quinta-feira, 10 de outubro de 2024

DESITOXICAR O CORPO.

 


Durante a correria do dia a dia, é comum que os cuidados com o corpo acabem ficando em segundo lugar, abrindo espaço para hábitos que geram prejuízo ao organismo, como a má alimentação e o sedentarismo. desintoxicação, processo de limpeza natural do organismo que pode ser potencializada por meio de certas práticas, é a melhor maneira de combater os danos causados pelos maus hábitos e fortalecer a saúde.

O que é desintoxicação?

Ao contrário do que se pensa, a desintoxicação não está ligada a dietas de emagrecimento com promessas de sucos milagrosos ou à compensação de exageros. Sendo um processo fisiológico natural do corpo realizado em todos os órgãos, mas com predominância no fígado, cérebro, pulmões e intestino, a desintoxicação diz respeito à neutralização de toxinas, eliminação de impurezas e ao reequilíbrio do organismo. 

Por que desintoxicar o corpo é necessário?

Ao se sobrecarregar com substâncias nocivas, o corpo humano perde a vitalidade e fica mais suscetível a apresentar desordens como cansaço excessivo, retenção de líquidos, redução do metabolismo, alergias, ansiedade, sono conturbado, envelhecimento precoce da pele e diminuição da imunidade.

Por meio da desintoxicação, o organismo limpa essas impurezas, restaurando o equilíbrio e o funcionamento ideal dos órgãos. Para além da saúde e qualidade de vida, a desintoxicação também proporciona benefícios estéticos, como a revigoração da pele, o fortalecimento das unhas e um maior brilho aos cabelos. 

5 dicas para desintoxicar o organismo

Embora a desintoxicação seja um processo que ocorre naturalmente, a adoção de alguns hábitos pode potencializá-la, tornando-a ainda mais eficiente. 

Suco de manga é um alimento para desintoxicação

1. Hidrate-se bem!

Uma boa hidratação é essencial para um bom metabolismo e para a desintoxicação, afinal, a água auxilia no bom funcionamento de todas as células do nosso corpo, além de ser a responsável pela eliminação das toxinas do sangue, com a filtragem feita pelo rim. Para estar bem hidratado, o indicado é beber no mínimo 2 litros de água por dia. 

Além da água, outros líquidos também podem contribuir para a sua hidratação, como sucos naturais e chás, ambos consumidos sem a adição de açúcar, já que o excesso da substância pode causar problemas circulatórios e também afetar a filtragem do sangue pelos rins.

Para a desintoxicação, os chás mais recomendados são o de dente-de-leão, o de hortelã e o chá verde, por terem grande potencial diurético, e o chá de hibisco, que aumenta as enzimas desintoxicantes do fígado. 

SEGUNDA

2. Alimente-se de forma nutritiva

Uma dieta voltada para a desintoxicação deve ser rica em nutrientes. Por isso, recomenda-se o consumo abundante de frutas, verduras e legumes. 

Laranjas e frutas vermelhas como morango, mirtilo, framboesa, amora e até mesmo jabuticaba e açaí são ricas em substâncias antioxidantes e antiinflamatórias, essenciais para a desintoxicação do fígado, e que também atuam contra o envelhecimento celular precoce e amenizam os danos à pele. 

Além das frutas, vegetais de cor verde escura como espinafre, couve, chicória, rúcula e brócolis também devem ser incluídos na alimentação. Ricos em fibra, eles contribuem para a desintoxicação e o bom funcionamento do intestino. Por terem vitaminas A, C e K, esses vegetais também atuam como antioxidantes, e estimulam o aumento da imunidade. 

Outros alimentos ideais para a desintoxicação são o abacaxi, por seu potencial diurético, o gengibre e a cúrcuma, por acelerarem o metabolismo, e os cereais integrais, que possuem minerais que facilitam a desintoxicação. 

alimentos para desintoxicação

3. Evite consumir alimentos com toxinas

A maior parte das toxinas absorvidas pelo corpo chegam ao organismo pela alimentação. Por isso, para que a desintoxicação aconteça, é necessário evitar alimentos que contenham conservantes, acidulantes e emulsificantes, assim como o excesso de sal, gorduras e açúcar, que também favorecem o acúmulo das impurezas. 

Como os industrializados e ultraprocessados são os alimentos e bebidas que mais contém esse tipo de substância, o segredo está em desembalar menos, e descascar mais. 

Apesar disso, cuidados também devem ser tomados na hora de escolher alimentos in natura, afinal, muitos são produzidos com o uso de agrotóxicos, toxinas que podem acabar se acumulando no organismo e causando diversos danos à saúde. Por isso, prefira consumir alimentos orgânicos. 

Caso não consiga eliminar os ultraprocessados da sua rotina, uma forma de amenizar os efeitos negativos é escolher os produtos com o menor número de ingredientes em sua composição. Leia sempre os rótulos e busque pelas alternativas com a menor quantidade de componentes químicos. A regra de ouro para rótulos de produtos industrializados é: menos, é mais! Além disso, optar por industrializados feitos com ingredientes orgânicos também é uma boa alternativa. 

4. Exercite-se regularmente

Depois da má alimentação, o sedentarismo é o hábito que mais contribui para o acúmulo de toxinas no corpo. 

Os benefícios da prática frequente de atividades físicas são diversos e diretamente ligados ao equilíbrio e bom funcionamento geral do organismo, reduzindo níveis de açúcar e gordura no sangue, dando mais eficiência a processos fisiológicos. 

Em relação à desintoxicação, um estudo realizado pela Universidade de São Paulo A (USP) e publicado no jornal científico Scientific Reports apontou que a prática de exercícios físicos contribui com a eliminação de toxinas dos músculos que, quando acumuladas, são capazes de causar a fraqueza dos músculos e a perda de células musculares. 

5. Cuide da sua mente

O cérebro é um dos principais órgãos onde a detoxificação acontece

Já que o processo está relacionado não só à eliminação de substâncias nocivas, mas também ao reequilíbrio do organismo, cuidar da mente é essencial.

 Assim, para além de uma alimentação rica em substâncias que ajudem a manter a saúde fisiológica do cérebro, a prática de atividades que proporcionem bem estar mental também deve estar presente. 

Exercícios físicos, por exemplo, são capazes de atuar nesse sentido, já que diminuem o estresse e atuam na produção de neurotransmissores diretamente ligados ao bem estar, como a serotonina, a dopamina e a endorfina. 

A meditação também é uma aliada, já que limpa

 e relaxa a mente, diminui o estresse, potencializa a autoestima e amplia emoções positivas. Como as atividades que proporcionam relaxamento e bem estar são subjetivas, o ideal é que cada um adapte seus hábitos ao que lhe faz sentir melhor. Algumas sugestões são: 

  • Criar o hábito da leitura;
  • Ter contato com a natureza e o ar livre;
  • Ouvir músicas calmas;
  • Fazer esfoliações faciais e outras práticas de skincare e beleza. 

Se possível, outra boa pedida é fazer uma drenagem linfática, já que, além de relaxante e boa para a autoestima, ela também atua na melhora da saída das toxinas dos tecidos para a circulação

Além disso, mais um hábito indispensável para uma boa saúde mental é manter uma rotina com horas de sono o suficiente para permitirem o pleno descanso do corpo e da mente. 

Por quanto tempo manter os hábitos desintoxicantes?

Para que os benefícios de todos esses cinco passos sejam percebidos, é necessário que as práticas sejam mantidas por cerca de 10 a 15 dias consecutivos. No entanto, por serem extremamente benéficos à saúde, sugere-se que, passado esse período, a tentativa seja incorporar a maior quantidade possível desses costumes na rotina de forma definitiva. Fazendo isso, as vantagens da desintoxicação serão sentidas constantemente. 

Uma recomendação adicional é não esperar até depois de ocasiões festivas como o Natal e o ano novo, conhecidas por todas suas delícias típicas e irresistíveis, para adotar as práticas desintoxicantes, como acontece na maior parte dos casos. Recorra a elas sempre que sentir que o organismo poderia estar funcionando de forma melhor. Ouça o seu corpo!

  • O que é desintoxicação?

    É o processo de limpeza do organismo através do consumo de alimentos livres de agrotóxicos ou excesso de procedimentos de processamento artificiais

  • Quanto tempo leva para desintoxicar?

    Os processos de desintoxicação podem levar de 3 dias a mais de duas semanas – o tempo vai variar de acordo com o acúmulo de toxinas no organismo

  • Quais os sintomas de desintoxicação?

    Quando estiver desintoxicado, a pessoa pode se sentir mais leve no dia a dia, com maior disposição, menos inchaço no corpo e melhor regularidade intestinal


segunda-feira, 7 de outubro de 2024

O que comer antes do treino? Tudo sobre alimentação antes ou depois de se exercitar

 


Autora: Dra. Lilian Albuquerque - Médica endocrinologista 

Saber o que comer antes do treino é muito importante para que atletas e entusiastas melhorem seus desempenhos individuais e alcancem seus objetivos.  

Cada indivíduo possui um metabolismo diferente. Nesse ponto, traçar as estratégias de acordo com suas individualidades e com o apoio de profissionais especializados é fundamental.  

 

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O que comer no pré-treino para dar energia?  

A ingestão alimentar equilibrada com quantidade e qualidade adequadas de micronutrientes e macronutrientes é essencial para uma resposta satisfatória ao exercício físico, bem como para a adaptação e evolução do treinamento.  

Nem todos indivíduos necessitam de uma orientação alimentar específica como pré e pós-treino. Por exemplo, há indivíduos que treinam no início do turno da tarde e, dessa forma, a refeição do almoço pode ser classificada com o pré-treino. 

A quantidade energética a ser consumida, dentre outros fatores, é influenciada pela carga de treinamento (volume e intensidade) e, muitas vezes, a distribuição alimentar ao longo do dia já atende às demandas necessárias. Em caso de orientada essa ingestão de pré-treino, deve-se dar preferência aos carboidratos que são parte do grupo dos alimentos energéticos.  

Podemos citar os seguintes alimentos: 

  • Frutas, como banana e açaí; 

  • Tubérculos, como a batata doce;  

  • Pães e cereais integrais, como aveia.  

A escolha por carboidratos complexos auxilia na estabilização da glicemia, sendo boas escolhas para exercícios de resistência, além de ajudarem na saciedade. Pode-se associar, quando indicado, alguma fonte proteica como leite, iogurte e pasta de atum ou de ricota. 

É bom comer ovo antes do treino? 

 

O ovo é um dos alimentos mais completos, rico em micronutrientes e uma excelente fonte proteica para ganho de massa muscular. O consumo antes do treino pode ajudar na cota calórica e proteica dentro do plano alimentar individual. 

O que comer antes do treino para ganhar massa muscular? 

O ganho de massa muscular está relacionado a fatores como tipo de treino, com melhores respostas com exercícios de resistência, ingestão de nutrientes, além de componentes genéticos intrínsecos de cada indivíduo.  

O consumo adequado de proteínas nesse contexto é fundamental. As proteínas são alimentos construtores, sendo formadas por aminoácidos (moléculas orgânicas que possuem como base um átomo de carbono, um grupo carboxila, um grupo amino e um hidrogênio).  

Os principais aminoácidos relacionados à saúde muscular são a leucina, isoleucina e valina, que são aminoácidos essenciais, ou seja, não são produzidos pelo próprio organismo e necessitam ser adquiridos via alimentação em fontes como ovos e carnes. Após a realização de exercícios, a reconstrução muscular ocorre de forma mais proeminente nas primeiras horas após o treino e permanece ao longo das demais horas do dia. Dessa forma, o consumo proteico após a realização da atividade e também ao longo das outras refeições do dia é importante. O organismo absorve, em geral, cerca de 30g de proteínas por refeição, então, não há sentido condensar quantidades bem maiores em um só momento.  

Antes do treino, pode-se associar a ingestão de proteínas, mas a prioridade deve ser consumir carboidratos, que são alimentos energéticos, como frutas e cereais integrais.  

Vale lembrar que cada indivíduo deve ser avaliado e orientado de forma individualizada de acordo com suas necessidades metabólicas e metas a serem alcançadas. 

O que comer antes do treino para emagrecer? 

O emagrecimento está relacionado ao déficit calórico, ou seja, o resultado negativo entre a quantidade de calorias ingeridas e o gasto energético do indivíduo durante o dia. A quantidade energética a ser consumida ao longo do dia é influenciada pela taxa metabólica basal e pelo fator de atividade que varia com o sexo e intensidade do exercício físico. Nesse contexto, uma das maneiras de classificar a prática esportiva é por meio do volume do exercício, sendo leve quando apresenta <150 minutos por semana; moderado 150-750 minutos por semana e intenso em duração > 750 minutos por semana.  

Não existe um alimento específico ou grupo alimentar que deva ser consumido antes dos exercícios que esteja associado a redução de peso. Deve-se considerar, então, a ingesta alimentar total. Uma forma mais prática de estimar a quantidade calórica a ser consumida ao dia visando reduzir peso é utilizar a “receita de bolso” 20-25cal/Kg de peso. 

Para ter maior disposição durante o treino, melhorar o rendimento e potencializar o gasto calórico e, assim, a redução do peso, orienta-se que a alimentação, quando estiver indicada como pré-treino, seja realizada com intervalo de até cerca de 1h antes do início das atividades e com alimentos de digestão mais fácil, em pequenas quantidades, devendo-se evitar consumo de gorduras, visando precaver possíveis desconforto estomacais como náuseas. 

O que comer antes do treino de crossfit, jiu jutsu e demais artes marciais? 

Essas modalidades de exercícios físicos estão relacionadas a elevado gasto calórico. Geralmente, é orientada a ingestão de alimentos energéticos antes dessas atividades para não comprometer o desempenho durante o treino, mas depende do grau de adaptação de cada indivíduo.  

A necessidade e a quantidade a ser ingerida deve ser individualizada de acordo com particularidades de cada pessoa e de fatores como condicionamento físico e duração do treinamento. Os alimentos energéticos são as fontes rápidas de energia após a digestão e absorção de seus nutrientes, como os carboidratos (cereais, tubérculos e raízes). Outro ponto fundamental é a hidratação. Deve ser realizada não apenas antes do treino, mas também durante e após. A desidratação está relacionada a indisposição; o que piora o desempenho do praticante do exercício, seja este desportista ou atleta profissional, além de estar relacionada a outros sintomas como náuseas, vômitos e tonturas. 

O que comer depois do treino? 

Após a realização dos exercícios físicos, é importante a reposição de nutrientes. A ingestão de proteínas é fundamental para a formação e reconstrução muscular. Idealmente, a ingestão deve ser realizada nas primeiras horas após o treino, mas a oferta proteica distribuída ao longo do dia em outras refeições é de suma importância nesse processo.  

Boas fontes proteicas são as que apresentam elevado valor biológico, ou seja, são mais facilmente digeridas e absorvidas pelo trato gastrointestinal. Ovos, leite e derivados, carne, aves, peixe, quinoa e soja estão entre as principais fontes. Estudos demonstram que a associação de carboidratos às proteínas potencializa os resultados na resposta muscular. Em geral, a composição proteína carboidrato é realizada na proporção 1:3.  

A quantidade a ser consumida desses macronutrientes varia de acordo com cada indivíduo, cota calórica recomendada para perda, manutenção ou ganho de peso e com objetivos almejados com a prática do esporte. O consumo proteico orientado ao dia varia de 0,8g ̸ Kg de peso a 1,7 ou mais de indivíduos praticantes eventuais de exercícios a prática regular de atividades de força e explosão. A quantidade de carboidratos varia de 3 a 12g ̸ Kg de peso nas atividades de programas de treinamento leve a muito intenso. Dessa forma, o acompanhamento com profissional especializado na área é imprescindível (endocrinologista, nutrólogo, nutricionista) para as orientações pertinentes a cada caso. 

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