terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Aprendendo a amar depois de ter sofrido violência doméstica










FONTE: FAMILIA.COM.BR

  • A união entre o casal acontece quando percebemos que compartilhamos de muitas afinidades e desejos. E é através dessas demonstrações de afeto e carinho que surge o amor dentro da relação.
    Ao sentir o doce sabor de um casamento feliz, é difícil imaginar que seu companheiro possa ser capaz de maltratá-la, chegando até mesmo a violência doméstica. Porém, quando isso acontece, parece que a crença em relação ao amor desaparece.
    A violência doméstica é um ato criminoso e covarde vindo do cônjuge, que pode ocasionar na prisão do companheiro, de acordo com a Lei número 11.340/06, chamada de Lei Maria da Penha.
  • Qual o objetivo dessa lei?

    “A Lei Maria da Penha visa assegurar os direitos fundamentais da mulher, garantidos pela Constituição Federal e por tratados internacionais. Desenha uma matriz diferenciada para a tutela da mulher em condições de risco de violência física, sexual, psicológica e patrimonial, compreendendo atos de violência no âmbito das relações domésticas e familiares.”
    Leia na íntegra: Lei Maria da Penha
    Caracteriza-se como violência doméstica não somente a agressão física, mas também a agressão verbal, ou seja, ameaça à mulher. Ninguém consegue se imaginar nessa situação até passar por ela, mas não devemos perder a esperança e, principalmente, devemos confiar que exista um amor verdadeiro.
  • Nunca deixe de acreditar no amor, ele também é capaz de curar feridas

    A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora.” (Benedetto Croce)
    Agarre-se no amor de parentes e amigos, ao acontecer esse tipo de violência em sua vida. Procure a cura para sua mente e coração. Dê tempo ao tempo, ele será seu conselheiro e seu amigo.
    Aprender a amar, depois de sofrer esse tipo de violência, pode se tornar difícil, mas seja sincera quando uma nova oportunidade surgir. Ao sentir segurança, relate à pessoa as dificuldades que passou em seu casamento passado e todos os traumas que adquiriu com essa experiência. Às vezes, a pessoa, ao perceber sua dificuldade, estará mais propícia a te ajudar arduamente para fazer amenizar a dor que sentiu.
    Normalmente, a tendência é achar que todos os homens são iguais e sentir receio de amar novamente, mas um amor verdadeiro pode ajudar a curar um coração ferido. Não feche a porta de seu coração. Encha sua mente de atitudes positivas, de coisas que te tragam um bem-estar e, principalmente, que te façam acreditar que existam pessoas capazes de serem sinceras, honestas e verdadeiras.
    Esteja sempre próxima dos amigos que realmente te amam e querem o seu bem, peça ajuda quando se sentir insegura, não tenha vergonha nenhuma de dizer que está com medo. Tenho certeza que ao estar ao lado de pessoas que te querem bem, você encontrará formas para encarar a vida e enfrentar os desafios.
  • A violência é o último refúgio do incompetente.” Isaac Asimov

    Nunca se culpe pelo que aconteceu, independente se teve motivos ou não. A violência nunca é justificável, simplesmente é um ato covarde, típico de um homem de pouca compreensão e sabedoria.
  •  Lembre-se das coisas que já conquistou na vida e siga de cabeça erguida, sem medo ou temor, e se dê de presente o direito de ser feliz, porque

  •  “Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.”Johann Goethe


  • O que é a Violência Doméstica?

    Violência doméstica, de acordo com a Wikipedia, "é a violência, explícita ou velada, literalmente praticada dentro de casa ou no âmbito familiar, entre indivíduos unidos por parentesco civil (marido e mulher, sogra, padrasto) ou parentesco natural pai, mãe, filhos, irmãos etc. Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra as crianças, maus-tratos contra idosos, e violência contra a mulher e contra o homem (...) além da violência sexual contra o parceiro."
  • 2. Como identificar que a violência está ocorrendo com você?

    Se você tem medo das atitudes de seu companheiro(a), já foi agredido(a) e ainda sofre violência física, psicológica ou sexual no seu relacionamento, você está sendo uma vítima. A Violência doméstica é classificada por espancamentos, abusos sexuais, danos morais, maus tratos a crianças, mulheres (homens também, em menor escala) e idosos. O perfil do agressor é caracterizado por autoritarismo, falta de paciência, irritabilidade, grosserias e xingamentos constantes, muitas vezes acompanhados de alcoolismo e outras drogas.
  • 3. A Violência Doméstica é um crime reconhecido pela lei brasileira?

    Sim. O Brasil é o campeão em violência doméstica num ranking de 54 países. Os números são alarmantes. A cada 16 segundos uma mulher é agredida por seu companheiro, e 70% das mulheres assassinadas foram vitimas de seus próprios maridos. Felizmente, o país já possui leis, em especial a lei Maria da Penha, para controlar e punir os casos existentes.
  • 4. O que é a Lei Maria da Penha?

    Biofarmacêutica, "Maria da Penha Maia lutou durante 20 anos para ver seu agressor condenado. Ela virou símbolo contra a violência doméstica. Em 1983, o marido dela, o professor universitário Marco Antonio Herredia, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, deu um tiro e ela ficou paraplégica. Na segunda, tentou eletrocutá-la. Na ocasião, ela tinha 38 anos e três filhas, entre 6 e 2 anos de idade. A investigação começou em junho do mesmo ano, mas a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro de 1984. Oito anos depois, Herredia foi condenado a oito anos de prisão, mas usou de recursos jurídicos para protelar o cumprimento da pena. O caso chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que acatou, pela primeira vez, a denúncia de um crime de violência doméstica." Hoje, temos a Lei 11.340/06 conhecida como Lei Maria da Penha.
  • 5. O que a lei ajuda nos casos de Violência Doméstica?

    A lei triplicou a pena para agressões domésticas contra mulheres e aumentou os mecanismos de proteção das vítimas. A Lei Maria da Penha aumentou de um para três anos o tempo máximo de prisão – o mínimo foi reduzido de seis meses para três meses. A mulher poderá também ficar seis meses afastada do trabalho sem perder o emprego se for constatada a necessidade da manutenção de sua integridade física ou psicológica. O Brasil passa a ser o 18º país da América latina a contar com uma lei específica para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.
  • 6. O que fazer em caso de Abuso ou Violência Doméstica?

    O primeiro passo é se informar. Conhecimento traz segurança e a vítima pode se afastar de alguém que tenha um perfil de agressor.
    O segundo passo é denunciar. Discando 180, de qualquer lugar do país, você terá acesso à Rede de Atendimento à Mulher, onde receberá informações sobre o que fazer e onde ir.
    Você também pode visitar o site do governo Secretaria de Políticas para as Mulheres, onde poderá obter várias informações sobre os direitos da vítima.





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