sábado, 15 de abril de 2023

ESPIRITUALIDADE!!!

 

Cientistas investigam como espiritualidade pode ajudar a saúde do corpo

  • Daniele Madureira
  • De São Paulo para a BBC News Brasil
Profissional da saúde e paciente fazem oração

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No Brasil, instituições respeitadas têm se dedicado a estudar o quanto a espiritualidade do paciente auxilia na cura de doenças físicas e psíquicas

Raiva, rancor, orgulho, medo, egoísmo. Sentimentos comuns a todos os seres humanos podem estar no cerne de boa parte das doenças enfrentadas pela humanidade, segundo a própria medicina. Várias instituições no Brasil e no mundo vêm se dedicando a estudar até que ponto a saúde do indivíduo é influenciada, literalmente, pelo seu estado de espírito.

No país, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o Instituto de Psiquiatria (IPq) da USP, por meio do Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (Proser), e a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com o Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (Nupes), têm investigado o quanto a espiritualidade (não necessariamente a religiosidade) do paciente auxilia na cura de doenças físicas e psíquicas - que podem ser agravadas a partir de sentimentos ruins e pensamentos destrutivos.

Nos Estados Unidos, grandes instituições de ensino como a Escola de Medicina de Stanford, as Universidades Duke, a da Flórida, a do Texas e Columbia mantêm centros de estudos exclusivos sobre o assunto, assim como a Universidade de Munique, na Alemanha, a de Calgary, no Canadá, e o Royal College of Psychiatrists, no Reino Unido. Para os centros de pesquisa, há um conjunto de evidências que indicam que diversas expressões da espiritualidade têm impacto significativo na saúde e no bem-estar, associadas a menores níveis de mortalidade, depressão, suicídio, uso de drogas, ou mesmo internações e medicamentos.

As instituições ressaltam que espiritualidade é diferente de religião: em tese, uma pessoa religiosa é espiritualizada; mas alguém espiritualizado não necessariamente segue uma religião - e pode até não acreditar em Deus. A espiritualidade estaria ligada à busca pessoal de um propósito de vida e de uma transcendência, envolvendo também as relações com a família, a sociedade e o ambiente.

Perdão e gratidão no controle da pressão arterial

"A espiritualidade é um estado mental e emocional que norteia atitudes, pensamentos, ações e reações nas circunstâncias da vida de relacionamento, sendo passível de observação e mensuração científica", diz o médico Álvaro Avezum Júnior, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), professor do centro de cardiopneumologia da USP e do programa de doutorado do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.

Segundo ele, a espiritualidade é expressa através de crenças, valores, tradições e práticas. "Quem tem menos disposição ao perdão está mais disponível a enfrentar enfermidades coronárias", diz o especialista, que também é diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Da mesma maneira, diz, a raiva acumulada pode levar à diabetes.

Avezum é um dos principais estudiosos do país da relação entre espiritualidade e saúde. Esteve à frente da iniciativa da SBC em publicar, há dois anos, as Diretrizes Brasileiras Sobre Espiritualidade e Fatores Psicossociais, que integram o conjunto de prevenção cardiovascular. "A SBC foi a primeira sociedade de cardiologia do mundo a associar enfermidade moral a doença cardíaca, a partir de evidências científicas", diz.

Segundo ele, com intervenções baseadas em perdão e gratidão é possível controlar, por exemplo, a pressão arterial. "Mas não um perdão condicional, que mantém o ressentimento, e sim um perdão emocional, que muda o que se sente em relação ao agressor", afirma.

Profissional de saúde interage com paciente

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Relação entre profissionais da saúde e pacientes deve ser guiada pela empatia

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João Fellet tenta entender como brasileiros chegaram ao grau atual de divisão.

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Agora seus estudos buscam ir além e entender a origem da doença. "Queremos mostrar que é possível prevenir a doença tratando a espiritualidade primeiro, por meio do perdão e da gratidão, além de reforçar outras atitudes positivas como solidariedade, compaixão, humildade, paciência, confiança e otimismo", diz ele, que não se importa com eventuais céticos no meio científico. "Se alguém diz que isto não é ciência está sendo dogmático, porque escolhe o que investigar".

Até 2019, antes da pandemia do novo coronavírus, as doenças cardíacas eram a principal causa de morte entre adultos no Brasil. Foram 116.766 óbitos em 2019 relacionados aos males do coração, informa o Ministério da Saúde. Segundo Avezum, já existem artigos e estudos sobre espiritualidade e covid-19 no mundo (eram 110 até o último dia 25 de abril, segundo registros do buscador PubMed, da National Library of Medicine, dos Estados Unidos). Mas os resultados ainda são inconclusivos, diz.

"Para combater o coronavírus, o melhor é não se expor e se valer da religiosidade e da fé para enfrentar os desafios do isolamento social", afirma.

"Vou morrer, doutor?"

O interesse de Avezum no tema começou com o trabalho da médica americana Christina Puchalski que, desde 1996, procura inserir o componente espiritual no cuidado com os pacientes. Christina dirige o Instituto George Washington para Espiritualidade e Saúde (GWish), da Universidade George Washington. Ela defende que os médicos levantem o histórico espiritual do paciente para entendê-lo de forma integral. O objetivo é identificar as crenças e valores que realmente importam ao indivíduo, e como isso atua na forma como ele lida com a doença.

"Se o paciente acredita que a meditação o acalma, o médico deve ter essa informação em mãos e recomendar que ele mantenha a prática, ao mesmo tempo em que toma a medicação", diz o médico Frederico Leão, coordenador do Proser do IPq. "É preciso adotar a prática espiritual que esteja em harmonia com as crenças de cada um, porque isso vai contribuir para o tratamento".

Pesquisar o impacto dessas práticas na saúde mental dos pacientes é o foco do IPq, que também promove cursos sobre como o abordar o tema nos consultórios.

Segundo Leão, até o início dos anos 2000, os médicos tinham muito receio em falar sobre o assunto, mesmo sendo o Brasil um país onde mais de 80% da população se declara cristã. "Muitos não sabiam - e talvez ainda não saibam - como fazer essa abordagem", diz ele. "É o caso do cirurgião que, antes da cirurgia, pede para rezar um Pai Nosso com toda a equipe e o paciente questiona: 'Por que isso, doutor, vou morrer?'".

Leão destaca as pesquisas do psiquiatra americano Harold Koenig, da Universidade Duke, para quem negligenciar a dimensão espiritual do paciente é como ignorar o seu aspecto social ou psicológico, ou seja, ele não é tratado de forma integral. "Koenig constatou que o pensamento positivo, a meditação e a oração não afetam só a mente, mas o organismo como um todo", afirma Leão, para quem essas práticas se tornam ainda mais essenciais em tempos de pandemia do novo coronavírus. "Só os muito alienados não estão revendo seu padrão de vida neste momento".

Pânico e ressentimento

Helma Gonçalves do Nascimento Martins acordou se sentindo estranha naquela sexta-feira, 8 de janeiro. Aos 48 anos, a fisioterapeuta achou que a dor e o cansaço eram resultado do treino cardiovascular feito na véspera. Mas os sintomas do novo coronavírus vieram com força. "Tive febre, dor no corpo, perda de olfato, era um sintoma novo a cada quatro horas", diz. "Me faltava ar até para tomar um copo d'água". Com o marido e a filha caçula em casa, ela se isolou no quarto da criança. E aí teve início o pior dos sintomas: o pânico.

Praticantes de yoga

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A espiritualidade vai muito além da religião e envolve nosso estado mental e emocional

"A ansiedade bateu muito forte, era o medo da morte a todo instante, não conseguia pensar em outra coisa, achava que eu não ia aguentar", diz ela, que foi monitorada pelo seu médico durante os 14 dias de tratamento. "Ele me dizia: 'Estou 100% com você, a gente vai vencer este vírus', e eu procurava acreditar. É uma doença em que você sente a morte ao seu lado e precisa estar sozinha".

O pior da covid-19 passou nos primeiros dez dias. Mas os sintomas continuaram por mais de um mês. "Eu sentia uma fraqueza muscular imensa, tontura", diz.

O tratamento com remédios foi encerrado e Helma começou a ser atendida pela tia do marido, uma terapeuta holística. Ela lhe aplicava massagens e passes de reiki. "Aquilo fortaleceu o meu espírito. Comecei a me sentir bem melhor e um mês depois já voltei a trabalhar o dia todo", afirma. Evangélica, ela acredita que a espiritualidade a ajudou na recuperação. "Você quer lutar, quer sobreviver e vem uma força, que você não sabe bem de onde, e te ajuda a buscar a luz em meio ao pânico, a superar os sentimentos ruins". Para ela, suas doenças foram agravadas pelo seu estado emocional. "Três meses antes do coronavírus, em outubro, sofri uma angina, um pré-infarto. Enfrentava uma crise conjugal e não conseguia perdoar. Depois, passei a ficar desesperada em relação ao futuro, ao trabalho, por conta da pandemia. A falta de perdão e de fé me abalaram demais".

O psicólogo Laerson Cândido de Oliveira ressalta o valor do amor, da oração, da positividade e da fé no futuro. "Costumamos ter muita solidariedade em relação a quem está distante de nós, a quem não conhecemos, mas somos incapazes de perdoar as menores faltas cometidas por pessoas do nosso convívio", diz ele, que dirige o Instituto Espírita Cidadão do Mundo (IECIM), em São Paulo.

Segundo ele, o ódio e o ressentimento aprisionam o indivíduo, levando-o a um estado doentio, enquanto o medo e o egoísmo paralisam impulsos positivos, no sentido de auxílio ao próximo.

Contra o negacionismo

As práticas de massagem (ayurveda) e reiki, usadas por Helma no tratamento das sequelas da covid-19, integram a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPICs), adotada em 2006 pelo Ministério da Saúde. Hoje, a PNPICs engloba 29 recursos terapêuticos - muitos baseados em conhecimentos tradicionais como acupuntura, ioga, meditação, fitoterapia, homeopatia e quiropraxia, e outros mais recentes, como ozonioterapia e biodança. Atualmente, são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 54% dos municípios do país.

A adoção da PNPICs segue orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, em 1988, incluiu a dimensão espiritual no conceito de saúde multidimensional. Para a organização, espiritualidade é "o conjunto de todas as emoções e convicções de natureza não material, com a suposição de que há mais no viver do que pode ser percebido ou plenamente compreendido, remetendo a questões como o significado e sentido da vida, não se limitando a qualquer tipo específico de crença ou prática religiosa".

"A PNPICs pode fazer a grande diferença para a saúde da população, ao valorizar o conhecimento tradicional, as culturas regionais, amparada no aculturamento espiritualista, sobretudo a um baixo custo", diz o neurocientista Sérgio Felipe de Oliveira. "É a possibilidade de diálogo com a população", prossegue ele, para quem o diálogo entre ciência e espiritualidade nunca foi tão urgente.

"A ciência não pode se fechar em cima de si mesma, em um conhecimento hermético. Ela precisa ouvir e conversar com a população. Senão, quando nós precisamos da ciência, o povo não ouve. Aí surgem o negacionismo e as fake news", diz ele, que entre 2007 e 2014 ministrou a disciplina optativa Medicina e Espiritualidade na Faculdade de Medicina na USP.

Para Sergio Felipe, é fundamental que o médico crie uma relação de empatia com o paciente. "Tanto o povo brasileiro quanto o americano são religiosos, acreditam na força da oração e na proteção de Deus. O médico precisa valorizar a dimensão espiritual do paciente para integrá-la ao tratamento", afirma.

É neste sentido, por exemplo, que o médico deve explicar que o paciente não pode estar estressado quando for tomar o medicamento, porque a adrenalina vai atrapalhar a sua eficácia. "O estado de espírito do indivíduo interfere na farmacocinética, ou seja, na absorção e distribuição do remédio no organismo", diz. "Se a oração e a fé do paciente podem acalmá-lo, isso será importante para que a medicação surta efeito".

Risadas no centro cirúrgico

Na cabeça do médico, fazer a junção entre o material e o espiritual não é tão simples. "Somos treinados a observar a dimensão física do paciente e, para a maioria, é difícil aliar este conhecimento técnico com a espiritualidade", afirma a médica pediatra Carolina Camargo Vince. "É preciso ser cuidadoso na abordagem, para que o paciente não pense que a cura dele depende de um milagre", diz ela, que integra a equipe de oncologia pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto do Tratamento do Câncer Infantil do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Cora vai rindo para a sala de cirurgia

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Cora vai rindo para a sala de cirurgia; espirituosa e alegre ,a menina sempre gostou de se enfeitar para ir ao hospital, onde brincava com quem estivesse perto

No dia a dia, Carolina costuma estender os cuidados à família da criança. "O diagnóstico de câncer afeta a saúde mental e emocional não só do paciente, mas das famílias, especialmente quando se trata de uma criança", diz ela. É comum em um primeiro momento haver um sentimento de revolta por parte dos pais, que se perguntam por que isso acontece com o filho deles, ou por que não foram eles o alvo da doença, no lugar das crianças, afirma.

"O câncer te coloca frente a frente com a questão da espiritualidade, é um momento de reflexão existencial", diz Carolina, para quem as crianças, em geral, desenvolvem sua espiritualidade de maneira plena. "Não passa pela cabeça delas desistir ou desesperar, elas vão procurar mecanismos dentro delas mesmas para se adaptar a um novo momento de vida, que envolve muitos remédios, picadas, desconfortos e às vezes longos períodos de internação".

Paciente de Carolina, Cora Grigio foi diagnosticada com leucemia quando tinha cinco anos e meio. "Para mim, até então, essa doença era sinônimo de morte", conta Patrícia Ferreira Silvério, mãe de Cora, que viu a filha encarar a situação com leveza.

"A Dra. Carol explicou para ela o que estava acontecendo de maneira didática e delicada", lembra. "E durante todo o tratamento, que durou dois anos e dois meses, minha filha só chorou uma vez". Espirituosa e alegre, Cora sempre gostou de se enfeitar para ir ao hospital, onde brincava com quem estivesse perto. "Deitada na maca, ela ia rindo com as médicas para o centro cirúrgico", lembra Patrícia, que hoje alimenta o Instagram da filha, uma modelo de 8 anos. "Ela começou a fazer campanhas quando ainda estava carequinha, tamanha a autoestima".

Mas para a mãe o processo nunca foi tranquilo. "Um dia, depois das primeiras sessões de quimioterapia, levei um susto quando um tufo de cabelo dela saiu na escova. Cora percebeu e começou a cantar para me alegrar", diz Patrícia. "Não aguentei e chamei meu marido, precisava chorar um pouco".

Para Patrícia, a doença da única filha foi capaz de lhe mostrar que ela não está no controle de tudo. "Eu sempre fui a que tomava a frente das coisas, a que resolvia tudo. Mas me deparei com algo que eu não conseguia resolver. Eu tinha que buscar paz para passar pelo sofrimento", diz ela, uma católica que se aproximou do espiritismo na época do tratamento de Cora.

Gestante deitada num leito hospitalar sorri e é acompanha por uma outra mulher ao fundo

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A forma como o paciente e sua família lidam com a doença pode fazer diferença no resultado final do tratamento e na recuperação

Mentes perturbadas

A pediatra intensivista Cíntia Tavares Cruz sempre quis tratar do tema espiritualidade com as famílias, mas não sabia como abordar. Ao longo do seu curso de medicina na Universidade de Campinas (Unicamp), o mais perto que ela chegou do assunto foi quando aprendeu sobre ética e humanização.

"O paciente que chega à UTI está em colapso do corpo físico. Existe alto grau de incerteza, tudo sai do falso controle. Depois de resgatá-lo, é preciso tratar de questões que o levaram até ali e vão além do físico", diz ela, que só ouviu falar sobre espiritualidade quando se especializou em medicina paliativa. Voltada a doentes crônicos, a especialidade busca proporcionar ao paciente e sua família uma qualidade de vida integral, envolvendo físico, social, emocional e espiritual. "Neste sentido, as práticas integrativas fazem toda a diferença".

Na opinião da fisioterapeuta Juliana Faria do Nascimento, as PNPICs contribuem para o equilíbrio energético e permitem melhorar a imunidade do indivíduo. "Por isso, o Conselho Nacional de Saúde pediu que este tipo de tratamento não fosse interrompido durante a pandemia", diz ela, que trabalha em Adamantina (SP) e tem entre os seus pacientes diabéticos, hipertensos e portadores de doenças cardiovasculares que viram aumentar seu grau de ansiedade e estresse durante o confinamento. "Uma mente perturbada não consegue evoluir na parte física", afirma.

Cíntia Cruz concorda. "A adoção de práticas integrativas ajuda a desbloquear a espiritualidade do paciente. Isso não vai acabar com o seu sofrimento, mas vai ajudá-lo a lidar melhor com este momento difícil, ao sair da inércia e da vitimização", diz a pediatra, que trabalha como intensivista no Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, e como paliativista no Hospital das Clínicas.

Foi o que aconteceu com o pequeno Kaleb, de 10 anos. Vítima de sarcoma histiocítico, um tipo raro e agressivo de câncer, que se disseminou por todo o corpo, ele passou a ter contato no hospital com a meditação para controlar a dor. "Por vezes eu estava no quarto conversando com a médica e ele pedia silêncio para meditar", lembra a mãe de Kaleb, Fernanda Hochstedler.

"Deus não se esqueceu da gente"

Fernanda (ao centro) com toda a família, antes da doença de Kaleb (à frente)

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Fernanda (ao centro) com toda a família, antes da doença de Kaleb (à frente); "Deixá-lo ir, depois de tanto sofrimento, trouxe muita paz", diz ela

Foi a segunda vez que Kaleb teve câncer. Na primeira, quando ele ainda tinha 8 anos, foi diagnosticado com leucemia. Se incomodou com a perda de cabelo, mas respondeu bem ao tratamento ao longo do primeiro ano. Um dia, porém, começou a sofrer com febres altas e persistentes. Uma investigação profunda levou ao diagnóstico de sarcoma.

"Foi muito difícil dizer a ele que surgiu um novo câncer e que ele precisava passar por um transplante de medula", diz Fernanda. "Dissemos a ele que não sabíamos o final da história, mas que ele jamais estaria sozinho e que Deus não se esqueceu da gente", diz ela que, com o marido e outros quatro filhos, segue a Igreja Internacional do Calvário, de origem canadense.

O transplante foi feito em novembro de 2019. As sessões intensas de quimioterapia levaram a uma reação no pulmão e ele voltou a ser internado em 3 de março do ano passado. "Quando surgiu a pandemia, fiquei o tempo todo com ele no hospital, passei quase um mês sem ver meus outros filhos", diz Fernanda. Para suprir em parte a falta dos irmãos, a quem Kaleb sempre foi apegado, a mãe sugeriu que eles fizessem novos amigos no hospital - alguns mantidos até hoje.

"Quando você foca na vida da outra pessoa, você cria empatia e transforma a sua própria perspectiva", diz ela. "Isso nos ajudou a lidar com as emoções e a não nos entregarmos ao desespero".

O momento de dor profunda, porém, chegou. Kaleb precisou ser entubado em abril e, em 12 de maio de 2020, faleceu. Dois dias antes, sem perspectiva de melhoras, Fernanda e o marido questionaram se os irmãos queriam se despedir de Kaleb. Todos concordaram. O garoto permanecia sedado, mas os irmãos conversaram com ele. "O meu caçula disse: 'Vá para casa, Kaleb. Nós vamos mais tarde'", lembra Fernanda, que chegou a colocar o filho já morto no colo. "Deixá-lo ir, depois de tanto sofrimento, trouxe muita paz", diz ela, para quem Deus se tornou muito mais real depois de toda a experiência. "É claro que houve dor e desespero, mas a fé nos permitiu não permanecer lá e voltarmos a viver".

BAN-CHÁ

 Quais são os benefícios do Ban-chá?

O ban-chá é rico em flavonoides, isso quer dizer que ele combate o envelhecimento precoce dos órgãos e de todas as células do corpo. Quem sofre com a oleosidade da pele deve tomar este chá regularmente.

Qual a importância do chá de Ban-chá para a pele?

A vitamina C, presente no ban-chá, é conhecida por auxiliar na saúde da pele. Além disso, o chá de ban-chá pode fornecer a quantidade adequada de umidade para a pele, que acabará por retardar o aparecimento de linhas finas, rugas e flacidez da pele.


Qual é a diferença entre Ban-chá e chá verde?

O ban-chá é um chá verde japonês, obtido por meio da Camellia sinensis ( chá-verde ). A diferença é que é colhido a partir do segundo período de sencha, entre o verão e o outono. Comumente, o ban-chá é oferecido em restaurantes no Japão enquanto os clientes estão esperando por sua comida.


Como fazer o Banchá?

Qual a importância do chá de Ban-chá para a pele?

A vitamina C, presente no ban-chá, é conhecida por auxiliar na saúde da pele. Além disso, o chá de ban-chá pode fornecer a quantidade adequada de umidade para a pele, que acabará por retardar o aparecimento de linhas finas, rugas e flacidez da pele.


quinta-feira, 13 de abril de 2023

JARDINS DICAS

 "Ter um jardim florido é um sonho possível e pode também ser prático dependendo da escolha certa para cada ambiente, mesmo com pouco espaço, é possível montar um jardim em casa utilizando muitos tipos de plantas e flores. Praticar a jardinagem pode ser terapêutico e benéfico, além disso, um jardim florido é uma proposta interessante para complementar a decoração da casa.

Para isso, é necessário conhecer técnicas simples, mas imprescindíveis para quem deseja um jardim interno bonito e bem cuidado. Você pode se inspirar para montar seu jardim ou compor arranjos harmoniosos ao aproveitar garrafas de vidros, caixas de madeira e outros objetos como recipientes. 

Você não precisa esperar a primavera para começar a por em prática sua habilidade e criatividade para compor um jardim florido. Trazemos aqui, uma matéria de como trazer mais cor e vivacidade à sua casa de maneira simples e delicada.

Zen

Segundo o Fen Shui para se estabelecer harmonia num jardim é importante dispor os elementos como bancos, plantas e pergolados que não estejam no centro do jardim, para que a energia possa circular livremente. Em jardins de estilo japonês é muito comum ver o lago como espaço central. As flores são essenciais para a composição do espaço, cada flor é pensada especificamente e tem sua localização delimitada.

Tipos de flores para gostos diferentes

Kleur in de tuin, Biesot Biesot Jardins modernos
Biesot

Existem flores propícias para todas as estações do ano, por isso é necessário perceber o clima da região que sua casa se encontra. Para a criação desse ambiente é necessário escolher as plantas certas que vão de acordo com o clima e com o gosto individual. Você deve se perguntar se quer um jardim com flores coloridas, plantas ornamentais ou a mistura de flores com uma pequena horta de ervas aromáticas.




Divisões de espaços

Um jardim é um espaço muitas vezes criado artificialmente que deve se assemelhar a um ambiente natural para facilitar a manutenção, dividir o espaço em que este jardim estará localizado pode ser uma boa ideia para auxiliar seus cuidados. Você pode colocar plantar com flores em conjunto com folhagens e mimetizar um ambiente mais natural. Num espaço externo, pode-se colocar um balanço, cadeiras de madeira, mesas para compor o ambiente.

Flores diferente

Apesar de não serem consideradas propriamente flores, as plantas suculentas possuem formatos interessantes e decorativos, sendo que algumas também geram flores. Por isso jardins com várias espécies de suculentas dentro de vasos são uma excelente ideia para apartamentos e espaços pequenos.

Vasos e plantas ornamentais

Orquídeas são flores ideais para apartamentos, exigem poucos cuidados e são extremamente bonitas. Os vasos do Ateliê de cerâmica- Flavia Soares, são delicados e feitos à mão de modo artesanal e combinam com flores mais delicadas de raízes e caules finos. O jardim pode estar composto com flores plantadas diretamente no chão ou uma série de flores dispostas em vasos e recipientes distintos, cada flor pode pedir um suporte diferente para que possam se destacar.

Composição dos elementos

Distintas flores podem possuir tons parecidos e criarem um uniformização decorativas. Flores como hortênsias são muito atrativas e florescem durante a primavera, no entanto, não se adaptam bem em outras estações do ano, por isso exigem um cuidado maior. Num ambiente pequeno, a alternativa elegante é planta-las em um vaso grande e compor com plantas colocadas peças como cestos e vasos de metal.

Jardim de inverno

O jardim de inverno feito pelo Bender Arquitetura foi um ótimo modo de otimizar a varanda desta casa. O teto está fechado com vidro e as plantas possuem uma temperatura sempre regular. As flores estão colocadas em vasas e suspensas no teto e nas paredes. As cores escolhidas possuem o mesmo tom cromáticos e equilibram a a composição dos móveis de madeira.

Decoração do jardim

Um jardim de inverno requer certo cuidados, por não estar exposto ao ar livre, é necessário rega-lo com mais frequência, cuidar da terra e estar atento aos bichinhos que possam entrar dentro da casa. Por outro lado, a decoração dos objetos pode ser mais variada e dar um charme ao jardim, como churrasqueiras, cadeiras de materiais delicados, almofadas, quadros e cortinas.

todos os cantos possível

Varanda Gourmet Lovisaro Arquitetura e Design Varandas, alpendres e terraços campestres Plantas e flores


A alternativa é criar mini jardins dentro de vasos, a ideia é elegante e fácil de se manter, você deve procurar recipientes diferentes, vasos de cerâmica, regadores e até panelas antigas de cobre são validas. É fácil de fazer e podem ser colocadas em qualquer lugar da casa, até em ambientes mais fechados como lavabos, desde que tenha luz. 

Paredes floridas

Jardins verticais cabem teoricamente em qualquer lugar, por isso nada impede que o seu jardim vertical seja florido. Caso você queira misturar plantas, o ideal é selecionar espécies com necessidades parecidas, em termos de luz solar, clima, e necessidade de água. Flores como orquídeas pode ser uma ótima escolha para jardins verticais dentro de apartamentos, além de delicadas, são inúmeras espécies com cores diferentes que podem combinar com sua decoração."

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FAMILIA : Família é uma Árvore de Amor

  O laço mais lindo da vida é sempre o de uma família unida e repleta de amor. A família é uma árvore de amor Existem no mundo diferente...