As plantas são inteligentes sim, afinal, o que na Natureza não possui inteligência? Costumamos olhar para as coisas tomando nós mesmos como referencial, daí a dificuldade de ver a inteligência em outros seres vivos.
Por exemplo: é comum acharmos uma formiga pequena e o sol enorme, porque comparamos ambos com o nosso tamanho. Mas se eu comparasse uma formiga com um vírus? Ou com um átomo? Ela se tornaria gigantesca.
Ao falar da inteligência da natureza, não só das plantas, mas de todos os demais reinos, não podemos comparar com a capacidade de raciocínio humano, pois, por possuirmos uma mente racional, temos um grau de evolução da inteligência maior do que os demais reinos, o que não significa que as plantas, os animais e até mesmo as pedras, não tenham inteligência em algum grau, dentro da sua linha evolutiva.
Precisamos olhar de um ponto de vista fora do humano, para fazer a análise mais justa.
As antigas tradições filosóficas compreendiam essa ideia muito bem, de modo que, afirmavam que tudo na Natureza é vivo, segue as leis naturais do Universo e é inteligente.
O que vai diferenciar os seres é a capacidade de expressão da vida, mas todos, em algum grau, possuem vida e inteligência.
Do mesmo jeito que, duvidamos se as plantas são inteligentes, podemos duvidar mais ainda das pedras, não é mesmo? A planta eu vejo movimento, vejo um nascer e morrer, faço estudos de suas células, mas e as pedras? Não se movem, não se reproduzem, não possuem material genético... Naturalmente, tendemos a pensar que elas não possuem vida ou inteligência, mas se analisarmos melhor, podemos ter uma outra visão.
O reino mineral é composto por átomos, que formam moléculas. As moléculas se agitam ante o calor e se contraem no frio. Isso não é vida? As famosas placas tectônicas e todo o movimento que geram no planeta, além da falha de San Andreas nos EUA, são algumas provas de vida nas pedras. Para os sábios antigos, obrigatoriamente, o que tem vida tem inteligência, pois toda a natureza é regida por leis. Assim, todos os seres precisam ter a capacidade de seguir as leis naturais, tais como as leis dos ciclos e a lei de evolução. Já o reino vegetal, possui vida, e por consequência, a inteligência, que se apresenta de forma mais evidente do que no mineral. É como uma linha evolutiva, onde cada reino tem como finalidade desenvolver algum plano da Natureza. O reino mineral, com toda a sua variedade de formas, está relacionado com o plano físico.
Já o reino vegetal, com sua capacidade de crescer, se expandir, gerar energia, através da fotossíntese, e buscar o Sol, relaciona-se com o plano energético.
Um pouco mais evoluídos, os animais, com todo o seu poder de expressar emoções como raiva, carinho e alegria, encontram-se no estágio de desenvolvimento do plano emocional.
E por fim, nós humanos, somos responsáveis por desenvolver o plano mental, uma vez que possuímos a razão, atributo que nos diferencia dos demais reinos da Natureza.
O podcast abaixo cita inúmeros mecanismos inteligentes do reino vegetal, como: mecanismos de defesa ante as pragas, formas de ir crescendo numa árvore acompanhando os raios de sol, a comunicação entre as raízes das árvores numa floresta para gerar sobrevivência da espécie, entre outros. Tudo isso é Inteligência.
Nós, como seres humanos, fazemos uma síntese dos demais reinos da natureza.
Afinal, possuímos moléculas como o carbono, fósforo e cálcio, do mesmo jeito das pedras. Precisamos de luz do sol e absorvemos os nutrientes pela corrente sanguínea, de forma similar a das plantas.
Apreciamos um bom descanso e um bom carinho, como os animais. Logo, se já conquistamos tudo isso, nos cabe dar o próximo passo evolutivo: fazer uso de nossa mente para desenvolver virtudes. Por sermos organismos mais complexos, temos a maior capacidade de expressar a vida e a inteligência. Por termos mais condições de expressar a inteligência, temos que viver e nos comprometer ainda mais em seguir as leis da natureza. Se o mineral, o vegetal e o animal seguem, por que o humano deveria ficar de fora? Como diziam os egípcios, conhecimento é compromisso!
Desta forma, devemos buscar viver o que é próprio do Ser Humano, desenvolvendo o que a Natureza espera de nós, para assim alcançar o ápice da evolução humana: A Sabedoria."