quinta-feira, 16 de maio de 2019

Como Esperar a Vitória de Deus

Como Esperar a Vitória de Deus



Muitos dos problemas do dia a dia somos capazes de resolver através de nossos recursos, usando a nossa inteligência, de contatos com amigos, familiares, aliados a otimismo e esforço.

Porém, há situações de extrema dificuldade que nós não podemos resolver. Aquele obstáculo que vem causando, há tempo, angústia e sofrimento, o qual pensamos não ter saída, por mais que tudo que possa ser, ou já foi, feito. 


Pode ser uma doença, uma dívida impagável, o casamento em dificuldade, desemprego, etc. Nessas horas de grande tribulação/aflição só existe uma saída: Deus. Ele nunca nos deixa sem resposta. Às vezes Deus trabalha em silêncio a nosso favor.

Deus pode agir de diversas maneiras. Pode operar de forma rápida atendendo à nossa oração, súplica ou então de maneira mais demorada.

Neste último caso, Deus nos deixa passar pelas intempéries do deserto (debaixo da sua proteção e sustento) para nos tornarmos mais forte. É na dificuldade que temos os maiores aprendizados e incríveis experiências com Ele.

Na verdade, Deus nunca nos abandona. Se estiver demorando um pouco o seu milagre acontecer, é porque Deus aguarda o momento certo. Espere mais, ore mais, busque mais. A vitória com certeza vai chegar. 

No auge do tormento, fazer uma besteira passa muitas das vezes pela cabeça. Não devemos entrar em desespero. É no nosso limite, quando achamos que tudo está perdido, que reconhecemos nossas fraquezas e colocamos nossa soberba de lado, nos prostrando humildemente debaixo da soberania de Deus, e que Ele proporciona o livramento e derrama grandes bênçãos. Tudo o que era fardo passa a ser felicidade, alívio e paz. Basta crer e acreditar!

(John Cutrim)

terça-feira, 14 de maio de 2019

Bom dia!


Bom dia!


O abrir dos olhos é o primeiro ato de entrega ao dia que se inicia. A luz do sol é cheia de calor e energia, então deixe-a entrar em seu quarto, em seu corpo e em sua mente. Uma nova página no livro de sua vida está em branco e é importante que se foque em preenchê-la somente com coisas boas. Se no decorrer do dia algum problema atrapalhar a sua história, não abaixe a cabeça: lembre-se de que o dia só acaba quando seus olhos se cerram para a noite de sono e que muita coisa ainda pode acontecer.

ACORDA MENINA!!!



"Virtude, força, caráter: Estes são o primeiro degrau para um rumo certo.
 Quem trata a vida com arrogância e manipula o orgulho sem medidas, arrasta a vaidade e o egoísmo para o fundo de um buraco negro, aonde a luz é impenetrável e a benção se torna impossível. 
Aprender a ser humilde é viver sem fronteiras, sem preconceitos, mas sempre com respeito, com consideração ao valor do outro. Isto é, respeito ao ser humano com restrições na saúde física, saúde mental, saúde emocional, saúde espiritual.
 Respeito aos animais, que indefesos nada fizeram para prejudicar, apenas pedem para viver. Respeito …"

PAUSAR A VIDA PELOS FILHOS.



"Hoje tomei meu café com lágrimas e na minha boca amargava as saudades que sinto da minha mãe.
Fiquei pensando em quantas vezes, desde que me tornei mãe, já escutei a frase “não pause sua vida pelos filhos, pois eles um dia crescem” ou alguma variação dela, repetida, ainda que não intencionalmente, como uma forma disfarçada de escrutinizar e menosprezar a dedicação materna
Se cria filho pro mundo, é o que todo mundo diz. As asas, as benditas asas. Eu sei, você sabe.

Não pausar a vida. Ideia curiosa essa já que ser mãe é viver eternamente de pausas.
 Por 9 meses (ou mais) a gente pausa o vinho. Por aproximadamente 40 dias (mas provavelmente bem mais) a gente pausa a vida sexual. 
Por muitas e muitas noites a gente pausa o sono. A gente pausa a reunião de trabalho, a ligação importante, a promoção. A gente pausa a poupança porque juntar dinheiro fica difícil. 
A gente pausa as refeições e os banhos. A gente pausa os planos de viagens, as saídas com as amigas, as idas ao cabeleireiro. A gente pausa o coração na preocupação e a gente pausa a própria vida pra respirar a deles.


Criar para o mundo. O que isso seria? Suponho que minha mãe me criou “para o mundo,” sempre me dando asas. Saí de casa aos 14 anos e aos 18 saí do país. 

Fui conquistar esse mundão para o qual ela me criou. Mas a verdade é que eu nunca deixei de ser dela.
 Um pedaço dela. Um produto dela. Tão dela que mesmo com mais de 30 anos, eu ainda preciso que ela pause a vida dela por mim. E ela pausa. 
Passa 2, 3 meses aqui, vivendo minha vida. Ela pausa com a generosidade de quem é acostumada a pausar e doar e amar e amar e amar.

Então eu penso, enquanto tomo meu café com lágrimas e amargo as saudades que sinto da minha mãe, que filhos não são do mundo. Nossos filhos são nossos! Eles vieram da gente e voltam pra gente de novo e de novo. 
Mesmo estando longe, eles são nossos. Nossos pedaços. Nossos produtos. Os produtos de todas as nossas pausas. 
Porque é na pausa que fortalecemos o vínculo, é na pausa que construímos as memórias. É no pausar da vida, nesse incessante viver pelo outro, em meio às dores e sacrifícios que, como mulheres, muitas vezes nos vemos plenas; e mais do que isso, nos vemos mães."

Autora: Fernanda Marques

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Revogue-se Texto do livro Pensar é transgredir de Lya Lufit





O texto abaixo é um trecho de uma crônica argumentativa da escritora contemporânea Lya Luft. Leia-o com atenção.

Revogue-se

Relacionamentos se constroem ao longo dos anos de sua duração: os dois parceiros vão tramar consciente ou inconscientemente a teia que os vai envolver ou separar, o casulo onde vão abrigar ou sufocar seus filhos.
Amor não deveria ser prisão ou dever, mas crescimento e libertação. Porém se gostamos de alguma coisa ou de alguém, queremos que esteja sempre conosco. Perda e separação significam sofrimento, mas não o fim da vida nem o fim de todos os afetos.
Certa vez me entregaram um bilhete que dizia:
"Se você ama alguém, deixe-o livre."
Poucas afirmações são tão difíceis de cumprir, poucas contêm tamanha sabedoria em relação aos amores, todos os amores: filhos, amigos, amantes. Amor é risco, viver é risco. Pois permitir, até querer que o outro cresça ao nosso lado, pode significar que crescerá afastando-se de nós.
Mas - essa é a força e a beleza do desafio de uma vida a dois - o outro, crescendo, pode-se abrir mais para nós, que participaremos dessa expansão. Instaura-se uma instigante parceria amorosa, na qual o tempo não servirá para desgaste mas para construção. É um processo de refinamento da cumplicidade que brilha em algumas relações mesmo depois de muitos anos, muitas perdas, e muitos difíceis recomeços - desde que haja sobre o que reconstruir.
[...]

LUFT, Lya. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2005. p. 145-146. (Fragmento).

a) No primeiro parágrafo, a cronista situa o tema a ser desenvolvido. Identifique-o.

b) A partir do segundo parágrafo, a cronista apresenta argumentos para fundamentar suas opiniões sobre a forma como as pessoas deveriam amar. Que ideias básicas ela desenvolve sobre esse assunto?

c) Segundo a autora, as pessoas que se envolvem em relacionamentos com liberdade para crescer podem seguir caminhos diferentes. Que opinião ela apresenta para fundamentar seu ponto de vista? 

d) Interprete o sentido do título do texto, tendo em vista as opiniões da autora sobre o tema. A quem o título se dirige?

e) Com que finalidade ou objetivo a autora produziu essa crônica?

f) Crônicas como essa, de Lya Luft, são do tipo argumentativo, porque o texto apresenta o ponto de vista e as opiniões do autor sobre determinado tema. Em que esfera de circulação se encontra esse gênero textual?

g) Ao descrever situações antagônicas para falar da forma de amar, a cronista emprega palavras de sentidos opostos em seu discurso. Que palavras são essas e o que elas expressam?


XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

a) O tema é a construção dos relacionamentos: entre parceiros de um casal e também entre pais e filhos.

b) Ela defende o ponto de vista de que a pessoa que ama deve permitir ao outro fazer suas próprias escolhas e viver em liberdade, ainda que essa atitude gere inseguranças. De acordo com ela, esse comportamento vai tornar os relacionamentos mais sólidos e, portanto, mais felizes.

c) "Amor é risco, viver é risco". Ao afirmar isso, a autora considera que, num relacionamento em que os parceiros tenham liberdade para crescer lado a lado, eles tanto podem se distanciar como se aproximar mais, fazendo com que um participe da evolução do outro.

d) Resposta pessoal. Sugestão: O título emprega o verbo revogar no imperativo e dirigi-se ao leitor (ou receptor). Pode-se interpretar que a frase "Revogue-se." seja um conselho ou uma sugestão ao leitor, para persuadi-lo a anular ou rever suas atitudes em relação a quem ama. 
Professor: aceitar outras interpretações, desde que coerentes.

e) Para fazer com que as pessoas reflitam e modifiquem o comportamento, aprendendo a amar o outro sem excesso de cobranças.

f) Normalmente, as crônicas argumentativas são publicadas em jornais e revistas, e mais tarde podem ser reunidas em um livro.

g) Palavras que expressam as ideias de prisão e de infelicidade: teia, casulo, sufocar, sofrimento, perda, separação, etc. Palavras que expressam as ideias de liberdade: amor, viver, crescendo, força, beleza, expansão, parceria, etc. 


segunda-feira, 6 de maio de 2019

EM TEMPOS DE PANDEMIA : Aja com calma

Aja com calma
 Raul Teixeira
Não se deixe consumir pelas excitações e nervosismos desses dias tão agitados. Procure fazer tudo com calma.
É compreensível que num tempo em que ainda se afirma que tempo é dinheiro, você tenha os ímpetos comuns da época, quais sejam os de ganhar e ganhar, temendo as necessidades futuras.
É justificável que você corra de um lado para outro, na busca dos bons negócios, da conquista de melhores mercados, na busca, enfim, dos lucros.
É admissível que você não tenha tempo para se alimentar devidamente, para repousar um pouco, para meditar ou para orar.
Entendemos, meu irmão e minha irmã, que cada um dos seus negócios ou cada uma das suas ocupações lhe exija atenção e envolvimentos especiais.
Entretanto, vale a pena não esquecer que tudo isso é secundário para a vida da alma porque tudo isso vai ficar sobre o pó do mundo.
Foi Jesus que nos recomendou não nos atormentássemos pela posse do ouro e que, a cada dia, já bastam seus problemas.
Então, devemos pensar que o corpo físico nos é emprestado enquanto estamos no planeta com os divinos objetivos do progresso espiritual.
Compreendamos, pois, que a calma deve se tornar companhia e conselheira dos nossos dias terrenos, ensinando-nos a fazer tudo com moderação, procurando vincular a mente ao psiquismo celeste, a fim de que não convertamos em tormento e destruição o que deveria ser fonte de vida e de alegria: o tempo.
Aja sempre com calma, para que tenha tempo de pensar bem sobre tudo e de agir bem em tudo que faça.
Alimente-se o mais corretamente possível, preservando o corpo que o ajuda tanto. Dê ao seu corpo e à mente alguns momentos de repouso, para manter a necessária sanidade.
Encontre um tempinho, alguns poucos minutos que sejam, para meditar sobre a sua realidade no mundo, sobre o que é que Deus espera de você e ore.
Procure sintonizar com seu anjo guardião, com os nobres mentores da vida, pelo menos ao iniciar um novo dia de atividades.
Essas providências, ao mesmo tempo em que lhe trarão calma, serão consequências para seu estado de calma.
Com calma em seu cotidiano, você evitará as indisposições com terceiros, as irritações na via pública, a agressividade no trânsito da cidade, bem como os estresses desnecessários dentro do lar.
Com calma você entenderá cada ocorrência a sua volta e cada pessoa em seu caminho.
Nada você perderá pelo uso da calma em sua trajetória humana, pois, longe de alimentar-se da ideia materialista de que tempo é dinheiro, você começará a pensar que, fundamentalmente, tempo é oportunidade e que você deverá aproveitá-la para o melhor.
Mesmo que deixe de lucrar algumas poucas moedas, no jogo enlouquecido das competições, você conquistará harmonia e saúde, a fim de prosseguir na rota da felicidade que tanto deseja.
Seja qual for a situação cotidiana que o convide à ação, à tomada de atitude, faça-o com calma, com muita calma e aguarde os resultados excelentes em clima de paz.
*   *   *
A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada.
Se todos os homens que a possuem dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus, fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 7, do livro Para uso diário
pelo Espírito Joanes, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Disponível no livro Momento Espírita v. 5, ed. Fep.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Passe de Limpeza e Proteção do Lar

VIDAS E VALORES - OS MISTÉRIOS DA VONTADE


"apresentado por Raul Teixeira, 13/05/2019"



"A vida da gente é algo bastante fascinante, porque existe um leme e muito pouca gente se dá conta de que a nossa vida tem um leme.

É muito comum encontrarmos, em cada momento, nas nossas conversas, junto às pessoas de nosso relacionamento, aqueles discursos que dizem: Eu não consigo. Isso aí eu não consigo. Não sou capaz.Eu não dou conta. Ah! Isso é muito difícil.

Certamente quando encontramos esse tipo de discurso, percebemos que existe uma grande fragilidade do indivíduo, do dono do discurso, em função do que ele pretende expressar. Quase sempre ele deseja dizer da sua incapacidade, da sua impossibilidade.

Mas, existe um fator preponderante, torno a dizer, que é o leme das nossas ações. Esse leme de tudo quanto nós fazemos, chama-se vontade. Naturalmente que somos pessoas dotadas de vontade, no entanto, existe uma coisa chamada boa vontade e outra, má vontade.

Às vezes, temos má vontade de fazer as coisas para nós próprios e, certamente, em nível de psicologia humana, isso representa um grande paradoxo, porque a coisa que nós mais queremos é crescer, é evoluir, é progredir.

Ao mesmo tempo, parece que fazemos tudo para que esse estágio de evolução não se concretize e aí saímos com esses discursos vazios, frágeis: Eu não sou capaz, eu não posso, eu não consigo. Eu não dou conta. Já fiz de tudo. Já tentei tudo.

E sabemos que não é verdade, porque se tivéssemos tentado de fato, com boa vontade, teríamos conseguido.

Em verdade, a vontade é um leme, através de cuja ação, a embarcação da nossa vida, as nossas ações, se dirigem para onde nós quisermos.

Há pessoas que têm vontade de ser paparicadas, de serem vistas como coitadinha, de serem vistas como alguém que está sempre precisando de um afago alheio.

Não é a melhor opção, não é isso que deve ser a regra de nossa vida. A regra de nossa vida deve ser a da independência, de sabermos o que queremos e, ao sabermos o que queremos, tratarmos de marchar para esse objetivo.
Nada de ficarmos com essas justificativas injustificáveis, de que não é capaz, de que não consegue. Porque quando nós dizemos assim, já estipulamos a incapacidade, já estabelecemos a nossa derrota.

É como se alguém fosse fazer um exame, uma prova, um concurso e dissesse: Eu sei que eu não vou passar.

Já determinou que não quer passar. É diferente daquela criatura que diz assim: Apesar de tudo eu vou fazer. Tive pouco tempo para estudar, tive pouco tempo para me preparar, porque trabalhei muito, porque viajei ou por qualquer outro motivo, mas eu vou tentar, eu vou conseguir.

Esse estado de ânimo em que a criatura diz: Eu vou conseguir, já deu a ela um background excelente para que ela alcance os objetivos de sua vida.

A vontade é esse timão, através do qual dirigimos a embarcação de nossa existência. Em todas as coisas que fazemos, só fazemos porque temos vontade.

Quando fazemos alguma coisa sem ter vontade, significa que é sem ter boa vontade. Mas, se estamos fazendo alguma coisa sem que tenhamos boa vontade, aí estaremos fazendo com má vontade.

A vontade sempre existe, mas ela pode ser uma vontade capaz de nos fazer crescer ou uma vontade capaz de nos atirar ao chão.

Qual é a nossa proposta de vida? Já que vontade vem do latim: volerevolere que deu voliçãoa vontade de, a vontade de realizar alguma coisa.

E a partir dessa volição, dessa vontade de realizar alguma coisa, nós somos responsáveis pela nossa vida, pelos passos da nossa vida, pelas coisas que desejamos ou não realizar.

Muitas vezes, o nosso discurso é de quem quer, mas a nossa prática é a de quem não quer. Muitas vezes dizendo não querer, o nosso discurso estabelece o que nós de fato desejamos.

* * *

Quando a criatura diz: Eu já tentei tudo, certamente essa é uma postura de comodidade, porque tudo ninguém jamais foi capaz de fazer. Nós fizemos algumas coisas e dessas coisas que fizemos, algumas deram certo, outras não deram certo.

Jesus Cristo foi especial ao nos dizer que tudo é possível àquele que crê. Lemos isto nas anotações do evangelista Marcos. E se tudo é possível àquele que crê, por que se torna possível a ele?

Porque essa crença está amalgamada sobre a vontade. Está alicerçada sobre a vontade.
Tudo é possível àquele que tem vontade, poderíamos dizer assim. Porque quando nós temos vontade superamos problemas. Quando temos vontade superamos dificuldades, quando temos vontade nos esforçamos.

Essa vontade é um elemento catalisador que impulsiona dentro de nós as reações mais impossíveis. Aquela criatura que dizia assim: Não, com essa paralisia eu não serei capaz. E aí chega um fisioterapeuta, um médico, um amigo e diz assim: Você vai conseguir. Você é capaz.

E começa a fazer o exercício, começa a mostrar que é possível.
No começo dói, no começo é difícil, no começo... mas o indivíduo vai vencendo as dificuldades.

Na medida em que vamos vencendo as nossas dificuldades, tudo se torna possível. É por isso que vimos Aleijadinho, com as deficiências que portava, ter se tornado o excelente engenheiro do barroco.

É por isso que vimos a notável Helena Keller, cega, surda, muda, tornar-se notável professora de cegos, surdos e mudos, viajar pelo mundo, fazer conferências.

É por causa disso que encontramos hoje as Olimpíadas para deficientes físicos, as Paraolimpíadas. E ficamos estupefatos, entusiasmados de ver o que vemos.

É por isso que hoje vemos criaturas cheias de mazelas orgânicas fazendo verdadeiros milagres, com o poder da sua vontade.

Quando temos vontade, o céu se move para nós. Quando temos vontade, arrastamos as montanhas mais pesadas e essa vontade é pródromo da fé, alimenta nossa fé.

E o Mestre Nazareno nos disse que, se tivéssemos fé do tamanho de um grão de mostarda, que é tido como dos menores grãos do mundo, uma das menores sementes do mundo, seríamos capazes de dizer às montanhas para que se afastassem e elas se afastariam.

Essas montanhas certamente não são as de granito, não são as montanhas da nossa geologia, são as montanhas da alma, as montanhas de problemas, as montanhas de dificuldades, de deficiências.

É por essa razão que somos movimentados pela nossa vontade.No mundo social, quando as obras não são feitas para a comunidade, dizemos que falta vontade política.

A vontade é, de tal forma identificada nas realizações da vida, que passamos a usá-la popularmente, sem que o povo se dê conta de que está enunciando uma grandíssima verdade.

Falta vontade política nos políticos, mas falta vontade política em nós. Às vezes, pela nossa política doméstica achamos que, se superarmos determinados problemas, não teremos mais o aconchego de Fulano, a paparicação de Beltrano.

Às vezes, na nossa política de vivência social com os nossos amigos, achamos que, se demonstrarmos a nossa capacidade, as pessoas não irão mais fazer para nós.

A nossa vontade precisa se associar à orientação de Jesus Cristo ao nos dizer que, tudo é possível àquele que crê.

Creiamos, desde hoje, que é possível sair da nossa deficiência, da nossa limitação, da nossa desordem interior.

Pessoas de pouca memória que dizem: Ah! Eu não sou capaz de lembrar. Não digam assim. Será melhor dizer: Vou fazer esforços para me lembrar. Porque estaremos trabalhando no positivo.

Quando eu já garanto que não serei capaz, de que já tentei tudo, estou me condenando à falência. A nossa vontade é o leme da embarcação da nossa vida. Se o timoneiro for um bom timoneiro, levará o barco da sua vida para o porto da paz e da realização.
Mas, se ele for um mau timoneiro, certamente arremessará a nau de sua vida sobre os arrecifes, sobres as montanhas, e seu barco possivelmente, se não chegar a isso, adernará nas ondas bravias.

Vontade, volere, querer. Querer é poder, afirma o brocado popular.

E é por essa razão que, quando sentirmos a necessidade de querer, por que é que não vamos querer o bem, o amor e a paz, para que tudo mais se complete em nossa existência?"

Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 122, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em janeiro de 2008. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 24.08.2008.

Em 08.01.2009.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

VIDA E VALORES = HONESTIDADE

Vida (Honestidade) e Valores (Honestidade)

HONESTIDADE - PALAVRAS  DE RAUL TEIXEIRA 

Na nossa vida diária, é muito importante a relação que estabelecemos com os outros. O nosso próximo, sem dúvida alguma, é a extensão de nós mesmos e, por causa disto, temos que convir quanto à importância desse relacionamento social.

Ouve-se falar dos períodos, das fases em que o mundo é provocado pelos atos negativos, pela desonestidade, pelo desplante, pelo antiético ou pelo imoral.

Naturalmente que, quando pensamos nessas coisas, avaliamos todos esses fenômenos relacionados aos outros: Fulano, Beltrano, Cicrano são desonestos.

Mas, em que se constitui a desonestidade?

A princípio, poderemos pensar que a desonestidade seja o indivíduo furtar, roubar, tornar-se um criminoso, um traficante, alguma coisa que agrida a estrutura da sociedade, alguma coisa que denigra a condição humana.

Dizemos que esse indivíduo é desonesto. Alguém que fraude alguma coisa, fraude o imposto de renda, fraude os compromissos que tem que cumprir, minta para não dar conta dos seus deveres. Chamamos essa pessoa de desonesta.

E quase nunca nos apercebemos relativamente ao nosso próprio grau de desonestidade.

No entanto, mais importante do que refletirmos em torno da desonestidade, será falarmos a respeito da virtude oposta, que é a honestidade.

Parece que o velho Rui Barbosa, na sua época, previu um fenômeno que hoje estamos vivenciando. Dizia o Águia de Haia que chegaria um tempo em que o desplante antiético e imoral seria de tal nível que o indivíduo, que o homem teria vergonha de ser honesto.

Parece-nos que isto vem acontecendo cada dia com maior intensidade. As pessoas, de modo geral, passaram a desejar se nivelar por baixo. Parece que, para muita gente, o bom é nivelar-se pelo inferior.

Parece que é feio a pessoa ser digna, ser nobre, ser boa. Quando o indivíduo é do bem se diz que ele é moralista e passamos a ter uma vergonha enorme de ser moralista, como se moralista fosse um palavrão, como se ser moralista fosse uma ofensa. E, desse modo, vamos abrindo mão dessa prerrogativa de ser honesto.

Então se vê quanto a garotada, a juventude sem muito boa orientação, gosta de acompanhar os seus ídolos desonestos. Os ídolos dos filmes, da criminalidade, os bandidos da tela.

Certamente, isso merece a nossa observação cuidadosa, isso merece nossos olhos atentos para que possamos orientar a nossa criança e o nosso jovem para os valores da honestidade.

A virtude da honestidade é fundamentalmente a virtude da coerência. Ninguém pode ser honesto se não for coerente.

E nos perguntamos: Mas o indivíduo será honesto por quê? Será honesto para quê?

Deveremos viver a honestidade porque a honestidade nos confere harmonia interior, paz de consciência. É a honestidade que nos faz viver harmonicamente com a sociedade dos justos, dos bons, dos equilibrados, daqueles que são indivíduos do bem.

Todo processo de honestidade então reclamará a nossa coerência, e é essa coerência que deve tomar a nossa atenção. Todas as pessoas costumam ter aquilo que chamamos de sua escala de valores.

Há indivíduos para os quais seus valores maiores se acham nas coisas materiais, nas coisas imediatistas. Há aqueles que admitem que seus valores primordiais devem se encontrar nas questões sensíveis, nas questões psíquicas, espirituais, afetivas.

Aí, então, encontramos o fio da navalha., É exatamente aí que muita gente se fere, é exatamente aí que muita gente se corta, porque a honestidade, sendo a virtude da coerência, propõe que estabeleçamos uma escala de valores, e nessa escala de valores nós pontuaremos no topo, colocaremos na cabeceira aquilo que é mais importante para nós, aquilo que mais desejamos perseguir na nossa vida. E,a partir disto,teremos um incentivo a mais para vivenciar a honestidade.

*   *   *

A partir dessa concepção de que todos precisamos ter uma escala de valores e,
quer tenhamos consciência disso ou não, todos temos a nossa escala de valores, passamos a verificar que a honestidade precisa começar por nós.

Devemos aprender a ser honestos conosco mesmos. Mas, o que seria essa honestidade auto vivenciada, vivenciada conosco mesmos?

Fundamentalmente deveríamos aprender a vivenciar, a pôr em prática as verdades que vamos conhecendo gradativamente. Ninguém consegue colocar em prática, da noite para o dia, um novo ensinamento, uma nova proposta moral.

Aprendemos que, primeiro se desenvolve esse aspecto intelectual da vida. Primeiro aprendemos coisas em nível intelectual e depois, com essa experiência que o intelecto vai nos dando, conseguimos colocar em prática pouco a pouco.

É por isso que vemos muita gente religiosa, que vive de forma estranhíssima. Vemos muitos médicos pneumologistas que fumam. Encontramos pessoas que tratam da mente dos outros, enlouquecendo a própria mente através dos expedientes mais estranhos.

Encontramos as criaturas que se entregam às drogas. O tabaco é uma droga. Mas eles ensinam para os outros como manter a saúde, eles pedem a Deus que lhes preserve a saúde, eles pedem a Deus que lhes dê saúde.

A honestidade é a virtude da coerência. Mas, como pode ser coerente uma pessoa que pede a Deus saúde e queima saúde na ponta dos cigarros, dos charutos, dos cachimbos?

Como pode ser coerente uma pessoa que pede a Deus equilíbrio e se encharca de alcoólicos que o faz perder a lucidez?

Como pode alguém pedir a Deus paz na Terra, paz para si, para a sociedade, se tem os nervos à flor da pele; se é uma pessoa de pavio curto; se não suporta ouvir nada de ninguém; nada que a contrarie; se é uma pessoa que somente gosta de ouvir elogios? Ela é completamente desfocada da coerência.

Desse modo, é importantíssimo que aprendamos a ser honestos conosco. Aqueles princípios já aprendidos, e que são positivos para nossa vida, vamos começar a fazer esforços para colocá-los em atuação.

É natural, teremos que fazer esforços. Somos Espíritos que provimos de um passado muito remoto, de muitos equívocos diante da consciência, muitos erros, muita tragédia que realizamos conosco mesmos e com os outros.

Agora, que estamos desejosos de nos voltar para o bem, para o amor, para a luz, aprendamos gradativamente a ter essa coerência, a vivenciar o bem que  pregamos para os outros, a atuar na paz que queremos para o mundo, a participar desse movimento de renovação do nosso planeta. E isto significa ser honesto com os nossos princípios.

A honestidade não será somente a criatura não roubar, não furtar, não matar, não mentir. Começaremos a ver que quem é capaz de mentir, de fraudar, de denegrir, de caluniar, será capaz de roubar, porque já começa por roubar a paz dos outros, por roubar o espaço do outro.

Toda criatura que é capaz de iludir as pessoas, de contar vantagens para tirar proveito,  será capaz de matar,  será capaz de sequestrar porque quem não é fiel no mínimo, como ensinou Jesus Cristo, nunca conseguirá ser fiel no máximo.

Se  não conseguimos ser fiéis nas coisas que estão mais facilmente sob o nosso controle, será muito difícil controlar as coisas que nos exijam muito mais sacrifício.

É importantíssimo verificar que, nesses dias tumultuados do planeta,  sentimos a necessidade da honestidade.

Quando sentirmos alguma coisa em relação a alguém, boa ou não, digamos a esse alguém e não ao entorno, nos trabalhos da intriga, da maledicência, da fofoca: Fulano, não gostei do que você fez. Beltrano, por que você fez isto comigo? Qual era a sua intenção?

Mas, quando gostarmos, também tenhamos a grandeza de dizer: Muito obrigado. Meus parabéns. Você foi muito feliz e me fez muito bem.

A honestidade é essa virtude que não teme dizer sim, e nem teme dizer não.

É por isto que Jesus indaga aos Apóstolos: Que vínheis discorrendo pelos caminhos?[Marcos, 9:33]

E, na Epístola aos Efésios [V, 8 e 15], o Apóstolo Paulo assevera: Vede prudentemente como andais. Andai como filhos da luz.

E todo filho da luz, todo ser lucigênito, não pode andar sem espalhar claridade. Isto é ser honesto.

  Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 137,
 apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da
Federação Espírita do Paraná. Programa gravado
 em abril  de 2008. Exibido pela NET, Canal 20,
Curitiba, no dia 26.04.2009.
 Em 27.07.2009.


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Amor e Traição

Amor e Traição Do livro AMOR SEMPRE O amor pressupõe confiança e entrega de sentimentos. Sua exclusividade é exigida por aquele que  se dedi...