sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A ARTE DE SER AVÓ

A ARTE DE SER AVÓ

Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu.
 É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade.
 E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo…
Quarenta anos, quarenta e cinco… Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe incomoda envelhecer, é claro. 
A velhice tem as suas alegrias, as suas compensações – todos dizem isso embora você, pessoalmente, ainda não as tenha descoberto – mas acredita.
Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Não de amores nem de paixões: a doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências.
 A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade. Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. 
O tumulto da presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças? Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas crianças perdidas. 
São homens e mulheres – não são mais aqueles que você recorda.
(—)
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. 
Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”.
 E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis. 
Aliás, desconfio muito de que netos são melhores que namorados, pois que as violências da mocidade produzem mais lágrimas do que enlevos. Se o Doutor Fausto fosse avó, trocaria calmamente dez Margaridas por um neto…
No entanto – no entanto! – nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto.
 Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de “vovozinha”, e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo.
 Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais.
 A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia
. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. 
Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer roquetes, tomar café – café! -, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser – e até fingir que está discando o telefone.
 Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer – e ser acreditado!
Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna…
(—)
Sabe-se que, no reino dos céus, o cristão defunto desfruta os mais requintados prazeres da alma. Porém, esses prazeres não estarão muito acima da alegria de sair de mãos dadas com o seu neto, numa manhã de sol. 
E olhe que aqui embaixo você ainda tem o direito de sentir orgulho, que aos bem-aventurados será defeso. Meu Deus, o olhar das outras avós, com os seus filhotes magricelas ou obesos, a morrerem de inveja do seu maravilhoso neto!
E quando você vai embalar o menino e ele, tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz: “Vó!”, seu coração estala de felicidade, como pão ao forno.
E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade…
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – 
bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague…



VOCÊ JÁ PENSOU

Na quantidade de energia que você gasta inutilmente, tentando passar por alguém que você não é, trocando sua verdadeira identidade por uma “fachada” socialmente “aceitável”, podando seus sonhos em nome de títulos e cargos enfadonhos. Fazendo coisas que não lhe dão prazer. Sentindo raiva, ódio, ciúme, medo, desconfiança. Sacaneando com você, a fim de ser agradável para os outros?
Já pensou, no quanto você se desgasta, se machuca e se ofende amarrado a padrões, barreiras e proibições sem sentido, orientando-se pelos princípios e valores dos outros. Comparando-se com as outras pessoas,
desvalorizando seus talentos e realizações, lembrando-se o tempo todo, de quem faz tudo para magoar você. Esquecendo-se completamente de quem lhe dedica amor e atenção?
Já pensou, no tempo enorme que você perde tentando adivinhar o futuro, antecipando desgraças e catástrofes absurdas, através de absurdas preocupações, que lhe roubam o sono e aprofundam ainda mais a solidão?
Já pensou, que suas únicas reações tem sido abandono e entrega do próprio corpo a uma morte lenta consumida na ansiedade , na depressão, na angústia, nas drogas?
E já pensou também, que você pode mudar isso tudo. Que você pode empregar esse tempo e essa energia assim desperdiçados, para ser você mesmo e para
desfrutar a vida como uma dádiva da Natureza?
Pense nisso com muito carinho e comece a agir o quanto antes, porque a sua vida vai durar – no máximo – algumas dezenas de anos, e cada minuto que passa, é um tempo a menos nessa conta.


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Sede generosa contigo mesma














Sede generosa contigo mesma e sentirá o infortúnio do próximo. LIAH CONCEIÇÃO

 Palavras bonitas diante de certos acontecimentos nas redes sociais  são louváveis, mas, vamos refletir?  Em situações em nosso dia a dia, em que não nos pertence (não nos cabe sugestionar), mas nos achamos certos de mais e com propriedade de opinar, condenar, massacrar, diminuir. Onde está o cristão o seguidor do pai com atos generosos de “o não condenar”.


Estamos aqui nesta terra, desta vez, com mais uma chance de redimir a nós mesmos, esqueçamos os outros, suas ações, sim, se não pudemos ajudar não vamos atrapalhar, com palavras de ofensas, rompantes de orgulho, tipo, sou melhor, sou exemplo, de que? 
Em machucar? Ofender? Diminuir? O de ferir o intima dos outros?
 Não pensando nas conseqüências de seus próprios atos condenatório em apontar o que está errado ou certo, na sua concepção de vida, e quem lhes disse que a suas vidas estão certas, corretas?  Quais suas ações?  E como está direcionando a sua própria vida sua trajetória.

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Caso contrario?  Ensine-os, mas com amor, mas se tiver dentro de você esse sentimento tão nobre intitulado de amor doe, de outra forma e caso contrario não condene a se próprio porque ao condenar estará se alto condenando. Lembre-se, uma palavra mal dita, mal expressada, com sarcasmo, com desdém, com rompante só traz conseqüências desastrosas de séculos em séculos e condenatório pra ambos os lados. 
Plante amor e não o horror.
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Isso não são apenas palavras são realidades. Quantos casos de crueldades, maldades, violências, suicídios que você já ouviu, leram, assistiu acredite não foi sandice, loucura, burrice, ou muito menos descrente, mas foram incompreendidos na sua forma de ser, de agir, de viver ou simplesmente receberam ofensas gratuitas por nada simplesmente agredidos e não tinham com quem conversar se abrir por se sentirem humilhados, incompreendidos.
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  Se coloque no lugar do outro e veja como você se sairia se tal situação. Sendo condenado pela tão bela sociedade, cheias de exemplos grandiosos

Você gosta de levar vantagem em tudo?

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Você gosta de levar vantagem em tudo?
postado às 20h33 por Luciana de Melo | 47 comentários


A questão ética e moral permanece em evidência em nosso País. Basta acompanhar os noticiários diários pra perceber. Os casos de corrupção investigados são um exemplo.

 A falta de ética, no entanto, não atinge só os detentores do Poder, mas toda a sociedade, que parece ter mudado seus valores com o passar dos anos. Foi-se o tempo em que a palavra dada representava uma garantia.

 Atualmente as pessoas cometem pequenos delitos sem se preocupar com as consequências, muitas vezes com a certeza de que sairão impunes.

 As crianças crescem tendo como exemplo uma quase total inversão de valores. Honestidade deixou de ser regra e passou a exceção.
Já nos anos 70, a Lei de Gérson pregava que o importante é "levar vantagem em tudo". Quem pensa diferente é visto como tolo, ingênuo. 

A cultura da esperteza sempre foi aceita. Parece inútil qualquer tentativa para modificar essa situação. Mas a mudança depende de nós. De nada adianta cobrar comportamentos exemplares dos políticos, se por vezes também agimos de maneira errada.
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Na década de 70, o jogador Gérson, tricampeão com a Seleção Brasileira de Futebol, protagonizou uma campanha publicitária de uma marca popular de cigarros, tentando convencer o consumidor de que ela era a mais vantajosa por ser boa e barata.

 O produto era, portanto, indicado para quem "gosta de levar vantagem em tudo". O slogan da campanha fez sucesso e surgiu, a partir daí, a Lei de Gérson, para desconsolo do craque, que viu seu nome associado à malandragem.

 E mesmo após tantos anos, a "lei" sobrevive e pode explicar a "cultura da esperteza" do brasileiro.
O "jeitinho brasileiro" é motivo de orgulho para alguns. A toda hora há alguém tentando levar vantagem, seja sonegando impostos, pagando propina para livrar-se da burocracia, fazendo ligações clandestinas de TV a cabo, água ou luz, adulterando e falsificando documentos, ou ainda comprando produtos piratas, estacionando em fila dupla e furando fila.
 Quem não aproveita essas "facilidades" é chamado de ingênuo.
Até ter o nome "sujo na praça" para alguns deixou de ser motivo de constrangimento. 

O consumidor é seduzido pelo aumento da oferta de crédito, mas esquece que seu rendimento não cresce na mesma proporção e acaba na inadimplência.

 Para conseguir quitar suas dívidas, contrai novo crédito e suas finanças viram uma bola de neve. O fim do devedor acaba sendo o Serviço de Proteção ao Crédito e ele se acostuma com isso.
O comportamento moral da geração atuante hoje no País parece muito diferente se comparado ao das anteriores.

  o advogado Aleksandro Clemente (membro da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB/SP e do Idecrim, Instituto de Defesas Criminais) fala sobre este assunto. Ele diz acreditar que isso ocorre porque a geração atual não tem ideais: "Hoje se valoriza mais o "ter" do que o "ser".
Por isso os valores dessa geração são apenas o dinheiro, o carro, a beleza, o físico perfeito, e não a solidariedade, a amizade, o respeito, o cumprimento da palavra dada, a religião, a família...".
Uma frase dita por ele à época me marcou. Para o advogado, os atos de corrupção no cenário político brasileiro contradizem a regra ‘a ocasião faz o ladrão’.

 “A ocasião não faz, ela ‘mostra’ o ladrão”, disse Clemente, lembrando que uma pessoa honesta não se torna desonesta só porque lhe apareceu a oportunidade.


Apesar do quadro desestimulante, é possível reverter toda esta situação. Depende, porém, de gestos e atitudes de cada um de nós, em nossas casas, no trabalho e, principalmente, em nossa vida na comunidade.

 É necessário que cada um faça a sua parte, tendo claro que nem tudo que é ‘legal’ é ‘moral ou justo’. Pense nisso.

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