segunda-feira, 12 de agosto de 2024

AMOR E TRAIÇÃO

  Amor e traição

O amor pressupõe confiança e entrega de

sentimentos. Sua exclusividade é exigida por aquele que se dedica ao outro, não permitindo a entrada de um terceiro elemento na relação.

O ciúme, oriundo da insegurança, costuma ser

elemento catalisador de atitudes inadequadas pelo seu protagonista. Cautela quanto à impulsividade motivada pelo ciúme.

Liberte-se daquele amor quando ele já não mais se

sente preso a você. Sua decisão poderá evitar dissabores desnecessários. 

A vida lhe oferecerá oportunidades de equilíbrio mais adiante.

Decepcionar-se ou indignar-se pela traição de

alguém é natural, porém verifique as condições em que se deu o fato. 

Muitas vezes suas atitudes foram determinantes para a ação do outro.

A traição, qualquer que seja sua causa, reflete

sempre o amor insatisfeito consigo mesmo.

Quando ela ocorre de forma sistemática, revela o desequilíbrio obsessivo em que seu agente se encontra.

Trair e afirmar que outro pode fazê-lo se o quiser, é

deixar seu amor à deriva de forma irresponsável e

inconseqüente. 

As relações humanas não devem se

constituir em aventuras do coração. Toda relação

emocional gera comprometimento futuro.

A transformação da pessoa que trai poderá ocorrer

com o auxílio do amor daquele que foi traído. Não culpe alguém pelo ocorrido; responsabilize-se apenas pelo que está acontecendo com você.

Mesmo ferido, o verdadeiro amor permanece. O

destino, pelas escolhas de cada um, poderá separar as pessoas, mas não eliminará o amor. 

Mesmo traído e separado, o amor verdadeiro permanece vibrando pelo equilíbrio do outro.

Embora seu amor esteja ferido pela traição,

considere que o seu caminho foi de vitória e que você não foi o autor nem agiu da mesma forma. Não se culpe, apenas assuma a responsabilidade de forma madura. 

Viver maritalmente com alguém será sempre um desafio à singularidade do ser humano.

O sentimento provocado pela traição de um parceiro pode levar o outro a adoecer. Tal ocorre quando o corpo se torna o anteparo para a continência das emoções que deveriam ser expressas de outra forma.

Não se deixe abater pela decepção do companheiro.

Mostre a si mesmo que seu valor não depende de

circunstâncias externas, mas é aquele que você sabe que tem.

Tenha o hábito de dialogar com seu companheiro

sem que esteja fazendo interrogatório policial nem

tampouco deixe que a insegurança tome conta de sua mente.

Envolva-se na vida de seu companheiro pelo coração e pela participação em suas atividades cotidianas. Não fique à margem da vida de quem você diz que ama. Mesmo que ele o coloque à distância, crie atividades conjuntas.

Não se coloque também na posição de quem

adquiriu uma posse. Se seu companheiro preferiu a

companhia de outra pessoa à sua, dê-lhe a liberdade de que necessita para viver sua própria vida. Quanto a você, viva-a mesmo com as dificuldades que advirão da decisão tomada.

O amor que se acaba com a traição do cônjuge não

era amor, mas posse. O amor verdadeiro independe da união carnal.

Diante da traição mantenha o equilíbrio. O outro não soube merecer seu amor. Não culpe uma terceira pessoa pela traição. Nessas circunstâncias ninguém age sozinho.

Mesmo assim não há culpa, mas responsabilidades.

Não se deixe magoar pela atitude do outro que o

traiu. Quem trai, é a si mesmo que agride.

Se você hoje possui outro relacionamento além

daquele que lhe constitui a família, ore e busque o

equilíbrio. 

A manutenção de outros relacionamentos 

semelhantes revela necessidade de vencer carências

internas.

Sua continuidade desprende energia, impedindo o necessário equilíbrio para  prosseguimento de outras atividades da alma.

Seja fiel a seus princípios não se permitindo agredir

aquele com quem você convive. O amor é sempre fiel à sua própria determinação. Na dúvida, não ultrapasse seus imites. Há caminhos cujo retorno se torna difícil.

Há envolvimentos psíquicos muito semelhantes à

traição num casamento. Não se deixe vencer pelo apelo da aventura em matéria de sentimento. Tudo que envolve o coração merece responsabilidade e maturidade.

Jesus, mesmo traído por Judas, não deixou

de amá-lo.


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