Reza da família – a versão completa da oração de proteção
A “reza da família” é uma versão mais completa da primeira reza. Porém, dessa vez a oração para proteger a família também pede graças e preces à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
“Senhor, nosso Deus e nosso Pai, nós vos louvamos pela família que temos e agradecemos vossa presença em nosso lar. Iluminai-nos para que sejamos capazes de assumir nosso compromisso com vosso filho Jesus vossa palavra e vosso mandamento de Amor, a exemplo da família de Nazaré.
Concedei-nos a capacidade de compreendermos nossas diferenças, para nos ajudarmos mutuamente, perdoarmos nossos erros e viver felizes. Ensinai-nos a partilhar o que temos com os mais necessitados e empobrecidos, e dai-nos a graça de aceitar com fé e serenidade a doença e a morte quando se aproximarem de nossa família. Ajudai-nos a respeitar e incentivar a vocação de nossos filhos quando quiserdes chamá-los para vosso serviço.
Que em nossa família reine a confiança, o diálogo, a fidelidade, o respeito mútuo, para que o amor se fortifique e nos una cada vez mais. Permanecei em nossa família, Senhor e abençoai nosso lar. Daí a nossos filhos pureza e santidade e concedei a eles a graça de superar os vícios que destroem a vida e a paz.
Senhora aparecida, vós que sois Mãe e rainha do povo Brasileiro, abençoai nossa famílias, guardai-nos no caminho de Jesus, vosso filho e voltai para nós vosso olhar carinhoso de mãe, hoje e sempre. Amém!”
“Se os seus atos e a sua
profissão são orientados pelo sincero desejo de servir ao próximo, você será
infalivelmente abençoado por Deus. Se deseja ser amado, pode ser que não
consiga receber amor, pois é um desejo egoísta querer arrebatar o amor para si.
Se, porém, você passar a ter sentimento de amar, será certamente amado por essa
pessoa (ou senão por uma outra). “Amar para ser amado” não é o certo, e seu
resultado será pequeno, pois coloca em primeiro plano o interesse próprio.
Experimente amar com toda a pureza, abandonando o mínimo pensamento
interesseiro, para ver o que acontece.”
Que sua tarde seja tranquila, e abençoada confie no Senhor e Salvador Jesus. Quando depositamos nossa confiança em Deus não tem como dar errado, o que vem para nos derrubar, acaba caindo. Eu creio no poder da oração, eu creio no Deus de milagre, eu creio e declaro sua libertação, sua cura e suas bênçãos no no nome Poderoso do Salvador de nossas vidas Jesus.
Terceiro olho – Conheça seus benefícios quando aberto e efeitos colaterais
O terceiro olho está localizado bem no centro do nosso cérebro e tanto a comunidade científica quanto a espiritual concordam que ele funciona como um poderoso centro transmissor e receptor de informações. Mas quais informações seriam essas?
O que é o terceiro olho?
Segundo os especialistas, o terceiro olho nada mais é que a nossa glândula pineal, que é tão pequena quanto uma ervilha e tem o formato de uma pinha, de onde vem o nome pineal.
Além disso, depois de anos de estudos, cientistas constataram que essa glândula é formada por pequenos cristais de um minério chamado apatita, que também pode ser facilmente encontrado na natureza.
A principal propriedade da apatita é a captação de campos eletromagnéticos e é justamente dessa forma que ocorrem as interações com o plano espiritual.
Por isso, o terceiro olho está intimamente ligado à intuição, à espiritualidade e à percepção de eventos metafísicos.
Pessoas que contam com a sua mediunidade desenvolvida possuem maior quantidade de cristais de apatita na glândula pineal do que as demais pessoas, assim captam com mais facilidade as interferências divinas.
No universo espiritual e esotérico, três bons exemplos de pessoas que possuem o terceiro olho ativado e o utilizam bastante são os clarividentes, os videntes e osmédiuns.
No entanto, a função do terceiro olho se assemelha muito a de um radar, captando informações e trabalhando em conjunto com outras áreas do cérebro para que estes dados possam ser compreendidos.
Ou seja, não é o terceiro olho que interpreta a informação captada, mas sim outras áreas do cérebro, como o córtex frontal.
Qual o significado espiritual do terceiro olho?
Para a espiritualidade, o significado do terceiro
O terceiro olho também é considerado o detentor da sabedoria, sendo responsável pelo desenvolvimento do autoconhecimento.
Chakra do terceiro olho
O funcionamento do terceiro olho está estreita e profundamente ligado à atuação de dois dos mais importantes centros energéticos humanos: os chakras ajna, localizado entre nossas sobrancelhas, e o sahashara (coronário), localizado no topo da cabeça.
Estes doischakrastêm por função captar e transmitir energias vitais. Eles costumam revelar informações espirituais e influenciar algumas de nossas ações e escolhas mais importantes.
O ajna chakra é responsável pela clarividência, mediunidade e criatividade e o sahashara chakra cuida do reabastecimento das energias cósmicas e forças espirituais.
O terceiro olho, por meio destes chakras, funciona como uma ponte que nos mantém conectados ao plano espiritual, representando Deus dentro de cada um de nós e influenciando nossas expressões artísticas e intelectuais.
O que acontece se abrir o terceiro olho?
A abertura do terceiro olho traz benefícios e alguns efeitos colaterais.Você será capaz de se comunicar com outras dimensões, poderá ouvir ou até mesmo ver espíritos, sentir a energia dos ambientes e das pessoas e visualizar almas.
No entanto, poderá sentir também algumas sensações físicas desconfortáveis, como ter sonhos perturbadores, dores de cabeça, pressão entre as sobrancelhas, confusão de pensamentos, hipersensibilidade visual.
Basicamente para cada ponto positivo, há um ponto negativo. Confira no quadro abaixo alguns exemplos:
O que acontece se abrir o terceiro olho?
Pontos positivos
Pontos negativos
Como contornar
Poder prever acontecimentos futuros em sonhos
Ter sonhos e pesadelos vívidos e aterrorizantes
Meditar antes de dormir e manter um diário de sonhos
Intuição apurada
Saber o que vai acontecer, principalmente se for algo negativo, pode ser um pouco assustador no começo
Tenha em mente que prever situações ruins irão te ajudar a tomar melhores decisões
Realizar viagem astral
As viagens astrais acontecem de maneira mais frequente e em momentos imprevisíveis
Aprender a dominar a viagem astral e ter consciência de que você não pode ficar presa fora do seu corpo
Ver tudo de forma mais nítida e as cores mais vibrantes
Hipersensibilidade à luz
Limite sua exposição ao sol e vá saindo de casa gradualmente. Também é interessante fazer exercícios para equilibrar o sexto chakra
Perda total do medo
Se colocar em situações de perigo por se sentir invencível
Não contar somente com a intuição; usar também a razão para ter certeza que determinada escolha deve ser feita
Como abrir o terceiro olho?
Existem inúmeros exercícios que irão te ajudar a ativar sua glândula pineal e abrir seu terceiro olho. Entre eles, estão:
Meditar;
Realizar exercícios de imaginação visual;
Buscar ajuda espiritual;
Fazer orações pedindo a abertura do terceiro olho;
Muitas pessoas, após abrirem seu terceiro olho, sentem que sua intuição está hiperativa e que seu dom está um pouco fora de controle, sofrendo mais com os efeitos colaterais do que com os benefícios de sua mediunidade.
Nestes casos, é possível fechar o terceiro olho, assim como silenciar qualquer um dos sete chakras do corpo.
Um exercício que ajuda a fechar o sexto chakra é imaginá-lo como uma janela. Para isso, sente-se confortavelmente e comece a meditar, ficando alguns minutos em silêncio, somente se concentrando em sua respiração.
Quando sentir que começou a entrar em um estado meditativo, concentre-se no ponto entre as suas sobrancelhas. Imagine que exista aí uma janela brilhante que está totalmente aberta, permitindo que tudo passe por ela.
Você pode imaginar um vendaval entrando por essa janela ou uma corrente de água invadindo sua mente e corpo.
No entanto, não deixe que tudo o que está entrando por essa janela fique alojado em sua psique. Vá direcionando a água, o vento ou outro elemento para baixo, passando pelos demais chakras, até sair por seus pés.
Deixe que tudo que você está visualizando entrando pelo seu terceiro olho flua por todo o seu corpo até sair totalmente de dentro de você.
Vai chegar um momento em que você se sentirá mais calma e leve, sentindo necessidade de fechar essa janela e escurecer sua mente.
Imagine então a janela do seu sexto chakra se fechando por alguns minutos, até sentir que tudo está onde deveria estar.
Onde procurar ajuda para problemas relacionados ao terceiro olho?
Caso você encontre dificuldades para abrir ou fechar seu terceiro olho sozinha, sentindo-o bloqueado ou hiperativo, saiba que existem diversos profissionais e terapias holísticas que podem te ajudar.
Uma boa opção é realizar yoga kundalini para trabalhar todos os seus sete chakras de baixo para cima. Assim, você conseguirá equilibrá-los.
Por isso, caso opte pela yoga kundalini, você precisará realizar sete aulas, trabalhando um chakra por aula, para atingir seu objetivo final: fechar ou abrir seu terceiro olho. Infelizmente não é possível equilibrar os chakras trabalhando apenas o sexto.
Outra alternativa é curar seu sexto chakra por meio do Reiki. Essa terapia irá trabalhar sua energia vital invisível, estimulando seu terceiro olho.
Você ainda pode obter ajuda fazendo uma consulta com um dos especialistas do Astrocentro. Nossos videntes já passaram por esse processo de abertura do terceiro olho e poderão te orientar sobre as melhores práticas, contando o que funcionou ou não para eles e como fizeram para controlar ou se acostumar com seus poderes mediúnicos.
Em seguida, escolha aquele com o qual você mais se identifica. Se você clicar na foto do esotérico, irá abrir um perfil detalhado sobre ele, com informações como:
Formação;
Especialidade;
Experiência;
Qualificações;
Entrevistas dadas à imprensa;
Comentários de outras clientes;
Percentual de satisfação;
Tipos de atendimento oferecidos pelo profissional: chat, telefone, e-mail.
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Médium espiritual:
dom ou habilidade? Descubra!
Um médium espiritual é aquela pessoa muito especial que consegue se comunicar com espíritos, seres de luz e outras entidades que não enxergamos ou ouvimos. Pode parecer um pouco assustador, mas na verdade é um dom maravilhoso, que ajuda muitas pessoas.
O dom para ser médium espiritual é tão antigo quanto a própria humanidade. Personagens icônicos como os profetas bíblicos ou mesmo a heroína francesa e santa católica Joana d’Arc eram médiuns espirituais, o que mostra que a mediunidade é algo presente ao longo de toda a história. Mas, afinal de contas, o que faz de uma pessoa um médium espiritual?
Segundo a definição da Federação Espírita do Estado de São Paulo, “O médium espiritual atua como intermediário entre o plano físico e o plano dos espíritos. A troca mediúnica se dá por meio do pensamento, tratando-se de uma conexão mental estabelecida entre o espírito comunicador com a alma do médium receptor, ou médium espiritual.”
A seguir, saiba como descobrir se você é médium espiritual, como desenvolver sua sensibilidade e também como se consultar com um médium espiritual de confiança pela internet. Vamos lá?
Médium espiritual: quem possui esse dom?
“A capacidade para ser médium espiritual é algo inerente a qualquer pessoa.” Quem afirmou isso foi o próprio fundador do espiritismo e maior estudioso da mediunidade que já existiu, Allan Kardec.
Em sua obra mais famosa, O Livro dos Médiuns, escrita no ano de 1862, Allan Kardec consolidou sua ideia de que a aptidão para ser médium espiritual não se restringia apenas a poucos indivíduos de sorte. Ele dizia que a faculdade para ser médium espiritual era abrangente e irrestrita, e que “Qualquer pessoa que sinta a influência dos espíritos, em qualquer grau de intensidade, é por si só um indivíduo médium espiritual”.
Ou seja, se você deseja desenvolver sua espiritualidade e tornar-se um médium espiritual, saiba que isso é possível, sim!
O que é preciso para ser médium espiritual?
Ainda de acordo com os estudos de Allan Kardec, todos os seres humanos são suscetíveis à influência dos espíritos, sendo que, segundo ele, muitas vezes esta influência é maior do que nós mesmos imaginamos, porque frequentemente são os espíritos que nos guiam e dirigem nossas vidas.
Porém, Allan Kardec frisa que para ser um médium espiritual é necessário demonstrar a interação com os espíritos por meio do que ele chamava de “efeitos patentes com certa intensidade”, que independem de fé ou religião.
Estes “efeitos patentes de certa intensidade” que atestam que certa pessoa é de fato médium espiritual, são os seguintes:
psicofonia (médium falante),
psicografia (mensagens transmitidas pela escrita),
clariaudiência (aqueles que ouvem a voz dos espíritos)
clarividência (aqueles que são capazes de ver os espíritos).
Como é o trabalho de um médium espiritual?
O médium consegue canalizar mensagens do mundo espiritual, seja através de mensagens que ele ouve, imagens, sonhos ou cartas psicografadas. Eles podem entrar em contato com parentes falecidos, seres de luz e outros espíritos mais evoluídos, que costumam ser seus mentores.
Pense da seguinte forma: é como se o mundo espiritual fosse conectado e um espírito mentor de um vidente pudesse entrar em contato com o seu eu superior ou anjo da guarda e assim, passar mensagens e recados.
O trabalho de um médium espiritual é muito complexo e intenso. Só experimentando para entender sua profundidade – mas se você está naquela fase de tomar muitas decisões, ou anda em um momento negativo, com muita coisa errada acontecendo, o médium pode ser o seu grande aliado.
Isso porque o trabalho de um médium vai muito além das previsões sobre o futuro. Mais do que isso, o especialista trará conselhos valiosos do mundo espiritual, assim como caminhos a seguir, orações e rituais que poderão ajudá-la a reencontrar o equilíbrio que tanto precisamos em momentos de dificuldade.
"Está preparada para saber tudo sobre o terceiro olho? Saiba que vamos matar a sua curiosidade com essa pequena aula sobre o sexto chakra, também conhecido como Ajna.
Você que já tem a intuição aguçada e quer melhorar o seu sexto sentido, saiba que o terceiro olho é responsável por esses vislumbres cósmicos.
Acredita-se que esse chakra está localizado no centro da testa, entre as sobrancelhas. Além disso, seria responsável pela percepção extra sensorial, consciência e comunicação espiritual.
Muitos acreditam que abrir o terceiro olho pode ajudar a ter mais sabedorias, ficar mais sensível aos sinais, ter maior percepção das coisas e ter uma profunda e completa imersão no mundo espiritual.
Em muitas culturas, a glândula pineal é reverenciada como parte da conexão com os deuses. Inclusive, podemos ver comparativos do desenho do Olho de Hórus com a localização da Glândula Pineal.
Dessa forma, não podemos descartar a conexão entre essa importante glândula com o que é vivenciado após a abertura do terceiro olho.
Tudo sobre o terceiro olho: perguntas e respostas
Como abrir o terceiro olho?
Não existe apenas uma forma, mas várias! Você pode escolher a que mais lhe agrada e combina com seu modo de viver. Espera-se que pessoas que já tenham uma caminhada espiritual procurem fazer isso.
Se você ainda é muito jovem no campo espiritual, pode começar se nutrindo de conhecimento antes de partir nessa caminhada de abertura do terceiro olho. Afinal, como já ouvimos um super herói falar, grandes poderes geram grandes responsabilidades.
Mas antes de começar os exercícios listados abaixo, lembre-se de que o ideal é ter todos os outros chakras alinhados e em equilíbrio. Dessa forma é mais fácil de conseguir esse contato direto com o divino. Veja abaixo o que pode ser feito para abrir o terceiro olho.
Meditação: ajuda a eliminar a ansiedade e a ter foco. Além disso, faz com que os chakras fiquem alinhados e você consiga ficar ,ais sensível aos estímulos do universo;
Exercícios físicos: aumente a sua consciência corporal por meio de práticas físicas, como yoga.
Visualização de imagens: esse é um ótimo exercício para quem é mais visual. Pense em uma aura de energia dourada envolvendo seu corpo e entrando em você pelo terceiro olho. Em seguida, visualize esse terceiro olho se abrindo e banhando seu corpo com uma luz muito clara e protetora. Imaginar a abertura desse chakra é fundamental para estimular o desbloqueio;
Orientação espiritual: a medida que vamos crescendo, traumas vão se acumulando e isso impede a elevação espiritual. Dessa forma, procure orientação de algum guia ou esotérico para que livre seu corpo e sua alma dessas feridas adquiridas;
Entoe mantras: não importa qual seja, o que importa é que ele seja um som grave e contínuo. Os sons graves estimulam a glândula pineal que tem uma importante ligação com o terceiro olho.
Quanto tempo demora para abrir o terceiro olho?
Essa é uma pergunta recorrente. Tudo depende do seu esforço e do quanto você está conectado com o próprio corpo e com o universo.
Além disso, a abertura exige um esforço constante para manter todos os chakras alinhados, o corpo saudável e um querer verdadeiro para ter essa conexão com o divino.
Por isso, nada de pressa. Cuide do seu corpo, mente e espírito para que tudo esteja em ordem na hora de ativar o Ajna.
O que acontece quando abrimos o terceiro olho?
Muitas pessoas nos perguntam o que acontece quando abrimos o terceiro olho. Saiba que ao ativar o Ajna você estabelece uma conexão com o divino. Além do mais, a criatividade vem com força total junto com a imaginação. Veja o que mais pode acontecer:
Todos os sentidos ficam aguçados: os sabores parecerão mais intensos, a pele mais sensível, as cores parecerão mais vívidas e você perceberá sons diferentes. Mas não fique imaginando que seja algo perto de uma alucinação, com cores super saturadas, sons altos, pele arrepiada a todo instante… Não é assim que funciona. Tudo é muito sutil;
Mais sensível a luz e cores vibrantes: como falamos no item anterior, você tem estará com os sentidos aguçados, logo, uma super estimulação como luz e cores vibrantes podem incomodar;
Conexão com a vida e o universo: Ao ter o terceiro olho ativo, você tem uma preocupação e conexão com o mundo muito elevada. Você percebe as coisas com mais rapidez e compreende os sinais enviados. Por isso muita gente associa a clarividência;
Seu corpo vira um templo: se era difícil manter a saúde e a alimentação saudável em dia, agora isso não será mais um problema. Sua consciência corporal estará aflorada e você se preocupará em nutri-lo da melhor forma;
Desconforto entre as sobrancelhas: algumas pessoas ficam tão sensíveis que sentem uma leve dor de cabeça ou pressão entre as sobrancelhas. Isso se deve ao grande estímulo recebido e ao nível de energia circulando.
Até aqui você descobriu quase tudo sobre o terceiro olho, agora só falta saber se qualquer pessoa pode fazer isso.
Quem tem o terceiro olho?
Todas nós temos o terceiro olho e também possuímos o potencial de abertura. No entanto, nem sempre estamos preparadas para fazer isso. Por mais que o nosso desejo de elevação espiritual seja grande, é necessário “preparar o campo” para plantar essa semente.
Cuide do seu corpo, mente e espírito para começar essa incrível jornada. E se precisar de apoio, pode contar com a ajuda de nossos especialistas.
Agora, sim! Você sabe tudo sobre o terceiro olho para começar essa caminhada. Procure sempre ler e estudar mais, pois cada etapa tem suas particularidades. Aqui, você encontrou o básico para começar."
“Senhor nós vos louvamos pela nossa família e agradecemos a vossa presença em nosso lar. Iluminai-nos para que sejamos capazes de assumir nosso compromisso de fé na igreja e de participar da vida de nossa comunidade. Ensinai-vos a viver a vossa palavra e o novo mandamento do amor.
Concedei-nos a capacidade de reconhecer nossas diferenças de idade, de sexo, de caráter, para nos ajudarmos mutuamente, para nos perdoarmos às fraquezas, compreendermos nossos erros e vivermos em harmonia. Dai-nos, Senhor, boa saúde, trabalhos com salário justo e um lar onde possamos viver felizes.
Ensinai-nos a tratar bem os mais necessitados e pobres e dai-nos a graça de aceitar com fé a doença e a morte, quando se aproximarem de nossa família. Ajudai-nos a respeitar incentivar a vocação de cada um e também daqueles que Deus chamar a seu serviço. Que em nossa família, Senhor e abençoai nosso lar e sempre. Amém.”
Cientistas investigam como espiritualidade pode ajudar a saúde do corpo
Daniele Madureira
De São Paulo para a BBC News Brasil
Raiva, rancor, orgulho, medo, egoísmo. Sentimentos comuns a todos os seres humanos podem estar no cerne de boa parte das doenças enfrentadas pela humanidade, segundo a própria medicina. Várias instituições no Brasil e no mundo vêm se dedicando a estudar até que ponto a saúde do indivíduo é influenciada, literalmente, pelo seu estado de espírito.
No país, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o Instituto de Psiquiatria (IPq) da USP, por meio do Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (Proser), e a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com o Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (Nupes), têm investigado o quanto a espiritualidade (não necessariamente a religiosidade) do paciente auxilia na cura de doenças físicas e psíquicas - que podem ser agravadas a partir de sentimentos ruins e pensamentos destrutivos.
Nos Estados Unidos, grandes instituições de ensino como a Escola de Medicina de Stanford, as Universidades Duke, a da Flórida, a do Texas e Columbia mantêm centros de estudos exclusivos sobre o assunto, assim como a Universidade de Munique, na Alemanha, a de Calgary, no Canadá, e o Royal College of Psychiatrists, no Reino Unido. Para os centros de pesquisa, há um conjunto de evidências que indicam que diversas expressões da espiritualidade têm impacto significativo na saúde e no bem-estar, associadas a menores níveis de mortalidade, depressão, suicídio, uso de drogas, ou mesmo internações e medicamentos.
As instituições ressaltam que espiritualidade é diferente de religião: em tese, uma pessoa religiosa é espiritualizada; mas alguém espiritualizado não necessariamente segue uma religião - e pode até não acreditar em Deus. A espiritualidade estaria ligada à busca pessoal de um propósito de vida e de uma transcendência, envolvendo também as relações com a família, a sociedade e o ambiente.
Perdão e gratidão no controle da pressão arterial
"A espiritualidade é um estado mental e emocional que norteia atitudes, pensamentos, ações e reações nas circunstâncias da vida de relacionamento, sendo passível de observação e mensuração científica", diz o médico Álvaro Avezum Júnior, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), professor do centro de cardiopneumologia da USP e do programa de doutorado do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.
Segundo ele, a espiritualidade é expressa através de crenças, valores, tradições e práticas. "Quem tem menos disposição ao perdão está mais disponível a enfrentar enfermidades coronárias", diz o especialista, que também é diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Da mesma maneira, diz, a raiva acumulada pode levar à diabetes.
Avezum é um dos principais estudiosos do país da relação entre espiritualidade e saúde. Esteve à frente da iniciativa da SBC em publicar, há dois anos, as Diretrizes Brasileiras Sobre Espiritualidade e Fatores Psicossociais, que integram o conjunto de prevenção cardiovascular. "A SBC foi a primeira sociedade de cardiologia do mundo a associar enfermidade moral a doença cardíaca, a partir de evidências científicas", diz.
Segundo ele, com intervenções baseadas em perdão e gratidão é possível controlar, por exemplo, a pressão arterial. "Mas não um perdão condicional, que mantém o ressentimento, e sim um perdão emocional, que muda o que se sente em relação ao agressor", afirma.
João Fellet tenta entender como brasileiros chegaram ao grau atual de divisão.
Episódios
Fim do Podcast
Agora seus estudos buscam ir além e entender a origem da doença. "Queremos mostrar que é possível prevenir a doença tratando a espiritualidade primeiro, por meio do perdão e da gratidão, além de reforçar outras atitudes positivas como solidariedade, compaixão, humildade, paciência, confiança e otimismo", diz ele, que não se importa com eventuais céticos no meio científico. "Se alguém diz que isto não é ciência está sendo dogmático, porque escolhe o que investigar".
Até 2019, antes da pandemia do novo coronavírus, as doenças cardíacas eram a principal causa de morte entre adultos no Brasil. Foram 116.766 óbitos em 2019 relacionados aos males do coração, informa o Ministério da Saúde. Segundo Avezum, já existem artigos e estudos sobre espiritualidade e covid-19 no mundo (eram 110 até o último dia 25 de abril, segundo registros do buscador PubMed, da National Library of Medicine, dos Estados Unidos). Mas os resultados ainda são inconclusivos, diz.
"Para combater o coronavírus, o melhor é não se expor e se valer da religiosidade e da fé para enfrentar os desafios do isolamento social", afirma.
"Vou morrer, doutor?"
O interesse de Avezum no tema começou com o trabalho da médica americana Christina Puchalski que, desde 1996, procura inserir o componente espiritual no cuidado com os pacientes. Christina dirige o Instituto George Washington para Espiritualidade e Saúde (GWish), da Universidade George Washington. Ela defende que os médicos levantem o histórico espiritual do paciente para entendê-lo de forma integral. O objetivo é identificar as crenças e valores que realmente importam ao indivíduo, e como isso atua na forma como ele lida com a doença.
"Se o paciente acredita que a meditação o acalma, o médico deve ter essa informação em mãos e recomendar que ele mantenha a prática, ao mesmo tempo em que toma a medicação", diz o médico Frederico Leão, coordenador do Proser do IPq. "É preciso adotar a prática espiritual que esteja em harmonia com as crenças de cada um, porque isso vai contribuir para o tratamento".
Pesquisar o impacto dessas práticas na saúde mental dos pacientes é o foco do IPq, que também promove cursos sobre como o abordar o tema nos consultórios.
Segundo Leão, até o início dos anos 2000, os médicos tinham muito receio em falar sobre o assunto, mesmo sendo o Brasil um país onde mais de 80% da população se declara cristã. "Muitos não sabiam - e talvez ainda não saibam - como fazer essa abordagem", diz ele. "É o caso do cirurgião que, antes da cirurgia, pede para rezar um Pai Nosso com toda a equipe e o paciente questiona: 'Por que isso, doutor, vou morrer?'".
Leão destaca as pesquisas do psiquiatra americano Harold Koenig, da Universidade Duke, para quem negligenciar a dimensão espiritual do paciente é como ignorar o seu aspecto social ou psicológico, ou seja, ele não é tratado de forma integral. "Koenig constatou que o pensamento positivo, a meditação e a oração não afetam só a mente, mas o organismo como um todo", afirma Leão, para quem essas práticas se tornam ainda mais essenciais em tempos de pandemia do novo coronavírus. "Só os muito alienados não estão revendo seu padrão de vida neste momento".
Pânico e ressentimento
Helma Gonçalves do Nascimento Martins acordou se sentindo estranha naquela sexta-feira, 8 de janeiro. Aos 48 anos, a fisioterapeuta achou que a dor e o cansaço eram resultado do treino cardiovascular feito na véspera. Mas os sintomas do novo coronavírus vieram com força. "Tive febre, dor no corpo, perda de olfato, era um sintoma novo a cada quatro horas", diz. "Me faltava ar até para tomar um copo d'água". Com o marido e a filha caçula em casa, ela se isolou no quarto da criança. E aí teve início o pior dos sintomas: o pânico.
"A ansiedade bateu muito forte, era o medo da morte a todo instante, não conseguia pensar em outra coisa, achava que eu não ia aguentar", diz ela, que foi monitorada pelo seu médico durante os 14 dias de tratamento. "Ele me dizia: 'Estou 100% com você, a gente vai vencer este vírus', e eu procurava acreditar. É uma doença em que você sente a morte ao seu lado e precisa estar sozinha".
O pior da covid-19 passou nos primeiros dez dias. Mas os sintomas continuaram por mais de um mês. "Eu sentia uma fraqueza muscular imensa, tontura", diz.
O tratamento com remédios foi encerrado e Helma começou a ser atendida pela tia do marido, uma terapeuta holística. Ela lhe aplicava massagens e passes de reiki. "Aquilo fortaleceu o meu espírito. Comecei a me sentir bem melhor e um mês depois já voltei a trabalhar o dia todo", afirma. Evangélica, ela acredita que a espiritualidade a ajudou na recuperação. "Você quer lutar, quer sobreviver e vem uma força, que você não sabe bem de onde, e te ajuda a buscar a luz em meio ao pânico, a superar os sentimentos ruins". Para ela, suas doenças foram agravadas pelo seu estado emocional. "Três meses antes do coronavírus, em outubro, sofri uma angina, um pré-infarto. Enfrentava uma crise conjugal e não conseguia perdoar. Depois, passei a ficar desesperada em relação ao futuro, ao trabalho, por conta da pandemia. A falta de perdão e de fé me abalaram demais".
O psicólogo Laerson Cândido de Oliveira ressalta o valor do amor, da oração, da positividade e da fé no futuro. "Costumamos ter muita solidariedade em relação a quem está distante de nós, a quem não conhecemos, mas somos incapazes de perdoar as menores faltas cometidas por pessoas do nosso convívio", diz ele, que dirige o Instituto Espírita Cidadão do Mundo (IECIM), em São Paulo.
Segundo ele, o ódio e o ressentimento aprisionam o indivíduo, levando-o a um estado doentio, enquanto o medo e o egoísmo paralisam impulsos positivos, no sentido de auxílio ao próximo.
Contra o negacionismo
As práticas de massagem (ayurveda) e reiki, usadas por Helma no tratamento das sequelas da covid-19, integram a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPICs), adotada em 2006 pelo Ministério da Saúde. Hoje, a PNPICs engloba 29 recursos terapêuticos - muitos baseados em conhecimentos tradicionais como acupuntura, ioga, meditação, fitoterapia, homeopatia e quiropraxia, e outros mais recentes, como ozonioterapia e biodança. Atualmente, são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 54% dos municípios do país.
A adoção da PNPICs segue orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, em 1988, incluiu a dimensão espiritual no conceito de saúde multidimensional. Para a organização, espiritualidade é "o conjunto de todas as emoções e convicções de natureza não material, com a suposição de que há mais no viver do que pode ser percebido ou plenamente compreendido, remetendo a questões como o significado e sentido da vida, não se limitando a qualquer tipo específico de crença ou prática religiosa".
"A PNPICs pode fazer a grande diferença para a saúde da população, ao valorizar o conhecimento tradicional, as culturas regionais, amparada no aculturamento espiritualista, sobretudo a um baixo custo", diz o neurocientista Sérgio Felipe de Oliveira. "É a possibilidade de diálogo com a população", prossegue ele, para quem o diálogo entre ciência e espiritualidade nunca foi tão urgente.
"A ciência não pode se fechar em cima de si mesma, em um conhecimento hermético. Ela precisa ouvir e conversar com a população. Senão, quando nós precisamos da ciência, o povo não ouve. Aí surgem o negacionismo e as fake news", diz ele, que entre 2007 e 2014 ministrou a disciplina optativa Medicina e Espiritualidade na Faculdade de Medicina na USP.
Para Sergio Felipe, é fundamental que o médico crie uma relação de empatia com o paciente. "Tanto o povo brasileiro quanto o americano são religiosos, acreditam na força da oração e na proteção de Deus. O médico precisa valorizar a dimensão espiritual do paciente para integrá-la ao tratamento", afirma.
É neste sentido, por exemplo, que o médico deve explicar que o paciente não pode estar estressado quando for tomar o medicamento, porque a adrenalina vai atrapalhar a sua eficácia. "O estado de espírito do indivíduo interfere na farmacocinética, ou seja, na absorção e distribuição do remédio no organismo", diz. "Se a oração e a fé do paciente podem acalmá-lo, isso será importante para que a medicação surta efeito".
Risadas no centro cirúrgico
Na cabeça do médico, fazer a junção entre o material e o espiritual não é tão simples. "Somos treinados a observar a dimensão física do paciente e, para a maioria, é difícil aliar este conhecimento técnico com a espiritualidade", afirma a médica pediatra Carolina Camargo Vince. "É preciso ser cuidadoso na abordagem, para que o paciente não pense que a cura dele depende de um milagre", diz ela, que integra a equipe de oncologia pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto do Tratamento do Câncer Infantil do Hospital das Clínicas de São Paulo.
No dia a dia, Carolina costuma estender os cuidados à família da criança. "O diagnóstico de câncer afeta a saúde mental e emocional não só do paciente, mas das famílias, especialmente quando se trata de uma criança", diz ela. É comum em um primeiro momento haver um sentimento de revolta por parte dos pais, que se perguntam por que isso acontece com o filho deles, ou por que não foram eles o alvo da doença, no lugar das crianças, afirma.
"O câncer te coloca frente a frente com a questão da espiritualidade, é um momento de reflexão existencial", diz Carolina, para quem as crianças, em geral, desenvolvem sua espiritualidade de maneira plena. "Não passa pela cabeça delas desistir ou desesperar, elas vão procurar mecanismos dentro delas mesmas para se adaptar a um novo momento de vida, que envolve muitos remédios, picadas, desconfortos e às vezes longos períodos de internação".
Paciente de Carolina, Cora Grigio foi diagnosticada com leucemia quando tinha cinco anos e meio. "Para mim, até então, essa doença era sinônimo de morte", conta Patrícia Ferreira Silvério, mãe de Cora, que viu a filha encarar a situação com leveza.
"A Dra. Carol explicou para ela o que estava acontecendo de maneira didática e delicada", lembra. "E durante todo o tratamento, que durou dois anos e dois meses, minha filha só chorou uma vez". Espirituosa e alegre, Cora sempre gostou de se enfeitar para ir ao hospital, onde brincava com quem estivesse perto. "Deitada na maca, ela ia rindo com as médicas para o centro cirúrgico", lembra Patrícia, que hoje alimenta o Instagram da filha, uma modelo de 8 anos. "Ela começou a fazer campanhas quando ainda estava carequinha, tamanha a autoestima".
Mas para a mãe o processo nunca foi tranquilo. "Um dia, depois das primeiras sessões de quimioterapia, levei um susto quando um tufo de cabelo dela saiu na escova. Cora percebeu e começou a cantar para me alegrar", diz Patrícia. "Não aguentei e chamei meu marido, precisava chorar um pouco".
Para Patrícia, a doença da única filha foi capaz de lhe mostrar que ela não está no controle de tudo. "Eu sempre fui a que tomava a frente das coisas, a que resolvia tudo. Mas me deparei com algo que eu não conseguia resolver. Eu tinha que buscar paz para passar pelo sofrimento", diz ela, uma católica que se aproximou do espiritismo na época do tratamento de Cora.
Mentes perturbadas
A pediatra intensivista Cíntia Tavares Cruz sempre quis tratar do tema espiritualidade com as famílias, mas não sabia como abordar. Ao longo do seu curso de medicina na Universidade de Campinas (Unicamp), o mais perto que ela chegou do assunto foi quando aprendeu sobre ética e humanização.
"O paciente que chega à UTI está em colapso do corpo físico. Existe alto grau de incerteza, tudo sai do falso controle. Depois de resgatá-lo, é preciso tratar de questões que o levaram até ali e vão além do físico", diz ela, que só ouviu falar sobre espiritualidade quando se especializou em medicina paliativa. Voltada a doentes crônicos, a especialidade busca proporcionar ao paciente e sua família uma qualidade de vida integral, envolvendo físico, social, emocional e espiritual. "Neste sentido, as práticas integrativas fazem toda a diferença".
Na opinião da fisioterapeuta Juliana Faria do Nascimento, as PNPICs contribuem para o equilíbrio energético e permitem melhorar a imunidade do indivíduo. "Por isso, o Conselho Nacional de Saúde pediu que este tipo de tratamento não fosse interrompido durante a pandemia", diz ela, que trabalha em Adamantina (SP) e tem entre os seus pacientes diabéticos, hipertensos e portadores de doenças cardiovasculares que viram aumentar seu grau de ansiedade e estresse durante o confinamento. "Uma mente perturbada não consegue evoluir na parte física", afirma.
Cíntia Cruz concorda. "A adoção de práticas integrativas ajuda a desbloquear a espiritualidade do paciente. Isso não vai acabar com o seu sofrimento, mas vai ajudá-lo a lidar melhor com este momento difícil, ao sair da inércia e da vitimização", diz a pediatra, que trabalha como intensivista no Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, e como paliativista no Hospital das Clínicas.
Foi o que aconteceu com o pequeno Kaleb, de 10 anos. Vítima de sarcoma histiocítico, um tipo raro e agressivo de câncer, que se disseminou por todo o corpo, ele passou a ter contato no hospital com a meditação para controlar a dor. "Por vezes eu estava no quarto conversando com a médica e ele pedia silêncio para meditar", lembra a mãe de Kaleb, Fernanda Hochstedler.
"Deus não se esqueceu da gente"
Foi a segunda vez que Kaleb teve câncer. Na primeira, quando ele ainda tinha 8 anos, foi diagnosticado com leucemia. Se incomodou com a perda de cabelo, mas respondeu bem ao tratamento ao longo do primeiro ano. Um dia, porém, começou a sofrer com febres altas e persistentes. Uma investigação profunda levou ao diagnóstico de sarcoma.
"Foi muito difícil dizer a ele que surgiu um novo câncer e que ele precisava passar por um transplante de medula", diz Fernanda. "Dissemos a ele que não sabíamos o final da história, mas que ele jamais estaria sozinho e que Deus não se esqueceu da gente", diz ela que, com o marido e outros quatro filhos, segue a Igreja Internacional do Calvário, de origem canadense.
O transplante foi feito em novembro de 2019. As sessões intensas de quimioterapia levaram a uma reação no pulmão e ele voltou a ser internado em 3 de março do ano passado. "Quando surgiu a pandemia, fiquei o tempo todo com ele no hospital, passei quase um mês sem ver meus outros filhos", diz Fernanda. Para suprir em parte a falta dos irmãos, a quem Kaleb sempre foi apegado, a mãe sugeriu que eles fizessem novos amigos no hospital - alguns mantidos até hoje.
"Quando você foca na vida da outra pessoa, você cria empatia e transforma a sua própria perspectiva", diz ela. "Isso nos ajudou a lidar com as emoções e a não nos entregarmos ao desespero".
O momento de dor profunda, porém, chegou. Kaleb precisou ser entubado em abril e, em 12 de maio de 2020, faleceu. Dois dias antes, sem perspectiva de melhoras, Fernanda e o marido questionaram se os irmãos queriam se despedir de Kaleb. Todos concordaram. O garoto permanecia sedado, mas os irmãos conversaram com ele. "O meu caçula disse: 'Vá para casa, Kaleb. Nós vamos mais tarde'", lembra Fernanda, que chegou a colocar o filho já morto no colo. "Deixá-lo ir, depois de tanto sofrimento, trouxe muita paz", diz ela, para quem Deus se tornou muito mais real depois de toda a experiência. "É claro que houve dor e desespero, mas a fé nos permitiu não permanecer lá e voltarmos a viver".