segunda-feira, 10 de julho de 2023

BOM DIA E UMA BOA SEMENA

 

Não acumule sentimentos de mágoa


Para trazer de volta a paz, o perdão não pode ficar só nas aparências.

Sempre surge uma ocasião em que alguém nos diz que é importante perdoar. Sem dúvida, é importante não ficar acumulando sentimentos de mágoa ou de raiva por alguém devido a uma atitude que tenha nos afetado de alguma maneira.

Contudo, a mente pode até entender isso, mas muitas vezes temos dificuldade em exercer de fato essa atitude.

Surge, então, um conflito porque acreditamos que perdoar é um ato correto, nobre e digno. Mas, lá no fundo, não conseguimos nos desvincular da emoção ruim que o fato gerou e que continua afetando a nossa paz.

A justiça divina se manifesta na lei de causa e efeito.

Percebemos que não conseguimos nos desvincular do sentimento de mágoa quando um pensamento que nos lembra o que aconteceu volta constantemente à mente. E, em seguida, volta a emoção que está a ele associada.

Essa emoção pode se traduzir num sentimento de raiva, num desejo de vingança ou, por outro lado, num sentimento de vitimização e de impotência. E, muitas vezes, clamamos pela justiça divina.

Deus é justo e bom. Mas Ele não pune. Aquilo que chamamos de castigo divino ou o acerto de contas para a reparação pelas ações indevidas é uma consequência natural de nossos atos, que obedece à lei causa e efeito, como é explicado pelo Espiritismo.

Portanto, a reparação de ações incorretas, acontece como uma justa medida das leis naturais e divinas.

E, da mesma forma, é na aplicação dessa lei que nós mesmos também nos sentenciamos ao bem ou ao mal, como uma consequência natural das nossas atitudes nas relações com os nossos semelhantes e com o mundo onde vivemos.

Perdoar é deixar para trás todo o mal.

Emmanuel, o benfeitor espiritual que se manifestou pela psicografia de Chico Xavier, orientou: “Dentre os ângulos do perdão, um existe dos mais importantes, que nos cabe salientar: os resultados dele sobre nós mesmos, quando temos a felicidade de desculpar.

Muito frequentemente interpretamos o perdão como sendo simples ato de virtude e generosidade, em auxílio do ofensor, que passaria a contar com a absoluta magnanimidade da vítima”.

Mas a verdadeira bondade, explica o benfeitor espiritual, é relegar ao esquecimento tudo o que pode surgir como uma decorrência do mal.

Não perdoar pode desencadear um processo de obsessão espiritual.

Emmanuel, além disso, também explica que “quando conseguimos desculpar o erro ou a provocação de alguém contra nós, exoneramos o mal de qualquer compromisso para conosco, ao mesmo tempo que nos desvencilhamos de todos os laços suscetíveis de apresar-nos a ele”.

Portanto, compreendemos que o perdão traz benefícios muito importantes para nós. Pois, ao perdoar, rompemos os laços energéticos negativos que foram criados.

A Doutrina Espírita esclarece que essas ligações podem nos prender indefinidamente, perdurando até por várias reencarnações, nesse embate entre os espíritos envolvidos.

Essa relação, quando ocorre entre um espírito encarnado e outro desencarnado, pode resultar num processo de obsessão espiritual.

Deixemos os sentimentos de mágoa ficarem ao longo do caminho.

Para que tenhamos uma maior compreensão da importância de não nos prendermos a sentimentos de mágoa e indignação, Emmanuel aconselha a refletirmos sobre essas consequências indesejáveis que podem nos afetar de diversas maneiras.

“Não te admitas carregando os explosivos do ódio ou os venenos da mágoa que destroem a existência ou corroem as forças orgânicas, arremessando a criatura para a vala da enfermidade ou da morte sem razão de ser”, alerta o mentor espiritual.

É possível que nos defrontemos, como diz Emmanuel, com “a intromissão do mal em nosso caminho”. Mas a escolha é nossa, entre seguir adiante ou acolher o fato “à maneira de lâmina enterrada por ti mesmo no próprio coração”.

Perdoar setenta vezes sete.

“Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” – (Mateus 18:21,22)

Lembremos dessas palavras de Jesus. Elas são a solução para vivermos em paz.

Emmanuel vem mais uma vez em nosso auxílio, discorrendo sobre os ensinamentos do Cristo para firmar o nosso entendimento na necessidade do perdão.

Assim, diz o benfeitor espiritual: “Ante ofensas quaisquer, defende-te, pacifica-te e restaura-te, perdoando sempre. Nas trilhas da vida, somos nós próprios quem acolhe em primeiro lugar e mais intensivamente os resultados da intolerância, quando nos entrincheiramos na dureza de alma.

Sem dúvida, é impossível saber, quando venhamos a articular o perdão em favor dos outros, se ele foi corretamente aceito ou se produziu as vantagens que desejávamos.

Entretanto, sempre que olvidemos o mal que se nos faça, podemos reconhecer, de pronto, os benéficos efeitos do perdão conosco, em forma de equilíbrio e de paz agindo em nós”.

Dentre as prioridades da vida, uma delas é se libertar dos sentimentos de mágoa.

Portanto, para nos libertarmos dos angustiosos sentimentos de mágoa, fiquemos, como disse o Cristo, não com a paz que o mundo dá, mas com a paz que Ele nos deixou.

E vamos nos conscientizar da importância do perdão, ainda que tenhamos dificuldades de colocar as orientações que nos foram dadas em prática.

Certamente, ao persistirmos nessa prática, ainda que no começo nos pareça difícil, chegará o momento em que perdoar será algo rotineiro e natural, mantendo sempre a paz que desejamos para a nossa vida..

Noemi C. Carvalho

Inspirado em texto de Emmanuel, no livro “Alma e Coração”, psicografado por Chico Xavier


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