Qual é a cor do amor?
(Texto adaptado do livro de Linda Strachan)
Numa manhã linda e ensolarada, o elefantinho cinzento acordou com uma grande dúvida: qual seria a cor do amor? Resolveu, então, sair pela floresta para encontrar a resposta. Caminhando, encontrou o elefante e perguntou:
O velho e carinhoso avô, conhecendo bem o verde das árvores e da grama, respondeu:
– Não sei se isso é verdade, mas a grama é verde, então, talvez, o amor seja de outra cor… talvez azul…
O elefantinho cinzento, querendo confirmar a resposta do vovô elefante, saiu à procura de outro amigo para perguntar. Logo encontrou o tigre:
– Amigo tigre, qual é a cor do amor? Será que é azul?
O tigre pensou, deitou-se, rolou pela grama, pensou mais um pouco e, olhando para o alto, respondeu:
– Não sei a resposta, meu caro amiguinho; o céu é azul…, então, talvez, o amor seja de outra cor… talvez o amor seja amarelo!
O elefantinho cinzento não saiu satisfeito. Se o amor não é verde, não é azul, será que é amarelo? Caminhando e pensando, encontrou o preguiçoso leão, deitado em uma grande pedra, debaixo do sol:
– Amigo leão, qual é a cor do amor? Será que é amarelo?
O leão, muito cansado para brincar e dar atenção a quem passava, sem fazer muito esforço, olhou o pequeno e curioso elefantinho com apenas um olho, bocejou e respondeu:
– Uóóaaahhh!!! Este sol quente que está em cima de nós é amarelo, então, talvez, o amor seja de outra cor… Uóóaaahhh!!! Será que o amor não é vermelho?
– É, pode ser. – respondeu o elefantinho não muito convencido.
Andando e pensando nas cores, o elefantinho cinzento ouviu um barulho que vinha de cima de uma árvore. Era uma arara. Imaginando que a arara, por voar por toda a floresta, seria um animal sabido, resolveu confirmar:
– Amiga arara, qual é a cor do amor? Será que é vermelho?
A arara, olhando para suas penas e para as flores do galho em que estava, respondeu:
– O vermelho é das flores, o amor é brilhante… portanto, é bem simples: o amor é branco!
“Será?”, pensou o elefantinho cinzento. “Pode ser!”
E saiu, imaginando um amor branco. No caminho, encontrou a zebra. Para tirar a dúvida, resolveu confirmar:
– Amiga zebra, qual é a cor do amor? Será que é branco?
E a zebra, sem pensar muito, deu sua resposta:
– Não, o amor não é branco não! Eu acho que o amor é tão belo, que só pode ser cor-de-rosa!
“Cor-de-rosa? Como os flamingos!”, pensou o elefantinho cinza. “Vou perguntar a eles se eles são da cor do amor!”
E lá se foi mais uma vez pela floresta o curioso elefantinho cinzento. Chegando no rio, perguntou ao flamingo:
– Amigo flamingo, qual é a cor do amor? Será que é rosa como você?
– Não, não pode ser! O amor deve ser laranja como o pôr do sol à tardezinha!
“Oh, não”, pensou o elefantinho cinzento, “outra cor…”
Já era fim do dia. Desanimado e cansado, o elefantinho cinzento teve uma grande ideia:
– Já sei a quem perguntar!
Despediu-se do flamingo com suas pernas compridas, passou pela zebra na beira do rio e a agradeceu. Continuou seu caminho.
Foi até a pedra onde estava o leão, mas ele já havia encontrado uma sombra em outro lugar para continuar seu descanso. Tentou despedir-se também do tigre, mas ele já havia corrido atrás da caça.
Chegando à beira da água, molhou a pata e disse à sua mãe:
– Mamãe, será que alguém sabe qual é a cor do amor? Eu já tentei todas as cores, da grama às flores, do céu às nuvens, e até o sol lá em cima… Mas ninguém soube me dizer a cor do amor.
A mãe, com toda a delicadeza e compreensão disse:
– Qual é a cor do amor? Eu lhe digo, filhote: é tão escuro como a noite, tão brilhante como o sol. Pense numa cor e ali está o amor! O amor é toda cor, é tudo em todo lugar.
– Hã?
E a mãe continuou:
– Qual é a cor do amor? São todas as cores à nossa volta, porque nada mais importa quando você encontrou o amor!
O elefantinho cinzento ficou tão contente e satisfeito com a resposta, que correu para junto da mãe e deu-lhe um abraço!
Mariana Tambara
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