Quantas vezes já nos escutamos dizendo Seja o que Deus quiser?
Quantas foram as vezes que encerramos um assunto comentando Foi a vontade de Deus?
Ou ainda, das vezes que oramos o Pai nosso, prestamos atenção de que sempre solicitamos que seja feita a Sua vontade e não a nossa?
Muito embora esteja na cultura das ruas, nos ditos populares entender que a vontade de Deus é a mais adequada, será que cremos nisso de verdade?
Você já teve arrancado de seu convívio íntimo, pelo fenômeno da morte física, alguém que amava muito?
Já teve a doença minando a saúde de alguém que lhe é caro e você se sentindo impotente?
É comum nessas situações a revolta tomar nossa intimidade.
Mas, por que orar pedindo a Deus para que seja feita a Sua vontade, se quando ela Se cumpre nos revoltamos?
Algumas vezes, perante os desígnios do Pai nos comportamos de maneira infantil. Quando a vontade Dele não é a mesma que a nossa, brigamos com Ele.
Você já percebeu o que ocorre com uma criança mimada, quando os pais não fazem suas vontades? Ou quando os pais a obrigam a ir à escola, escovar os dentes, tomar banho?
Somente depois de crescidos entendemos o porquê de tantas coisas que não gostávamos, mas que nos ajudaram a formar o caráter.
Com as coisas de Deus, algumas vezes acontece dessa forma conosco. Muito embora não possamos entender completamente o porquê de alguns desafios que a vida nos impõe, eles, esses embates da vida, sempre têm um bom motivo para acontecer.
Compreender que Deus é Pai e nos oferece o que é melhor para cada um de nós, é um bom caminho para começar a entender Seus desígnios.
Entender que muito do que nos acontece na vida foi anteriormente programado, antes mesmo de estarmos por aqui, e ainda, que muito foi até solicitado por nós mesmos, faz mais compreensível a própria vida.
Os desígnios de Deus são pautados na Sua Lei de amor, e por nos amar, nos oferece desafios, nos oferece o bom combate, a fim de vencermos as limitações que ainda existem em nossa intimidade.
Todo desafio que nos ocorre, seja no campo material, emocional, afetivo, é sempre convite da vida para vencermos barreiras.
Jamais encaremos perdas, tropeços, carências afetivas ou financeiras, como castigos de Deus ou como obras do acaso. São sempre oportunidades da vida para que nos tornemos mais fortes, maiores intimamente.
Jesus nos lembra que até os fios dos nossos cabelos estão contados, tal é o cuidado que Deus tem para com cada um de nós.
Dessa forma, aceitemos com o coração leve e a alma aberta esses desafios que a vida nos oferece. Percebamos neles a lição que carregam consigo.
E cada vez que orarmos seja feita a Sua vontade, que façamos das palavras a ação e o sentimento perante a vida.
Redação do Momento Espírita.
Em 17.07.2009.
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