quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

CIUMES? EU?


Fonte http://casuloborboleta.blogspot.com

O ciúme é uma das emoções mais potentes e comuns a todos os seres humanos. Todos nós já sentimos ciúmes numa ou noutra fase da nossa vida, por isso não serão necessárias grandes definições. Na sua essência, consiste no medo de perder para outra pessoa alguém que amamos.

Para as pessoas que afirmam não sentir ciúmes, os especialistas alegam que estarão a enganar-se a si próprias ou então que estarão a fugir e a negar a vivência do amor em si. O ser humano tem o desejo inato de possuir os outros, principalmente aqueles que ama e considera importantes para a sua existência. Isto acontece desde a mais tenra idade e irá acompanhar-nos, em maior ou menor escala, até ao último sopro da nossa vida.

Por surgirem de uma forma instintiva, os ciúmes não devem ser negados ou reprimidos. Contudo, pela sua pesada carga irracional, devem ser objecto da nossa atenção e trazidos para o consciente. O facto de não reprimirmos essa emoção não significa que a aceitemos.

Na realidade, na medida certa, os ciúmes podem até trazer uma componente positiva ao relacionamento. Ao tomarmos consciência que não queremos perder a pessoa que amamos, os ciúmes podem contribuir para que cuidemos do relacionamento. Obviamente, cuidado não significa domínio nem controlo da outra pessoa. Tratar os outros como uma propriedade sua ou como uma extensão da sua pessoa não é saudável nem recomendável.

Quem sente ciúmes tem pensamentos e sentimentos negativos em relação à ameaça de perda de algo que é para si importante. Geralmente os ciúmes não são uma emoção simples, pelo facto de serem acompanhados por uma panóplia de outras emoções tais como medo, insegurança, ansiedade, desconfiança, raiva, humilhação, desgosto, depressão. Em suma, um cocktail altamente destrutivo quando desgovernado e se não for devidamente controlado pela razão. Enquanto que algumas pessoas conseguem gerir bem as emoções, dificilmente exteriorizando o que sentem, outras não possuem essa capacidade e necessitam expressar esse turbilhão de sentimentos através de palavras, acções ou comportamentos.

Existem poucos relacionamentos amorosos que não sejam abalados, num momento ou noutro, pelos ciúmes de um dos elementos do casal e até mesmo de ambos. Não raro, terão levado à ruptura de relações e até mesmo ter sido os ingredientes base de crimes passionais.

Se pensa que não é possível controlar os ciúmes, saiba que na verdade podemos e devemos fazê-lo. A bem da nossa sanidade mental e dos relacionamentos em si.

Para começar, a melhor coisa a ter em atenção será procurar não fazer filmes. Quem é ciumento tem a tendência de deixar que a sua imaginação corra mais veloz do que o vento, aceitando como realidade coisas que até podem nem o ser. Uma pequena palavra ou gesto pode desencadear os filmes mais loucos na sua cabeça. Como evitá-lo? Quem o explicou melhor terá sido Richard Bandler, através da seguinte citação:

“...Por que esperar até que o seu marido tenha uma aventura com outra mulher? Imagine-o tendo um caso agora, neste instante. Visualize-o a cortejar outras mulheres, a oferecer-lhes flores, por que não imaginar ainda mais e vê-los já à entrada de um hotel? Sinta crescer dentro de si um ciúme doentio.
 E depois, sinta-se tão mal que assim que ele pise a entrada da porta, o vá receber com gritos e palavrões. Afaste-o de si, e faça com que o vosso relacionamento seja tão mau que ele tenha mesmo que ir procurar outra pessoa para ter paz e ser feliz.
A solução está em criar imagens positivas. Veja-se a si própria a ter uma aventura com o seu marido. Desfrute todas as sensações agradáveis produzidas por esse relacionamento amoroso. E quando ele chegar a casa, faça com que ele queira fazer tudo aquilo de bom com você...”

Identificou-se com a passagem anterior? Não se esqueça nunca que nem tudo o que parece o é e que por vezes a nossa mente se encarrega de ser o nosso pior inimigo.

Geralmente, os ataques frequentes de ciúmes são também desencadeados por uma baixa auto-estima. É necessário que aprenda a acreditar em si próprio e nas suas potencialidades. Nesse contexto, para que se sinta seguro de si, cultive tudo o que esteja ao seu alcance para que se sinta bem na sua pele. Cuide de si e do seu bem-estar. Potencie os seus pontos fortes e liberte-se de todos os hábitos que o enfraqueçam. Aumente os seus conhecimentos e a sua cultura geral. Mime-se e presenteie-se a cada pequeno sucesso que obtenha. É necessário que se respeite e se faça respeitar e que acredite que é um ser humano único.

Para trazer o problema ao consciente, poderá colocar-se as seguintes questões assim que sente os ciúmes aflorar: 
  • Por que estou a sentir estes ciúmes? O que os provocou?
  • Como posso comunicar o que sinto ao meu parceiro? Em que medida ele me poderá ajudar?
  • O que posso fazer para amenizar estes ciúmes?

Para finalizar, compreenda a importância de cuidar do relacionamento e de fazer tudo o que esteja ao seu alcance para o fortalecer. Confiança e comunicação são essenciais. Fale abertamente acerca de coisas que o incomodam e da forma como se sentiu. Apoie o outro e faça planos para o futuro em conjunto. Fomente a partilha e a cumplicidade. Não encare o relacionamento como um dado adquirido: reconquiste e seduza permanentemente o outro, como nos tempos de namoro. Sobretudo, faça por se divertir e por aproveitar todos os momentos. Agindo desta forma, não terá sequer tempo para ser ciumento.

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