Porquê o brincar é tão
importante para o desenvolvimento infantil?
Fonte: http://www.minutocrianca.com
O brincar é algo que faz parte da vida das crianças, porém não é
apenas entretenimento como muitos pensam, o brincar é de grande importância
para o desenvolvimento da criança.
Ao brincar a criança pode estimular a
socialização, linguagem, coordenação motora fina e grossa, percepção,
criatividade, aprendizagem dos papeis sociais, desenvolve autonomia, memória e
organiza sentimentos e emoções.
Ao brincar as crianças se imaginam sendo
outras pessoas, outros personagens, e assim elas vão criando recursos internos
para enfrentar o mundo já que não compreendem ainda a complexidade das
relações.
Quando estão brincando as
crianças podem exercitar os papeis sociais e lidar com as próprias dificuldades
e conflitos, encontrando soluções de acordo com sua faixa etária, o que irá
possibilitar explorar, reviver e elaborações situações que para ela naquele
momento são difíceis e causam sofrimento negativos e ansiedade.
As brincadeiras vão variar de acordo com a
faixa etária da criança porque vão de encontro a fase do desenvolvimento que
estão.
Até os 2 anos de idade as
crianças estão explorando o mundo, é uma fase onde o
desenvolvimento motor e da autonomia estão em alta. Por isso nesse momento do
desenvolvimento brinquedos que explorem a percepção visual e auditivas são
adequados.
Os pais podem brincar com os filhos de esconder rosto e objetos,
isto irá auxiliar a criança a elaborar o a espera pela realização dos desejos e
a ausência dos pais.
Dos 2 aos 4 anos o brincar adquiri funções mais especificas, aqui
a criança irá vivenciar através do brincar a sua vida, seus conflitos e suas
necessidades. Por isso tendem a brincar de
papeis sociais.
Além disso também bolas, muitos blocos de brinquedos para equilibrar um
em cima do outro, casa de bonecas, massinha de modelar, instrumentos musicais e quebra
cabeça simples.
Dos 4 aos 6 anos a criança começa a se
interessar por jogos com regras onde é possível através do ganhar
e perder trabalhar a frustração, aspecto de grande importância
para o desenvolvimento emocional.
Os brinquedos aqui têm a
função de auxiliar a criança a entrar no mundo da fantasia,
como por exemplo, caixa registradora, postos de gasolina, meios
de transporte, instrumentos musicais, jogos e lápis de cor.
Dos 8 aos 10 anos é uma fase onde a criança gosta de jogos
comunitários como por exemplo, pega-pega, esconde-esconde, futebol,
vôlei, queimada.
É uma fase onde jogos de
tabuleiro e quebra-cabeças TAMBÉM são
bem-vindos.
E os jogos eletrônicos? Aqui o bom senso por parte dos
pais deve sempre existir. Os pais devem ficar atentos quanto ao
conteúdo dos jogos.
Quando usado com moderação
podem auxiliar a criança a desenvolver habilidades cognitivas
e uma oportunidade de trabalharem com seus desejos, tomadas de decisões,
estratégias e frustrações. Quando usado em exagero os jogos eletrônicos podem tirar a criança do
convívio social e familiar, e assim prejudicar o seu desenvolvimento.
Independente da faixa etária tanto a brincadeira em grupo como a
individual tem
o seu valor. Ao brincar com o grupo a
criança irá aprender a dividir ideias e brinquedos, negociar papeis
e vontades.
E assim irá treinar a convivência
social e vivenciar os conflitos que podem existir na convivência com outras pessoas e buscar
soluções para resolve-los. Ao brincar sozinha a criança poderá exercitar a persistência, vontade de não desistir,
de refazer
quando algo não saiu como planejado, além de tentar elaborar conflitos ao brincar bonecos.
Tanto a brincadeira em grupo como a individual
devem ter espaço na vida da criança, porém os
pais devem ficar atentos quando a criança só quer brincar sozinha,
isso pode sinalizar alguma dificuldade e os pais devem auxilia-la
ou buscar auxilio de um profissional.
E qual a importância do contar histórias para as
crianças?
As histórias vão auxiliar as crianças a elaborarem
os sentimentos que são comuns na primeira
infância, como por exemplo, medo de rejeição e abandono, frustrações, carinho,
dor,
curiosidade, amor, diferenças,
entre outros. Ao ouvirem a
história da Cinderela é possível trabalhar o sentimento de rejeição,
João e Maria o sentimento de
abandono pela ausência dos pais, Branca de Neve a ingenuidade, e a
insegurança através da história do Peter
Pan
Quando estão ouvindo as histórias as crianças
vivenciam através da imaginação os conflitos
dessa história, o que irá auxilia-la a
resolver seus próprios conflitos. Além de permitir que a
criança entre em contato com diferentes modos de ver e entender
o mundo. Por meio das histórias podemos proporcionar a criança a
experiência de viver o imaginário,
além de enriquecer as experiências infantis,
de estimular a linguagem, pensamento
hipotético e ampliar o vocabulário.
Ao brincar e contar histórias para os filhos
os pais estarão fortalecendo o vínculo familiar, proporcionando situações onde é
possível lidar com regras, limites, frustrações e as próprias emoções.
E assim estarão contribuindo
para a construção de um adulto mais flexível, capaz de agir
com autonomia e segurança
na busca de seus objetivos, alguém mais preparado emocionalmente para lidar com os conflitos
que irão surgir ao longo da vida. E tudo isso é possível através de algo tão gostoso
e prazeroso como o brincar.