Artigo – Covid-19: Uma reflexão sobre o momento que vivemos
13/04/2020
A Covid-19 chegou de forma avassaladora, destruindo
tudo ao seu redor.Mas ao mesmo tempo,a capacidade de mobilização das pessoas se
sobressaiu diante do caos. Os primeiros países acometidos pelo novo coronavírus
subestimaram a sua capacidade de destruição. E é preciso ressaltar que que
estamos falando de nações extremamente desenvolvidas e com surpreendente capacidade
de articulação, como China, Coreia e Japão.
Quando a doença chegou à Europa, o erro se repetiu.
Desta vez, porém, em países como a Itália, envelhecidos e com uma política
desgastada. A devastação foi ainda mais impressionante. Estamos falando de
cerca de 600 novas mortes por dia, mais de 130 mil pessoas contaminadas.
No Brasil, apesar dos números crescentes de casos e
mortes, estamos tendo a chance de aprender com os erros cometidos em outros
países. Exaustivamente acompanhamos por meio de publicações científicas,
estudos pontuais e imprensa, que dentre todas as medidas adotadas para o
enfrentamento à Covid-19, o isolamento social é um dos métodos mais eficientes
para redução do aparecimento de novos casos.
O nosso sistema de saúde tem um desafio enorme pela
frente. O novo coronavírus chegou no país acometendo, num primeiro momento,
pacientes do setor privado de saúde – que representa um quarto da população do
país. A epidemia, no entanto, agora já está na comunidade e é uma realidade
para o Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pela atenção de mais 150
milhões de brasileiros. E grande parte dessas pessoas (48% da população do
país) vive em locais que, se quer, têm coleta de esgoto;sendo a higiene um
requisito primordial para o enfrentamento de qualquer epidemia.
Onde vamos parar? O que eu posso dizer é que há um
esforço visível do Ministério da Saúde em conduzir este momento da melhor forma
possível. Todos os representantes da cadeia – hospitais, operadoras, indústria
de materiais e medicamentos – estão sensibilizados com a grandiosidade do
problema e juntos têm buscado soluções para outros desafios de ordem prática,
como escassez de suprimentos, disponibilidade de leitos e UTIs equipadas, além
da sustentabilidade financeira dos hospitais.
A mensagem que eu gostaria de deixar é que todos
valorizem a vida e priorizem o coletivo. Há um grupo importante da economia,
formado por serviços essenciais (saúde, alimentação, segurança e logística),
indústria de materiais e medicamentos, entre outros, trabalhando exaustivamente
para o enfrentamento da pandemia. Portanto, políticos, influenciadores,
profissionais da saúde, peço que nos ajudem a passar por este momento, para que
possamos sair dessa crise mais fortes como pessoas, como profissionais, como
nação!
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