Formação de Valores - Uma entrevista com David Isaacs |
Por Maite Armendáriz Azcárate
Em cada idade sua virtude
O fim da educação é a felicidade, embora às vezes nos esqueçamos disso, é o que diz o especialista mundial David Issacs, autor do livro "A educação das virtudes humanas". A universidade chilena 'Andrés Belo' o convidou para promover um seminário para docentes e diretores de escolas, em junho de 2002, onde foi realizada a seguinte entrevista.
Consultor em centros educativos de mais de trinta países europeus, africanos e americanos, David Isaacs recebe convites até da Finlândia para proferir conferências.
Sua obra mais conhecida é sem dúvida "A educação das virtudes humanas", que já está em sua 13ª edição. Somam-se a isso uma série de vídeos em que aborda este mesmo tema, fundamental na hora de educar para este homem casado, pai de sete filhos.
David Isaacs dirigiu por cerca de uma década o Instituto de Ciências da Educação da Universidade de Navarra, Espanha, e durante outro tanto foi vice reitor.
Na atualidade é professor da Organização e Gestão de Centros Educativos da faculdade de Filosofia e Letras dessa universidade, e é professor colaborador do Instituto de Ciências para a Família.
No seminário organizado pela Universidade de Andrés Bello, o perito se referiu aos elementos indispensáveis na gestão eficaz de centros educativos.
A concorrida platéia escutou atentamente suas idéias sobre o assessoramento pessoal dos estudantes, a educação da laboriosidade e dos hábitos de estudos, a prudência e os meios de comunicação de massa, entre outros temas de interesse.
Por que o senhor está convencido da necessidade de se aprofundar e divulgar a educação das virtudes humanas?
Virtudes humanas são hábitos operativos bons. Por exemplo: a sinceridade, a solidariedade, a compreensão, a perseverança, a lealdade ou a responsabilidade.
É possível pensar que, como conseqüência do processo educativo, os jovens devem ter aprendido a ser profissionais competentes, cidadãos responsáveis, amigos leais, membros responsáveis de uma família e - para os crentes - filhos responsáveis de Deus. Como pode uma pessoa ser um profissional competente sem ser ordeiro, responsável ou perseverante? E ser um cidadão responsável, sem ser honrado, solidário ou justo? Ser amigo leal sem ser sincero e compreensivo? Ou membro responsável de uma família, sem ser generoso e flexível? Seria raro encontrar um filho de Deus responsável que não tenha tentado desenvolver-se em virtudes humanas. Além disso, mediante o desenvolvimento das virtudes se alcança uma maior maturidade pessoal. E o resultado deste esforço é a autêntica felicidade. Parece que existem razões de sobra para insistir na importância das virtudes.
De que maneira e desde que idade se consegue educar primeiro em hábitos e logo conseguir que estes se tornem virtudes ou valores nas crianças e adolescentes?
As virtudes, sendo hábitos, começam a desenvolver-se desde que nasce a criança. Contudo, desenvolve-se uma virtude conforme a amplitude e a intensidade com que se a vive e também de acordo com a retitude dos motivos ao viver essa virtude.
Portanto, de forma restrita, as crianças não podem desenvolver virtudes, como tal, até os sete ou oito anos, quando então chegam a ser consciente de seus atos. Em troca, antes, pode-se prepará-las para este momento insistindo no desenvolvimento de hábitos, ainda que as crianças não entendam muito bem o porque dos mesmos. Com as crianças pequenas temos que insistir muito em fazer - e que façam coisas -. Estas ações se traduzirão em hábitos. Paulatinamente, deve-se passar a exigir-lhes mais no pensar, para que pensem antes de tomar suas próprias decisões.
Escolas autônomas
Para um professor de química ou inglês, que deve ensinar um extenso programa num curso com 40 alunos, é possível educar os alunos também em valores?
Sim, porque se educa em primeiro lugar com o exemplo.
O professor às vezes crê que não poderá educar os estudantes em virtudes porque ele é o primeiro a não vivê-las plenamente. Porém, não é o exemplo perfeito o que educa, mas o exemplo de luta para se superar, para tentar cumprir bem, é que será notado pelos alunos. E isto é o que lhes interessa, porque é atrativo. Se um professor vive sua profissão com alegria, cuidando das diferentes virtudes em sua vida, contagiará os alunos.
Isaacs lembra que um colégio não é unicamente a soma de várias salas de aula soltas.
Um centro educativo que quer promover o desenvolvimento das virtudes humanas também deverá pensar em ter algumas atividades onde os alunos possam ir descobrindo e conhecendo as virtudes intelectualmente.
E fará falta, assim mesmo, um conjunto de atividades onde o aluno possa viver as virtudes com os demais.
Que elementos o senhor considera básicos para que se possa dirigir um colégio hoje em dia?
Entendo que a riqueza de um centro educativo está na soma dos estilos pessoais de seus membros, contanto que compartilhem os mesmos valores. Se não for assim, haveria anarquia.
Para tanto, um bom diretor se ocupará principalmente de promover projetos de melhora e de atender as pessoas, com o fim de assegurar que cada colaborador tenha um plano personalizado de aperfeiçoamento. Lamentavelmente, este planejamento está distante de muitas das administrações educativas que acreditam que apenas basta regulamentar tudo ao máximo.
Em seguida David Isaacs recorda as palavras de Ruiz, um autor espanhol:
"Os mestres são obedientes. As autoridades educativas sempre tiveram conhecimento desta circunstância e a têm usado a seu favor até os limites do abuso". Atualmente, na Espanha, esse veículo é o chamado desenho curricular básico que, de fato, anula em grande parte a autonomia do professor.
No Reino Unido cada colégio está obrigado a adotar um 'sistema de gerenciamento de desempenho', isto é, um sistema para medir a eficácia da gestão. Com o fim de desculpar a adoção dessa obrigação de duvidosa utilidade, escrevem-se livros que pretendem mostrar como se pode aproveitar positivamente essas imposições do momento.
Então, em resumo, o centro educativo não pode ser uma organização rígida?
Pelo contrário: sobre a base de uma organização básica, deve-se promover o desenvolvimento pessoal e intransferível de cada um de seus membros.
Quanto menos se confia nos funcionários, nos professores e nos diretores dos colégios, mais trâmites burocráticos são criados e mais fiscalizações são introduzidas.
Família: amor incondicional
O senhor está convencido da necessidade de se "educar para o amor". De que maneira é necessário viver hoje, no interior dos lares, para se ter bons alunos em matéria de afeição?
Na família a pessoa pode e deve ser aceita pelo que é, por se única. Não tanto pelo que faz, mas sim pelo que é, pelo conjunto dos aspectos de sua intimidade. Hoje em dia os pais tendem a gastar seus esforços em conseguir que seus filhos aprendam a fazer mais coisas, aprendam mais idiomas, pratiquem mais esportes, desenvolvam diversos gostos, e se esquecem da necessidade de criar esse clima de aceitação incondicional onde cada pessoa pode expressar-se sabendo que não vai ser julgado ou rotulado.
Amar, disse o filósofo alemão Josef Pieper, é dizer ao outro 'que bom que você existe'. Na família precisamos buscar o que há de positivo nos outros, e dizer-lhes o temos encontrado. Trata-se de ajudar cada um para que utilize o que possui da melhor maneira possível. Somente neste contexto é possível entender bem a idéia de uma educação sexual voltada para o amor.
Em seus livros o senhor também insiste na dinâmica da comunicação dentro do matrimônio?
Na vida, constantemente temos que tomar decisões. Se uma decisão foi a de casar-se, deve-se atuar coerentemente com isso. A prioridade para o homem casado deve ser a sua esposa e vice-versa.
A seguir os filhos, e a seguir os demais É evidente que não se trata de ser simplista, mas a verdade é que muitas pessoas deixam de ser conscientes de suas prioridades devido à vida de ação frenética incessante que levam. A palavra 'comunicação' vem da palavra 'comunidade' que, por sua vez, vem de 'unidade'. Como podemos conseguir a unidade? Compartilhando valores.
Como podemos manter a unidade? Comunicando-nos, fazendo coisas juntos e tendo projetos de futuro comuns.
Quanto influi a boa comunicação dos pais nos cuidados e na projeção dos filhos?
O exemplo dos pais é vital. De fato, na educação existem dois princípios que tem vigência sempre: A exemplariedade e a personalização.
Os educadores temos que dar o exemplo lutando sempre para melhorarmos como pessoas e, por sua vez, tratar cada filho ou cada aluno como sendo uma pessoa única, irrepetível.
Publicado no Diario El Mercurio
Traduzido por René Bernardes para o Portal da Família
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sábado, 15 de outubro de 2016
Formação de Valores
O NÓ DO AFETO
O NÓ DO AFETO
Em uma reunião de Pais, numa Escola da Periferia, a Diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-Ihes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.
Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar a entender as crianças.
Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou a explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana.
Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando ele voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho a que tentava se redimir indo beijá?lo todas as noites quando chegava em casa.
E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.
Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante.
E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazerem presentes, de se comunicarem com o filho.
Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente. E o mais Importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo a um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com nossos filhos, mas é importante que eles saibam, que eles sintam isso. Para que haja a comunicação, é preciso que os filhos "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo do escuro.
A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.
E você... já deu algum nó no lençol de seu filho, hoje?
Verdades da Profissão de Professor
Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores.
Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos.
Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
PAULO FREIRE
PROFESSOR É UM MESTRE, UM GUIA, UM CONDUTOR, UM DIRECIONADOR,
Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores.
Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos.
Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
PAULO FREIRE
PROFESSOR É UM MESTRE, UM GUIA, UM CONDUTOR, UM DIRECIONADOR,
Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores.
Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos.
Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
PAULO FREIRE
uma simples reflexão
Feliz dia do professor
Este texto vem nos mostrar que aprendemos a todo momento.
Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:
“Deus criou tudo o que existe?"
Um aluno respondeu com grande certeza:
-Sim, Ele criou!
-Deus criou tudo?
Perguntou novamente o professor.
-Sim senhor, respondeu o jovem.
O professor indagou:
-Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?
O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo.
Outro estudante levantou a mão e disse:
-Posso fazer uma pergunta, professor?
-Lógico, foi a resposta do professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
-Professor, o frio existe?
-Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?
Com uma certa imponência rapaz respondeu:
-De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.
-E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
O professor respondeu temendo a continuação do estudante: Existe!
O estudante respondeu:
-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não!
Continuou:
-Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.
Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
-Senhor, o mal existe?
Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu:
-Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!
Com um sorriso no rosto o estudante respondeu:
-O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.
Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça
permanecendo calado… Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?
E ele respondeu:
ALBERT EINSTEIN, senhor!
Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:
“Deus criou tudo o que existe?"
Um aluno respondeu com grande certeza:
-Sim, Ele criou!
-Deus criou tudo?
Perguntou novamente o professor.
-Sim senhor, respondeu o jovem.
O professor indagou:
-Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?
O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo.
Outro estudante levantou a mão e disse:
-Posso fazer uma pergunta, professor?
-Lógico, foi a resposta do professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
-Professor, o frio existe?
-Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?
Com uma certa imponência rapaz respondeu:
-De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.
-E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
O professor respondeu temendo a continuação do estudante: Existe!
O estudante respondeu:
-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não!
Continuou:
-Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.
Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
-Senhor, o mal existe?
Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu:
-Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!
Com um sorriso no rosto o estudante respondeu:
-O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.
Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça
permanecendo calado… Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?
E ele respondeu:
ALBERT EINSTEIN, senhor!
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