à feição dos pombos, à cata de comida, formando assim os corpos que conhecemos”.
Começamos agora a penetrar a essência do microcosmo e, de alguma sorte, podemos simbolizar, por enquanto, no átomo entregue à nossa perquirição, um sistema solar em miniatura, no qual o núcleo desempenha a função de centro vital e os elétrons a de planetas em movimento gravitativo.
No plano da Vida Maior, vemos os sóis carregando os mundos na imensidade, em virtude da interação eletromagnética das forças universais.
Assim também na vida comum, a alma entra em ressonância com as correntes mentais em que respiram as almas que se lhe assemelham.
Assimilamos os pensamentos daqueles que pensam como pensamos.
É que sentindo, mentalizando, falando ou agindo, sintonizamo-nos com as emoções e ideias de todas as pessoas, encarnadas ou desencarnadas, da nossa faixa de simpatia.
Estamos invariavelmente atraindo ou repelindo recursos mentais que se agregam aos nossos, fortificando-nos para o bem ou para O mal, segundo a direção que escolhemos.
Em qualquer providência e em qualquer opinião, somos sempre a soma de muitos.
Expressamos milhares de criaturas e milhares de criaturas nos expressam.
O desejo é a alavanca de nosso sentimento, gerando a energia que consumimos, segundo a nossa vontade.
Quando nos detemos nos defeitos e faltas dos outros, o espelho de nossa mente reflete-os, de imediato, como que absorvendo as imagens deprimentes de que se constituem, pondo-se nossa imaginação a digerir essa espécie de alimento, que mais tarde se incorpora aos tecidos sutis de nossa alma. Com o decurso do tempo nossa alma não raro passa a exprimir, pelo seu veículo de manifestação o que assimilara fazendo-o seja pelo corpo carnal, entre os homens, seja pelo corpo espiritual de que nos servimos, depois da morte.
É por esta razão que geralmente os censores do procedimento alheio acabam praticando as mesmas ações que condenam no próximo, porquanto, interessados em descer às minúcias do mal, absorvem-lhe inconscientemente as emanações, surpreendendo-se, um dia, dominados pelas forças que o representam.
Toda a brecha de sombra em nossa personalidade retrata a sombra maior.
Qual o pequenino foco infeccioso que, abandonado a si mesmo, pode converter-se dentro de algumas horas no bolo pestífero de imensas proporções, a maledicência pode precipitar-nos no vício, tanto quanto a cólera sistemática nos arrasta, muita vez, aos labirintos da loucura ou às trevas do crime.
Pensando, conversando ou trabalhando, a força de nossas ideias, palavras e atos alcança, de momento, um potencial tantas vezes maior quantas sejam as pessoas encarnadas ou não que concordem conosco, potencial esse que tende a aumentar indefinidamente, impondo-nos, de retorno, as consequências de nossas próprias iniciativas.
Estejamos, assim, procurando incessantemente o bem, ajudando, aprendendo, servindo, desculpando e amando, porque, nessa atitude, refletiremos os cultivadores da luz, resolvendo, com segurança o nosso problema de companhia.
(Do livro "Pensamento e Vida", 8, Emmanuel, F. C. Xavier)NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas respectivas editoras:http://www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html

EGOISMO E ORGULHO.


"Não podem os homens ser felizes, se não viverem em paz, isto é, se não os animar um sentimento de benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocas. A caridade e a fraternidade resumem todas as condições e todos os deveres sociais; uma e outra, porém, pressupõem a abnegação. Ora, a abnegação é incompatível com o egoísmo e o orgulho; logo, com esses vícios, não é possível a verdadeira fraternidade, nem, por conseguinte, igualdade, nem liberdade, dado que o egoísta e o orgulhoso querem tudo para si...." - Allan Kardec
FONTE: http://www.institutoandreluiz.org/o_egoismo_e_o_orgulho.html
O EGOÍSMO E O ORGULHO - Suas causas, seus efeitos e os meios de destruí-los.
É bem sabido que a maior parte das misérias da vida tem origem no egoísmo dos homens. Desde que cada um pensa em si antes de pensar nos outros e cogita antes de tudo de satisfazer aos seus desejos, cada um naturalmente cuida de proporcionar a si mesmo essa satisfação, a todo custo, e sacrifica sem escrúpulo os interesses alheios, assim nas mais insignificantes coisas, como nas maiores, tanto de ordem moral, quanto de ordem material. Daí todos os antagonismos sociais, todas as lutas, todos os conflitos e todas as misérias, visto que cada um só trata de despojar o seu próximo.
O egoísmo, por sua vez, se origina do orgulho. A exaltação da personalidade leva o homem a considerar-se acima dos outros.


Julgando-se com direitos superiores, melindra-se com o que quer que, a seu ver, constitua ofensa a seus direitos. A importância que, por orgulho, atribui à sua pessoa, naturalmente o torna egoísta.
O egoísmo e o orgulho nascem de um sentimento natural: o instinto de conservação. Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade, porquanto Deus nada pode ter feito inútil. Ele não criou o mal; o homem é quem o produz, abusando dos dons de Deus, em virtude do seu livre-arbítrio. Contido em justos limites, aquele sentimento é bom em si mesmo. A exageração é o que o torna mau e pernicioso. O mesmo acontece com todas as paixões que o homem frequentemente desvia do seu objetivo providencial. Ele não foi criado egoísta, nem orgulhoso por Deus, que o criou simples e ignorante; o homem é que se fez egoísta e orgulhoso, exagerando o instinto que Deus lhe outorgou para sua conservação.

Não podem os homens ser felizes, se não viverem em paz, isto é, se não os animar um sentimento de benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocas; numa palavra: enquanto procurarem esmagar-se uns aos outros. A caridade e a fraternidade resumem todas as condições e todos os deveres sociais; uma e outra, porém, pressupõem a abnegação. Ora, a abnegação é incompatível com o egoísmo e o orgulho; logo, com esses vícios, não é possível a verdadeira fraternidade, nem, por conseguinte, igualdade, nem liberdade, dado que o egoísta e o orgulhoso querem tudo para si.

Eles serão sempre os vermes roedores de todas as instituições progressistas; enquanto dominarem, ruirão aos seus golpes os mais generosos sistemas sociais, os mais sabiamente combinados. É belo, sem dúvida, proclamar-se o reinado da fraternidade, mas, para que fazê-lo, se uma causa destrutiva existe? Ë edificar em terreno movediço; o mesmo fora decretar a saúde numa região malsã. Em tal região, para que os homens passem bem, não bastará se mandem médicos, pois que estes morrerão como os outros; insta destruir as causas da insalubridade. Para que os homens vivam na Terra como irmãos, não basta se lhes deem lições de moral; importa destruir as causas de antagonismo, atacar a raiz do mal: o orgulho e o egoísmo.

Essa a chaga sobre a qual deve concentrar-se toda a atenção dos que desejem seriamente o bem da Humanidade. Enquanto subsistir semelhante obstáculo, eles verão paralisados todos os seus esforços, não só por uma resistência de inércia, como também por uma força ativa que trabalhará incessantemente no sentido de destruir a obra que empreendam, por isso que toda ideia grande, generosa e emancipadora, arruína as pretensões pessoais.

Impossível, dir-se-á, destruir o orgulho e o egoísmo, porque são vícios inerentes à espécie humana. Se fosse assim, houvéramos de desesperar de. todo progresso moral; entretanto, desde que se considere o homem nas diferentes épocas transcorridas, não há negar que evidente progresso se efetuou. Ora, se ele progrediu, ainda naturalmente progredirá. Por outro lado, não se encontrará homem nenhum sem orgulho, nem egoísmo? Não se veem, ao contrário, criaturas de índole generosa, em quem parecem inatos os sentimentos do amor ao próximo, da humildade, do devotamento e da abnegação?

O número delas, positivamente, é maior do que o dos egoístas; se assim não fosse, não seriam estes últimos os fautores da lei. Há muito mais criaturas dessas do que se pensa e, se parecem tão pouco numerosas, é porque o orgulho se põe em evidência, ao passo que a virtude modesta se conserva na obscuridade.

Se, portanto, o orgulho e o egoísmo se contassem entre as condições necessárias da Humanidade, como a da alimentação para sustento da vida, não haveria exceções. O ponto essencial, pois, é conseguir que a exceção passe a constituir regra; para isso, trata-se, antes de tudo, de destruir as causas que produzem e entretêm o mal.

Dessas causas, a principal reside evidentemente na ideia falsa que o homem faz da sua natureza, do seu passado e do seu futuro. Por não saber donde vem, ele se crê mais do que é; e não sabendo para onde vai, concentra na vida terrena todo o seu pensar; acha-a tão agradável, quanto possível; anseia por todas as satisfações, por todos os gozos; essa a razão por que atropela sem escrúpulo o seu semelhante, se este lhe opõe alguma dificuldade. Mas, para isso, é preciso que ele predomine; a igualdade daria, a outros, direitos que ele só quer para si; a fraternidade lhe imporia sacrifícios em detrimento do seu bem-estar; a liberdade também ele só a quer para si e somente a concede aos outros quando não lhe fira de modo algum as prerrogativas. Alimentando todos as mesmas pretensões, têm resultado os perpétuos conflitos que os levam a pagar bem caro os raros gozos que logram obter.

Identifique-se o homem cem a vida futura e completamente mudará a sua maneira de ver, como a do indivíduo que apenas por poucas horas haja de permanecer numa habitação má e que sabe que, ao sair, terá outra, magnífica, para o resto de seus dias.
A importância da vida presente, tão triste, tão curta, tão efêmera, se apaga, para ele, ante o esplendor do futuro infinito que se lhe desdobra às vistas. A consequência natural e lógica dessa certeza é sacrificar o homem um presente fugidio a um porvir duradouro, ao passo que antes ele tudo sacrificava ao presente. Tomando por objetivo a vida futura, pouco lhe importa estar um pouco mais ou um pouco menos nesta outra; os interesses mundanos passam a ser o acessório, em vez de ser o principal; ele trabalha no presente com o fito de assegurar a sua posição no futuro, tanto mais quando sabe em que condições poderá ser feliz.
Pelo que toca aos interesses terrenos, podem os humanos criar-lhe obstáculos: ele tem que os afastar e se torna egoísta pela força mesma das coisas. Se lançar os olhos para o alto, para uma felicidade a que ninguém pode obstar, interesse nenhum se lhe deparará em oprimir a quem quer que seja e o egoísmo se lhe torna carente de objeto. Todavia, restará o estimulante do orgulho.
A causa do orgulho está na crença, em que o homem se firma, da sua superioridade individual. Ainda ai se faz sentir a influência da concentração dos pensamentos sobre a vida corpórea. Naquele que nada vê adiante de si, atrás de si, nem acima de si, o sentimento da personalidade sobrepuja e o orgulho fica sem contrapeso.
A incredulidade não só carece de meios para combater o orgulho, como o estimula e lhe dá razão, negando a existência de um poder superior à Humanidade. O incrédulo apenas crê em si mesmo; é, pois, natural que tenha orgulho. Enquanto que, nos golpes que o atingem, unicamente vê uma obra do acaso e se ergue para combatê-la, aquele que tem fé percebe a mão de Deus e se submete. Crer em Deus e na vida futura é, conseguintemente, a primeira condição para moderar o orgulho; porém, não basta. Juntamente com o futuro, é necessário ver o passado, para fazer ideia exata do presente.
Para que o orgulhoso deixe de crer na sua superioridade, cumpre se lhe prove que ele não é mais do que os outros e que estes são tanto quanto ele; que a igualdade é um fato e não apenas uma bela teoria filosófica; que estas verdades ressaltam da preexistência da alma e da reencarnação.
Sem a preexistência da alma, o homem é induzido a acreditar que Deus, dado creia em Deus, lhe conferiu vantagens excepcionais; quando não crê em Deus, rende graças ao acaso e ao seu próprio mérito. Iniciando-o na vida anterior da alma, a preexistência lhe ensina a distinguir, da vida corporal, transitória, a vida espiritual, infinita; ele fica sabendo que as almas saem todas iguais das mãos do Criador; que todas têm o mesmo ponto de partida e a mesma finalidade, que todas hão de alcançar, em mais ou menos tempo, conforme os esforços que empreguem; que ele próprio não chegou a ser o que é, senão depois de haver, por longo tempo e penosamente, vegetado, como os outros, nos degraus inferiores da evolução; que, entre os mais atrasados e os mais adiantados, não há senão uma questão de tempo; que as vantagens do nascimento são puramente corpóreas e independem do Espírito; que o simples proletário pode, noutra existência, nascer num trono e o maior potentado renascer proletário.

Se levar em conta unicamente a vida planetária, ele vê apenas as desigualdades sociais do momento, que são as que o impressionam; se, porém, deitar os olhos sobre o conjunto da vida do Espírito, sobre o passado e o futuro, desde o ponto de partida até o de chegada, aquelas desigualdades somem e ele reconhece que Deus nenhuma vantagem concedeu a qualquer de seus filhos em prejuízo dos outros; que deu parte igual a todos e não aplanou o caminho mais para uns do que para outros; que o que se apresenta menos adiantado do que ele na Terra pode tomar-lhe a dianteira, se trabalhar mais do que ele por aperfeiçoar-se; reconhecerá, finalmente, que, nenhum chegando ao termo senão por seus esforços, o princípio da igualdade é um princípio de justiça e uma lei da Natureza, perante a qual cai o orgulho do privilégio.

Provando que os Espíritos podem renascer em diferentes condições sociais, quer por expiação, quer por provação, a reencarnação ensina que, naquele a quem tratamos com desdém, pode estar um que foi nosso superior ou nosso igual noutra existência, um. amigo ou um parente. Se o soubesse, o que com ele se defronta o trataria com atenções, mas, nesse caso, nenhum mérito teria; por outro lado, se soubesse que o seu amigo atual foi seu inimigo, seu servo ou seu escravo, sem dúvida o repeliria. Ora, não quis Deus que fosse assim, pelo que lançou um véu sobre o passado. Deste modo, o homem é levado a ver, em todos, irmãos seus e seus iguais, donde uma base natural para a fraternidade; sabendo que pode ser tratado como haja tratado os outros, a caridade se lhe torna um dever e uma necessidade fundados na própria Natureza.

Jesus assentou o princípio da caridade, da igualdade e da fraternidade, fazendo dele uma condição expressa para a salvação; mas, estava reservado à terceira manifestação da vontade de Deus, ao Espiritismo, pelo conhecimento que faculta da vida espiritual, pelos novos horizontes que desvenda e pelas leis que revela, sancionar esse princípio, provando que ele não encerra uma simples doutrina moral, mas uma lei da Natureza que o homem tem o máximo interesse em praticar. Ora, ele a praticará desde que, deixando de encarar o presente como o começo e o flui, compreenda a solidariedade que existe entre o presente, o passado e o futuro. No campo imenso do infinito, que o Espiritismo lhe faz entrever, anula-se a sua importância capital e ele percebe que, por si só, nada vale e nada é; que todos têm necessidade uns dos outros e que uns não são mais do que os outros: duplo golpe, no seu egoísmo e no seu orgulho.

Mas, para isso, é-lhe necessária a fé, sem a qual permanecerá na rotina do pre
sente, não a fé cega, que foge à luz, restringe as ideias e, em consequência, alimenta o egoísmo. É-lhe necessária a fé inteligente, racional, que procura a claridade e não as trevas, que ousadamente rasga o véu dos mistérios e alarga o horizonte. Essa fé, elemento básico de todo progresso, é que o Espiritismo lhe proporciona, fé robusta, porque assente na experiência e nos fatos, porque lhe fornece provas palpáveis da imortalidade da sua alma, lhe mostra donde ele vem, para onde vai e por que está na Terra e, finalmente, lhe firma as ideias, ainda incertas, sobre o seu. passado e sobre o seu futuro.

Uma vez que haja entrado decisivamente por esse caminho, já não tendo o que os incite, o egoísmo e o orgulho se extinguirão pouco a pouco, por falta de objetivo e de alimento, e todas as relações sociais se modificarão sob o influxo da caridade e da fraternidade bem compreendidas.

Poderá isso dar-se por efeito de brusca mudança? Não, fora impossível: nada se opera bruscamente em a Natureza; jamais a saúde volta de súbito a um enfermo; entre a enfermidade e a saúde, há sempre a convalescença. Não pode o homem mudar instantaneamente o seu ponto de vista e volver da Terra para o céu o olhar; o infinito o confunde e deslumbra; ele precisa de tempo para assimilar as novas ideias.

O Espiritismo é, sem contradita, o mais poderoso elemento de moralização, porque mina pela base o egoísmo e o orgulho, facultando um ponto de apoio à moral. Há feito milagres de conversão; é certo que ainda são apenas curas individuais e não raro parciais. O que, porém, ele há produzido com relação a indivíduos constitui penhor do que produzirá um dia sobre as massas. Não lhe é possível arrancar de um só golpe as ervas daninhas. Ele dá a fé e a fé é a boa semente, mas mister se faz que ela tenha tempo de germinar e de frutificar, razão por que nem todos os espíritas já são perfeitos.

Ele tomou o homem em meio da vida, no fogo das paixões, em plena força dos preconceitos e se, em tais circunstâncias, operou prodígios, que não será quando o tomar ao nascer, ainda virgem de todas as impressões malsãs; quando a criatura sugar com o leite a caridade e tiver a fraternidade a embala-lo; quando, enfim, toda uma geração for educada e alimentada com ideias que a razão, desenvolvendo-se, fortalecerá, em vez de falsear? Sob o domínio destas ideias, a cimentarem a fé comum a todos, não mais esbarrando o progresso no egoísmo e no orgulho, as instituições se reformarão por si mesmas e a Humanidade avançará rapidamente para os destinos que lhe estão prometidos na Terra, aguardando os do céu.
(Do livro "Obras Póstumas", 38, Allan Kardec)

prece - II – Para Afastar Os Maus Espíritos

II – Para Afastar Os Maus Espíritos

            15 –  Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o que está por fora do corpo e do prato, e por dentro estais cheios e rapina e de imundícias. Fariseu cego, purifica primeiro o interior do corpo, e do prato, para que também o exterior fique limpo. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros branqueados, que parecem por fora formosos aos homens, e por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda asquerosidade. Assim também vós outros, por fora vos mostrais na verdade justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e iniqüidade. (Mateus, XXIII: 25-28).
            16 – Prefácio –  Os maus Espíritos só estão aonde podem satisfazer a sua perversidade. Para afastá-los, não basta pedir, nem mesmo ordenar que se retirem: é necessário eliminar em nós aquilo que os atrai. Os Espíritos maus descobrem as chagas da alma, como as moscas descobrem as do corpo. Assim, pois, como limpais o corpo para evitar as bicheiras, limpai também a alma das suas impurezas, para evitar as obsessões. Como vivemos num mundo em que os maus Espíritos pululam, as boas qualidades do coração nem sempre nos livram das suas tentativas, mas nos dão a força necessária para resistir-lhes.
            17 – Prece – Em nome de Deus Todo-Poderoso, que os maus Espíritos se afastem de mim, e que os Bons me defendam deles! Espíritos malfazejos, que inspirais maus pensamentos aos homens;  Espíritos enganadores e mentirosos, que os enganais; Espíritos zombeteiros, que zombais da sua credulidade, eu vos repilo com todas as minhas forças e fecho os meus ouvidos às vossas sugestões, mas peço para vós a misericórdia de Deus. Bons Espíritos, que me assistis, dai-me a força de resistir à influência dos maus Espíritos, e as luzes necessárias para não cair nas suas tramas. Preservai-me do orgulho e da presunção, afastai do meu coração o ciúme, o ódio, a malevolência, e todos os sentimentos contrários à caridade, que são outras tantas portas abertas aos Espíritos maus.


Orgulho e Vaidade

Orgulho e Vaidade

Orgulho e Vaidade
Procuremos, agora, ilustrar, entre os defeitos que mais comumente
manifestam-se em nós, o orgulho e a vaidade. Busquemos tranqüilamente
conhecê-los, tão profundamente quanto possível, sem mascarar os seus impulsos
dentro de nós mesmos. Entendamos que a tolerância começa de nós para nós mesmos.
Assim, o nosso trabalho de prospecção interior é suave, e não podemos nos
maldizer ou nos martirizar pelos defeitos que
ainda temos. Vamos, então, trazer aos níveis de nossa consciência aquelas manifestações
impulsivas que nos dominam de certo modo, e que, progressivamente, desejamos controlar.
Vejamos, então, como identificar em nós o orgulho e a vaidade.

Orgulho

Aquele que fio encontra a felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites
grosseiros é infeliz quando fio os pode satisfazer, enquanto que aquele que fio
se interessa pelo supérfluo se sente feliz com aquilo que, para os outros, constituiria
infortúnio.

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto. Capítulo 1. Penas
e Gozos Terrenos. Parte dos comentários à resposta da pergunta 933.).
O orgulho vos induz a julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação
que vos possa re­baixar, e a vos considerardes, ao contrário, tão acima dós vossos
irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais,
que o menor paralelo vos irrita e aborrece. E o que acontece, então? Entregai-vos
à cólera.

(Allan Kardec. O Evangelho Segundo Q Espiritismo. Capítulo IX. Bem-aventurados
os Brandos e Pacíficos. A Cólera.).
As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:
  1. Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos;
  2. Reage explosivarnente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação
    ao seu comportamento;
  3. Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias
    idéias;
  4. Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência
    fechado ao diálogo construtivo;
  5. Menospreza as idéias do próximo;
  6. Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa,
    como que se reafirmando na sua importância pessoal;
  7. Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados,
    dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;
  8. Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar em torno
    de si;
  9. Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa ati­tude um traço de
    fraqueza e falta de personalidade;
  10. Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiões de contendas.
Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social
ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade
do seu próprio interior. Na maioria dos casos o orgulho é um mecanismo de defesa
para encobrir algum aspecto não aceito de ordem familiar, limitações da sua formação
escolar-educacional, ou mesmo o resultado do seu próprio posicionamento diante da
sociedade da imagem que escolheu para si mesmo, do papel que deseja desempenhar
na vida de “status”.
E preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nos­sa melhora,
não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens
materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que “a traça não come
nem a ferrugem corrói! “.

Vaidade

“O homem, pois, em grande número de casos,é o causador de seus próprios infortúnios;
mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade,
acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela
é apenas a sua incúria.”
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V. Bem-aventurados
os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.)
A vaidade é decorrente do orgulho, e dele anda próxima. Destacamos adiante as
suas facetas mais comuns:
  1. Apresentação pessoal exuberante (no vestir, nos adornos usados, nos gestos
    afetados, no falai demasiado);
  2. Evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa,
    ou a algo que realiza;
  3. Esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia
    provocada aos demais;
  4. Intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde,
    não evitando a eles referências desairosas;
  5. Aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas
    ou elogiosas à sua pessoa;
  6. Não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento
    diante de infortúnios por que passa;
  7. Obstrução mental na capacidade de se auto-analisar, não aceitando suas possíveis
    falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar.
A vaidade, sorrateiramente, está quase sempre presente dentro de nós. Dela os
espíritos inferiores se servem para abrir caminhos às perturbações entre os próprios
amigos e familiares. É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não
é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas
daquelas influências que encontram apoio nesse nosso defeito. De alguma forma e
de variada intensidade, contamos todos com uma parcela de vaidade, que pode estar
se manifestando nas nossas motivações de algo a realizar, o que é certa­mente válido,
até certo ponto. O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento
das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os
ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade.
A vaidade, nas suas formas de apresentação, quer pela postura física, gestos
estudados, retórica no falar, atitudes intempestivas, reações arrogantes, reflete,
quase sempre, uma deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais
que a sociedade estabeleceu. Isto é, a aparência, os gestos, o palavreado, quanto
mais artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada o intérprete,
satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado, comentado, “badalado”. No íntimo,
o protagonista reflete, naquela aparência toda, grande insegurança e acentuada carência
de afeto que nele residem, oriundas de muitos fatores desencadeados na infância
e na adolescência. Fixações de imagens que, quando criança, identificou em algumas
pessoas aparentemente felizes, bem sucedidas, comentadas, admiradas, cujos gestos
e maneiras de apresentação foram tomados como modelo a seguir.
O vaidoso o é, muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem
que escolheu. No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma
forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade
de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como.
O mais prejudicial nisso tudo é que as fixações mentais nos personagens selecionados
podem estabelecer e conduzir a enormes bloqueios do sentimento, levando as criaturas
a assumirem um caráter endurecido, insensível, de atitudes frias e grosseiras. O
Aprendiz do Evangelho terá aí um extraordinário campo de reflexão, de análise tranqüila,
para aprofundar-se até as raízes que geraram aquelas deformações, ao mesmo tempo
que precisa identificar suas características autênticas, o seu verdadeiro modo de
ser, para então despir a roupagem teatral que utilizava e colocar­se amadurecidamente,
assumindo todo o seu íntimo, com disposição de melhorar sempre.
Manual Prático do Espírita – Ney Prieto Peres

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Hábitos saudáveis:QUARTA E QUINTA

DR. RESPONDE Hábitos saudáveis: o guia para construir os seus com a família EM ATUALIZADO EM 16/03/2023 QUAIS SÃO OS HÁBITOS  Certamente, há...