Não
importa onde estamos e quem somos.
Todos nós dependemos da água para viver. A
água, um dos recursos naturais que está presente em todos os aspectos da
civilização humana desde os valores culturais e religiosos até o desenvolvimento agrícola e industrial, é extremamente essencial. É ela quem possibilita o surgimento e a
manutenção da vida na Terra.
Nosso planeta contém cerca de 70% de sua
superfície coberta por água. São 97%
de água entre oceanos e mares e apenas 3% correspondente à água doce. E desta
porcentagem de água doce, 2% está inacessível em estado
sólido nas regiões dos polos e no topo das montanhas. Temos, somando os rios, lagos e fontes subterrâneas, apenas 1% de água para ser consumida.
Daí a necessidade de preservação dos recursos hídricos. Seria
uma obrigação, após o uso da água, que ela
fosse tratada antes de voltar à natureza para evitar totalmente a contaminação de rios e reservatórios, mas no Brasil, isto
ocorre com menos de 40% da quantidade de água utilizada.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), até 2025, se os atuais padrões de consumo de água se mantiverem como estão, duas em cada três pessoas no mundo sofrerão escassez moderada ou grave de água.
O Brasil possui a maior reserva de água doce do planeta,
12% do total mundial. A Amazônia possui a maior bacia fluvial do mundo. O volume de água do Rio Amazonas é o maior de todos os
rios do globo. E daí vem a necessidade de uma gestão
correta e consumo consciente. Mas o que ocorre não é bem assim...
Basicamente, são 885 mil litros de água utilizados por pessoa por ano.
Desperdiçamos muito, pois, para viver, necessitamos
de apenas 20 litros de água
por dia, ou seja 7.300 litros por ano. Além
da falta de responsabilidade com o uso da água, muitas indústrias e empresas
poluem o meio ambiente e as nascentes, diminuindo ainda mais a quantidade de
água potável disponível. Na região Amazônica
e no Pantanal, por exemplo, os rios já
apresentam alta contaminação
por mercúrio e pelo uso de agrotóxicos nos campos de lavoura. Nas grandes cidades, os rios são
contaminamos pelo despejo de esgoto doméstico e industrial.
A utilização e o abastecimento da água estão
em crise e as coisas estão piorando. Os seis mananciais que abastecem a região da
Grande São Paulo, por exemplo, têm registrado deficit de 2,5 bilhões de
litros por dia em pleno período no qual deveriam estar enchendo para os meses
mais secos. Ao redor deles já não existe mais a vegetação natural, o que faz que as chuvas não
ocorram nestes locais. A sociedade precisa ter consciência clara da gravidade da
crise hídrica e as informações
corretas deveriam chegar a todos os cidadãos.
O
desmatamento sem limites encontrou um juiz que não se esquece e não perdoa: o clima. A floresta Amazônica
colocava por dia 20 bilhões de toneladas de água na atmosfera que eram
levadas até o sul do País por meio das correntes de ar, se
transformando em chuva. Com o avanço do desmatamento, esta capacidade ficou
comprometida e seus efeitos já
são sentidos como na falta de chuva no
Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
Não
está distante o dia em que a água será devidamente reconhecida como o bem
mais precioso da humanidade.
Todo cidadão
deve lutar por um gerenciamento correto da água bem como impedir a derrubada de árvores sem propósito em sua cidade. Água é
vida e vida não se polui ou desperdiça!
Martha Pavão é professora e tradutora.
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