sexta-feira, 1 de maio de 2015

Carinho dos pais beneficia a alma e o cérebro de crianças e adolescentes





Carinho dos pais beneficia a alma e o

 cérebro de crianças e adolescentes


Afeto (físico e verbal) interfere diretamente no desenvolvimento dos filhos – e a falta dele pode ter consequências severas em curto e médio prazo

Abraços, beijos e falar “eu te amo” nunca estão em falta na casa da publicitária Miche Kretschmer, mãe de Isadora, 11, e de Alícia, de quatro anos. “A Isa é mais na dela e, com a pré-adolescência chegando, não quer muito ‘nhenhenhém’, mas sempre diz que me ama, que ama o pai, dá boa noite com carinho. Já a Alícia é mais fofinha, vive nos beijando, abraçando, pedindo cosquinha e ‘me cheira’, fazendo a lista de todos que ama. Elas têm personalidades diferentes, mas o carinho que recebem e dão é o mesmo. E é bastante”, conta.
>> Veja atitudes do dia a dia que demonstram o carinho dos pais pelos filhos:


Abraços e afagos são ótimas maneiras de os pais demonstrarem carinho pelos filhos. O contato físico que ‘embala’ passa a mensagem de segurança. Foto: Thinkstock/Getty Images

Além de proporcionar memórias maravilhosas, brincar com as crianças em casa faz com que elas sintam o afeto dos pais e o retribuam. Foto: Thinkstock/Getty Images
Aproveitar momentos de reunião familiar, como o café da manhã, o almoço e o jantar, para conversar é uma forma de espalhar carinho entre pais e filhos . Foto: Thinkstock/Getty Images
Olhar nos olhos dos filhos é uma das maneiras mais eficazes de, sem a necessidade de palavras, mostrar que eles são amados. Foto: Thinkstock/Getty ImagesNão se deve evitar que a criança caia ou bata o corpo – isso faz parte do amadurecimento –, mas cuidar dela sem broncas na sequência é uma prova de carinho. Foto: Thinkstock/Getty Images
Mediar o contato da criança com a natureza é um jeito de trocar carinho e ensiná-la a amar e respeitar também o mundo em que vivemos. Foto: Thinkstock/Getty Images
Quer que seu filho lembre diariamente o quanto é amado? Aproveite o trajeto da volta da escola para casa para saber como foi o dia dele. Foto: Thinkstock/Getty Images
Quando você evita que seu filho participe de uma brincadeira para a qual não está preparado e em que poderá se machucar, ele entende o cuidado como amor. Foto: Thinkstock/Getty Images
Abraços e afagos são ótimas maneiras de os pais demonstrarem carinho pelos filhos. O contato físico que ‘embala’ passa a mensagem de segurança. Foto: Thinkstock/Getty Images

Com beijos no rosto, na cabeça e nos machucados das crianças (a velha crença de que beijos dos pais curam), os adultos mostram que a relação é cheia de afeto. Foto: Thinkstock/Getty Images
Olhar nos olhos dos filhos é uma das maneiras mais eficazes de, sem a necessidade de palavras, mostrar que eles são amados. Foto: Thinkstock/Getty Images
Aproveitar momentos de reunião familiar, como o café da manhã, o almoço e o jantar, para conversar é uma forma de espalhar carinho entre pais e filhos . Foto: Thinkstock/Getty Images
Além de proporcionar memórias maravilhosas, brincar com as crianças em casa faz com que elas sintam o afeto dos pais e o retribuam. Foto: Thinkstock/Getty Images
Não se deve evitar que a criança caia ou bata o corpo – isso faz parte do amadurecimento –, mas cuidar dela sem broncas na sequência é uma prova de carinho. Foto: Thinkstock/Getty Images

Com beijos no rosto, na cabeça e nos machucados das crianças (a velha crença de que beijos dos pais curam), os adultos mostram que a relação é cheia de afeto. Foto: Thinkstock/Getty Images
Olhar nos olhos dos filhos é uma das maneiras mais eficazes de, sem a necessidade de palavras, mostrar que eles são amados. Foto: Thinkstock/Getty Images
Aproveitar momentos de reunião familiar, como o café da manhã, o almoço e o jantar, para conversar é uma forma de espalhar carinho entre pais e filhos . Foto: Thinkstock/Getty Images
Além de proporcionar memórias maravilhosas, brincar com as crianças em casa faz com que elas sintam o afeto dos pais e o retribuam. Foto: Thinkstock/Getty Images
Não se deve evitar que a criança caia ou bata o corpo – isso faz parte do amadurecimento –, mas cuidar dela sem broncas na sequência é uma prova de carinho. Foto: Thinkstock/Getty Images

Quer que seu filho lembre diariamente o quanto é amado? Aproveite o trajeto da volta da escola para casa para saber como foi o dia dele. Foto: Thinkstock/Getty Images
Quando você evita que seu filho participe de uma brincadeira para a qual não está preparado e em que poderá se machucar, ele entende o cuidado como amor. Foto: Thinkstock/Getty Images




O afeto da família se faz notar no comportamento das garotas. “Elas são seguras, sabem expressar seus sentimentos, deixar claro do que gostam e do que não gostam. E, de certa forma, isso facilita a comunicação com a Isa nessa fase da puberdade”, diz.
Consequências
A segurança mencionada por Miche é o principal ganho das crianças que recebem carinho dos pais, algo que ajudará a moldar suas personalidades. “O afeto recebido na infância, desde o primeiro dia de vida, é a base da autoestima e direciona todos os vínculos que o indivíduo terá na adolescência e na fase adulta”, afirma a Gestalt-terapeuta Nilce Cattassini, especializada em desenvolvimento cognitivo.
A psicóloga Camila Aloísio Alves, doutora em saúde da criança pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), explica que, além disso, o carinho estimula a produção neurológica infantil: “Ele é estruturante tanto para a psique quanto para as conexões cerebrais. Crianças que o recebem de seus pais fazem mais sinapses e têm mais conexões do que as que são privadas dele”.

Thinkstock/Getty Images
“O carinho pode ser ilimitado, desde que venha acompanhado pela estipulação de limites", aconselha especialista

Isso repercute no desenvolvimento motor desde muito cedo. “A autopercepção fica mais aguçada e a criança consegue progredir em seus movimentos com muito mais facilidade quando recebe carinho físico – abraços, beijos, afagos. Quem não é ‘embalado’ na infância costuma apresentar muito mais dificuldade para ações como andar, correr e andar de bicicleta”, exemplifica Nilce.
Paralelamente, o carinho verbal – elogios, palavras doces e diálogo – atua na formação do repertório infantil. Nilce diz que “a criança tem a comunicação estimulada e conquista um vocabulário emocional mais apurado, consegue dizer o que sente, diferentemente daquela que não ouve um afago oral e fica mais travada”.
Mas, para que surta efeito, é necessário que o carinho seja constante. “A chamada ‘afetividade flutuante’ torna a criança insegura e dependente. Nesses casos, como não é sempre que os pais se mostram carinhosos, o filho ficará grudado neles o tempo todo, por achar que, se descuidar, perderá o momento de carinho. Não tem como adquirir autoconfiança dessa maneira”, destaca a Gestalt-terapeuta.

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Se o carinho é simplesmente inexistente, o problema é maior ainda. “As consequências de uma infância sem afeto e sem amor de adultos vão da ansiedade à violência na adolescência”, esclarece a psicóloga Camila. “Em alguns adolescentes, a insegurança gerada ao longo dos primeiros anos de vida sem carinho se manifesta pela depressão, pela falta de apetite e pelo fraco desempenho escolar. Em outros, vem à tona por meio de uma agressividade com tendências violentas”. Nilce complementa: “Podem se tornar jovens que batem, partem para a agressão física”.

Arquivo pessoal
Miche, o marido, Emerson, e as filhas: 'Elas são seguras, sabem expressar seus sentimentos, deixar claro do que gostam e do que não gostam'

Carinho x mimo
A pegadinha nessa história é saber separar o carinho do mimo. “O carinho pode ser ilimitado, desde que venha acompanhado pela estipulação de limites. Aquilo que ultrapassa a verdade e o bom senso é mimo; se a preocupação com o bem-estar é menor do que a vontade de agradar à criança, isso é mimo”, afirma Nilce.
Ela prossegue: “Muitos adultos não querem falar ‘não’ para os pedidos das crianças, pois creem que estariam sendo severos e pouco afetuosos. Mas, se bem explicado, o ‘não’ do limite é uma forma de carinho, pois mostra que os pais se preocupam com o filho. Quando ele ouve que não pode brincar com determinado brinquedo porque corre o risco de se machucar, recebe como uma mensagem de amor, mesmo que chore e esperneie na hora”.
As crianças, é claro, tentarão forçar e flexibilizar esses limites – faz parte do processo de amadurecimento delas. Ao perceber isso, cabe aos pais impedirem que a situação vá adiante, rumo ao mimo. “É uma questão que varia de família para família. Os adultos conhecem seus filhos e sabem, pelas reações deles, quando é hora de colocar um ‘não’ na história”, diz Camila.
A publicitária Miche Kretschmer confirma que é assim mesmo. “Hoje em dia, já percebo pelo olhar das meninas o momento de endurecer um pouco. Faço isso de forma consciente, porque elas precisam entender que para tudo há limite. Não é fácil, mas tem que ser feito. E continuamos nos amando muito”, finaliza.


CARINHO DESDE A INFÂNCIA


CARINHO DESDE A INFÂNCIA
Criança boa é aquela que está limpa, alimentada e sem machucados, certo? Errado. Não basta apenas cuidar do bem-estar físico de seu filho, já que seu desenvolvimento psicológico e emocional também depende muito de suas ações e é vital para um crescimento saudável.
O diálogo e as manifestações de afeto são necessários desde cedo. A psicóloga Ana Pozza afirma: "A criança precisa se sentir pertencente à sua família e ela conseguirá isso através do diálogo, do amor, cuidado ecarinho. Uma criança que pertence a uma 
família permeada por diálogo e afeto, torna-se um adulto afetivo e maduro, pois aprende desde cedo a ouvir e falar adequadamente, torna-se mais seguro e aprende valores fundamentais, como o respeito".
É importante ter em mente que os valores e toda a carga cultural, emocional e comportamental da criança são dados pelos pais, pelos familiares e pelos demais adultos que convivem diariamente com ela. Tudo isso é transmitido por meio do diálogo e do afeto. Isso fica prejudicado quando os filhos recebem uma criação mais fria, na qual eles não se sentem acolhidos, amparados, amados, cuidados e observados.
"A criação dos filhos passa por uma mistura de afetividade e assertividade: ao mesmo tempo em que a criança sente que é amada, ela também deve ser estimulada à autonomia. Umacriança que não recebe afeto dos seus pais, pode se tornar insegura com o tempo, exigente, antipática ou distante. Uma educação mais fria pode gerar um adolescente distante, que não confia em seus pais para pedir orientação e compartilhar a vida, ou que os enfrente demais", afirma a psicóloga.
Sendo assim, a falta de carinho pode causar sérios problemas de comportamento, chegando a deixar a criança agressiva. Por outro lado, excesso de afeto e cuidado, sem qualquer estímulo à autonomia, num processo de superproteção, pode tornar a criança infantilizada e insegura.
Lembre-se que a comunicação não é apenas verbal, principalmente com as crianças que ainda nem aprenderam a falar. Tudo o que os pais fazem comunica algo aos pequenos e a forma como os pais tratam um ao outro indica à criança como ela deve se portar. Conversar com a criança, explicando as situações, falando sobre sentimentos, respondendo suas indagações ou contando histórias inventadas, por meio de leituras ou oralmente, são formas excelentes de estimular a inteligência emocional dela.
Algumas atitudes simples podem fazer toda a diferença para seu filho. Por exemplo:
- Ao passear com seu filho, converse sobre o que estão vendo, para onde estão indo.
- Fale sobre os diversos sentimentos do dia a dia. "Quando a criança diz "você é chata" enquanto a mãe tenta impor limites, ela pode responder: "todo mundo tem um pouco de chato e mesmo assim eu amo você" diz a psicóloga.
- No parquinho ou em alguma festa, as crianças podem apresentar certa timidez e não tomar a iniciativa de se aproximar das outras. Os pais podem emprestar a voz ao filho, ir com ele até as outras crianças e apresentá-las.
- É importante mostrar interesse pela infância e pelo momento que a criança está passando, no qual cada detalhe é imensamente importante. Pergunte sobre o dia ou a escola, conte situações sobre a sua infância e ensine algumas coisas por meio de fantoches ou bonecos, dando vida a eles e interagindo com seu filho.
- Nunca bata na criança, deixe as regras claras e converse. Se, ainda assim, ela insistir em fazer birra, deixe-a chorar sozinha e diga que, assim que ela se acalmar, vocês vão conversar.
Evite a incoerência de ir contra as próprias regras, permitindo que os pequenos consigam as coisas quando e como quiserem por meio de teimosia. E não compita com eles a respeito da hierarquia. Quem dá as regras são os pais, adultos. "Quando ocorre um caso de desrespeito, esta mãe deve comunicar ao filho o ato que cometeu, seja quando não cumpriu o que ela mesma prometeu ou quando ela mesma o violentou, através da agressão física, verbal ou emocional", conta Ana.

Manere nas exigências. Os filhos, geralmente, se esforçam bastante para serem bons e satisfazerem as expectativas dos pais, sendo assim, aceitos em seu meio. Expectativas em excesso podem provocar alto nível de tensão nas crianças, que acabam prejudicadas em seus talentos. "As expectativas podem gerar um peso difícil para a criança carregar, ficando ansiosa, tensa, agressiva", explica a profissional.
E tenha em mente que sua rotina não pode atrapalhar seu relacionamento com seus filhos. Por mais que o tempo em que os pais vão trabalhar e deixam a criança na escola ou com cuidadores seja necessário, é importante que quando estiverem em suas companhias possam aproveitar cada momento, conversar, brincar e se entrosar cada vez mais.
Uma criança que sente que é amada, orientada, estimulada a trocas e diálogos e respeitada em sua singularidade, acaba por ser mais feliz e cresce como um adolescente menos conflituoso, tornando-se um adulto maduro e responsável. Do mesmo modo que você adora recebercarinho dos pequenos depois de um dia cansativo de trabalho, eles também vão amar receber o seu depois de um dia todo sem sua companhia.
Juliany Bernardo 
VIDA EM SOCIEDADE
Há duas tendências muito fortes no ser humano: uma para buscar a autonomia, a auto-suficiência, a independência; e outra para fazer parte e pertencer a uma unidade maior.
Essa unidade maior pode ser definida como a família, a nação, uma ideologia, ou seja, um universo maior que tenha um significado importante. Dessa forma o indivíduo se desenvolve, ultrapassa sua individualidade e busca a integração com os outros.
Para se desenvolver de forma equilibrada, a pessoa precisa se comprometer, se adaptar, ceder. Tudo isso não é muito fácil, pois sempre haverá conflitos entre o eu e o outro, entre o querer tudo para si e precisar fazer algo para o outro. A vida em sociedade fica mais fácil quando entendemos que dependemos uns dos 
outros para viver melhor, e que juntos somos mais fortes.
Os seres humanos não vivem juntos apenas por escolha, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade. Se alguém, por livre vontade, se isolasse numa ilha, com todos os recursos para sobrevivência, em pouco tempo sentiria falta de companhia e sofreria com a solidão, por não ter com quem compartilhar idéias, dar e receber afeto. Poderia até mesmo enlouquecer. Portanto, as pessoas satisfazem suas próprias necessidades vivendo em sociedade.
Quando a auto-estima - a visão que a pessoa tem de si mesma - é positiva, o relacionamento em sociedade torna-se mais fácil, mais saudável e mais satisfatório. O inverso também é verdadeiro, isto é, um bom relacionamento social alimenta a auto-estima positiva.
Para manter um bom relacionamento com as outras pessoas são necessárias algumas condições básicas: sermos autônomos, assertivos, confiantes e termos auto-estima elevada. Sem essas condições, atribuiremos aos outros a causa das dúvidas, fraquezas, incertezas e desconfianças que temos a respeito de nós mesmos.
Adicionar legenda
Em sociedade o eu e o outro sempre se relacionam, e as necessidades sociais vão sendo estabelecidas. Elogiamos e somos elogiados; compreendemos e somos compreendidos; amamos e somos amados; vemos e somos vistos; valorizamos e somos valorizados. Até as frustrações são mútuas: rejeitamos e somos rejeitados; causamos dor no outro e ele em nós; discriminamos e somos discriminados. O certo é que para o bem e para o mal, querendo ou não, o outro é parte de nossa vida e nossa vida é parte do outro.
Muitas pessoas se queixam de que a sociedade define muitas regras e que sem elas a vida poderia ser melhor. A verdade é que cada um deve definir seu limite, respeitar a sua individualidade e também a do outro. Aí surge a pergunta: isso também não é uma regra?
A necessidade de nos mantermos unidos a outros seres humanos não é um capricho ou um desejo individual, é uma questão de sobrevivência orientada pelo instinto e referendada pela razão.
Aproveite para crescer, melhorar e aperfeiçoar-se como ser humano. Assim, você estará sempre motivado para praticar o bem e para o bem-estar de si mesmo e de todos os que convivem com você em sociedade.

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FAMILIA : Família é uma Árvore de Amor

  O laço mais lindo da vida é sempre o de uma família unida e repleta de amor. A família é uma árvore de amor Existem no mundo diferente...