sábado, 9 de setembro de 2017

AUTOCONHECIMENTO!!!

Gostei  muito deste artigo, claro, tudo que leio e me identifico acabo postando, mesmo, por que no fundo acho que vai ajudar, abrir a mente de alguém em alguma momento. Mas esse artigo em especial, é do tipo: vigiai  


Autoconhecimento: Como conhecer a si mesmo?
    “Uma pessoa que se tornou consciente de si mesma, por meio de perguntas que lhe foram feitas, está em melhor posição de prever e controlar seu próprio comportamento(B. F. Skinner)

     A frase cunhada pelo psicólogo americano demonstra a importância do autoconhecimento, é claro que ainda há outros benefícios em se conhecer melhor, como por exemplo, uma boa autoestima, menos conflitos internos, entre outros. Porém existe um problema: o que é necessário fazer para chegar ao autoconhecimento? É sobre isso que gostaria de falar:

Conheça o outro
    Parece um disparate falar sobre autoconhecimento e começar com “conheça o outro”, mas na verdade todos os nossos conhecimentos são formulados a partir do mundo exterior. Por exemplo, eu sei que sou teimoso e que sou prestativo, mas se não houvesse com quem teimar ou a quem ajudar essas características não fariam sentindo. Do mesmo modo eu entendo que um é um defeito e outro é uma qualidade por que identifiquei isso em outras pessoas e pude tirar a minha conclusão a respeito delas. 
    Você nunca vai conseguir se enxergar do mesmo modo que é visto aos olhos de outrem, somos apenas capazes de nos ver do jeito que vemos aos outros. Por isso quanto mais conhecemos o outros mais compreendemos a nós mesmos.  
Conhecendo ao outro:
 A maior dificuldade em conhecer as pessoas é que quase sempre nos deixamos levar pelas aparências e pelos nossos preconceitos. Quando não gostamos de alguém, imediatamente tudo o que ele (a) faz é ruim, errado e mal intencionado, e guando gostamos desse alguém as conceitos são o oposto.  Nossas opiniões sobre o que bom ou mal são superficiais e nos impedem de entender os fenômenos ao nosso redor. Quando se rotula algo (ou alguém) como bom ou mal, deixa-se de analisar uma gama de detalhes que fazem muita diferença.  Para se conhecer verdadeiramente as outras pessoas é necessário suspender os nossos preconceitos e observar atentamente de forma imparcial. Não estou dizendo que você deva deixar suas emoções de lado, o primeiro motivo é que isso é praticamente impossível, e depois por que os seus sentimentos são parte importante no processo de conhecimento, aquilo que te desperta emoções diz algo a seu respeito.
Auto-observação
    É nesse ponto que geralmente começam os manuais de autoajuda e livros sobre misticismo quando tratam de autoconhecimento.  De modo geral eles propõem exercícios de introspecção ou alguma forma de meditação. Não vou negar que ambos são muito benéficos e ajudam a conhecer a si mesmo, mas são insuficientes. É muito fácil ser bonzinho e fazer tudo certinho quando não tem nada e nem ninguém te incomodando, mas esse não é o mundo real. Para se conhecer de verdade é preciso se observar diante das relações e situações do cotidiano. 
Como você age diante das dificuldades? Como se comporta com seus familiares e pessoas do seu trabalho? É respondendo perguntas assim que irá se conhecer de verdade.
   É nesse sentido que a psicoterapia se mostra eficiente como método de autoconhecimento. Ela te força a se observar e analisar a forma que lida e percebe o mundo. Ao mesmo tempo, existe um Outro ( o psicólogo) que lhe dá a sua visão sobre quem você é.

     Como se auto-observar: 
Passamos a maior parte do tempo agindo de forma inconsciente, como se estivéssemos no piloto automático e nunca nos damos conta do porque fazemos o que fazemos.  A partir de agora comece a prestar mais atenção nas coisas que faz durante o dia, principalmente no modo que se relaciona com os outros e com as tarefas que deve realizar. Observe também o modo que sente a cada momento, pois se ao agir de determinada forma fizer com que você não se sinta bem é sinal de essa ação não condiz com o seu ego.
     Não fuja: 
A maioria das pessoas é covarde. Sim, elas fogem ao primeiro sinal de perigo. Quando elas olham para si mesmas e percebem que são egoístas, vingativas, cruéis ou possuem qualquer outro defeito, elas simplesmente tentam esconder isso delas mesmas ou inventam desculpas para sustentar as suas más ações. Com toda a certeza existem aspectos do seu ego que você não vai aceitar, porém é necessário conhece-los. “No artigo Mudara personalidade é possível?” eu falo um pouco sobre autotransformação.

Um processo que nunca acaba
    Eu acredito que somos seres em formação, estamos sempre mudando. Essa transformação se torna mais intensa à medida que você se conhece melhor, desse modo toda vez que você se observa, impulsiona a sua mudança e por isso vai precisar se conhecer novamente e assim sucessivamente... 

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Aprendendo a Educar os Filhos



Aprendendo a Educar os Filhos

É comum pais apresentarem dúvidas sobre como educar seus filhos da melhor maneira. Questões como “posso colocá-lo de castigo? Como valorizar meu filho? Não consigo fazer meu filho me obedecer!” aparecem frequentemente na clínica de psicologia e mesmo em conversas de amigos. Apesar de existirem tantas dúvidas, não há um manual ou receita para a “educação perfeita”. Apesar disso, existem sim dicas e estilos parentais que podem ajudar nas difíceis decisões que envolvem a criação e o desenvolvimento das crianças e adolescentes.
É importante saber que as relações familiares e as práticas parentais são grandes responsáveis não só pela qualidade da interação familiar, mas também pelo desenvolvimento – ou não – de repertórios adequados dos filhos. “AS PRÁTICAS PARENTAIS CORRESPONDEM A COMPORTAMENTOS DEFINIDOS POR CONTEÚDOS ESPECÍFICOS E POR OBJETIVOS DE SOCIALIZAÇÃO, INCLUINDO ESTRATÉGIAS USADAS PARA SUPRIMIR COMPORTAMENTOS CONSIDERADOS INADEQUADOS OU PARA INCENTIVAR A OCORRÊNCIA DE COMPORTAMENTOS ADEQUADOS (ALVARENGA, 2001; DARLING & STEINBERG, 1993). DIVERSAS SÃO AS PRÁTICAS EDUCATIVAS PARENTAIS, AS PESQUISAS NA ÁREA AJUDAM A MOSTRAR QUAIS DESSAS PRÁTICAS SÃO MAIS POSITIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES.” (WEBER, L.N.D, 2006).
É essencial, para o bom desenvolvimento de um filho, que haja além de relacionamento afetivo, ou seja, demonstrações de amor e carinho, também a presença de regras e limites impostos pelos pais. E que, acima de tudo, todos consigam cumprir os combinados pré-estabelecidos.
Parece complicado, não é mesmo? Como conciliar a supervisão de regras e ao mesmo tempo ser carinhoso e afetuoso?
Um grande facilitador para essa árdua tarefa dos pais é a boa comunicação entre eles e os filhos! Vale lembrar que boa comunicação aqui não é o pai falar e o filho ouvir e obedecer, mas sim um diálogo entre as duas partes, no qual há expressão de opiniões, disponibilidade de ouvir e incentivo a falar sobre as dificuldades enfrentadas.
Podemos resumir algumas características importantes em três principais Estilos Parentais: Autoritário, Permissivo e Autoritativo. “DARLING E STEINBERG (1993) PROPUSERAM O ENTENDIMENTO DE ESTILO PARENTAL COMO O CONTEXTO EM QUE OS PAIS INFLUENCIAM SEUS FILHOS ATRAVÉS DE SUAS PRÁTICAS DE ACORDO COM SUAS CRENÇAS E VALORES, INDO ALÉM DA COMBINAÇÃO ENTRE EXIGÊNCIA E RESPONSIVIDADE.” (WEBER, L.N.D, 2006).
Falando especificamente de cada estilo parental, temos o Autoritário como aqueles pais que são bastante exigentes e controladores, não permitindo o desenvolvimento de autonomia da criança e que usam com frequência a punição como método de controle. Do outro lado da balança há os Permissivos, que são aqueles que cobram pouca responsabilidade das crianças e baseiam a relação pais-filhos com excesso de reforçadores positivos não contingentes. No saudável equilíbrio, existe o estilo parental mais adequado, chamado de Autoritativo, no qual há presença de regras e limites, ou seja, o desenvolvimento de responsabilidade da criança, porém há também muito afeto e aceitação por parte dos pais.
É importante lembrar que os pais apresentam-se sempre como modelo para seus filhos: se os filhos são agressivos, procure observar se os pais também emitem algum comportamento de agressividade; se os filhos são ansiosos, vale questionar a ansiedade também dos pais; e se os filhos são responsáveis e carinhosos, provavelmente os pais também o são.
Educar um filho e ajudá-lo a se desenvolver de forma adequado não é nada simples. É uma tarefa complexa e que exige muita dedicação dos pais! É preciso aprender a ensinar e educar, contudo, com boas orientações e disposição, é possível ser um ótimo modelo para as crianças e melhorar de forma significativa a interação familiar!

Se você se interessa pelo assunto, há em Campinas – SP, um Curso para Pais. O Programa de Qualidade na Interação Familiar é oferecido pelos psicólogos Alice Frungillo e Harley Martins. Entre em contato para mais informações através do e-mail: interacaofamiliar@hotmail.com

REFERÊNCIAS - Alvarenga, P. (2001). Práticas educativas parentais como forma de prevenção de problemas de comportamento. Em H. J. Guilhardi (Org.), Sobre Comportamento e Cognição (vol. 8, pp. 54-60). Santo André: ESETec Editores Associados.Darling, N. & Steinberg, L.(1993). Parenting style as context: An integrative model. Psychological Bulletin, 113, 487-496.Weber, L.N.D., Salvador, A.P.V. & Brandenburg, O.J. (2006). Medindo e promovendo qualidade na interação familiar. Em H.Guilhardi & N. Aguirre familiar (Orgs.), Sobre comportamento e cognição: expondo a variabilidade Vol. 18 (pp. 25-40). Santo André: Esetec

SER ALFABETIZADO É SER ALETRADO?


Uma vez alfabetizado, é possível o indivíduo ampliar seu nível de leitura e de letramento, de forma a tornar-se um sujeito autônomo e consciente. O principal suporte para a alfabetização é a leitura, pois lendo com frequência facilita a fixar a grafia correta das palavras ou seja, o aprendizado.
O PAPEL SOCIAL DA LEITURA E DA ESCRITA:
SER ALFABETIZADO É SER LETRADO?
Ilana da Silva Rebello Viegas (UFF)
RESUMO
Nos dias de hoje, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. Há alguns anos, não muito distantes, bastava que a pessoa soubesse assinar o nome, porque dela, só interessava o voto. Hoje, saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. É preciso ser capaz de não apenas decodificar sons e letras, mas entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos.
Afinal, o que falta a uma pessoa que sabe ler e escrever? Por que muitos terminam a Educação Básica e não conseguem entender uma bula de remédio ou redigir uma simples carta?
A preocupação com o analfabetismo funcional levou os pesquisadores ao conceito de “letramento” em lugar de “alfabetização”. O conceito de alfabetização tornou-se insatisfatório.
Assim, nas sociedades letradas, ser alfabetizado é insuficiente para vivenciar plenamente a cultura escrita e responder às demandas da sociedade. Mas, o que é letramento? Letrar é melhor que alfabetizar? O que é uma pessoa letrada? Quais as diferenças entre alfabetizar e letrar? Quando se pode dizer que uma criança ou um adulto estão alfabetizados? Quando se pode dizer que estão letrados? É possível alfabetizar letrando?
Estaremos discutindo, então, os conceitos de letramento e alfabetização. Atrelada a esses dois conceitos, abordaremos a importância de o professor incentivar a leitura e a escrita de diferentes gêneros textuais, a fim de que forme verdadeiros leitores e escritores.
(...) A leitura de mundo precede a leitura da palavra, (...) a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo mas por uma certa forma de “escrevê-lo” ou de “reescrevê-lo”, quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente. (Freire, 1989: 11 e 20)
Nos dias de hoje, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas da sociedade. Há alguns anos, não muito distantes, bastava que a pessoa soubesse assinar o nome, porque dela, só interessava o voto. Hoje, saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. É preciso ser capaz de não apenas decodificar sons e letras, mas entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos.
Afinal, o que falta a uma pessoa que sabe ler e escrever? Por que muitos terminam a Educação Básica e não conseguem entender uma bula de remédio ou redigir uma simples carta? Para Moacir Gadotti apud Vargas (2000: 14):
ato de ler é incompleto sem o ato de escrever. Um não pode existir sem o outro. Ler e escrever não apenas palavras, mas ler e escrever a vida, a história. Numa sociedade de privilegiados, a leitura e a escrita são um privilégio. Ensinar o trabalhador apenas a escrever o nome ou assiná-lo na carteira profissional, ensiná-lo a ler alguns letreiros na fábrica como perigoatençãocuidado, para que ele não provoque algum acidente e ponha em risco o capital do patrão não é suficiente... Não basta ler a realidade. É preciso escrevê-la. [Grifo da autora].
A preocupação com o analfabetismo funcional (terminologia que a Unesco recomendara nos anos 70, e que o Brasil passou a usar somente a partir de 1990, segundo a qual a pessoa apenas sabe ler e escrever, sem saber fazer uso da leitura e da escrita) levou os pesquisadores ao conceito de “letramento” em lugar de “alfabetização”. O conceito de alfabetização tornou-se insatisfatório. Segundo Soares (2000a: 1), “Se uma criança sabe ler, mas não é capaz de ler um livro, uma revista, um jornal, se sabe escrever palavras e frases, mas não é capaz de escrever uma carta, é alfabetizada, mas não é letrada”.
Assim, nas sociedades letradas, ser alfabetizado é insuficiente para vivenciar plenamente a cultura escrita e responder às demandas da sociedade de hoje. Mas, o que é letramento? Letrar é melhor que alfabetizar? O que é uma pessoa letrada? Quais as diferenças entre alfabetizar e letrar? Quando se pode dizer que uma criança ou um adulto estão alfabetizados? Quando se pode dizer que estão letrados? É possível alfabetizar letrando?
Mesmo que não consigamos responder a todas essas questões, somos conscientes de que é preciso um novo olhar, um jeito diferente de caminhar, a fim de conduzirmos o processo ensino-aprendizagem da leitura e da escrita de modo significativo tanto para crianças como para jovens e adultos.
Nesse texto, então, estaremos discutindo os conceitos de letramento e alfabetização. Atrelada a esses dois conceitos, abordaremos a importância de o professor incentivar a leitura e a escrita de diferentes gêneros textuais, a fim de que forme verdadeiros leitores e escritores.
QUAL A ORIGEM DA PALAVRA LETRAMENTO?
Segundo Soares (2000b: 15), a palavra “letramento” surge no discurso dos especialistas nas áreas de Educação e de Ciências da Linguagem na segunda metade dos anos 80. Uma das primeiras ocorrências está no livro de Mary Kato, de 1986, em que a autora afirma que “... a chamada norma-padrão, ou língua falada culta é conseqüência do letramento, motivo por que indiretamente, é função da escola desenvolver no aluno o domínio da linguagem falada institucionalmente aceita”.
É interessante observar que, mesmo Kato não tendo definido o que é letramento, ser letrado não se trata apenas de saber ler e escrever. A missão do professor é a de orientar o aluno na aquisição da flexibilidade lingüística necessária ao desempenho adequado que lhe será exigido em sociedade.  Analisar diferentes textos, compará-los, pesquisar os porquês das diferenças, construir regras sobre o uso da língua e, a partir das descobertas, reescrever textos são práticas que produzem excelentes resultados na capacitação do aluno no uso da língua. Nesse sentido, letrar é mais que alfabetizar.
Em 1988, dois anos depois da publicação de Mary Kato, Leda Verdiani Tfouni (1988) publica um livro intitulado “Adultos não alfabetizados: o avesso do avesso”, onde no capítulo introdutório distingue alfabetização de letramento.
Desde então, a palavra “letramento” torna-se cada vez mais freqüente no discurso escrito e falado de especialistas, de tal forma que, em 1995, já figura em título de livro organizado por Ângela Kleiman (1995) e em outro livro de Leda Verdiani Tfouni (1995).
Afinal, de onde vem a palavra letramento?
Sabe-se que a palavra “letramento” é versão para o português da palavra da língua inglesa “literacy” que pode ser traduzida como a condição ou estado que assume aquele que aprende a ler e escrever. Segundo Soares (2000b: 17), está implícita no conceito de “literacy” a idéia de que a escrita traz conseqüências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas, lingüísticas, quer para o grupo social em que seja introduzida, quer para o indivíduo que aprenda a usá-la. Um indivíduo letrado é capaz de envolver-se nas práticas sociais de leitura e de escrita. Diante disso, qual a diferença entre letrado e alfabetizado?
                         É ALFABETIZADO OU LETRADO?
LETRAR É MAIS QUE ALFABETIZAR?
Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever. Já letrado é aquele que sabe ler e produzir textos, dos mais variados gêneros e temas. Um escritor competente deve saber selecionar o gênero apropriado a seus objetivos e à circunstância em que realizará seu discurso.
Letrar é mais que alfabetizar. A alfabetização deve se desenvolver em um contexto de letramento como início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais. Alfabetizar letrando é, portanto, ensinar a ler e escrever o mundo, ou seja, no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, tendo em vista que a linguagem é um fenômeno social.
O processo de ensino-aprendizagem de leitura e escrita na escola não pode ser configurado como um mundo à parte e não ter a finalidade de preparar o sujeito para a realidade na qual se insere.
É importante destacar que letramento não é um método. A discussão do letramento surge sempre envolvida no conceito de alfabetização, o que tem levado a uma inadequada e imprópria síntese dos dois conceitos, com prevalência do conceito de letramento sobre o de alfabetização. Não podemos separar os dois processos, pois a princípio, o estudo do aluno no universo da escrita se dá ao mesmo tempo por meio desses dois processos: a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades da leitura e da escrita, o letramento.
O letramento inicia-se muito antes da alfabetização, ou seja, quando uma pessoa começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social. Como afirma Freire (1989: 11-12),
(...) A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto.
Nesse sentido, se a leitura de mundo precede a leitura da palavra, um indivíduo pode ser letrado, mas não alfabetizado. Por exemplo, um adulto mesmo não sabendo ler e escrever pode pedir a alguém que escreva por ele, dita uma carta, pede a alguém que leia para ele a carta que recebeu, ou uma notícia de jornal, ou uma placa na rua, ou a indicação do roteiro de um ônibus etc. Essa pessoa não sabe escrever e  não sabe ler, mas já conhece as funções da escrita e da leitura, lançando mão do alfabetizado. Segundo Soares (2000b: 47), essa pessoa é analfabeta, mas é, de certa forma, letrada, ou tem um certo nível de letramento. O mesmo acontece com crianças ainda não alfabetizadas. Para a autora (ibidem),
Uma criança que vive num contexto de letramento, que convive com livros, que ouve histórias lidas por adultos, que vê adultos lendo e escrevendo, cultiva e exerce práticas de leitura e de escrita: toma um livro e finge que está lendo (...), toma papel e lápis e “escreve” uma carta, uma história. Ainda não aprendeu a ler e escrever, mas é, de certa forma, letrada, tem já um certo nível de letramento.
Da mesma forma que é possível ter um certo nível de letramento e não ser alfabetizado, um indivíduo pode ser alfabetizado mas não ter um bom nível de letramento. É capaz de ler e escrever, porém, não possui habilidades para práticas que envolvem a leitura e a escrita: não lê revistas, jornais, receitas de médico, bulas de remédio etc., ou seja, apresenta grande dificuldade para interpretar textos lidos, como também, pode não ser capaz de escrever uma carta ou bilhete.
Ser alfabetizado não é condição essencial para ser letrado. É preciso que o processo de alfabetização seja significativo. Soares (2000b: 47) afirma então, que nesse caso, é possível uma pessoa ser alfabetizada, mas não letrada. Neste ponto, divergimos da autora porque acreditamos que uma pessoa não pode  possuir grau zero de letramento, tendo em vista que vive em uma sociedade grafocêntrica.
Diante disso, qual o papel do professor na formação não só de alfabetizados, como também de letrados? Como alfabetizar letrando? Se a educação é um processo contínuo, que só termina com a morte do indivíduo, como então fazer com que esse indivíduo sempre se interesse pelas práticas de leitura e de escrita? Como ajudá-lo a viver numa sociedade grafocêntrica?

O PAPEL DO EDUCADOR NA FORMAÇÃO
DE INDIVÍDUOS ALFABETIZADOS E LETRADOS
Numa sociedade letrada, o objetivo do ensino deve ser o de aprimorar a competência e melhorar o desempenho lingüístico do estudante, tendo em vista a integração e a mobilidade sociais dos indivíduos, além de colocar o ensino numa perspectiva produtiva.
O ensino da leitura e da escrita deve ser entendido como prática de um sujeito agindo sobre o mundo para transformá-lo e, para, através da sua ação, afirmar a sua liberdade e fugir à alienação.
É através da prática que desenvolvemos nossa capacidade lingüística. Conhecer diferentes tipos de textos não é, pois, decorar regras gramaticais e listas de palavras. No rap Estudo Errado, Gabriel, o Pensador, diz com propriedade: “Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi. Decoreba: este é o método de ensino. Eles me tratam como ameba e assim eu num raciocino”.
É lamentável que, no Brasil, a escola, lugar fundamental para a pessoa desenvolver sua capacidade de linguagem, continue limitando-se, na maioria das vezes, a um ensino mecânico. Na perspectiva do letramento, a leitura e a escrita são vistas como práticas sociais.
Vargas (2000: 7-8) apresenta uma distinção entre ledores e leitores muito importante quando se fala de alfabetização e de letramento. Segundo a autora,
[...] A estrutura educacional brasileira tem formado mais ledores que leitores. Qual é a diferença entre uns e outros se os dois são decodificadores de discursos? A diferença está na qualidade da decodificação, no modo de sentir e de perceber o que está escrito. O leitor, diferentemente do ledor, compreende o texto na sua relação dialética com o contexto, na sua relação de interação com a forma. O leitor adquire através da observação mais detida, da compreensão mais eficaz, uma percepção mais crítica do que é lido, isto é, chega à política do texto. A compreensão social da leitura dá-se na medida dessa percepção. Pois bem, na medida em que ajudo meu leitor, meu aluno, a perceber que a leitura é fonte de conhecimento e de domínio do real, ajudo-o a perceber o prazer que existe na decodificação aprofundada do texto.
O objetivo de se ensinar a ler e escrever deve estar centrado em propiciar ao estudante a aquisição da língua portuguesa, de maneira que ele possa exprimir-se corretamente, aconselhado pelo professor por meio de estímulos à leitura de variados textos, nos quais serão verificadas as diferentes variações lingüísticas, tornando um poliglota em sua língua, para que, ao dominar o maior número de variantes, ele possa ser capaz de interferir socialmente nas diversas situações a que for submetido.
A educação, sendo uma prática social, não pode restringir-se a ser puramente livresca, teórica, sem compromisso com a realidade local e com o mundo em que vivemos. Educar é também, um ato político. É preciso resgatar o verdadeiro sentido da educação. De acordo com Freire  ( 1989: 58-9),
(...) o ato de estudar, enquanto ato curioso do sujeito diante do mundo, é expressão da forma de estar sendo dos seres humanos, como seres sociais, históricos, seres fazedores, transformadores, que não apenas sabem mas sabem que sabem.
Assim, quando os alunos são o sujeito da própria aprendizagem, "seres fazedores, transformadores", no dizer de Paulo Freire, tomam consciência de que sabem e podem transformar o já feito, construído. Deixam a passividade e a alienação para se constituírem como seres políticos.
Como afirma Freire (1996: 42), o diálogo é fundamental em qualquer prática social. O diálogo consiste no respeito aos educandos, não somente enquanto indivíduos, mas também enquanto expressões de uma prática social.
(...) A grande tarefa do sujeito que pensa certo não é transferir, depositar, oferecer, doar ao outro, tomado como paciente de seu pensar a inteligibilidade das coisas, dos fatos, dos conceitos. A tarefa coerente do educador que pensa certo é, exercendo como ser humano a irrecusável prática de inteligir, desafiar o educando com quem se comunica e a quem comunica, produzir sua compreensão do que vem sendo comunicado. Não há inteligibilidade que não seja comunicação e intercomunicação e que não se funde na dialogicidade. O pensar certo por isso é dialógico e não polêmico.
O aluno não pode ser um simples objeto nas mãos do professor. É o que Freire (ibidem) chama de “educação bancária”, isto é, o educando, ao receber passivamente os conhecimentos, torna-se um depósito do educador. “Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua construção”. (Freire, ibidem: 52).
Cabe ao professor mostrar aos alunos uma pluralidade de discurso. Trabalhar com diferentes textos possibilita ao professor fazer uma abordagem mais consciente das variadas formas de uso da língua. Assim, o professor pode transformar a sua sala de aula num espaço de descobertas e construção de conhecimentos.
A tarefa de selecionar materiais de leitura para os alunos é uma das tarefas mais difíceis. Nessa escolha, são postas em jogo as diferentes concepções que tem cada professor sobre a aprendizagem, os processos de leitura, a compreensão, as funções dos textos e o universo do discurso. Além disso, coloca-se em jogo a representação que tem cada docente não só do desenvolvimento cognitivo e sócio-afetivo dos sujeitos a quem vão dirigidos os materiais, mas também dos interesses de leitura de tais destinatários. Assim, também intervém como variável significativa o valor que o docente atribui aos materiais enquanto recursos didáticos.
Trabalhar com gêneros textuais variados nos permite entender que a escolha de um gênero leva em conta os objetivos visados, o lugar social e os papéis dos participantes. Daí decorre a detecção do que é adequado ou inadequado em cada uma das práticas sociais.
Diante disso, na medida em que o educador tomar consciência de sua posição política, articulando conteúdos significativos a uma prática também significativa, desvinculando-se da função tradicional de mero transmissor de conteúdos e, conseqüentemente, de mero repetidor de exercícios do livro didático estará transformando o ensino da leitura e da escrita. Um educador como mediador, partindo da observação da realidade para, em seguida, propor respostas diante dela estará contribuindo para a formação de pessoas críticas e participativas na sociedade.
Assim, uma prática significativa depende do interesse do professor em planejar as suas aulas com coerência, visando a construção de conhecimentos com os alunos.
É importante destacar que letrar não é apenas função de professor de Língua Portuguesa. Em todas as áreas de conhecimento, em todas as disciplinas, os alunos aprendem através de práticas de leitura e de escrita: em História, em Geografia, em Ciências, mesmo em Matemática, enfim, em todas as disciplinas, os alunos aprendem lendo, interpretando e escrevendo.
Letrar é função de todos os professores, mesmo porque, em cada área de conhecimento, a escrita e a leitura têm peculiaridades, que só os professores que nela atuam é que conhecem e dominam.
O educador reeducando-se e transformando-se, deixará de vez "suas tarefas e as funções da educação sob a ótica das elites econômicas, culturais e políticas das classes dominantes", em direção a uma prática libertadora. Assim, o ensino deixará de ser um martírio, para se tornar num processo de construção permanente de conhecimentos. O educador deve estimular no aluno o pensamento crítico, de modo que ele possa atuar na sociedade como um indivíduo pensante, questionador.
Enfim, nos dias atuais, o conhecimento é uma das "ferramentas" para se conquistar oportunidades de trabalho e renda. Assim, aos professores, cabe a responsabilidade de fazer com que seus alunos se interessem pela leitura e pela escrita.
GOSTEI DESSE ARTIGO.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Super Adubo de Borra de Café Para Orquídeas e Outras Plantas ...

CULTIVE ROSEIRAS DO JEITO MAIS FÁCIL.



CULTIVANDO RASAS NA BATATINHA


DICAS PARA ROSEIRAS FICAR BONITAS FERTILIZANTE 8-12-10  E MOLHAR SEMPRE AO MEIO DIA,AREIA E TERRA EM PARTES IGUAIS, PODAR 5 A 4 GEMAS LONGE DO SOLO E PODAR SEMPRE E SEM PENA OU DÓ E NA LUA MINGUANTE, 

PROCEDIMENTO
Corte o talo 4 cm abaixo da flor, num ângulo de 40 graus.
A flor pode ser aproveitada em algum vaso por alguns dias, mas será o talo que iremos plantar – deixe-o liso, sem folha alguma.
Pegue a faca e faça um furo no meio da batata.
 Feito isso, coloque a haste da rosa dentro dele.
Em seguida, coloque terra no vaso e deixe um espaço para colocar a batata bem no centro.
Corte a garrafa no fundo e a insira com cuidado ao redor do talo.
A garrafa vai funcionar como uma miniestufa.
Regue diariamente durante uma semana.
Passado esse período, possivelmente o talo estará mostrando suas primeiras folhas.
Aguarde, pois logo as flores nascerão.

Este é um blog de notícias sobre tratamentos caseiros. Ele não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.

FAMÍLIAS QUE ORAM JUNTAS, PERMANECEM JUNTAS!

  FAMÍLIAS QUE ORAM JUNTAS, PERMANECEM JUNTAS!

Como pais surgem inúmeras perguntas a respeito do que precisamos ensinar como prioridade para nossos filhos. Acerca de nossas responsabilidades, que atitudes vão fazer a diferença na vida deles?

Um juiz americano foi questionado sobre o que nós como cidadãos e pais do mundo poderíamos fazer para reduzir o crime e a desobediência e trazer paz e alegria em nossas vidas e nações. Ele respondeu: "Gostaria de sugerir um retorno ao antigo costume de orar em família". 

Os tempos são outros, as novidades tecnológicas afetam a todas as famílias, especialmente aos jovens e adultos; o tempo de unir-se em família junto à mesa do jantar parece ser insignificante agora com tantas novidades online; as tradições familiares estão perdendo a força, e os resultados aparecem nitidamente na sociedade e podem aparecer em nossos filhos também, que afinal vivem nesse meio.
 Pergunte-se: Qual é a tradição existente em seu lar hoje? Quais conhecimentos, doutrinas, costumes e práticas estamos ensinando da nossa geração atual para nossos filhos e netos? O que como pais estamos fazendo que seja digno de honra, e possa ser imitado?

 Para que nossos filhos sejam íntegros, respeitosos, obedientes, honrados, honestos, e outras coisas mais que tanto desejamos que sejam é necessário que vejam isso acontecer dentro de casa. Se viverem em um ambiente de integridade total, serão verdadeiramente íntegros.  

Carecemos hoje ensinar e instruir nossos filhos no caminho do Senhor, independentemente de qual religião fazemos parte, não podemos esperar que nossos filhos crianças ainda desenvolvam um caráter e valores familiares sozinhos. Um grande auxílio para essa tarefa são as orações familiares, que podem mudar vidas, vejamos: 

 1. Orar juntos fortalece as lembranças eternas

Queremos deixar lições e um legado para nossos filhos, exemplos de ações que possam ser seguidos por muitas gerações, tesouros que são incomensuravelmente mais valiosos do que qualquer bem material ou posse que edificaremos. Queremos que nossos filhos se recordem com alegria e gratidão dos momentos que passamos juntos em família, em oração, em união. 

"Não há visão mais bela em todo esse mundo do que ver uma família orando juntos. Há real significado na tão citada frase: A família que ora unida, permanece unida".
2. Orar juntos pode aumentar significativamente o amor no lar 

Um dos alicerces mais seguros de uma casa é o amor que existe dentro dela, a oração contínua é um tijolo bem firme, colocado com muito cimento, que dificilmente cairá.

Quando expressamos preces em palavras de amor pela família, "reflete o sagrado espírito das relações familiares, de condições sublimes de demonstrações de amor e zelo Celestial uns pelos outros"

3. Orar juntos pode ajudar a levantar uma bandeira de objetivos comuns, ouvir e entender as preocupações uns dos outros. 

Experimente trocar um castigo devido a uma briga de seus filhos, por uma oração um pelo outro, pode trazer resultados impressionantes e mais eficazes. A oração pelo outro nos ajuda a compreender seus motivos, suas dores e sofrimentos, pode acabar com o bullying familiar, pode fortalecer vínculos afetivos entre irmãos, pais e netos. Quando ouvimos mais, entendemos mais.

 Quando um irmão ora pelo outro irmão, ou pelos pais, isso o ajuda a compreender suas dificuldades, a família torna-se amiga, próxima, confidente. 

4. Orar juntos pela manhã e refazer a tradição da oração à noite ensina disciplina

Começar e terminar o dia com uma oração muda o rumo das suas decisões, a paz e sabedoria da oração nos aproximam daquilo que o Pai Celestial quer de nós para aquele dia. 

Um dos propósitos principais da disciplina é ensinar obediência. Obedecer a Deus, além de obedecer aos seus pais, torna nossos filhos espirituais, e, portanto, mais fortes para sobrepujar as dificuldades, "embora nossos filhos sejam inocentes perante Deus, o ser maligno é capaz de tirar-lhes a luz e a verdade pela desobediência",. Mas se alicerçados em tradições familiares fortes como a oração, podem ganhar essa batalha. 

5. Orar com os filhos educa-os a serem pessoas mais humildes e arrependidas 

Em nossas orações, agradecemos a Deus pelas bênçãos recebidas. Por ser bondoso e gentil, pedimos Seu auxílio para nossas dificuldades e confessamos nossos pecados e erros a Ele, admitindo que dependemos de Sua graça e misericórdia para que sejamos salvos. 

Ao ensinarmos esse princípio básico da oração arrependida aos nossos filhos, também lhes ensinamos a ser humildes, assumir a culpa, pedir desculpas, arrepender-se e consertar seus erros. 

6. Oração em família traz conforto e consolo para aquele que está longe de casa 

A oração familiar vai reascender o hábito da oração pessoal em nossos filhos, vai ensiná-los que Deus sempre estará lá (ao lado deles) onde quer que estejam nunca estarão sozinhos. 

Se algum membro da família passar por dificuldades fora de casa, seja estudando ou trabalhando, poderá saber que as pessoas que ama estão naquele momento orando juntas para o seu bem-estar, ele sentirá paz, consolo e conforto em seu coração. 

Um dos maiores benefícios da oração familiar é a nítida melhora na comunicação entre a família. Pratique,a oração  ore sim, com sua família, para a sua família e para outras famílias que você conhece ou não conhece mas ore assim mesmo ore pelo mundo seja caridoso com o teu irmão exercite essa demonstração de amor e caridade e perceba a maravilha de pertencer a uma família linda e feliz com realizações benéficas para o mundo. Que o o seu coração se encha de luz e muita paz.

Fonte: familia.com.br

DEIXE AFLORAR O TEU AMOR PELOS ANIMAIS!

 Progresso dos Animais

Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso
dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar.
Portanto quem chuta ou maltrata um animal é alguém
que não aprendeu a amar.
Chico Xavier

Reencarnação e Alma dos Animais por Chico Xavier


Os animais possuem alma, estão em caminhos de evolução.Chico Xavier nos deixou esta linda mensagem sobre nossos irmãos menores, os animais.
Os cães como todos os seres viventes, possuem alma e segundo nosso irmão Chico Xavier, se tratados com respeito, amor e carinho, podem após seu desencarne, ainda permanecer até 4 anos ao lado de quem tanto lhe deu amor. É uma forma de não sofrerem com a separação. Mas eles voltam ter a mesma vitalidade de quando eram filhotes. Quem já perdeu um amigo, fique sabendo que ele continuou ou continua ao seu lado, com a mesma felicidade de sempre!!!
Os animais, diferentemente, do homens, não possuem o tempo da erraticidade (intervalo mais ou menos longo entre uma encarnação e outra). Quando morrem, quase que instantaneamente, sua alma ou energia vital é atraída, magneticamente e por afinidade para mais um processo de encarnação. Dessa forma, de pouquinho em pouquinho, vai progredindo. Devemos lembrar que a lei do progressa é um dos princípios fundamentais da doutrina espírita.
A alma de alguns animais podem, a exemplo dos cachorros, retornar rapidamente para seu dono, através de outro que nasça. Mas isso ocorre, somente, por merecimento e mérito nosso. Isso nos leva a entender que assim como nós seres humanos que buscamos a evolução em direção a Jesus, também os animais buscam a evolução em direção à nós. A energia vital que os habita sente as experiências vividas e apreende as sensações que lhes é como as nossas provas e expiações. O resultado é a progressiva evolução entre os reinos animais e as personalidades únicas evidenciadas pelos diferentes animais e suas características.
Veja um relato bem interessante 
sobre 
Chico Xavier e sua cadelinha boneca:
chico e cachorro
Chico Xavier tinha uma cachorra de nome Boneca, que sempre esperava por ele, fazendo grande festa ao avistá-lo. Pulava em seu colo, lambia-lhe o rosto como se o beijasse. O Chico então dizia: – Ah Boneca, estou com muitas pulgas !!!!
Imediatamente ela começava a coçar o peito dele com o focinho. Boneca morreu velha e doente. Chico sentiu muito a sua partida. Envolveu-a no mais belo xale que ganhara e enterrou-a no fundo do quintal, não sem antes derramar muitas lágrimas. Um casal de amigos, que a tudo assistiu, na primeira visita de Chico a São Paulo, ofertou-lhe uma cachorrinha idêntica à sua saudosa Boneca.
A filhotinha, muito nova ainda, estava envolta num cobertor, e os presentes a pegavam no colo, sem contudo desalinhá-la de sua manta. A cachorrinha recebia afagos de cada um. A conversa corria quando Chico entrou na sala e alguém colocou em seus braços a pequena cachorra. Ela, sentindo-se no colo de Chico, começou a se agitar e a lambê-lo.
– Ah Boneca, estou cheio de pulgas!!! Disse Chico.
A filhotinha começou então a caçar-lhe as pulgas, e parte dos presentes, que conheceram a Boneca, exclamaram:
– Chico, a Boneca está aqui, é a Boneca, Chico!! Emocionados perguntamos como isso poderia acontecer. Chico respondeu:
 Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta. É, Boneca está aqui, sim, e ela está ensinando a esta filhota os hábitos que me eram agradáveis.
Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar. Por isso, quem maltrata um animal vai contra as leis de Deus, porque Suas leis são as leis da preservação da natureza. E, com certeza, quem chuta ou maltrata um animal é alguém que ainda não aprendeu a amar.

INICIO

VAMOS MELHORAR A NÓS MESMOS ! ! ! ESSE É UM DEDINHO DE PROSA AO PÉ DO RADIO ! ! !

  MÚSICA : CLAUDINHO E BUCHECHA - COISA DE CINIMA. Em nossa cultura temos a ideia errônea de que amar é algo que já sabemos de nascença. Eu ...