quinta-feira, 18 de maio de 2023

A Sabedoria Vem Com O Tempo = Andréa Lopes às 16:18

 

"A Sabedoria Vem Com O Tempo



Outro dia ouvi de uma idosa, a seguinte frase: ... “Se eu tivesse dinheiro, meus filhos me respeitariam mais. Virei uma marionete nas mãos deles”... O que se tem feito com os idosos? Dinheiro se perde da noite para o dia, por meio de roubos ou falências. Porém, há algo que ninguém jamais poderá tirar de ninguém: o caráter, a dignidade, a história.


A vida é um imenso ciclo de autotransformação. Quando criança, tudo é simbólico. Na adolescência tudo é problemático ou romântico. Na fase adulta encontra-se o amadurecimento, esquece-se a magia da infância e o romantismo da juventude. É na velhice que se adquire uma ampla capacidade de união, um poder de fusão das emoções e de todas as experiências e conhecimentos armazenados por toda a vida. A visão se amplia. Os olhos podem estar cansados, mas a mente enxerga longe. Esquecem-se palavras, mas não as idéias.
O sentido da vida fica mais nítido e a consciência de que não se é imortal, fica cada vez mais presente.
 O inconsciente acompanha atento todo esse processo. 
Embora as forças físicas falhem, a vida pode ainda ser muito prazerosa.
 O idoso lúcido, possui um poder de síntese, uma sabedoria que só os anos podem dar. 
Uma força interior serena que imanta suas ações.


Em geral, os idosos são vistos como importunos e colocados de lado. 
As conversas repetitivas sobre os mesmos assuntos chateiam, quando na verdade, são poderosas fontes de manutenção de sua memória. 

Quando um idoso repetir um assunto, deve-se tentar fazê-lo ir mais longe. Questionar os pontos que não ficaram claros, esmiuçar o tema com novas perguntas. Ele precisa de estímulos, para que seu cérebro continue funcionando. Palavras cruzadas, leituras, TV, crochê, jogo de cartas, ajudam e muito.


 Dar atenção faz com que se sinta valorizado, elevando assim sua auto-estima. Um chá, ou leite com biscoitos é algo precioso.

O respeito a um ancião deve ser ensinado desde a infância. 

Ensinar os filhos a serem atenciosos, educados e pacientes com os idosos, trabalha valores e dignidade.


 Um dia se envelhece e o filho, já adulto, vai tratar os pais da maneira como foi instruído. Os pais de hoje, serão os avós de amanhã. 


Trazer na lembrança uma avó ou um avô que foram companheiros inseparáveis em nossa meninice, nos torna mais ternos com nossos filhos, que um dia nos darão netos, que também terão filhos e assim a história vai continuando. 


O importante é plantar a semente e regá-la.

Deve-se honrar e respeitar a velhice. Só se chega a ela por mérito espiritual. É nesse momento então, que se deve ter orgulho da vitória dos anos de vida conquistados. 

É o tempo de partilhar a sabedoria e de aconselhar. Para isso existem os filhos, netos, amigos mais jovens. Cada pessoa tem seu papel a cumprir. Os idosos têm muito que ensinar e os mais jovens têm muito que aprender."

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Conheça as verdades e mentiras sobre o Ovo

 terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Conheça as verdades e mentiras sobre o Ovo


Ele passou décadas com fama de bandido. Mas foi absolvido e provou que é um ingrediente poderoso, capaz de ajudar a reduzir o colesterol e a emagrecer. Duvida? Veja as razões para ele ter se tornado o novo queridinho da alimentação saudável.

Alto benefício e baixo custo 

coma um ovo por diaConstatado tal fato, passou-se a dar mais destaque ao valor nutricional do alimento que, além de saboroso, é de baixo custo. Trata-se de uma excelente fonte de vitaminas A e do complexo B e de carotenoides, que colaboram na prevenção de doenças degenerativas. Também é rico em minerais, como ferro, fósforo, selênio e zinco. E, segundo o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), o valor nutricional de sua proteína pode ser comparado ao do leite materno, pois contém todos os aminoácidos essenciais.
E quanto ao limite no consumo? “Considerando uma alimentação saudável, o recomendado seria até uma unidade por dia”, orienta a nutricionista Maria Gandini, da RG Nutri Consultoria Nutricional. Entretanto, mesmo com a absolvição, parece que o ovo ainda enfrentará algumas polêmicas. Há poucos meses, a revista científica americana Diabetes Care publicou um artigo que acusa o alimento de elevar o risco de diabetes do tipo 2 em 77% entre as mulheres e em 60% entre os homens. Ribas Filho aponta que este estudo é apenas preliminar e que ainda há outros sendo realizados sobre os benefícios do alimento. Portanto nada de alarde. O especialista recomenda seu consumo (desde que sem exageros), já que o alimento possui nutrientes essenciais ao funcionamento do organismo.

AUMENTA O BOM COLESTEROL (HDL)

Segundo a nutricionista Maria Gandini, um ovo contém 213 miligramas (mg) de verdadecolesterol, ou seja, quase o total da ingestão diária recomendada pela Associação Americana do Coração, que é de 300 mg. Entretanto, ela ressalta que nem todo colesterol ingerido tem como destino certo o entupimento das artérias. “A substância participa de funções importantes no organismo, como formação de hormônios”, explica. De acordo com o cardiologista Wilson Salgado Filho, médico assistente da Unidade Clínica de Lípides do Instituto do Coração (Incor), apenas 1/3 do colesterol do ovo é absorvido pelo organismo. Maria lembra que algumas pesquisas têm apontado uma ação inusitada: seu consumo aumenta a quantidade de HDL (colesterol bom), que é considerado um fator preventivo contra a aterosclerose (quando placas de gorduras se formam nas paredes das artérias). Segundo o nutrólogo Durval Ribas Filho, pesquisadores japoneses já divulgaram estudos que reforçam essa tese. “Os trabalhos mostram que, apesar de haver um aumento do LDL (colesterol ruim) com o consumo diário de ovo, há também um aumento do HDL, o que é compensador”, comenta.

AUMENTA A INCIDÊNCIA DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Como já foi dito, houve um grande movimento de pesquisadores para tirar o ovo domentira banco dos réus. E todos reuniram provas suficientes para absolver o alimento da grave acusação de ser o vilão do coração. Ficou comprovado que não existe relação entre o colesterol presente no ovo e o aumento das taxas de gordura nociva ao organismo. Tudo graças a pesquisadores que parecem nunca terem se conformado com a má fama do ovo. É o caso de Frank Hu, epidemiologista nutricional da Escola de Saúde Pública de Harvard (EUA), que confirmou, após alguns estudos, que comer um ovo por dia não aumenta o risco de ataque cardíaco ou derrame. Ao avaliar, por um período de dez anos, cerca de 120 mil homens e mulheres saudáveis, o cientista concluiu não haver diferença significativa de risco entre os que comiam sete ovos por semana e os que comiam apenas um. Segundo ele, outros nutrientes existentes no ovo compensam ou anulam o perigo representado pela taxa elevada de colesterol. “Hoje, sabemos que, quando dosamos o colesterol do sangue, ele reflete muito mais a ingestão de gorduras saturada e hidrogenada; estas, sim, verdadeiras vilãs, pois aumentam o LDL (colesterol ruim) e o risco de doenças cardiovasculares”, afirma o endocrinologista Ricardo Martuci, de São Paulo. O ovo é rico em colesterol e pobre em gordura saturada, isso o exime da culpa de causar doenças cardiovasculares. O cuidado maior fica para diabéticos e aqueles que já sofreram infartos (consumir apenas três unidades semanais).

AJUDA A MANTER OS MÚSCULOS

Se a ideia é ganhar ou evitar a perda de massa magra, o ovo pode ser um grandeverdade aliado. Na clara, mais especificamente na ovoalbumina (proteína da clara), há uma boa quantidade de leucina, um aminoácido utilizado em suplemento nutricional que evita a perda de musculatura e é consumido por alguns atletas. Na gema, a leucina também aparece, mas em pequena quantidade. “Por muitos anos, praticantes de atividade física de força e velocidade atribuíam a melhora no desempenho ao consumo de ovo, principalmente da clara, que é isenta de gordura e rica em proteína. Hoje, sabemos que isso se deve ao fato de o ovo proporcionar a mistura ideal de aminoácidos essenciais (aqueles que não são produzidos pelo organismo) na quantidade e relação correta para favorecer o crescimento e o reparo dos músculos”, explica Maria Gandini. A nutricionista enfatiza que a prática antiga de comer ovos crus deve ser desconsiderada, pois grandes doses de avidina – substância natural de proteção do ovo – diminuem a absorção de algumas vitaminas do complexo B, importantes na produção de energia e recuperação muscular e ainda podem levar à contaminação por salmonella.

FAVORECE O EMAGRECIMENTO

Alimento de alta saciedade, o ovo faz com que a pessoa fique menos faminta everdade demore mais para voltar a ter fome. A constatação veio de um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, em 2005, realizado depois em universidades como a Wayne State University e pelo departamento de Infecções e Obesidade do Centro Médico da Universidade da Louisiana, ambas nos EUA. Todos os trabalhos contaram com a participação de mulheres com sobrepeso e obesidade, divididas em dois grupos. No primeiro, elas passaram um tempo consumindo ovos no café-da-manhã. No segundo, a refeição era feita com o mesmo valor de calorias, porém sem ovos. Os resultados mostraram que as mulheres do primeiro grupo emagreceram até 65% a mais do que as do segundo. E mais, elas também apresentaram uma redução bem maior da circunferência abdominal. A explicação está na saciedade que ele proporciona. A responsável por essa sensação é a proteína presente no alimento. Por conter todos os aminoácidos essenciais, exige uma digestão mais demorada. E tem mais, como a gema é cheia de gorduras monoinsaturadas e ômega-3, consideradas do bem, ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue. Em equilíbrio, evita picos de insulina e aquela vontade louca de beliscar ou comer o que há pela frente.

ALIMENTA A MEMÓRIA E DIMINUI A ANSIEDADE

Na última década, algumas pesquisas também demonstraram que a colina, umaverdade substância nutritiva encontrada em alguns alimentos, é importantíssima para melhorar a memória e a capacidade cognitiva e para a formação de novos neurônios. Logo, o consumo desse nutriente é de grande importância para prevenir doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. E, assim como o amendoim, germe de trigo, fígado, carne, peixe, queijo, repolho, brócolis e couve-flor, a gema do ovo é uma ótima fonte. A colina também é importante durante a gravidez, pois a substância ajuda a fortalecer o desenvolvimento do feto. Um estudo da Universidade Estadual de Iowa, nos EUA, revela que o consumo de colina entre as mulheres grávidas é baixo. Para se ter uma ideia, dois ovos contêm 250 mg de colina, cerca da metade do total de que o organismo necessita por dia. E ainda temos a proteína (mais uma vez ela!) que colabora com a sensação de alerta e afasta a apatia. Por ser uma excelente fonte de triptofano – aminoácido precursor da serotonina, uma substância associada à sensação de bem-estar -, ajuda a acalmar os ânimos, reduzindo a ansiedade, o mau-humor e a irritação típica durante a TPM.

Fonte: lersaude.com.br

sábado, 6 de maio de 2023

EU QUERO ME ALIMENTAR MELHOR

 

EU QUERO ME ALIMENTAR MELHOR

Cultivar o próprio alimento é um incentivo para a alimentação adequada e saudável

Aprenda : como fazer uma horta, seja em casa ou no apartamento


Uma comida fresca é capaz de despertar todos os seus sentidos, visão, tato, olfato e paladar. Isso porque um alimento recém-colhido apresenta uma cor mais viva, uma textura mais firme, um aroma mais marcante e, claro, um sabor mais intenso. Sem contar que conhecer a origem daquilo que será consumido contribui para  uma alimentação adequada e saudável.

Cultivar alimentos em casa já é a opção de muita gente. Mas não se engane achando que ter uma horta é privilégio e exclusividade de quem dispõe de um quintal grande. 

Mesmo em pequenos espaços é possível cultivar algumas espécies. A palavra de ordem é uma só: adaptação. Segundo Rafael Rioja, Nutricionista e Analista em Regulação do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o ponto de partida para definição dos melhores temperos e alimentos a serem cultivados é o espaço disponível, seja em um apartamento ou em uma casa.

Ele explica que a principal diferença vai ser, por exemplo, em relação à exposição solar e à dimensão da área útil para o cultivo. Por esse motivo, temperos e ervas como, por exemplo, manjericão, alecrim, cebolinha, hortelã e erva-doce são mais fáceis de cultivar em um apartamento. As espécies de tomates menores e as pimentas também costumam se dar bem nos espaços próximos às janelas.

Já hortaliças como cenouras, batatas, alfaces e alimentos similares até necessitam de espaços maiores, mas isso não impede que na fase inicial do cultivo seja feita no apartamento. Em seguida, com o desenvolvimento das plantas, elas podem ser deslocadas para espaços maiores como hortas comunitárias.

 

 

Mudas ou sementes?

Mesmo para quem está se aventurando pela primeira vez na construção das hortas, esse pode ser um processo experimental e prazeroso. Para facilitar, Rafael orienta que plantar ou cultivar mudas é o caminho mais simples para quem está começando e dispõe de pequenos espaços. Afinal, plantar a partir das sementes exige um pouco mais conhecimento em relação ao espaçamento para o plantio, assim como as possibilidades de germinação no início.

Uma outra dica importante dada pelo profissional é garantir que as mudas estejam bem adubadas, de preferência com adubos livres de sintéticos e outros compostos químicos, além de garantir o aporte de sol e regas adequadas para cada planta. Nesse sentido, o local onde será feito o plantio vai depender do tipo de alimento e espaço disponível na residência. Os temperos e ervas se adequam muito bem a vasos, enquanto as demais hortaliças exigem canteiros com maior espaço, explica Rafael.    

Como lidar com as pragas?

Para lidar com as pragas, existem possibilidades que vão desde plantar diferentes espécies até receitas caseiras para espantar as visitas indesejadas. Confira no quadro abaixo o passo a passo de pesticidas naturais retirados de uma publicação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa):

CALDA DE ALHO, PIMENTA E SABÃO – Repelente de várias pragas

Picar e amassar 1 cabeça de alho e 2 pimentas vermelhas (“dedo-de-moça”). Picar 25 gramas (1/4 de barra) de sabão de coco, dissolvê-lo em 2 L de água quente. Juntar o alho e a pimenta. Deixar esfriar, coar em pano fino e aplicar.

EMULSÃO DE ÓLEO MINERAL – Para controle de cochonilhas.

Misturar em um balde grande de metal, 2 L de água, 1 quilo de sabão neutro picado e 8 L de óleo mineral. Ferver a mistura até formar uma pasta, mexendo sempre. No dia da aplicação, separar 50 gramas da pasta e misturá-la com 3 L de água morna.

CALDA DE TOMATEIRO – Para controle de pulgões

Picar meio quilo de folhas e talos de tomateiro. Colocar o material em frasco com capacidade de 2 L e acrescentar 1 L de álcool. Deixar repousar por alguns dias. Coar a mistura em pano fino. Para aplicar, separar 1 copo do líquido e misturar com 10 L de água.

Para Rafael, grandes aprendizados no cultivo das hortas envolvem também entender os ciclos que passam as plantas. “Vale citar também que nem todos os insetos que passam por uma horta são pragas. Eles podem estar até mesmo auxiliando no controle delas. Joaninhas e outros besouros são frequentadores assíduos e, na maioria das vezes, são muito bem-vindos em hortas”, explica.  

Sobre isso, conforme reforça uma publicação da Embrapa, para combater as pragas existem na natureza organismos chamados “inimigos naturais” que matam ou parasitam as pragas. As joaninhas, por exemplo, matam pulgões, cochonilhas, tripés, ácaros e moscas brancas. Além delas, as aranhas também são vorazes predadoras de várias pragas. Por esse motivo, o agricultor deve proteger e conservar esses “bichinhos”.

 

Quais as vantagens de cultivar uma horta em casa?

Independente do tamanho da área disponível para cultivar uma horta em casa, a principal vantagem, sem dúvida, é a aproximação com o ato de produzir e comer o próprio alimento. Essa é a dimensão mais potente, ao mesmo tempo sutil e transformadora, afirma Rafael. O ato de cultivar os vegetais é, inclusive, um movimento importante em relação à prática das habilidades culinárias e ao consumo dos alimentos in natura, conforme orienta e reforça o Guia Alimentar para a População Brasileira, produzido pelo Ministério da Saúde.

Rafael lembra também que essa é uma forma de ampliar a consciência sobre os sistemas alimentares, de procurar cada vez mais, mesmo quando estiver fora de casa, conhecer os alimentos que são comprados e como são produzidos e, ao mesmo tempo, entender o papel que as políticas públicas podem ter para ajudar nessa busca. 

Além dos benefícios oferecidos à alimentação e saúde da família, o contato com as plantas e com a terra surge como uma fonte de bem-estar e de aproximação com uma alimentação adequada e saudável. “Para além dos estudos e experiências que demonstram os benefícios essa relação de cultivo do próprio alimento, é bastante intuitivo o processo de cultivar, cuidar e entender melhor os processos naturais, colocando, literalmente, a mão nas plantas e na terra”, afirma Rafael. 


QUERO ME ALIMENTAR BEM MELHOR!!!

 


Já diria Hipócrates há mais de 2.400 anos:
“Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”. Esta frase tão poderosa e cheia de significados segue firme até os dias atuais. Inclusive, cada vez mais a ciência comprova a relação entre comer bem e manter uma ótima qualidade de vida.

Por isso, é essencial compreender a alimentação saudável, além de percorrer os caminhos em busca de uma rotina alimentar bacana para as suas próprias necessidades físicas e emocionais. Afinal de contas, a alimentação saudável é muito mais que a ingestão de nutrientes.

Se alimentar bem é entender os alimentos - seus aromas, suas cores, seus sabores, suas texturas, descobrir como esses alimentos são preparados e combinados entre si e as dimensões culturais e sociais do hábito de comer. E, claro, sobre como todos esses aspectos influenciam a sua saúde e o seu bem-estar.


O QUE É ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL?

Antes de tudo, se você busca entender o que é ter uma alimentação saudável, basicamente suas refeições merecem seguir estes atributos:

• ser saborosa;

• fazer parte da sua rotina social;

• conter alimentos de diversos grupos;

• fornecer nutrientes equilibrados;

• e ser sustentável.

Além disso, segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, uma alimentação saudável deve estar baseada no consumo de alimentos in natura, isto é, daqueles que estão praticamente do jeitinho que os encontramos na natureza; e de alimentos minimamente processados, os quais sofreram pouquíssimas alterações pela indústria.

Sendo assim, fica fácil concluir que a alimentação saudável é sinônimo de prazer e nutrição, além de priorizar a “comida de verdade” e passar longe de restrições alimentares.


ALIMENTOS SAUDÁVEIS E NÃO SAUDÁVEIS

Já sabemos que uma alimentação saudável deve sempre priorizar os “alimentos de verdade”, mas como diferenciar os tipos de alimentos? Quais são, de fato, os alimentos saudáveis? Vamos lá!


ALIMENTOS IN NATURA E MINIMAMENTE PROCESSADOS

Como falamos ali em cima, os alimentos in natura e minimamente processados devem ser a base do consumo diário. Isso porque, quando consumidos em grande variedade e sendo maioria de origem vegetal, são a chave para uma alimentação nutricionalmente balanceada e promotora de um sistema alimentar sustentável.

Os alimentos in natura são obtidos diretamente de plantas ou de animais, e são adquiridos para o consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza. São exemplos destes: frutas, verduras, legumes, raízes e tubérculos (como a batata e a mandioca) e ovos.

Já os alimentos minimamente processados passam por processos mínimos de industrialização, como limpeza, secagem, fermentação, embalagem, pasteurização, resfriamento ou congelamento. Nesses alimentos não são acrescentados sal, açúcares, óleos, gorduras ou outras substâncias.

São considerados alimentos minimamente processados: os alimentos in natura que foram embalados, fracionados, refrigerados ou congelados, cereais (arroz, milho, aveia), leguminosas (feijões, lentilha, grão-de-bico, ervilha), farinhas de mandioca, milho ou trigo, massas frescas ou secas, carnes frescas, resfriadas ou congeladas, leite, iogurte sem adição de açúcar, cogumelos, frutas secas, sucos de frutas integrais, castanhas e sementes, ervas e especiarias, chás, café, e água potável.

Viu só todas essas opções? É possível manter uma alimentação rica em alimentos naturais, certo?


ÓLEOS, GORDURAS, SAL E AÇÚCAR

Agora que já sabemos qual deve ser a base da sua alimentação, é preciso entender como preparar de forma saudável os alimentos citados acima. Vamos lá!

De maneira geral, você deve utilizar óleos vegetais (como os de soja, milho, girassol e oliva), gorduras (como a manteiga e a gordura de coco), sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar os alimentos escolhidos. Porém, desde que utilizados com moderação, esses ingredientes vão contribuir para diversificar e tornar ainda mais saborosa a sua refeição, sem promover prejuízos nutricionais. Bom, não é?


CONSUMO DE ALIMENTOS PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS

Sabendo da importância dos alimentos in natura e minimamente processados em seu dia a dia, e colocando esse hábito em prática, torna-se natural o consumo limitado de alimentos processados, e essa é uma ótima notícia para sua saúde.

Os ingredientes e os métodos usados na fabricação de alimentos processados – como conservas de legumes, compotas de frutas, frutas em calda ou cristalizadas, peixes enlatados, extrato de tomate, carnes adicionadas de sal e pães brancos – podem alterar de forma negativa a composição nutricional dos alimentos dos quais derivam.

É comum que a adição de gorduras, sal ou açúcar nos alimentos processados seja feita em quantidades muito superiores às usadas em preparações culinárias caseiras. Assim, transforma-se o alimento original em uma fonte de nutrientes cujo consumo excessivo está associado a doenças do coração, obesidade e outras doenças crônicas. Por isso, o consumo de alimentos processados deve ser limitado a pequenas quantidades.

Já em relação aos alimentos ultraprocessados, o radar deve estar ainda mais atento. Devido a seus ingredientes, incluindo os aditivos alimentares, como conservantes, aromatizantes e corantes, os alimentos ultraprocessados – como bolachas recheadas, salgadinhos “de pacote”, pós para refresco, embutidos, refrigerantes, “temperos” prontos e macarrão “instantâneo” – são nutricionalmente desbalanceados. Além do mais, por conta de sua formulação e apresentação, tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente processados.

Sendo assim, anote essa regra, ela é das boas: “Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados”. E, cá entre nós, nada melhor do que comer comida de verdade, não é mesmo?


PIRÂMIDE ALIMENTAR


pirâmide alimentar para seguir uma alimentação saudável

Com certeza você já ouviu falar sobre pirâmide alimentar, certo? Esta é uma ferramenta importantíssima quando resolvemos desbravar uma alimentação saudável e equilibrada.

A pirâmide alimentar é uma representação gráfica que reúne diversas informações a respeito dos grupos de alimentos presentes em nossa alimentação. O objetivo é indicar, por meio dos seus níveis, as porções recomendadas para cada tipo de alimento. A pirâmide funciona como um guia para sua alimentação diária, garantindo equilíbrio e bem-estar nutricional.

E olha só que legal: cada país apresenta a sua própria pirâmide alimentar, facilitando a manutenção de hábitos alimentares culturais e regionais. Mas existe uma regra geral muito importante para a compreensão das pirâmides: os alimentos estão dispostos em “grupos de alimentos”, de acordo com os nutrientes que apresentam em comum, e são divididos em níveis de necessidade. A pirâmide alimentar brasileira organiza esses grupos de alimentos da seguinte forma:

• no primeiro nível, ou seja, na base da pirâmide, está o grupo dos cereais, tubérculos e raízes, incluindo alimentos como o arroz, a aveia, o macarrão, a batata e a mandioca, por exemplo;

• no segundo nível, o grupo das verduras e dos legumes e o grupo das frutas;

• no terceiro nível encontram-se o grupo do leite e produtos lácteos, grupo das carnes e ovos, grupo das leguminosas (como os feijões, a ervilha, a lentilha e o grão-de-bico) e oleaginosas (como as castanhas, amêndoas, avelãs, macadâmias, pistaches);

• no quarto nível, ou seja, no topo da pirâmide, fica o grupo dos óleos e gorduras e o grupo dos açúcares e doces.

Em cada um dos grupos presentes na pirâmide, é possível observar a quantidade ideal que deve ser consumida. Então, de maneira instintiva, podemos concluir que os alimentos que estão posicionados mais na base da pirâmide devem ser consumidos em maior quantidade ao longo do dia, diferente daqueles que se encontram no topo.


TIPOS DE NUTRIENTES

Cada alimento é um universo. E não só de aroma, sabor e textura, mas também de nutrição. Afinal, cada alimento possui uma gama específica de nutrientes essenciais para o funcionamento do corpo, o que damos o nome de sinergia dos nutrientes. Sendo assim, quando entendemos melhor os tipos e as funções de cada um, compreendemos porque uma alimentação necessita de variedade, moderação e equilíbrio.

Antes de tudo, os nutrientes são divididos em dois grandes grupos. Os macronutrientes, aqueles que precisamos em maior quantidade, sendo encontrados em abundância nos alimentos, como os carboidratos, as proteínas e os lipídios (também chamados de gorduras); e os micronutrientes, aqueles necessários em menor quantidade, como as vitaminas e os minerais.


CARBOIDRATOS

Os carboidratos são as principais fontes de energia para o corpo. Graças a esses nutrientes podemos cumprir nossas atividades diárias, como trabalhar, estudar e praticar atividades físicas. Entre as fontes principais de carboidratos estão os cereais (como arroz, aveia, milho, trigo), as massas, os pães, as raízes e os tubérculos (como mandioca, mandioquinha, batata, inhame, cará), o açúcar e os doces em geral.


PROTEÍNAS

As proteínas são o que chamamos de “nutrientes construtores”. Afinal, todos os tecidos do corpo - como pele, cabelos, unhas e músculos - são formados pelas proteínas. Esses nutrientes também constroem as nossas células de defesa, os hormônios e as enzimas, substâncias fundamentais para o equilíbrio do organismo. Suas principais fontes são: carnes, ovos, leites, queijos, iogurtes, leguminosas e cereais integrais.


LIPÍDIOS

Os lipídios, ou as gorduras, também fornecem energia para o corpo realizar suas funções. Porém, também auxiliam na formação das membranas das nossas células, protegem os nossos órgãos, e contribuem para a manutenção da temperatura corporal.

As gorduras também ajudam no transporte de alguns tipos de vitaminas. As suas principais fontes são os óleos vegetais, a manteiga e as sementes e oleaginosas.


VITAMINAS E MINERAIS

Já as vitaminas e os minerais participam de todo o funcionamento do corpo. São essenciais para manter os sistemas em harmonia e trabalhando corretamente. E, claro, cada um apresenta funções específicas e atuam de forma diferente.

Por exemplo, a vitamina A é um importante antioxidante, essencial ao sistema de defesa do corpo, além de colaborar com a saúde da visão. O cálcio, por sua vez, é fundamental para a formação e manutenção da saúde dos ossos e dentes.


TIPOS DE CARBOIDRATOS

Será que todo carboidrato é igual? Nããão. Existem diferentes tipos de carboidratos presentes nos alimentos que consumimos diariamente. Por exemplo, a lactose é um tipo de carboidrato presente no leite, assim como a frutose é um carboidrato encontrado nas frutas, enquanto o amido está em abundância nas batatas e no arroz.

Tradicionalmente, os carboidratos são classificados de acordo com a sua composição química em “simples” e “complexos”, assumindo assim o tamanho de suas moléculas. Os carboidratos simples ganharam esse nome pois seriam facilmente absorvidos pelo corpo, enquanto os complexos apresentariam um processo mais longo de absorção.

No entanto, existe um conceito pra lá de importante quando o assunto são os carboidratos - o índice glicêmico. Esse índice, de modo geral, nos mostra a capacidade que cada alimento tem de aumentar a glicemia (o famoso “açúcar no sangue”). Quando consumidos alimentos de alto índice glicêmico (como o açúcar, os doces, os biscoitos, o pão branco e os refrigerantes), o sangue recebe quantidades muito altas de açúcar em um pequeno intervalo de tempo, o que pode provocar picos de insulina e prejudicar a saúde a médio e longo prazo.

Por isso, é fundamental ter uma alimentação baseada em alimentos ricos em fibras e de baixo índice glicêmico, como os alimentos integrais (centeio, aveia, pães e massas integrais), as leguminosas (feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico), além das frutas consumidas com casca e/ou bagaço (quando possível, claro!) e a maioria das verduras e legumes.

QUAL A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL?

Você já parou para pensar sobre o impacto da escolha dos alimentos na sua vida? Acredite, a alimentação pode implicar em diversos benefícios (ou prejuízos) à sua saúde física e emocional. E não é da boca pra fora, viu? A ciência já demonstrou, diversas vezes, a importância da alimentação saudável no dia a dia e também pensando no futuro.

E, quando falamos sobre esses impactos, direcionamos o olhar ao que chamamos de padrão alimentar, que nada mais é do que o conjunto das escolhas alimentares que fazemos ao longo de todo o dia. Ou seja, ter um padrão alimentar saudável, e contar com escolhas alimentares inteligentes, é o que nos proporciona saúde, bem-estar e qualidade de vida.

Veja só: uma revisão bibliográfica bastante recente publicada pela revista científica Nutrients, confirmou a relação entre o consumo excessivo de alimentos processados e ultraprocessados e o aumento de condições como obesidade, pressão alta, diabetes, doenças do coração, síndrome do intestino irritável, depressão e até mesmo alguns tipos de câncer. Além do mais, nenhum estudo revisado relatou qualquer associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e benefícios à saúde.

Sendo assim, cuidar das suas escolhas alimentares diariamente e sempre dar preferência à famosa “comida de verdade” é pra ontem :)


RÓTULOS DE ALIMENTOS


ilustração de um rótulo e uma lupa para mostrar o que não é alimentação saudável

Agora, é bastante comum ter dúvidas na “Hora H”. Como fazer essas escolhas mais inteligentes com tantas opções no mercado? É aí que entra a importância de observar com cuidado os rótulos dos alimentos. Esse é um hábito certeiro que vai te ajudar a distinguir, por exemplo, os alimentos ultraprocessados dos processados.

E não fazemos isso olhando apenas a tabela nutricional, viu? Tantos números podem te confundir no momento da compra, mas a lista de ingredientes pode sanar todas as suas dúvidas. “O que de fato tem aí dentro desse produto?”.

Enquanto a tabela nutricional fornece os valores de nutrientes específicos que estão presentes no alimento, por lei, a lista de ingredientes deve constar cada ingrediente utilizado no preparo do mesmo.

E aí fica fácil: um número muito elevado de ingredientes e, sobretudo, a presença de nomes pouco familiares e não encontrados na cozinha da sua casa, como gordura vegetal hidrogenada, óleos interesterificados, xarope de frutose, isolados proteicos, espessantes, emulsificantes, corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e tantos outros, indicam que o produto pertence à categoria de alimentos ultraprocessados e devem ser evitados.


OS BENEFÍCIOS DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

“Mas, o que de fato eu ganho ao me alimentar melhor?”

É natural pensar em desistir da busca por comer bem, porque dificilmente conseguimos elencar de maneira palpável todas as vantagens que ela nos traz. Mas hoje vamos te dar uma mãozinha mostrando os maiores benefícios de uma alimentação saudável. Olha só:


AUTONOMIA ALIMENTAR

Talvez esse seja o tópico mais discutido entre nutricionistas e pacientes em diversos consultórios. Afinal, desde as nossas primeiras experiências alimentares, somos bombardeados por informações e orientações duvidosas, como as dietas restritivas e os alimentos vilanizados (ou glorificados), não é mesmo? Esse cenário nos priva, aos poucos, da chamada autonomia alimentar, ou seja, nos torna coadjuvantes das nossas próprias escolhas alimentares.

Mas pra tudo dá se um jeito! A reeducação alimentar, junto com o olhar cuidadoso ao comportamento alimentar, nos ensina a importância de uma alimentação variada, equilibrada, saudável e culturalmente adequada aos nossos próprios hábitos, nos devolvendo, assim, a autonomia do que queremos colocar em nossas mesas.


AUMENTAR A IMUNIDADE

O enfraquecimento do sistema de defesa do corpo pode ser estimulado por diversos fatores, entre eles: o estresse contínuo, a exposição à poluição, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o tabagismo, uma qualidade ruim do sono, a prática de atividades físicas muito intensas e, claro, uma má alimentação.

Sendo assim, para garantir uma melhora significativa da imunidade, é essencial promover hábitos saudáveis de vida, com ênfase para uma correta nutrição. E são muitos os nutrientes que auxiliam no bom funcionamento do sistema de defesa do corpo, como as vitaminas A, C, D e E, minerais como o ferro e o zinco. Há também os compostos antioxidantes, que auxiliam no combate aos radicais livres, substâncias que podem prejudicar a estrutura e o funcionamento de nossas células saudáveis.


PERDER PESO COM UMA BOA ALIMENTAÇÃO

Você lembra quando comentamos lá em cima sobre um padrão alimentar saudável? Pois é. Já está comprovado - cientificamente - a importância que o conjunto das nossas escolhas alimentares imprime na qualidade de vida, bem-estar e manutenção de um peso saudável.

Isso significa que o conjunto das decisões alimentares que tomamos, de forma equilibrada e consciente, reflete de maneira natural na adequação do peso. Muito mais, inclusive, do que a restrição de alimentos julgados “vilões” ou o super consumo de alimentos vistos como “milagrosos”.

Lembre-se sempre: a reeducação alimentar proporciona a perda de peso de forma saudável e responsável, e nenhum alimento isolado é capaz de te fazer emagrecer ou engordar. Fechou?

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