sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Aprendendo a Educar os Filhos



Aprendendo a Educar os Filhos

É comum pais apresentarem dúvidas sobre como educar seus filhos da melhor maneira. Questões como “posso colocá-lo de castigo? Como valorizar meu filho? Não consigo fazer meu filho me obedecer!” aparecem frequentemente na clínica de psicologia e mesmo em conversas de amigos. Apesar de existirem tantas dúvidas, não há um manual ou receita para a “educação perfeita”. Apesar disso, existem sim dicas e estilos parentais que podem ajudar nas difíceis decisões que envolvem a criação e o desenvolvimento das crianças e adolescentes.
É importante saber que as relações familiares e as práticas parentais são grandes responsáveis não só pela qualidade da interação familiar, mas também pelo desenvolvimento – ou não – de repertórios adequados dos filhos. “AS PRÁTICAS PARENTAIS CORRESPONDEM A COMPORTAMENTOS DEFINIDOS POR CONTEÚDOS ESPECÍFICOS E POR OBJETIVOS DE SOCIALIZAÇÃO, INCLUINDO ESTRATÉGIAS USADAS PARA SUPRIMIR COMPORTAMENTOS CONSIDERADOS INADEQUADOS OU PARA INCENTIVAR A OCORRÊNCIA DE COMPORTAMENTOS ADEQUADOS (ALVARENGA, 2001; DARLING & STEINBERG, 1993). DIVERSAS SÃO AS PRÁTICAS EDUCATIVAS PARENTAIS, AS PESQUISAS NA ÁREA AJUDAM A MOSTRAR QUAIS DESSAS PRÁTICAS SÃO MAIS POSITIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES.” (WEBER, L.N.D, 2006).
É essencial, para o bom desenvolvimento de um filho, que haja além de relacionamento afetivo, ou seja, demonstrações de amor e carinho, também a presença de regras e limites impostos pelos pais. E que, acima de tudo, todos consigam cumprir os combinados pré-estabelecidos.
Parece complicado, não é mesmo? Como conciliar a supervisão de regras e ao mesmo tempo ser carinhoso e afetuoso?
Um grande facilitador para essa árdua tarefa dos pais é a boa comunicação entre eles e os filhos! Vale lembrar que boa comunicação aqui não é o pai falar e o filho ouvir e obedecer, mas sim um diálogo entre as duas partes, no qual há expressão de opiniões, disponibilidade de ouvir e incentivo a falar sobre as dificuldades enfrentadas.
Podemos resumir algumas características importantes em três principais Estilos Parentais: Autoritário, Permissivo e Autoritativo. “DARLING E STEINBERG (1993) PROPUSERAM O ENTENDIMENTO DE ESTILO PARENTAL COMO O CONTEXTO EM QUE OS PAIS INFLUENCIAM SEUS FILHOS ATRAVÉS DE SUAS PRÁTICAS DE ACORDO COM SUAS CRENÇAS E VALORES, INDO ALÉM DA COMBINAÇÃO ENTRE EXIGÊNCIA E RESPONSIVIDADE.” (WEBER, L.N.D, 2006).
Falando especificamente de cada estilo parental, temos o Autoritário como aqueles pais que são bastante exigentes e controladores, não permitindo o desenvolvimento de autonomia da criança e que usam com frequência a punição como método de controle. Do outro lado da balança há os Permissivos, que são aqueles que cobram pouca responsabilidade das crianças e baseiam a relação pais-filhos com excesso de reforçadores positivos não contingentes. No saudável equilíbrio, existe o estilo parental mais adequado, chamado de Autoritativo, no qual há presença de regras e limites, ou seja, o desenvolvimento de responsabilidade da criança, porém há também muito afeto e aceitação por parte dos pais.
É importante lembrar que os pais apresentam-se sempre como modelo para seus filhos: se os filhos são agressivos, procure observar se os pais também emitem algum comportamento de agressividade; se os filhos são ansiosos, vale questionar a ansiedade também dos pais; e se os filhos são responsáveis e carinhosos, provavelmente os pais também o são.
Educar um filho e ajudá-lo a se desenvolver de forma adequado não é nada simples. É uma tarefa complexa e que exige muita dedicação dos pais! É preciso aprender a ensinar e educar, contudo, com boas orientações e disposição, é possível ser um ótimo modelo para as crianças e melhorar de forma significativa a interação familiar!

Se você se interessa pelo assunto, há em Campinas – SP, um Curso para Pais. O Programa de Qualidade na Interação Familiar é oferecido pelos psicólogos Alice Frungillo e Harley Martins. Entre em contato para mais informações através do e-mail: interacaofamiliar@hotmail.com

REFERÊNCIAS - Alvarenga, P. (2001). Práticas educativas parentais como forma de prevenção de problemas de comportamento. Em H. J. Guilhardi (Org.), Sobre Comportamento e Cognição (vol. 8, pp. 54-60). Santo André: ESETec Editores Associados.Darling, N. & Steinberg, L.(1993). Parenting style as context: An integrative model. Psychological Bulletin, 113, 487-496.Weber, L.N.D., Salvador, A.P.V. & Brandenburg, O.J. (2006). Medindo e promovendo qualidade na interação familiar. Em H.Guilhardi & N. Aguirre familiar (Orgs.), Sobre comportamento e cognição: expondo a variabilidade Vol. 18 (pp. 25-40). Santo André: Esetec

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