Bondade gera bondade
Um mundo melhor
necessita de bondade e amor. É certo que sozinhos não podemos mudar o mundo mas
podemos sempre dar o nosso pequeno contributo. Porque não começar
o ano oferecendo alguma coisa aos outros? Não me estou a referir a coisas
que custam dinheiro. Pode ser um sorriso, uma palavra gentil, alguns
minutos do nosso tempo para ajudar quem necessita. O importante é não
esperarmos pelos outros para reagirmos da mesma forma. Darmos nós o primeiro
passo, sem esperar nada em troca. O Boomerang é inevitável.
Retirado de http://casuloborboleta.blogspot.com.br/2012/01/bondade-gera-bondade.html
Bondade gera bondade - Amor com amor se paga
Deus
não improvisa
Há quem diga que nossa vida é como o tear e todos
os acontecimentos são como fios entrelaçados entre si e revestidos de
significados. Nada acontece por acaso e, à medida que o tempo vai passando,
vamos, cada vez mais, tomando conhecimento do “bordado”, resultado da nossa
história.
Contemplar a obra terminada é tarefa que foge das
nossas mãos, mas colaborar para que ela seja apreciável é missão que se dá na
generosidade partilhada por nós a cada dia.
Nossa vida é repleta de acontecimentos, às vezes
passam-se anos sem sabermos notícias de quem um dia fomos cúmplices e, de
repente, o reencontro acontece. Em outros casos fomos
ajudados por alguém e nunca o encontramos para, ao menos, lhe agradecer. Há também situações em que não conseguimos ser tão
gentis com alguém como deveríamos, mas não houve tempo para, nem sequer,
pedir-lhe perdão... E por aí seguem os
acontecimentos que se entrelaçam como fios, dando cor e forma ao
"bordado" da nosso história.
Ouvi uma história que me fez pensar muito sobre
isso. Partilho com você:
Conta-se que, há muitos anos, um aristocrata inglês
dirigia-se da Escócia para Londres a fim de participar de uma sessão urgente do
Parlamento. A sua carruagem ficou
atolada na lama e ele estava à beira do desespero quando um jovem camponês
apareceu com a sua junta de bois e a puxou para a estrada seca. O homem nobre
ficou tão grato que perguntou ao rapaz como lhe poderia agradecer. O rapaz respondeu que não era preciso nada, pois
ficava feliz por ter sido útil. Mas o aristocrata insistiu, perguntando-lhe:
“Com certeza tens um sonho, ou alguma coisa de que gostarias de realizar na
vida?” Então o jovem respondeu: “Sempre sonhei em me tornar médico, mas isso
nunca será possível para mim”.
Quando o lorde chegou a Londres tomou providências
para que o jovem camponês recebesse uma bolsa de estudos e estudasse nas
melhores escolas. Anos mais tarde,
num momento decisivo da Segunda Guerra Mundial, Sir Winston Churchill estava
morrendo vitima da gripe pneumônica. Nessa ocasião foi-lhe administrado um novo remédio que lhe salvou a
vida. Era a penicilina. O remédio tinha
sido descoberto pelo Dr. Alexander Fleming, ninguém mais nem menos do que
aquele jovem camponês. E o lorde inglês que
lhe tinha dado a bolsa de estudo, era justamente o pai do próprio Winston Churchill.
É interessante observar, ainda mais com a ajuda da
história, o quanto estamos interligados uns aos outros e como nossos atos
gratuitos de bondade tocam as pessoas que estão à nossa volta. Fica bem claro que a lei da natureza funciona
também neste sentido: O que plantamos é isso que vamos colher.
Tudo começou com um simples gesto de bondade da
parte de um rapaz do campo. A resposta foi outro
ato de bondade, que se tornou benéfico para toda a humanidade. Milhões de pessoas, até hoje, são curadas de doenças
terríveis graças à descoberta da penicilina. Ou seja: graças à generosidade partilhada pelo pobre e pelo rico. Este é um exemplo apenas, entre tantos que
conhecemos.
É bom saber que não estamos isolados neste mundo! Independentemente da nossa condição, nossos atos
têm consequências e podem mudar muitas coisas. Eu, particularmente, já vi realidades difíceis serem mudadas pelos
pequenos e constantes gestos de bondade. Poderia citar aqui o caso de um esposo
agressivo, sem fé e preso aos vicíos voltar para sua família e tornar-se um
homem bom devido ao amor persistente e corajoso de sua esposa, que nunca deixou de o tratar bem e rezar pela
conversão dele durante anos.
E a história não para, Deus, que é o Autor da
bondade, constantemente bate à nossa porta à espera de que possamos dar um
"sim" à generosidade, como fez a Virgem Maria.
O Cardeal Inglês, Seán O'malley, certa vez em
visita ao Santuário de Fátima, explicou que foi Nossa Senhora quem,
generosamente, abriu as portas da humanidade para Deus entrar pelo
"sim" dela. Segundo ele, Deus
escolheu colocar o destino de todos os homens nas mãos de uma jovem e contar
com a bondade dela para enviar Seu Filho ao mundo e, depois por intermédio
d'Ele, nos salvar.
E Maria, completamente livre diante de Deus,
poderia ter se apegado aos seus projetos pessoais ou alegado estar ocupada,
inclusive com “as coisas do Senhor”, a ponto de não O poder servir e Lhe dizer
"não". No entanto, ela foi generosa, aceitou
despojar-se de si mesma e, com seu “sim”, permitiu a Deus entrar na nossa
história e na nossa família humana. Desta forma, a Santíssima Virgem tornou-se o modelo a ser
seguido por cada um que, ao passar por este mundo fazendo o bem, deseja
um dia ser reconhecido pelo Senhor como “Benditos do meu Pai [...]” (Mt 25,34).
Hoje, inspirados pelo exemplo da Mãe de Deus e de
tantos outros que conhecemos, tenhamos a coragem de optar pelo bem. Isso, sim, vale a pena! O tear da nossa vida precisa
de fios coloridos e fortes para dar continuidade à obra começada desde o nosso
nascimento. Estejamos atentos e não deixemos passar as oportunidades que temos
de praticar o bem, principalmente para com os mais necessitados, sabendo que
Deus não improvisa. A bondade ou a
maldade que semeamos hoje havemos de colher amanhã.
E viva a generosidade!
Fonte: Canção Nova
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