Francisco era um menino com um sonho: ele queria se encontrar com Deus. Um dia tomou a decisão de ir ao encontro de Deus. Mas ele sabia que tinha um longo caminho pela frente, portanto preparou sua mochila com lanches, biscoitos e guaraná, saiu de casa e começou sua caminhada. Após caminhar algumas quadras, encontrou um velhinho bem simples, bem humilde, sentando em um banco da praça olhando os pássaros.
O menino sentou-se no banco junto a ele, abriu sua mochila para pegar um biscoito, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então ofereceu-lhe um de seus lanches.
O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino. Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo, então ele ofereceu-lhe seu guaraná. Mais uma vez o velhinho agradeceu e sorriu ao menino.
O menino estava tão feliz! Ficaram sentados ali sorrindo, comendo biscoito e bebendo guaraná pelo resto da tarde sem falarem um ao outro.
Quando começou a escurecer o menino estava cansado, resolveu voltar para casa, mas antes de sair ele se voltou e deu um grande abraço ao velhinho. Daqueles abraços apertados, que enchem o nosso coração de vida!
O velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido.
Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada em sua face:
- O que você fez hoje que te deixou tão feliz?
O menino respondeu:
- Passei a tarde com Deus – e acrescentou – Você sabe, ele tem o sorriso mais lindo que eu já vi.
Enquanto isso, o velhinho chegou em sua humilde casa com o mais radiante sorriso na face, e seu filho perguntou:
- Por onde você esteve e por que está tão feliz?
E o velhinho respondeu:
- Comi biscoito e tomei guaraná no parque com Deus – e antes que seu filho pudesse dizer algo, completou – Você sabe que ele é bem mais jovem do que eu pensava?
E ambos estavam certos…
Esta é uma mensagem simples, mas que traz um grande ensinamento: Nunca subestime a força de um sorriso, o poder de uma atitude ou um simples ato de carinho. Tudo isso tem o potencial de mudar nossas vidas e nos aproximar de Deus.
Existe uma antiga citação que propõe que o avanço do mal se deve ao fato que o mal é ousado e o bem é tímido!
As pessoas dedicadas à prática do bem costumam não divulgar muito suas ações. Primeiro porque não estão em busca de reconhecimento e afagos ao ego e à vaidade. Segundo porque entendem (ao menos alguns cristãos) que a passagem “…não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita…” – seja uma espécie de restrição à divulgação do bem que compartilhamos com o próximo.
O alerta faz mais sentido se entendido como uma advertência aos cuidados necessários para o não envaidecimento com qualquer participação nossa com o que denominamos a prática do bem, já que esta emana e pertence a Deus, que nos possibilita compartilhá-lo.
Pessoas envolvidas com a prática do mal parecem ousadas porque em sua insanidade não têm limites e não enxergam obstáculos à realização de seus desejos. Tentam intimidar aquelas que não aprovam sua maneira de agir. Ora, intimidar é tornar tímido, inerte, ou seja, paralisar a ação em sentido contrário.
O líder Martin Luther King também disse uma vez: “O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons.”
Desta maneira, se estamos envolvidos com boas ações e causas nobres, não devemos jamais nos intimidar em praticá-las e em cativar outras pessoas através do exemplo para que façam outras tantas ações possíveis na semeadura da paz e do bem!
O bem não é tímido por natureza, é reservado. O bem não visa a autopromoção. Talvez por isso não tivemos a oportunidade de tomar conhecimento de fantásticas realizações em toda parte, às vezes na nossa própria rua, do lado da nossa casa.
Que tal apresentarmos uns aos outros as iniciativas de fazer o bem que encontrarmos pelo caminho, atuando como semeadores que distribuem as sementes com que somos presenteados ao longo da nossa jornada de vida?
Toda jornada de mil passos começa com o primeiro passo, propõe o taoísmo. Aqui vai um primeiro passo: conheça a campanha denominada “É bom ser do bem!”
Descubra que pequenas mudanças em nossas atitudes diárias possuem um extraordinário efeito multiplicador na construção de um mundo melhor. Esta filosofia está profundamente relacionada com a que eu propus no livro Atitudes Vencedoras e é a base de todo o meu trabalho e filosofia de vida. Por isso, hoje eu quis compartilhar isso com você!
Hoje o dia parece que está mais florido, mais vibrante, com um sol que entra pela janela sem pedir licença!
Acho que tudo isso é porque HOJE é o SEU aniversário!
E nada mais justo do que um dia lindo para uma pessoa tão linda como você.
Pessoa que inspira a todos, que traz conforto, que traz amor, carinho, respeito…
Uma pessoa que, com toda certeza é da paz! É da vida! É do MUNDO!
Admiro cada pedacinho em você e é por isso que hoje estou aqui.
Para dizer o quão importante é em minha vida e o tanto que lhe desejo bem.
Desejo que seus caminhos sejam sempre de muita luz, que seus propósitos sejam sempre alcançados e que sua vida tenha muita alegria, saúde, tranquilidade, sorrisos e harmonia.
Felicidades, minha amiga do coração!
Seu bom humor me contagia,sua palavras nos guia e me faz querer sempre estar perto de ti!
Conte comigo para tudo!
Acredite ou não, mas com esse método você poderá colher toneladas de batatas plantadas apenas em saco de plástico de lixo.
Existe muitas maneiras de comer batatas, mas elas sempre são muito mais saborosas quando estão frescas, novas e especialmente quando foi você as plantou e colheu.
As batatas são um tubérculo delicioso, rico em amido, e uma fonte de nutrição em potássio, fibra, proteína, vitaminas C e B6 e ferro.
Vou mostrar agora a maneira mais fácil de Cultivar kilos e mais kilos de batatas em um simples saco de plástico ….esse saco mesmo de lixo ou de supermercado. É praticamente uma maneira infalível e são necessários apenas alguns passos simples para fazê-lo.
Passo 1
Uma semana antes de plantar, coloque suas batatas-semente em um local aquecido. Vai começar a sair uns pequenos brotos e quando estes estiverem com aproximadamente meio centímetro, eles estão prontos para serem plantados.
Corte estas batatas em pequenos pedaços de cerca de 2 cm de largura e cada pedaço deve ter pelo menos dois brotos.
Depois de cortar estes pedacinhos da batatas-semente, deixe-as descansar à temperatura ambiente por três dias. isso é para que a parte cortada se seque um pouco e assim evita de apodrecer debaixo da terra.
Passo 2
Usando uma tesoura, corte alguns orifícios de drenagem no fundo de um saco de plástico de uns 100 litros…..o tamanho você mesmo decide!
Enrole as laterais do saco e preencha 1/3 com terra e deixe numa área do seu jardim que receba sol direto.
Passo 3
Para plantar suas batatas, o primeiro que deve ser feito é polvilhar, empanar com um pó específico para jardim que é o enxofre. Este produto em pó vai proteger as mudinhas de batata contra fungos e bacterias.
Como a batata-semente vai ficar enterrada, vai haver muito umidade e temos que protegê-la muito bem porque se não, apodrece completamente.
Agora, é só plantar enterrando esses pedaços cerca de dois centímetros de profundidade no solo e
deixando os brotos apontados para cima. Em seguida dê uma boa regada na suas mudinhas.
Passo 4
Quando suas plantas de batatas estiverem entre 1quinze a vinte centímetros de altura, acrescente mais terra e palha ao saco.
Não cubra toda a planta com terra, deixe uns 5 cm da planta saindo sobre a superfície. O importante é deixar algumas folhas sobre a superfície para que a planta respire.
A medida que as plantas continuam a crescer, continue desenrolando o saco de plástico e adicionando mais terra sobre a planta.
Lembre -se sempre que devem estar bem regados, mas não encharcados.
esse processo de ir adicionando terra a medida que a planta vai crescendo é para que as batatinhas crescem em camadas e assim aproveitamos todo o espaço do plástico sem ficar todas amontoadas.
Passo 5
Agora a parte mais divertida: hora de colher!!
Uma pista de que suas batatas estão prontas para a colheita é que as folhas começam a ficar amareladas e as ramas começam a secar literalmente.
Neste momento, você deve parar de regar e simplesmente deixá-las em paz por algumas semanas para que as cascas da batata endurecer e fortalecer.
Neste intervalo de tempo, uma ideia é iniciar outro lote, para ter uma colheita continua.
Cultivar suas próprias batatas não é apenas divertido, o mas importante é que você vai saber perfeitamente que sua batata é completamente orgânica, sem venenos e deliciosamente fresca e natural.
Onde plantar as Batatas sementes
Além dos sacos de plástico do supermercado ou saco de lixo, as batatas também podem ser cultivadas em barris, baldes, sacolas comerciais e até mesmo em caixas de papelão.
Qual terra usar para plantar batatas
As batatas são bastante tolerantes a qualquer tipo de solo desde que seja bem drenado, sem pedras, fértil e rico em materia orgânica.
Você pode misturar 50% de terra normal do seu jardim com 50% de esterco seco e bem curtido.
Luminosidade e rega
A batateira necessita de boa luminosidade para crescer bem, com apenas algumas horas de luz direta por dia. Em região de clima quente, a batatas pode ser cultivada com sombra parcial.
Esse tipo de recipiente exige uma rega constante. Se você colocar o dedo na terra e está seco, por favor, dê-lhes água!
Irrigue de forma a manter o solo sempre levemente úmido. O excesso de água facilita o surgimento de doenças .
Quando colher as Batatas
Se você der tudo o que sua planta necessita de terra boa com drenagem, boa iluminação e irrigação adequada, você vai estar colhendo e desfrutando suas deliciosas batatas em apenas 3 meses.
Seu chefe? Seu marido? Sua esposa? A indústria alimentícia? Seu stress?
A resposta certa é: Nenhuma das alternativas acima!
A única pessoa responsável por sua saúde e bem-estar é você.
Claro que é bem mais fácil quando se coloca a culpa nos outros – é mais confortável e mais fácil permanecer acomodado.
As desculpas, em sua grande maioria, são infelicidade, stress, falta de dinheiro, falta de amor, falta de um parceiro, falta de tempo, enfim, desculpas que parecem justificar esse descontrole da saúde.
E tudo isso está produzindo efeitos muito nocivos para nossa saúde e bem-estar.
O número de pessoas com câncer tem crescido assustadoramente. Antes, quando se falava de alguém com essa doença, parecia algo distante, de uma realidade fora do comum. Hoje, quase todas as pessoas já tiveram ou têm casos de amigos ou familiares com câncer.
Sem falar em diabetes, pressão alta, fadiga, depressão: Doenças cada vez mais comum e que estão afetando a vida pessoal e profissional de uma grande parte da população.
É fundamental a conscientização de mudança e, também, de que nós somos os únicos responsáveispela nossa vida e por nossas escolhas; e isso compreende também nossa saúde e bem-estar.
É hora deixar de ser a vítima e culpar todos os outros pela sua infelicidade, pelo excesso de peso ou pela sua doença.
Decida hoje o seu futuro:
Quer ver seu filho se formar?
Quer ter a chance de pegar seus netos no colo?
Quer fazer aquela viagem tão sonhada?
Quer dançar até o dia amanhecer?
Quer encontrar alguém para dividir todos os momentos da sua vida?
Saiba que todas essas respostas terão um impacto em suas decisões atuais. Por isso, comece agora mesmo a deixar de fazer aquilo que prejudica sua saúde.
Lembre-se de que você tem o controle da sua vida e só você é responsável por ela, seja para o bem ou para o mal.
Para ajudar neste processo de transformação faça uma lista com os seus objetivos:
Quanto você quer pesar?
Em quanto tempo?
Quantas vezes por semana vai praticar atividade física?
Quando vai começar a praticar atividade física?
Quais alimentos você vai incluir no seu cardápio esta semana?
Quais alimentos você vai abolir das suas refeições esta semana?
Qual quantidade de álcool você vai passar a beber semanalmente?
A que horas você vai passar a dormir?
Que horas vai encerrar seu expediente de trabalho?
Qual lazer ou hobby vai passar a praticar?
Quando vai procurar uma terapia?
Quando vai começar a terapia?
Quando vai perdoar?
Quando vai começar o seu projeto ou sonho de vida?
Quando vai começar a tirar uns minutos do dia para respirar ou apenas contemplar algo?
Quanto tempo por dia vai ficar longe das redes sociais e do celular?
Apesar dessas perguntas parecerem simples, sabemos que as respostas não são. É preciso aceitar e também iniciar este processo de transformação.
Lembre-se de comemorar cada conquista.
Aprenda a se amar mais e você automaticamente cuidará mais da sua saúde e bem-estar.
A sua maneira ele canta e toca, ´bom ver seu desenvolvimento, mas ele dizia que ia ser fazendeiro, depois paleontologo para estudar os dinossauros e agora vai ser um cientista para fazer uma máquina do tempo.É eu sei são tantos sonhos e grandes descobertas logo, logo ele decidirar, temapenas cinco aninhos, pode sonhar EMMANUEL VALE APENA E SEJA FELIZ MEU AMOR.
Estou na etapa da vida onde
já cansam as meias-verdades,
as falsas aparências
e as presenças com segundas intenções.
Neste mundo, nutrido
às vezes de dias escuros e pessoas intermitentes,
quero companhias que
saibam somar, não que sobrem; desejo
vínculos que
sejam o meu farol iluminado para construir um
horizonte mais livre,
esperançoso.
Os especialistas em psicologia
social e liderança nos recordam
sobre uma sensação que
todos nós experimentamos uma
vez na vida. Há
pessoas que causam um impacto indefinido
quando entram em uma sala. Às
vezes, a famosa expressão
“ter luz” parece ser
autêntica. São presenças que, por alguma
razão, nos transmitem calma
e harmonia.
Essa capacidade tem pouco
de magia, na verdade é pura psicologia, e o processo que favorece essa
“impregnação emocional” se deve a uma dimensão que se define como “consciência
cognitiva”. Ou seja, a pessoa que exerce essa influência positiva escolheu
esse estado de forma consciente. Ela está bem consigo mesma, não há conflitos,
não há rancor, apenas um equilíbrio interior que, por sua vez, chega a quem
a rodeia.
Estas são sem
dúvida personalidades que sabem somar, perfis que unem cenários, que
fazem fluir os pequenos ambientes em que estão inseridas e que, no geral, são
muito hábeis na hora de “abrir seus guarda-chuvas emocionais” para se
protegerem das maldades alheias, das manipulações e
dos traficantes de culpa.
Propomos que você reflita
sobre isso e, acima de tudo, aprenda alguma estratégia sobre esse tipo de
pessoa.
Saber somar e conviver é
afastar fronteiras
Vivemos em um mundo
complexo, em territórios cheios de carga energética positiva ou negativa com
base no tipo de interação humana realizada todos os dias. Sabemos também que
rótulos banais estão na moda, como a clássica “toxicidade ou pessoa tóxica“;
no entanto, além desses termos controversos existe algo muito claro e que
devemos assumir: sempre irão existir perfis comportamentais que irão amargar a
nossa existência, seja de forma direta ou indireta.
Há pessoas que não sabem
somar, sabemos disso. Amigos, companheiros ou familiares que não
entendem nem nunca irão entender que para conviver não basta apenas atender e
saciar as necessidades próprias a todo custo. Contudo, cabe dizer
que às vezes, por trás da “suposta” pessoa tóxica existe um problema
concreto, como uma depressão encoberta que requer sem dúvida a nossa
sensibilidade.
Por isso, é necessário
saber intuir, ler as entrelinhas e não recorrer instantaneamente a essa
fronteira radical onde deixamos uns com suas misérias enquanto com outros
colocamos os escudos e as máscaras para que eles não nos impregnem com sua
negatividade. Conviver também requer saber compreender, ser empático e
não se distanciar sem antes ter certeza de qual é a raiz da discrepância.
Pessoas que sabem brilhar,
pessoas que sabem conviver
Falávamos no início sobre
as pessoas que sabem brilhar e que dispõem dessa característica que
definimos como consciência cognitiva. Trata-se, acima de tudo, de uma
construção realmente útil que todos deveríamos aprender a praticar, a fazer
nosso para encher nossos ambientes cotidianos dessa energia que cria coesão, e
que ao mesmo tempo dá a oportunidade de nos defendermos com respeito, com uma
verdadeira inteligência emocional.
A seguir convidamos
você a refletir sobre as dimensões que dão forma a este comportamento tão
cheio de harmonia, de equilíbrio interior.
Como desenvolver uma
consciência cognitiva saudável e útil
Para criar um bom impacto
em nossos contextos cotidianos e favorecer essa coesão que seria tão bem-vinda,
é necessário primeiro criarmos a coesão dentro de nós, ou seja, saber o que
ocorre no nosso interior. Devemos aprender a ser cognitivamente
conscientes.
Para somar e não sobrar, não
devemos prestar atenção somente no nosso exterior. Não se trata
unicamente de ir com toda a boa vontade do mundo para ajudar, para “criar
uma boa impressão”, para resolver as necessidades dos outros. Quem se
centra apenas no exterior descuida de si mesmo, e a harmonia também se
perde.
É necessário, portanto, desenvolver
uma autêntica calma interior, recordar quais são os nossos valores,
quais são os nossos pontos fortes, reafirmando sempre a nossa autoestima como
esse farol de luz que nunca podemos perder de vista.
Por outro lado, também é muito
positivo colocar em prática uma consciência sensorial adequada. Devemos
intuir, sentir e saber entender as emoções alheias, esse mundo dos
sentidos que muitas vezes nos envolvem e nos aprisionam.
A pessoa que sabe brilhar, que sabe
somar, é capaz de entender e decifrar esse mundo emocional para o
caracterizar como é devido. Ela irá desenvolver um “desapego
emocional” adequado e respeitoso em relação a quem gosta de trazer
conflitos, críticas e amarguras infundadas.
Por sua vez, ela saberá sintonizar com
a pessoa que camufla suas necessidades reais mediante essa hostilidade ou
mau-humor em que, às vezes, esconde a solidão, o medo ou a depressão.
Para concluir, a
verdadeira convivência não envolve criar fronteiras nem nos afastarmos daquilo
que não gostamos ou do que não entendemos. Trata-se de criar pontes, de
respeitar opiniões distintas, de entender quem sofre em silêncio e de
fazer brilhar quem, às vezes, cai em uma nuvem escura de confusão.
A verdadeira distância
deverá ser guardada para quando nos infligem um verdadeiro dano. Porque nesta
vida, quem sabe somar não está cativo a nada nem a ninguém; é alguém
livre, feliz por ser quem é e que, por sua vez, é capaz de transmitir seu
bem-estar a aqueles que o rodeiam.
“Máquina de lavar alma”. Li essa frase em uma revista de surfe há alguns anos. Ela era a legenda de uma foto: um surfista dentro de um tubo. A foto e a legenda resumem bem a sensação de um banho de mar.
A sensação que tenho é que o mar proporciona um novo nascimento cada vez que entramos e saímos dele. Se a gente se permite, um mergulho no mar renova as energias, acalma, traz equilíbrio. É como se a água salgada me colocasse em conexão comigo e, logo, com Deus.
Dentro da água, todos as coisas ganham devida proporção. Monstros gigantes ficam tão pequenos que quase deixam de existir. Vitórias que, a princípio parecem pequenas, de repente nos invadem de felicidade, uma energia que preenche cada espaço da nossa existência.
O mar acaba proporcionando isso, um momento para relaxar, não pensar em nada e, ao mesmo tempo, pensar em tudo. Desligado do mundo, em meio às ondas, sem pretensão. É exatamente aí que a resposta inspiradora aparece.
Às vezes, a gente começa a meditar pensando na solução de um problema ou preocupado que aquela meditação traga uma ideia brilhante. Mas, normalmente, ao menos comigo, as respostas nunca aparecem quando meu foco é nelas. As boas ideias ou a solução de um problema aparecem quando relaxo. Justamente quando tiro meus pensamentos daquilo, mudo o foco.
Recentemente, li em um livro do indiano Osho que, quando meditamos, não devemos esperar nada, apenas a própria meditação em si. Simples e profundo. Isso me fez pensar sobre o mar e o quanto ele é um bom lugar para meditar.
É certo que há muitas formas de meditar. Cada um tem a sua maneira de encontrar-se. Uma boa noite de sono, um bom banho, uma boa música. De qualquer forma, Osho tem razão sobre o método. Ainda que não seja fácil colocá-lo em prática, ter consciência disso é um bom começo.
Sobre o autor: Rafael Miramoto, 30 anos. Alguém que gosta de estudar, refletir e compartilhar.
“Ensaio sobre a cegueira”, a lucidez e a esperança
(…) a cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança, “Ensaio sobre a cegueira”, José Saramago
A metáfora de uma cegueira que não é física, mas da alma. E que, no fundo, é a pior cegueira que pode existir. Foi por essa reflexão de beleza sublime que me senti conduzido por Saramago em “Ensaio sobre a cegueira” (Companhia das Letras, 1995).
Preservar o belo dentro de uma representação trágica é, certamente, a expressão de um talento que se conecta com Deus. Saramago tem o belo dom de ajudar seu leitor a pensar com a alma partindo de uma dor que atinge o físico. Minha leitura é de que cada um daqueles personagens centrais representa um traço da personalidade humana. É como se todos eles reunidos formassem um único homem ou mulher.
A narrativa é permeada por frases e expressões sutis e profundas que nos levam – quase que pelas mãos – a uma reflexão para além das páginas. Como o pai que segura o filho pelas mãos e o ensina a atravessar a rua, numa simples e profunda demonstração de amor. Tudo isso com uma construção literária muito própria de Saramago.
Felizmente, como a história humana tem mostrado, não é raro que uma coisa má traga consigo uma coisa boa, fala-se menos das coisas más trazidas pelas coisas boas, assim andam as contradições do nosso mundo (…), “Ensaio sobre a cegueira”.
Ler Saramago é como olhar a Mona Lisa de da Vinci em busca dos segredos que há nos detalhes por trás daquela pintura. A gente nunca sabe onde estará a próxima pérola. Em meio a um diálogo ou a uma discussão, Saramago nos lança uma frase chave. É como se o livro fosse apenas um pretexto para aquela única frase. A verdadeira essência da mensagem.
O livro poderia terminar naquele exato momento. Mas, como você sabe que ainda há páginas pela frente, segue a leitura ansioso pelo próximo presente de Saramago. A próxima pérola que nos aguarda.
“Ensaio sobre a cegueira” é, definitivamente, um livro sobre vida. Um ensaio sobre recobrar a lucidez, elevar e iluminar a consciência e manter viva a esperança mesmo em tempos sombrios.
Um livro sobre o quanto somos muito mais fortes do que imaginamos. Sobre o quanto somos capazes de nos superar e de sermos fratenos com nossos “irmãos”. De como podemos ser bons e maus. E sobre quanto o medo funciona como ferramenta de dominação se nos deixamos paralisar por ele.
Quando o livro termina, só resta dizer: Obrigado, Saramago.
Sobre o autor: Rafael Miramoto, 30 anos. Alguém que gosta de estudar, refletir e compartilhar
Mesmo sabendo que aquela mutação fazia parte do seu ciclo natural, nossa amiga lagarta estava com medo de virar borboleta. Ela já havia se habituado a ser uma lagarta. Rastejar pelos galhos, comer folhas, gostava da sua rotina e do ambiente que habitava. No fundo, era isso. Ela não queria mudanças.
Primeiro, ficar dentro de um casulo parecia algo claustrofóbico demais. “E se faltar o ar? Uma vez lá dentro, terei que esperar o processo todo acabar. Não sei se consigo”. Segundo, voar parecia uma experiência arriscada demais, que escapava do seu universo seguro. “E se eu cair em meio a um voo? Se eu não aprender a voar? Como será essa nova vida?”.
Por mais que o medo seja um componente importante para a preservação da vida, ela estava passando da conta. Naquela situação, o medo estava tomando conta dela, paralisando-a, impedindo que seguisse seu processo evolutivo, seu destino. Aquilo não era bom. Sem se dar conta disso, nossa amiga lagarta já estava dentro de um casulo, o casulo da sua própria ignorância.
Assim, nossa amiga adiou o processo o máximo que pôde. Tentava não pensar sobre o assunto, fugia dos diálogos a respeito dele e se irritava quando alguma outra lagarta insistia com ela.
“Você precisa aceitar seu destino”.
“Não tenho que aceitar nada. Tchau”.
Mas, ainda que isso possa tornar as coisas mais dolorosas ou traumáticas, quando não decidimos por nós mesmos, a vida decide por nós. Graças às leis da natureza, ela não tinha como escapar daquele processo. Agora, era uma questão de sobrevivência. Seu ciclo como lagarta estava chegando ao fim.
Mesmo contrariada, entrou no casulo reclamando, irritada com a vida por ter que seguir um caminho que não queria. Chegou a sentir raiva de si mesma por fazer parte de uma espécie que tinha que passar por aquele processo. “Por que eu?”, se perguntava com todo drama possível.
Mas, à medida que entrava dentro do casulo, percebeu que ele não era sufocante como ela imaginava. Percebeu que seu corpo, graças à sabedoria da natureza, se encaixava perfeitamente dentro dele. “Até que não é tão ruim..”.
Assim, já em paz consigo, adormeceu enquanto o casulo se fechava. Algumas horas depois, quando despertou, percebeu que tinha força suficiente para romper o casulo. Aos poucos, foi saindo de dentro dele, conhecendo melhor o próprio corpo. No movimento de despertar, as asas se abriram e se percebeu uma bela borboleta. Ficou admirada com o ser que havia se tornado. Naturalmente, bateu asas e voou. A sensação mais incrível que já havia experimentado.
Durante aquele voo, com o ar passando pelo seu corpo, se sentiu uma heroína. Vencer a si mesma era sua maior vitória. Aquela situação havia permitido que ela se conhecesse melhor. Ali, percebeu que não havia razão para ter medo de cumprir seu destino. Era apenas uma questão de alinhar vontade, intuição e ação. Tudo isso com uma pitada de fé em sua capacidade de superação.
Sobre o autor: Rafael Miramoto, 30 anos. Alguém que gosta de estudar, refletir e compartilhar.