O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
As mães de primeira viagem serão “bombardeadas” de verdades absolutas, conselhos, recomendações antes mesmo da chegada do bebê e os ensinamentos seguirão ainda depois.
As informações virão da sogra, da mãe, dos amigos e até mesmo dos conhecidos. Até aquela vizinha que até então falava somente “bom dia” se sentirá na “obrigação” de ensinar a futura mamãe o que é certo e o que errado.
Sobre a Saúde e Amamentação
1- A chupeta não entorta os dentes é uma verdade, o contrário é um mito. No primeiro ano de vida a chupeta não provoca nenhuma alteração nos dentes da criança, não os faz nascer fora do lugar e nem tortos.
Até o décimo segundo mês o bebê costuma ter cerca de oito dentes e neste período não existe temposuficiente para que aconteça esse tipo de alteração nos ossos. As mudanças ocorrem somente entre 18 e 24 meses e é o momento para que o seu filho não esteja mais usando a chupeta.
2- Dizem que a cerveja preta ajuda a mamãe aumentar a produção do leite. Isso é um mito, uma crendice, chame como preferir. Mas, não pense que a ideia surgiu do nada. A cerveja como bebida que faz aumentar a produção do leite é uma ideia que parte do real que a cerveja é diurética e por isso, consumindo-a a mulher vai mais vezes ao banheiro e em consequência bebe mais água. Porém, essa água não faz aumentar a produção do leite.
A verdade é que a produção é estimulada quando o bebê mama mais vezes e bebendo líquido, que pode ser até um copo de leite.
3- Dizem que os bebês não podem dormir de barriga para cima porque acabam engasgando e regurgitando. Considere um mito. Na verdade, pelo contrário, colocar o bebê para dormir de barriga para cima é um modo seguro, que evita a morte súbita (pode ocorrer com crianças com menos de 1 ano).
No caso do não engasgar é porque caso a criança coloque algum líquido para fora quando dorme, ele escorrerá pelos lados da boca.
4- Dizem que a mãe deve acordar o filho nos primeiros meses para mamar e se trata de um outro mito. A criança irá ganhar os peso naturalmente, comendo na hora certa durante o dia, não precisa acordar o seu bebê no meio da noite.
Os pediatras recomendam nas primeiras 4 semanas que a mãe não deve deixar passar, durante o dia, o período superior a 4 horas sem que o filho mame, neste caso, ele deverá ser acordado.
Um caso que deve ser orientado pelo pediatra é quando estamos falando de crianças prematuras.
5- Dizem que é bom que as mamães controlem a sua ansiedade para que o bebê não sofra com cólicas. E nessa observação você pode acreditar, é verdade. É comprovado cientificamente que a insegurança deixará o bebê mais agitado e isso é muito comum nos primeiros 3 meses de vida.
O motivo é que neste período o sistema digestivo da criança ainda não está formado e as cólicas acontecem com mais frequência e são desencadeadas por vários fatores.
6- Logo nos primeiros dias de escola o seu filho vai ficar doente. Infelizmente não se trata de um mito, sim, é uma verdade. As crianças antes de passar dos 2 anos de idade não estão com o sistema imunológico desenvolvido por completo e por isso ficam mais suscetíveis a doenças. A escola sendo um ambiente onde ela terá contato com outras crianças, muitas maiores, ela estará mais vulnerável a gripes e resfriados. Porém, por outro lado é a fase em que o organismo dela vai ganhando mais força para enfrentar as doenças.
7- A papinha deve ser sempre batida no liquidificador. Pelo contrário. Sim, é um mito e o ideal é não bater nunca. Quando o alimento vai para o liquidificador ele perde para dos nutrientes. Outro fator que faz desse hábito, negativo, é que tendo sempre a comida batida a criança não pode diferenciar a textura de cada ingrediente que compõe a comida.
O recomendado é antes de dar a papinha para criança, passá-la na peneira e quando ela chegar aos 7 meses trocar a peneira e amassar com o garfo.
Dessa forma você ainda estará estimulando a mastigação do seu filho, o nascimento dos dentes e a musculatura da face.
8- Quando a criança faz cara feia é porque ela não gostou da comida
É um mito. Essa fase o seu filho está desenvolvendo o paladar e tudo é novo, tanto doce quanto salgado, o sabor das frutas. E é normal que ele na primeira colherada faça cara feia e até mesmo cuspa. Porém, não se dê por vencida, insista, para que ele se acostume com aquele sabor. Se ele resistir mesmo, tente misturar os ingredientes.
Alguns pediatras dizem que o certo é oferecer o mesmo alimento 12 vezes, mas não dá mesma maneira. Variando de cozido para assado, por exemplo.
9- Cachorro provoca alergia em bebê é um mito ou melhor, não considere uma regra, porque pode acontecer em alguns casos. A verdade é que naturalmente 20% das crianças que nascem a cada ano desenvolverão alguma alergia e dessas 30% acabam ficando sensíveis a animais, incluindo o cachorro.
Estudos realizados em universidades americanas revelaram que quanto mais cedo a criança tem contato com animais, estamos falando dos primeiros meses de vida, pode ser melhor para ela, isto é, a torna imune de alergia. Sem falar que isso faz com que o sistema imunológico da criança fique mais forte.
Esses são só alguns dos exemplos do que é mito e verdade e dá para perceber que não dá para acreditar em tudo e nem ignorar totalmente. Na dúvida, a melhor pessoa para ajudar a mamãe de primeira viagem é o pediatra do filho.
Filme mostra como mulher chamada de 'mais feia do mundo' superou bullying
Kathleen Hawkins Da BBC News
Com preguiça de fazer o dever de casa, a americana Lizzie Velasquez resolveu assistir a clipes de músicas on-line. Encontrou um vídeo que se chamava "A mulher mais feia do mundo" e clicou. Não esperava que o vídeo fosse sobre ela.
Essa história aconteceu quando ela tinha 17 anos. O vídeo, de oito segundos, já havia sido assistido 4 milhões de vezes.
Agora, nove anos depois, Velasquez é uma ativista anti-bullying e protagoniza um documentário que estreou nos Estados Unidos no sábado.
"Fiquei chocada" com o vídeo, conta Velasquez. "Mas foi quando comecei a ler os comentários que meu estômago realmente virou."
"Por que os pais ficaram com ela?!" dizia um dos internautas; "Matem isso com fogo", disse outro. E assim por diante. Alguns disseram que ela deveria se matar, e um deles disse que as pessoas ficariam cegas se a vissem nas ruas. Velasquez não resistiu e leu todos os comentários - eram milhares.
"Eu chorei por muitas noites - era adolescente, pensei que a minha vida tinha acabado", diz ela. "Eu não conseguia falar com ninguém sobre isso, não contei a nenhum dos meus amigos. Estava tão chocada com o fato de que isso tinha acontecido."
Veja histórias de famosos que já sofreram bullying28 fotos
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Quando a atriz Emma Watson, a Hermione da série "Harry Potter", decidiu mudar de universidade, especulou-se que ela sofria bullying. Uma fonte revelou ao jornal New York Daily News que toda vez que ela fazia algum tipo de intervenção nas palestras, alguém dizia "três pontos para Grifinória", em referência aos jargões usados no longa-metragem. O assessor da atriz negou o bullying Leia maisGetty Images
Velasquez já estava acostumada a sofrer bullying diariamente devido a sua aparência. Nascida com duas condições raras - síndrome de Marfan e lipodistrofia - ela é incapaz de ganhar peso, não importa o quanto coma. Ela lembra que, quando entrou no jardim de infância, as crianças costumavam a se afastar dela, com medo.
Agora com 26 anos, ela mede 1,57 e pesa 27 quilos. É totalmente cega no olho direito e enxerga pouco com o esquerdo, e cresceu entrando e saindo de hospitais, com uma série de problemas de saúde: fez cirurgia no olho, na orelha, reconstrução completa do pé, testes de densidade óssea e uma série de exames de sangue enquanto médicos tentavam decifrar o que ela tinha.
Apenas no ano passado os médicos conseguiram dar um nome ao problema.
Ela tem pouca energia por causa das condições, e leva muito tempo para combater infecções como bronquite. Ela está fazendo exames de coração para determinar se a síndrome de Marfan causou problemas, e foi internada no hospital em novembro porque não conseguia reter alimentos devido a um problema em seu esôfago.
Ela também tem um problema recorrente com o pé direito, que facilmente sofre fraturas devido a uma falta de gordura na sola. Mas garante que isso não vai derrubá-la.
James Ambler/Barcroftusa
A americana diz que força vem de apoio dos pais
"Quando eu era adolescente, olhava no espelho e queria me livrar da minha síndrome", diz ela. "Eu odiava, porque causava muita dor na minha vida. Ser uma garota de 13 anos que é constantemente atormentada é insuportável."
Família
Quando ela nasceu, Velasquez, do Texas, pesava apenas 1,2 kg. Os médicos disseram a seus pais que, muito provavelmente, eles teriam que cuidar dela para o resto de sua vida e não sabiam qual seria sua expectativa de vida.
Cheios de amor instantâneo por sua filha, os pais de Velasquez, Rita e Lupe, dizem que nunca pensaram "porque isso está acontecendo com a gente?", e só queriam chegar em sua casa para que a vida dela começasse.
É por causa desta atitude que Velasquez credita a seus pais sua capacidade de pensar positivamente, quando ela estava sendo sofrendo bullying na escola, quando as pessoas a encaravam ou ridicularizaram nas ruas.
Quando era criança, seus pais lhe disseram para ir para a escola com a cabeça erguida, sorrir e ser agradável com todos, não importa como eles a tratassem.
É uma mensagem que ficou com ela, e ela diz que, agora, perdoa a pessoa que postou o vídeo no YouTube. "Eu não sei pelo que eles estão passando", diz ela. "Minha vida às vezes é difícil, mas eles poderiam estar passando por algo muito pior."
Velasquez decidiu que ela poderia tentar mudar. Ela lançou seu próprio canal de YouTube para que as pessoas saibam quem a pessoa por trás do vídeo "Mulher mais feia do mundo" realmente era, e para ensinar aos outras pessoas que sofriam bullying que elas também poderiam ter mais confiança.
James Ambler/Barcroftusa
Na escola, crianças se afastavam com medo de Lizzie
Ela tem atualmente cerca de 240 mil assinantes de seu canal e uma palestra que deu no TED, em 2013, chamado "Como você se define?" tem mais de sete milhões de visualizações no YouTube.
Ela diz que a comunidade que se formou em torno de sua presença on-line tem sido incrível, e vítimas de bullying postam comentários dizendo que ela faz com que se sintam capazes de procurar ajuda, falar com alguém ou enfrentar quem faz bullying.
Ela se uniu a Tina Meier, cuja filha Megan se suicidou após sofrer bullying on-line, e, juntas, eles estão fazendo campanha para que congressistas dos EUA votem o primeiro projeto de lei federal anti-bullying. Isso significaria que todas as escolas teriam de começar a registrar os casos de bullying e receberiam recursos para medidas contra o problema.
E agora a luta de Velasquez contra o bullying é o foco de um novo documentário que estreou no festival de South by Southwest em Austin, no Texas.
Sara Hirsh Bordo, diretora do filme, diz que ele não é apenas sobre Velasquez, mas uma história universal, para toda mundo que sofreu bullying.
"Sua experiência de superar a adversidade e ver o outro lado de uma experiência dolorosa é universal", diz ela.
"Assim que Lizzie tornou-se mais aberta e honesta - seja pelo TED Talk ou pelos vídeos do YouTube -, ela deixou claro que as pessoas estavam sedentas por uma história em que alguém se levanta e diz 'eu não vou ser uma vítima', eu vou fazer uma mudança."