quinta-feira, 21 de julho de 2016

Como posso aprender a perdoar?










Como é difícil pedir perdão! Sentimos que perdemos algo, que deixamos de ter influência. Parece duro demais reconhecer nossa responsabilidade e nossa parte de culpa. Sentimos medo de ser rejeitados, ao mostrar-nos frágeis.
 
Mas o que ocorre é exatamente o contrário: pedir perdão nos faz crescer como pessoas, nos torna maiores, mais valiosos.
 
Vale a pena perguntar-se: A quem e por que coisa eu precisaria pedir perdão? Certamente, há pessoas que não simpatizam comigo, que evitam minha companhia, que se afastam quando eu chego.
 
Talvez haja pessoas com as quais convivemos e que em algum momento já ferimos, e não pedimos perdão. É difícil pedirperdão ao marido, à esposa, por exemplo. E às vezes o fazemos só para evitar mais problemas, mas não de coração.
 
Como é saudável aprender a pedir perdão! Ainda que possa nos parecer humilhante. Neste ato de generosidade e bondade, estaremos sendo grandes, estaremos plantando sementes de eternidade.
 
Ao pedir perdão, podemos também ter a felicidade de ser perdoados. O perdão nos faz muito bem, nos purifica, nos dignifica. Somos perdoados e podemos voltar a começar.
 
Quando recebemos o perdão, Deus faz uma festa no céu. Escutamos do mais alto: “Tu és o meu filho amado, meu predileto”. Quando aprendemos a pedir perdão às pessoas, torna-se mais fácil pedir perdão a Deus.
 
Atualmente, as pessoas sentem dificuldade para se confessar porque se acostumaram, em seus relacionamentos, a não pedirperdão, a não reconhecer o erro e a culpa. Por isso, é tão bom pedir perdão a Deus pelas nossas más atitudes, atos e omissões. Porque nos faz bem pedir perdão e receber este abraço de Deus na alma.
 
Mas é necessário, ao mesmo tempo, purificar a nossa memória, as lembranças da alma. Às vezes, vemos nossa história e pensamos que não temos nada contra ninguém, que estamos em paz com todos.
 
A realidade é que, ao longo da nossa vida, fomos ofendidos e feridos. Nossa memória está machucada. Basta olhar um pouco para o passado, para que as feridas e rancores venham à luz.
 
Faça silêncio no seu coração e pergunte-se: Quem já me ofendeu? Quem falou mal de mim? Quem me desprezou e evitou estar comigo? Por quem guardo rancor na alma? Quem me ofendeu com palavras e gestos? Quem não me agradeceu pelos favores que fiz?
 
Nossa memória guarda no coração tudo isso que aconteceu. E o guarda gravado com sangue e fogo. Por isso, quando subitamente deixamos aflorar o que há no mais profundo de nós, voltamos a sentir a frustração, a dor, a ofensa, como se aqueles fatos tivessem acabado de acontecer.
 
Sim, temos inimigos e eles têm rostos concretos. Talvez eles nem saibam que são nossos inimigos ou que nos machucaram; ou pensam que já esquecemos tudo e os perdoamos. Mas a verdade é que nossa alma ainda dói ao sentir-nos feridos e ao saber que outras pessoas também foram feridas pelas nossas palavras e atos.
 
Deus nos ensina a perdoar, mas não é tão fácil. Porque o coração grava essas lembranças com fogo na pele da alma. As feridas parecem não se apagar, o sangue não desaparece. A dor continua. Não é tão simples assim.
 
Será que o orgulho nos impede de virar a página? Temos medo de voltar a ser feridos e isso não nos permite esquecer totalmente o que aconteceu, como forma de proteção? Precisamos perdoar para voltar a percorrer os caminhos já trilhados. É o desafio de aprender a dar perdão e ser misericordiosos. E é um mistério.
 
Um gesto de perdão da nossa parte abre para nós o coração daquele que foi perdoado. Mas muitas vezes não somos capazes deperdoar e esquecer. Se não o fizermos, jamais poderemos voltar a viver com liberdade.

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