terça-feira, 7 de novembro de 2017

Vingança ou perdão

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Vingança ou perdão pode parecer um eterno dilema para muita gente, mas Leo Babauta no seu blog Zen Habits nos ensina como resolver essa questão e ser mais feliz. Vou repassar alguns pontos que me sensibilizaram sobre essa questão e recomendo que acessem o Zen Habits e leiam o texto do próprio autor.

Vingança:

Dizem que a vingança é um prato que se serve frio. Isso quer dizer que a vingança não tem um gosto bom. Pode parecer um alívio, uma sensação de justiça, mas fica um gosto amargo na boca. Não nos parece algo longe de ser agradável, e representa sim um sentimento negativo e uma sensação de que mesmo querendo se completar, se sentir mais integro, algo vital nos foi retirado. É fundamentalmente uma sensação de perda.
Muitas pessoas não revidam, não retrucam por educação, ou mesmo porque é seu próprio estilo de evitar conflito, não gerar um clima ruim nos relacionamentos. Isso abre um espaço para abusos, e pessoas acabam se fazendo de capacho, o que é completamente inaceitável.
Sinta e reconheça o desconforto de ser magoado. Crie essa noção de que esse sentimento não é nem bom ou ruim – é simplesmente um sentimento genuíno, natural. A raiva contra o agressor, a vontade de revidar imediatamente, tudo isso é parte de você mesmo que não adianta negar – simplesmente reconheça.

Escolha:

Disse Viktor Frankl que entre o ato que te violentou e a sua reação, há o espaço da sua independência, da sua discricionariedade e autonomia. É sua escolha, decidir como agir, e aí está a diferença entre reação e resposta.
Mas a vingança é algo de maturação mais longa, envolve uma ruminação interminável sobre a mágoa que te causaram e a maquinação de uma resposta à altura – prestar contas – ficar quites. Mas a vingança traz vários efeitos associados que você deve considerar.

Efeitos colaterais da vingança:

-Não vai te fazer sentir melhor – aliás, você vai se sentir pior. Dar o troco, retaliar pode dar uma sensação de alívio no momento, mas vai te empurrar para o fundo do poço depois.
-Traz danos, às vezes irreparáveis aos relacionamentos, e você deve considerar isso na equação.
-Vai provocar um sentimento negativo no outro e como disse Gandhi, olho por olho vai produzir uma nação de cegos.
-Você pode estar se deixando agir por impulso, e a raiva afasta a racionalidade, e nessa situação, fazemos coisas de que nos arrependemos depois. Temos que criar uma pausa entre a agressão e a reação para usar o nosso poder como nos ensinou Viktor Frankl.
-Isso não vai fazer com que as pessoas te respeitem mais. Mesmo as pessoas que não estão envolvidas no conflito tendem a te julgar como uma pessoa agressiva e temperamental – mesmo que a sua reação seja justa.
-Você não está agindo no seu melhor quando se mete em vingança ou retaliação. O nosso melhor é quando experimentamos o perdão, a compaixão e o amor.

Compaixão:

Sem se fazer de ca
pacho, e buscando uma solução melhor para você mesma, experimente a compaixão.
-Sinta a ação de agressão do outro, mas enxergue o grande quadro que envolve a outra pessoa, o sofrimento, a luta e as próprias dificuldades. Quem sabe ela não está vivendo um momento crítica na sua vida?
-Aprenda a ler a sua manifestação física, a pulsação, o calor interno, o sangue subindo na cabeça e crie uma rotina para baixar o calor da fervura. Respire fundo. Olhe mais para a sua reação física e menos para o conflito em si.
-A compaixão nos coloca na nossa melhor expressão e você vai se sentir bem. Você vai ganhar o respeito dos outros e vai melhorar os relacionamentos.
-Compreenda o que é melhor para ambos. O mundo vai se tornar um lugar melhor se todos se comportarem dessa maneira.
Rubens Sakay (Beco)

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