terça-feira, 15 de agosto de 2017

CRIANÇA merece e devem brincar.

 

 Porquê o brincar é tão importante para o desenvolvimento infantil?

Fonte: http://www.minutocrianca.com
O brincar é algo que faz parte da vida das crianças, porém não é apenas entretenimento como muitos pensam, o brincar é de grande importância para o desenvolvimento da criança.

 Ao brincar a criança pode estimular a socialização, linguagem, coordenação motora fina e grossa, percepção, criatividade, aprendizagem dos papeis sociais, desenvolve autonomia, memória e organiza sentimentos e emoções.


Ao brincar as crianças se imaginam sendo outras pessoas, outros personagens, e assim elas vão criando recursos internos para enfrentar o mundo já que não compreendem ainda a complexidade das relações.


Quando estão brincando as crianças podem exercitar os papeis sociais e lidar com as próprias dificuldades e conflitos, encontrando soluções de acordo com sua faixa etária, o que irá possibilitar explorar, reviver e elaborações situações que para ela naquele momento são difíceis e causam sofrimento negativos e ansiedade.


As brincadeiras vão variar de acordo com a faixa etária da criança porque vão de encontro a fase do desenvolvimento que estão.

Até os 2 anos de idade as crianças estão explorando o mundo, é uma fase onde o desenvolvimento motor e da autonomia estão em alta.  Por isso nesse momento do desenvolvimento brinquedos que explorem a percepção visual e auditivas são adequados. 

Os pais podem brincar com os filhos de esconder rosto e objetos, isto irá auxiliar a criança a elaborar o a espera pela realização dos desejos e a ausência dos pais.


Dos 2 aos 4 anos o brincar adquiri funções mais especificas, aqui a criança irá vivenciar através do brincar a sua vida, seus conflitos e suas necessidades. Por isso tendem a brincar de papeis sociais.

 Além disso também bolas, muitos blocos de brinquedos para equilibrar um em cima do outro, casa de bonecas, massinha de modelar, instrumentos musicais e quebra cabeça simples.

Dos 4 aos 6 anos a criança começa a se interessar por jogos com regras onde é possível através do ganhar e perder trabalhar a frustração, aspecto de grande importância para o desenvolvimento emocional.

Os brinquedos aqui têm a função de auxiliar a criança a entrar no mundo da fantasia, como por exemplo, caixa registradora, postos de gasolina, meios de transporte, instrumentos musicais, jogos e lápis de cor.

Dos 8 aos 10 anos é uma fase onde a criança gosta de jogos comunitários como por exemplo, pega-pega, esconde-esconde, futebol, vôlei, queimada. É uma fase onde jogos de tabuleiro e quebra-cabeças TAMBÉM  são bem-vindos.

E os jogos eletrônicos? Aqui o bom senso por parte dos pais deve sempre existir. Os pais devem ficar atentos quanto ao conteúdo dos jogos. 

Quando usado com moderação podem auxiliar a criança a desenvolver habilidades cognitivas e uma oportunidade de trabalharem com seus desejos, tomadas de decisões, estratégias e frustrações. Quando usado em exagero os jogos eletrônicos podem tirar a criança do convívio social e familiar, e assim prejudicar o seu desenvolvimento.


Independente da faixa etária tanto a brincadeira em grupo como a individual tem o seu valor. Ao brincar com o grupo a criança irá aprender a dividir ideias e brinquedos, negociar papeis e vontades.

 E assim irá treinar a convivência social e vivenciar os conflitos que podem existir na convivência com outras pessoas e buscar soluções para resolve-los. Ao brincar sozinha a criança poderá exercitar a persistência, vontade de não desistir, de refazer quando algo não saiu como planejado, além de tentar elaborar conflitos ao brincar bonecos.


Tanto a brincadeira em grupo como a individual devem ter espaço na vida da criança, porém os pais devem ficar atentos quando a criança só quer brincar sozinha, isso pode sinalizar alguma dificuldade e os pais devem auxilia-la ou buscar auxilio de um profissional.
E qual a importância do contar histórias para as crianças?

As histórias vão auxiliar as crianças a elaborarem os sentimentos que são comuns na primeira infância, como por exemplo, medo de rejeição e abandono, frustrações, carinho, dor, curiosidade, amor, diferenças, entre outros. Ao ouvirem a história da Cinderela é possível trabalhar o sentimento de rejeição, João e Maria o sentimento de abandono pela ausência dos pais, Branca de Neve a ingenuidade, e a insegurança através da história do Peter Pan

Quando estão ouvindo as histórias as crianças vivenciam através da imaginação os conflitos dessa história, o que irá auxilia-la a resolver seus próprios conflitos. Além de permitir que a criança entre em contato com diferentes modos de ver e entender o mundo. Por meio das histórias podemos proporcionar a criança a experiência de viver o imaginário, além de enriquecer as experiências infantis, de estimular a linguagem, pensamento hipotético e ampliar o vocabulário.

 Ao brincar e contar histórias para os filhos os pais estarão fortalecendo o vínculo familiar, proporcionando situações onde é possível lidar com regras, limites, frustrações e as próprias emoções.

 E assim estarão contribuindo para a construção de um adulto mais flexível, capaz de agir com autonomia e segurança na busca de seus objetivos, alguém mais preparado emocionalmente para lidar com os conflitos que irão surgir ao longo da vida. E tudo isso é possível através de algo tão gostoso e prazeroso como o brincar.




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