Não se diga sem orientação na
tarefa do bem. Movimentando
providências inúmeras,
as leis da vida situam-nos, a todos,
cada instante, em linha certa para a
construção
do Reino de Deus.
É assim que você está colocado
com exatidão<
no dia certo,
no caminho certo,
no lugar certo,
na profissão certa,
no trabalho certo,
na experiência certa,
na posição certa,
na circunstância certa,
com a pessoa certa,
com os recursos certos.
No que respeita à direção da
Sabedoria Divina, tudo está certo
para que venhamos a realizar
o melhor, amando e perdoando,
aprendendo
e servindo.
A ação, porém, é nossa.
Desse modo, sentir errado, pensar
errado, decidir errado ou fazer
errado é problema
que corre por nossa conta.
Scheilla
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BENEFICÊNCIA
• A prática da caridade pura e desinteressada nos leva a socorrer o
irmão necessitado e nos liberta do egoísmo, tornando-nos felizes
neste mundo.
• Constitui-se, por isso, em dever, tanto para com o nosso próximo
como para nós mesmos.
• Praticando todo bem que estiver ao nosso alcance,
experimentamos as suaves alegria da paz interior e seguimos, mais
rapidamente, o caminho que nos conduz a Deus.
• Por mais pobres, imperfeitos e cheios de dificuldades que sejamos,
sempre podemos praticar a caridade.
• Ela nos faz conquistar a assistência dos bons espíritos e nos fará
instrumentos da misericórdia de Deus, para amenizar o sofrimento
de nosso irmão.
Como podemos praticar a caridade no nosso dia-a-dia?
Estendendo o nosso afeto, compreensão, paciência e perdão aqueles
com quem convivamos mais de perto, auxiliando sempre os irmãos
necessitados, não apenas com bens materiais, mas com as riquezas
do nosso coração.
S. Vicente de Paulo. (Paris, 1858)
Adolfo, bispo de Argel e João (Bordéus, 1861)
Cárita, martirizada em Roma e Um Espírito protetor (Lião, 1861)
Sendo a miséria do mundo tão grande, de que adianta uma ação
individual se não pode resolve-la?
Não se pode acabar com a miséria do mundo com uma pequena ação.
Mas, através dela, as dores de um infortunado podem ser minoradas, a
fome de um carente saciada, a solidão de um irmão atenuada.
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NATAL data em que todos se sentem motivados a abraçar, doar e a sentirem na pele que os irmãos precisam de algo, mais creio que essa motivação deve estar presente é em, os 365 dias do ano.
segue esta reportagem exemplo.
No Dia Mundial dos Doentes, Papa Francisco fala da caridade
O 23º Dia Mundial do Doente será celebrado nesta quarta-feira, 11 de fevereiro, festividade da Virgem de Lourdes
Atualizada em 09/02/2015 às 11:01
O 23º Dia Mundial do Doente será celebrado nesta quarta-feira, 11 de fevereiro, festividade da Virgem de Lourdes. Por ocasião da data, o Papa Francisco enviou mensagem, em que recorda ser preciso cuidar das pessoas doentes. “A caridade precisa de tempo. Tempo para cuidar dos doentes e tempo para os visitar. Tempo para estar junto deles”, disse Francisco.
A celebração foi instituída pelo Papa João Paulo II em 1992. A mensagem oficial foi divulgada pelo Vaticano em 30 de dezembro do ano passado.
Leia, na íntegra, o texto:
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O XXIII DIA MUNDIAL DO DOENTE
(11 DE FEVEREIRO DE 2015)
“Sapientia cordis. “Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo” (Jó 29, 15)”
Queridos irmãos e irmãs,
Por ocasião do XXIII Dia Mundial do Doente, instituído por São João Paulo II, dirijo-me a todos vós que carregais o peso da doença, encontrando-vos de várias maneiras unidos à carne de Cristo sofredor, bem como a vós, profissionais e voluntários no campo da saúde.
O tema deste ano convida-nos a meditar uma frase do livro de Jó: “Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo» (29, 15). Gostaria de o fazer na perspectiva da “sapientia cordis», da sabedoria do coração.
1. Esta sabedoria não é um conhecimento teórico, abstrato, fruto de raciocínios; antes, como a descreve São Tiago na sua Carta, é “pura (…), pacífica, indulgente, dócil, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem hipocrisia» (3, 17). Trata-se, por conseguinte, de uma disposição infundida pelo Espírito Santo na mente e no coração de quem sabe abrir-se ao sofrimento dos irmãos e neles reconhece a imagem de Deus. Por isso, façamos nossa esta invocação do Salmo: “Ensina-nos a contar assim os nossos dias, / para podermos chegar à sabedoria do coração» (Sal 90/89, 12). Nesta (sapientia cordis), Sabedoria do coração que é dom de Deus, podemos resumir os frutos do Dia Mundial do Doente.
2. Sabedoria do coração é servir o irmão. No discurso de Jó que contém as palavras “eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo», evidencia-se a dimensão de serviço aos necessitados por parte deste homem justo, que goza de uma certa autoridade e ocupa um lugar de destaque entre os anciãos da cidade. A sua estatura moral manifesta-se no serviço ao pobre que pede ajuda, bem como no cuidado do órfão e da viúva (cf. 29, 12-13).
Também hoje quantos cristãos dão testemunho – não com as palavras mas com a sua vida radicada numa fé genuína – de ser “os olhos do cego» e “os pés para o coxo»! Pessoas que permanecem junto dos doentes que precisam de assistência contínua, de ajuda para se lavar, vestir e alimentar com amor e carinho. Este serviço, especialmente quando se prolonga no tempo, pode tornar-se cansativo e pesado; é relativamente fácil servir alguns dias, mas torna-se difícil cuidar de uma pessoa durante meses ou até anos, inclusive quando ela já não é capaz de agradecer. E, no entanto, que grande caminho de santificação é este! Em tais momentos, pode-se contar de modo particular com a proximidade do Senhor, sendo também de especial apoio à missão da Igreja.
3. Sabedoria do coração é estar com o irmão. O tempo gasto junto do doente é um tempo santo. É louvor a Deus, que nos configura à imagem do seu Filho, que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão» (Mt 20, 28). Foi o próprio Jesus que o disse: “Eu estou no meio de vós como aquele que serve» (Lc 22, 27).
Com fé viva, peçamos ao Espírito Santo que nos conceda a graça de compreender o valor do acompanhamento, muitas vezes silencioso, que nos leva a dedicar tempo a estas irmãs e a estes irmãos que, graças à nossa proximidade e ao nosso afeto, se sentem mais amados e confortados. E, ao invés, que grande mentira se esconde por trás de certas expressões que insistem muito sobre a “qualidade da vida» para fazer crer que as vidas gravemente afetadas pela doença não mereceriam ser vividas!
4. Sabedoria do coração é sair de si ao encontro do irmão. Às vezes, o nosso mundo esquece o valor especial que tem o tempo gasto à cabeceira do doente, porque, obcecados pela rapidez, pelo frenesi do fazer e do produzir, esquece-se a dimensão da gratuidade, do prestar cuidados, do encarregar-se do outro. No fundo, por detrás desta atitude, há muitas vezes uma fé morna, que esqueceu a palavra do Senhor que diz: “a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40).
Por isso, gostaria de recordar uma vez mais a “absoluta prioridade da “saída de si próprio para o irmão”, como um dos dois mandamentos principais que fundamentam toda a norma moral e como o sinal mais claro para discernir sobre o caminho de crescimento espiritual em resposta à doação absolutamente gratuita de Deus» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 179). É da própria natureza missionária da Igreja que brotam “a caridade efetiva para com o próximo, a compaixão que compreende, assiste e promove» (Ibid., 179).
5. Sabedoria do coração é ser solidário com o irmão, sem o julgar. A caridade precisa de tempo. Tempo para cuidar dos doentes e tempo para os visitar. Tempo para estar junto deles, como fizeram os amigos de Jó: “Ficaram sentados no chão, ao lado dele, sete dias e sete noites, sem lhe dizer palavra, pois viram que a sua dor era demasiado grande» (Job 2, 13). Mas, dentro de si mesmos, os amigos de Jó escondiam um juízo negativo acerca dele: pensavam que a sua infelicidade fosse o castigo de Deus por alguma culpa dele. Pelo contrário, a verdadeira caridade é partilha que não julga, que não tem a pretensão de converter o outro; está livre daquela falsa humildade que, fundamentalmente, busca aprovação e se compraz com o bem realizado.
A experiência de Jó só encontra a sua resposta autêntica na Cruz de Jesus, ato supremo de solidariedade de Deus para conosco, totalmente gratuito, totalmente misericordioso. E esta resposta de amor ao drama do sofrimento humano, especialmente do sofrimento inocente, permanece para sempre gravada no corpo de Cristo ressuscitado, naquelas suas chagas gloriosas que são escândalo para a fé, mas também verificação da fé (cf. Homilia na canonização de João XXIII e João Paulo II, 27 de Abril de 2014).
Mesmo quando a doença, a solidão e a incapacidade levam a melhor sobre a nossa vida de doação, a experiência do sofrimento pode tornar-se lugar privilegiado da transmissão da graça e fonte para adquirir e fortalecer a sapientia cordis Sabedoria do coração. Por isso se compreende como Jó, no fim da sua experiência, pôde afirmar dirigindo-se a Deus: “Os meus ouvidos tinham ouvido falar de Ti, mas agora vêem-Te os meus próprios olhos» (42, 5). Também as pessoas imersas no mistério do sofrimento e da dor, se acolhido na fé, podem tornar-se testemunhas vivas duma fé que permite abraçar o próprio sofrimento, ainda que o homem não seja capaz, pela própria inteligência, de o compreender até ao fundo.
6. Confio este Dia Mundial do Doente à proteção materna de Maria, que acolheu no ventre e gerou a Sabedoria encarnada, Jesus Cristo, nosso Senhor.
Ó Maria, Sede da Sabedoria, intercedei como nossa Mãe por todos os doentes e quantos cuidam deles. Fazei que possamos, no serviço ao próximo sofredor e através da própria experiência do sofrimento, acolher e fazer crescer em nós a verdadeira sabedoria do coração.
Acompanho esta súplica por todos vós com a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 3 de Dezembro – Memória de São Francisco Xavier – do ano 2014.
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