Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro para ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda. O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil. O pneu de seu carro furou e ele deixou de ganhar uma hora de trabalho. A sua serra quebrou, ele cortou o dedo, e finalmente, seu carro não funcionou no final do dia na hora que iria embora. O homem que contratou o carpinteiro ofereceu-lhe uma carona para casa e durante o caminho o carpinteiro não falou nada. Quando chegaram a sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família. Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com suas mãos. Depois de abrir a porta de casa, o carpinteiro transformou-se! Os traços tensos de seu rosto transformaram-se em um grande sorriso. Ele abraçou seus filhos e beijou sua esposa afetuosamente. Um pouco mais tarde o carpinteiro acompanhou sua visita até o carro. Assim que eles passaram pela árvore o homem perguntou por que ele havia tocado na planta antes de entrar em casa. "Ah", respondeu o carpinteiro, "esta é minha árvore dos problemas. Como eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho e, também sei, que não posso traze-los para meus filhos e esposa, então eu resolvi que toda a noite eu deixaria os meus problemas nesta árvore e os pegaria na manhã seguinte." "E funcionou?", perguntou o homem já chegando no seu carro. "Se o senhor quer saber, funcionou melhor do que eu esperava. Todas as manhãs quando eu volto para pegar meus problemas, eles não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior..."
(Autor Desconhecido
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segunda-feira, 14 de novembro de 2016
HISTORIA QUE TE QUERO ABRAÇAR
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Não acredite em algo simplesmente porque
ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não
acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos.
Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade.
Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas
depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão,
e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.
terça-feira, 25 de outubro de 2016
TATO DE MÃE
LEITE BATIDO QUE GOSTO
O QUE MAMÃE NÃO FAZ SÓ PARA AGRADAR O FILHOTE E ESSE BIGODE BRANCO.
TATO DE MÃE
momento espirita
Um menino, com um breve poeminha à mão, entrou correndo pela porta do quarto dos pais, ansioso para que o lessem.
Encontrou os pais numa discussão acirrada a respeito de um tema que desconhecia.
À maneira que só as crianças conseguem fazer, ficou ali, ao lado, quase invisível, tentando ser escutado.
Pai, mãe, olha o que escrevi!
Repetiu esse acalanto algumas vezes, falando cada vez mais alto, tornando a balbúrdia no aposento quase insuportável.
Ninguém se entendia e todos queriam ser ouvidos.
Repentinamente, o pai, já sem paciência, tomou a folha de papel das mãos do filho, amassou com força e disse: Já não expliquei que agora não posso!?
Atirou o papelote na lixeira mais próxima, o que deixou o filho sem chão e repleto de lágrimas.
Mais tarde, a mãe, que não havia ficado satisfeita com a cena presenciada e se enchia de compaixão, procurou o menino.
Ela carregava na mão esquerda uma folha de papel enrugada. Tinha a expressão emocionada e condoída.
Filho... Foi você quem escreveu este poema?
O menino, que ainda estava cabisbaixo, apenas acenou com a cabeça que sim.
Que coisa mais linda! Você é um poeta, meu filho! Você é um poeta! - E abraçou, carinhosamente, a criança.
A partir daquele dia, diz a história desse menino, ele resolveu definitivamente ser poeta.
O relato é do próprio autor que conta que, se não fosse pela destreza e tato de sua mãe, possivelmente não se dedicaria à poesia.
Assim, graças à sensibilidade daquela mulher, o mundo pôde conhecer a arte e inspiração de Pablo Neruda.
* * *
O tato é essa capacidade que temos, ou não, de lidar com situações delicadas.
Saber dizer as coisas certas na hora certa. Saber calar. Saber abraçar e chorar junto.
Para se ter tato faz-se necessário desenvolver a empatia, essa capacidade sublime de colocar-se no sentimento do outro.
A amorosidade também faz parte da conquista do tato, pois tudo aquilo que é dito com amor, com carinho, tem muito mais chance de ser bem recebido pelo outro.
Ficamos a pensar quantos Neruda deixamos de conhecer no mundo, pela simples falta de tato de pais e educadores, que não promoveram o incentivo necessário ou que simplesmente abafaram, silenciaram talentos tão importantes.
Assim, olhemos nossas crianças com atenção. Operemos sempre com muito tato, psicologia, em tudo que façamos, falemos ou deixemos de falar a eles.
Nem sempre serão grandes talentos ou gênios.
Porém, um incentivo aqui, um elogio ali são os responsáveis primeiros pela formação de uma boa autoestima.
Tratemos o lar como a terra que necessita estar sempre fértil, preparada para receber as mudas da filiação bendita, que Deus nos dá como presente e responsabilidade.
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
SER PAI
SER PAI
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Ser pai é ser companheiro,
construindo no ninho familiar a grandeza dos filhos, para alicerçar valores que edificam a sociedade.
Ser pai é ser jardineiro,
plantando raízes de virtudes com mãos delicadas, para que o lar seja sementeira de luz e de verdade.
Ser pai é ser herói,
protegendo o espaço sagrado de seu templo-família, cultivando no coração dos filhos o germe da harmonia.
Ser pai é ser fonte de vida,
inaugurando nossa história com gestos de amor, renovando perenemente a herança da criação.
Ser pai é ser poeta,
declamando com carinho os versos de sua vivência, para cultivar e enobrecer os projetos de nossa existência. |
Primaverando
Primaverando
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© Zuleides Andrade, ascj
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Pouco importa em que fase da vida estejamos. As estações que se renovam nos dão a sábia oportunidade de encontrarmos novas razões de viver e encantamento pelas coisas simples que tecem a vida. Primavera não é apenas tempo de borboletas, trinados de pássaros, desabrochar de flores. É a estação para ressuscitar sonhos, esquecer dissabores e estar atentos a novos amores. É tempo também de abrir janelas e deixar que entrem por elas, mais vida, mais luz... E por que não, tempo de transformar textos, de dar um toque de prosa no que deveria ter sido poesia ?! Primavera chegando ... Já experimentou usar flores e folhas para pintar? Convidar crianças para entrar na brincadeira? Vai estragar o jardim ? As flores duram alguns dias, muito tempo dura a amizade, o aprendizado, a alegria! Hei! Estação nova chegando! Vamos lá! Na primavera, que tal mudar a forma de pintar ? É isso mesmo! Sugiro aproveitar pétalas de flores, folhas, vegetais, terra e outras cores naturais, fáceis de encontrar. Recolha também juras de amor sob a lua cheia, mãos entrelaçadas de namorados a caminhar na areia! Resgate sonhos antigos, planos e ilusões, até! Experimente uma iluminada idéia, com toques de fé! Junte fragmentos de angústia, cacos de dor e dê realce à pintura, com cores complementares! Pegue aqueles tons suaves de ternura e paz, algum filete de fonte cristalina que a sede desfaz! Vá com calma, construa seu caminho com arte, as pegadas serão seguidas, mesmo que em parte! Solte a voz, cante para o sol, mesmo desafinado. Poderá acompanhar você, um coral, em trinados! Plante sementes de alegria, vida e esperança! Perdoe, é possível, e ajude a curar lembranças. Quem sabe, uma poda aqui, outra ali, faz parte... Tudo com carinho e um pouco de arte! Vamos lá, mude a forma de pintar ! Que tal, uns riscos e rabiscos de poetar ? Poema-primavera, para mim, é assim: Uma braçada multicor de belas flores, colhidas no jardim e nas estradas da vida, que se vai contemplando e ajeitando. No desejo de que fique o mais correto, envolvemos amores e flores com fitas generosas de cuidados e afeto. |
A PEDRA NA ESTRADA
A PEDRA NA ESTRADA
Havia um sábio que não poupava esforços para ensinar bons hábitos a seu povo. Frequentemente fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo que fazia era para ensinar o povo a ser trabalhador e cauteloso. Ele dizia:
"Nada de bom pode vir a uma nação cujo povo reclama e espera que outros resolvam seus problemas. Deus dá as coisas boas da vida a quem lida com os problemas por conta própria".
Uma noite, enquanto todos dormiam, ele pôs uma enorme pedra na estrada. Depois foi se esconder atrás de uma cerca, e esperou para ver o que acontecia.
Primeiro veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que ele levava para moagem na usina.
- Quem já viu tamanho destino? - disse o fazendeiro contrariado, enquanto desviava sua carroça e contornava a pedra.
- Por que esses preguiçosos não mandam retirar essa pedra da estrada? E continuou reclamando da inutilidade dos outros, mas sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra.
Logo depois, um jovem soldado, veio cantando pela estrada. Ele pensava na maravilhosa coragem que mostraria na guerra e não viu a pedra.
Tropeçou nela e se estatelou no chão poeirento. Ergueu-se, sacodiu a poeira da roupa, pegou a espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam largado uma pedra imensa na estrada. Ele também se afastou, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra.
Assim correu o dia. Todos que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém a tocava.
Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro por lá passou. Era muito trabalhadora, e estava cansada, pois desde cedo andava ocupada no moinho. Mas disse a si mesma:
- Já está quase escurecendo, alguém pode tropeçar nesta pedra à noite e se ferir gravemente. Vou tirá-la do caminho - e tentou arrastar a pedra dali.
Era muito pesada, mas a moça empurrou, e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra. Ergueu a caixa. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres:
"Esta caixa pertence a quem retirar a pedra."
Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro.
A filha do moleiro foi para casa com o coração feliz. Quando o fazendeiro e o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torno do local na estrada onde a pedra estava. Revolveram o pó da estrada com os pés, na esperança de encontrar algum pedaço de ouro.
Então o sábio falou:
- Meus amigos, com frequência encontramos obstáculos e fardos no caminho. Podemos reclamar em alto e bom som enquanto nos desviamos deles se assim preferirmos, ou podemos erguê-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça.
PROJETO FAMILIAR
PROJETO FAMILIAR
Pe. Paulo M. Ramalho
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Não há projeto humano mais belo na terra do que construir uma família! Como é belo ver um lar com vários filhos e os pais sendo protagonistas da criação de filhos extraordinários que poderão ter uma parcela no futuro na transformação deste mundo! Os projetos mais valiosos deste mundo são os projetos humanos e construir uma família é o projeto humano por excelência. Nada se compara a isto! A beleza de uma família é incontestável! O casal que tem este projeto é um casal que fala com a boca cheia. Tem brilho nos olhos. Construir uma família: - é perceber que o maior bem que há no mundo, sem comparação nenhuma com qualquer bem material, são os filhos; - é perceber que cada filho traz uma riqueza extraordinária à família; - é perceber que cada filho nos faz ser mais felizes, dilata o nosso coração, deixa a vida mais bela; - é perceber que cada filho é uma fonte de orgulho, de um santo orgulho; - é perceber que dá mais alegria este projeto do que ser presidente de uma multinacional, ocupar altos cargos profissionais. Todos nós fomos feitos para coisas grandes. O que acham de ter este projeto? Muitos dirão: “mais isto não é fácil, o senhor está falando de algo grande, de construir uma família bonita, de ter vários filhos, um, dois, três, quatro... Isto não é nada fácil!” E eu diria: e quem disse que é fácil? Nada que vale nesta vida é fácil. Como dizia um santo, “todo ideal grande custa sacrifício”. E quanto maior o ideal, maior o sacrifício. Mas a beleza do ideal é o que ele vale, não o que custa. Gostaria que todos vocês sonhassem com este projeto de construir uma família bonita, grande, na medida do possível. Quem for mais velho e já não possa mais realizar este ideal que anime os mais novos a construí-la. Com quantos filhos? Não sei, isto depende de uma série de fatores: condições econômicas, condições físicas, psíquicas etc. Mais quem tem o projeto de construir uma família, tem o desejo de ter, na medida do possível, muitos filhos, pois eles são a materialização da expansão do amor. Quem tem este projeto coloca o ideal de expandir a família na frente de: - ter um carro último modelo; - ter uma casa no bairro tal, com tais e tais móveis de tal e tal loja; - viajar para o exterior todo ano; - ter roupas de marca etc. Infelizmente muitas pessoas têm colocado estes requisitos na frente e acabam construindo uma micro família não por razões de força maior, por razões de peso, mas por motivos egoístas, por querer acima de tudo “curtir a vida”, ter "uma vida regalada". Volto a dizer: nada se compara a ter uma família maravilhosa, grande, na medida do possível, essas famílias que antigamente víamos nos filmes e tocavam profundamente o nosso coração. Elas fazem brilhar os nossos olhos, pois elas são fruto do amor e o próprio do amor é dar-se, expandir-se, abrir-se às alturas etc. Sonhemos todos nós com este ideal e o mundo se tornará muito mais feliz! |
Orientação familiar
Orientação familiar | |
Fábio Henrique Prado de Toledo
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Durante muito tempo o homem foi considerado a cabeça da família. O Código Civil brasileiro de 1.916 expressamente consagrava o marido como chefe da sociedade conjugal. As últimas décadas, porém, foram marcadas por uma significativa mudança do papel da mulher na família, no mercado de trabalho e em toda a sociedade. Não há mais, portanto, uma autoridade única na família. A mudança foi muito oportuna e veio a ressaltar e enaltecer a imensa dignidade da mulher. No entanto, essa conquista traz também um problema, que requer uma solução adequada. Para melhor compreendê-lo, imaginemos uma empresa em que houvesse dois Diretores Presidentes, ambos exercendo a mesma função, munidos dos mesmos poderes e sem uma delimitação clara de atribuições de cada um. É muito provável, nesse caso, que as situações de conflitos surgissem em breve, fazendo-se necessário estabelecer uma sintonia entre eles para cada um exercer um papel definido de modo a que conseguissem juntos administrar bem o empreendimento. De certo modo é essa uma grande dificuldade das famílias hoje em dia. Marido e mulher assumiram o papel de conduzir a família em igualdade de condições, porém, ninguém lhes ensinou como gerir esse empreendimento com harmonia. E, para complicar ainda mais, externamente, estão inseridos num contexto social que lhes sugere romper esse vínculo diante da menor dificuldade que possa surgir. Nesse cenário surgiram, em meados dos anos 60, na Espanha, programas destinados a ajudar os pais a educarem os seus filhos e a melhorarem o relacionamento conjugal. Os cursos oferecidos, baseados no método do caso, são uma ferramenta para promover o diálogo sobre situações reais que possam surgir na vida do casal. Com uma metodologia muito bem pensada, proporciona técnicas para o casal aprender a raciocinar sobre as questões conjugais e as relacionadas com a educação dos filhos com objetividade, o que lhes permite, a partir de uma análise dos fatos relevantes das suas vidas, encontrar a raiz dos problemas e, a partir disso, propor e implementar soluções concretas. Esse trabalho se desenvolveu e ganhou uma dimensão mundial. Hoje a orientação familiar está em mais de 60 países, inclusive no Brasil. De modo a coordenar essa expansão foi criada uma organização internacional, a International Federation For Family Development (IFFD), que atualmente é membro com status consultivo geral perante a Comissão Econômica e Social das Nações Unidas. Os cursos de orientação familiar exigem a participação ativa do casal. Um dos maiores desafios é que aprendam a eliminar as ideias preconcebidas, os juízos precipitados e a superficialidade na análise dos problemas. Chamados a refletir sobre situações concretas, relatadas em casos propostos, o casal adquire a habilidade para olhar para a realidade da vida familiar e conjugal com serenidade. Aqueles que desejarem e se dedicarem a isso descobrirão que a felicidade própria, do seu cônjuge e filhos é um dom muito precioso. Portanto, não é possível improvisar. O mundo em que vivemos exige dos pais um profissionalismo maior que aquele que se espera num mercado de trabalho extremamente competitivo. Muito se fala atualmente em novos modelos de família. Penso que dentre eles deveríamos incluir – e em posição de destaque – a mesma família constituída sobre o compromisso forte, solene e duradouro de um homem com uma mulher. A sua eficácia não mais estará assegurada pela autoridade de nenhum deles, mas na harmonia que saberão estabelecer como fruto de um diálogo eficiente e proativo. E o resultado disso será, com toda certeza, a construção de lares luminosos e alegres, edificados com sacrifício, zelo e perspicácia por homens e mulheres que sabem estabelecer metas ousadas e têm a valentia de lutar para alcançá-las. |
domingo, 16 de outubro de 2016
REPENSANDO A VIDA
REPENSANDO A VIDA
As vezes nos achamos a pior pessoa do mundo e até, achamos que não merecemos o melhor da vida e aí , nos condenamos por algo que fizemos ou por que não deu certo aquilo que tanto queríamos ou planejamos e tudo foi por terra. E aí nos perguntamos, por que? porque não deu certo isso ou aquilo? Por que só comigo acontece isso. ou , porque eu sou assim? por que eu não tomo a devida solução? porque , porque, porque, há esses porques, sempre nos atormentando.
Isso não é de tudo ruim acredite. Isso só nos lembra que se você esta percebendo que tem algo de errado é porque você já está vendo uma luzinha bem, lá no final do túnel e que esse chamado fim do túnel pode ser o começo de uma nova jornada e muito interessante em sua vida, por que você está sentindo, persentindo, a bem da verdade que você esta pensando e repensando , usando os pesos e medidas da sua vida e dizendo o seguinte isso não esta bom não está certo, preciso mudar dar outro rumo Eu preciso mudar e pra melhor.
E quando você presente que algo não está andando como você gostaria que estivesse. Parabéns
Isso significa que você, despertou , abriu os olhos pra você mesmo, está se olhando, se corrigindo, se vigiando, se valorizando.
Porque quando alguém se alto analisa significa que chegou a hora de mudar de direção no sentido de sua alto valorização,de se amar de verdade como pessoa que você é, um ser humano digno de amor, carinho , atenção e principalmente fortalecer a sua espiritualidade como um todo. Porque todos nos precisamos conhecer, saber como somos importante para o pai o nosso criador e qual a função de cada ser humano, cada espirito vivente aqui na terra,.
Doação doação devemos doar o que de melhor temos dentro de nosso coração. Vamos refletir sobre nos mesmos e valorizar o que temos ao nosso alcance e não só reclamar, valorizar tudo que temos, que possuirmos com nosso esforço, mas se podermos ajudar a um irmão por que não? MAS lembre-se sempre ajudar sem pensar no futuro, ajudar no agora, puro e simplesmente para amenizar o sofrimento de alguém, naquele momento e por que seu coração humano sentiu a necessidade de auxiliar um irmão.
E lembre-se o que a mão direita dar a mão esquerda não precisa saber. quem doa não faz publicidade de suas ações apenas Deus enxerga a magnitude das suas ações. Mudanças de habito caridade, amor é o que a humanidade precisa. Liah conceição 16/10/16.
Primavera
Primavera
Cecília Meireles
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.
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