quinta-feira, 3 de março de 2016

AMAMENTAÇÃO FORTALECE O VINCULO ENTRE MÃE E FILHO








10 motivos para amamentar seu bebê


Com o tema "Amamentação: Um ganho para toda vida!", a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) 2014, que vai de 01 a 08 de agosto, quer chamar a atenção para a importância da amamentação no mundo todo. 
Mas por que amamentar seu bebê? As vantagens vão da saúde de mãe e filho ao vínculo afetivo criado pelo ato – tudo isso comprovado por pesquisas. Descubra abaixo 10 – entre muitas – razões para o 
aleitamento materno.


1. Ajuda na recuperação pós-parto do corpo da mãe
Durante o parto, o corpo da mulher passa por alguns traumas: o útero sangra um pouco, os níveis de hormônio ficam desregulados e algumas mães reclamam de contrações depois do nascimento dos filhos. A fonoaudióloga Fabiola Costa, membro do GTIAM - Grupo Técnico de Incentivo ao Aleitamento Materno da Universidade Federal Fluminense e autora do blog Mama Mia, sobre amamentação, explica que, ao amamentar, os hormônios do corpo feminino voltam a se equilibrar.
Fabíola aponta para outro benefício: a amamentação logo após o parto. “A sucção do peito faz com que o útero expulse a placenta mais rápido, e ainda ajuda na imunidade para o bebê”, diz. Pesquisas da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, mostram que o aleitamento previne outros tipos de doença, como o enfarto e a diabetes tipo 2.



2. A mãe perde peso e o bebê ganha

“A mãe que amamenta tem um gasto energético maior ao amamentar. Isso ajuda a perder o peso que ganhou na gestação”, diz Luciano Borges Santiago, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria. Segundo pesquisas, o gasto calórico vai de 200 a 500 kcal por dia. Já, para o bebê, o leite materno significa o ganho certo de peso. “Com outro tipo leite corre-se o risco da criança engordar muito ou engordar pouco.A criança que mama no peito não fica desnutrida nem obesa”, afirma.



3. Economia de dinheiro e recursos naturais

Pesquisas da Associação Americana de Pediatria mostram que mães que amamentam exclusivamente – ou seja, alimentam o bebê apenas com o leite materno – durante os seis primeiros meses poupam cerca de mil dólares. Nessa equação entraram apenas as quantidades de fórmulas artificiais e mamadeiras que teriam que comprar. A economia seria muito maior se fosse levado em conta que crianças alimentadas com leite materno tendem a ter menos doenças – e, portanto, gastam menos com remédios e pediatra. Há ainda a questão da sustentabilidade: “o leite materno não usa latas nem mamadeiras”, completa Fabíola.


4. Acalma a mãe
Dois hormônios agem durante o aleitamento: a prolactina, que induz o corpo a produzir leite, e a oxitocina, que ejeta o líquido da mama. Combinados, estes hormônios agem no organismo da mãe. Fabíola – que amamentou sua primeira filha até os dois anos e ainda amamenta o seu segundo filho, de 7 meses – diz que a oxitocina, quando liberada, dá a sensação de prazer.



5. Dá sensação de saciedade para o bebê
De acordo com Luciano Santiago, a quantidade de gordura presente no leite varia durante a amamentação. “Logo perto do final da mamada, o nível de gordura do leite fica no máximo, o bebê se sente saciado e para naturalmente”, simplifica o pediatra. As mamadeiras não têm o mesmo efeito, já que seu conteúdo tem sempre a mesma quantidade de gordura. “Com a mamadeira, existe o risco do bebê não querer parar de mamar porque não tem a sensação de saciedade”, diz ele.



6. Pode servir como método contraceptivo para a mãe
Durante seis meses, se a mãe amamentar exclusivamente o bebê, é possível que ela se valha da amenorréia lactacional, um método contraceptivo natural. A sucção recorrente do bebê na mama faz com que o hipotálamo da mãe não produza o ciclo necessário à ovulação. Mas atenção: Fabíola avisa que esse método só acontece durante os seis primeiros meses, e em mulheres que estejam amamentando em livre demanda. Como podem ocorrer falhas nesse método, os médicos recomendam que, enquanto estiver amamentando, as mulheres usem anticoncepcionais a base de progesterona.


7. Protege o bebê de alergias posteriores e infecções
Um estudo conjunto das Universidades de Harvard e Stanford, nos Estados Unidos, mostrou que o leite materno contém imuglobinas que protegem o intestino dos bebês de possíveis alergias alimentares. Luciano Santiago ressalta que os tipos de imuglobinas presentes no leite materno também ajudam a potencializar o efeito das vacinas nos bebês. Ele fala que, para a proteção contra infecções, é recomendável que se amamente (não exclusivamente) até depois de dois anos. “Até dois anos, o corpo da criança ainda não se defende sozinho das infecções”, explica.


8. Cria um laço entre mãe e bebê
“A distância entre o olho da mãe e o seio é exatamente a distância que o neném enxerga. Não é a toa que o bebê reconhece a mãe”, conta Fabíola. Além do olhar, o contato entre a pele da mãe e a do filho cria um tipo de laço entre os dois. Um vínculo que, segundo o pediatra Luciano Santiago, “é diferente de tudo que se possa explicar”.

9. Ajuda na formação da mandíbula e da língua do bebê
Fabíola Costa diz que a amamentação é primordial para o desenvolvimento oral do bebê. “A musculatura da boca é exercitada quando ele suga o seio da mãe”, diz a fonoaudióloga. Este tipo de exercício é muito importante, no futuro, para o desenvolvimento da fala da criança. Luciano completa com outras áreas do rosto do bebê que são exercitadas com o aleitamento, como os dentes, os músculos da face, a mandíbula e o maxilar.


10. A longo prazo, as crianças tendem a ficar mais inteligentes
O cérebro humano não nasce completamente formado. É durante os três primeiros anos que a quantidade de neurônios e sinapses (conexões entre neurônios) aumenta. “O leite materno tem substâncias que favorecem esse desenvolvimento”, diz Luciano Santiago.
Segundo o pediatra, 90% das sinapses cerebrais de uma pessoa são criadas durante seus três primeiros anos de vida. “Quanto mais ligações tiver no cérebro, maior a habilidade da pessoa”, completa o pediatra. Pesquisas da Nova Zelândia e Irlanda mostram que crianças que foram amamentadas exclusivamente durante os primeiros seis meses têm maiores notas na escola e habilidades cognitivas mais refinadas.





Não se deixe enganar.

Fique por dentro de tudo o que é verdade e mentira sobre a amamentação.


Fonte: Pastoral da criança


Mentiras

"Meu leite é fraco".
"Não amamentei, porque meu leite não desceu!".


"Amamentar faz as mamas caírem".
"Mulheres de seios pequenos têm menos leite".
"Canjica e cerveja preta estimulam a produção de leite".
"Se a mãe tomar água gelada enquanto estiver amamentando, o bebê fica gripado".
"Se a mãe não amamentou o primeiro filho, não vai conseguir amamentar o segundo".
"Amamentar é doloroso".
"Inveja e mau-olhado faz o leite secar".




Verdades

O leite materno pode ser congelado.
Se interrompida por um longo período, a amamentação pode ser retomada.
A alimentação da mãe reflete no leite.
Mamadeiras e chupetas podem atrapalhar o aleitamento.
Amamentar faz bem para a saúde da mãe e do bebê.
O leite materno não precisa ser complementado até os 6 primeiros meses de vida, nem mesmo com água.
A amamentação fortalece o vínculo entre a mãe e o bebê



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