sexta-feira, 20 de julho de 2018

A RECONCILIAÇÃO DESEJADA

Márcio, por motivos comerciais, acabou atraindo a ira de um ex-companheiro que passou a agredi-lo gratuitamente.
Correto nos seus negócios, se sentia muito incomodado com aquele ataque sem fundamentos.
Lembrava do ensinamento evangélico: Reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele, o que o levava a tentar se aproximar do ex-companheiro.
No entanto, aquele se mantinha distante, não aceitando nenhuma aproximação.
Todas as tentativas de contato telefônico resultaram infrutíferas.
Márcio começou a se entristecer por não conseguir seu objetivo. Não demorou muito e essas preocupações, alimentadas e realimentadas, acabaram por desencadear um processo de depressão.
Naturalmente, após algum tempo, sintomas de enfermidade se apresentaram.
Márcio procurou o médico, realizou exames e recebeu medicação.
As melhoras esperadas, contudo, não aconteceram.
Preocupado, a um amigo relatou os acontecimentos e disse que não se conformava com o fato de não poder resolver a situação.
O amigo o convidou a meditar a respeito do que lhe vinha ocorrendo. Invocando a exortação evangélica da reconciliação com o inimigo, lembrou que a orientação é de se buscar o adversário, oferecendo a harmonização.
Mas, ponderou, não podemos obrigar ninguém a aceitar as nossas desculpas, a repensar os acontecimentos, numa tentativa de solução do problema.
Cada indivíduo é um ser pensante e distinto, único. Não nos cabe exigir de quem quer que seja a sua adesão à nossa vontade.
Assim, ao nos propormos fazer nossa parte, já caminhamos alguns passos na senda do acerto.
Se o outro não entendeu ou não deseja colaborar, o problema deixa de ser nosso.
Márcio sentiu uma luz adentrar-lhe o pensamento. E passou a assimilar a ideia, descontraindo-se.
*   *   *
Necessário termos ouvidos de ouvir.
Jesus, o maior psicólogo que a Terra conheceu, penetrava o imo das criaturas e sabia o que cada qual trazia em si.
Deixou-nos lições que se fazem, a cada dia, mais atuais à compreensão dos homens.
Ao sugerir a reconciliação, nos estimula à paz.
Portanto, quer dizer que devemos sim, buscar a reconciliação com o outro, fazer a nossa parte.
Se o adversário se apresenta resistente, respeitemos a sua posição.
Cada qual enxerga a vida pelo seu prisma particular e nem sempre conseguimos compreender nossos semelhantes.
Façamos hoje, o nosso melhor, auxiliando a todos, sempre que nos surgir oportunidade.
Trabalhemos para harmonizar situações ambíguas.
Oremos pelas pessoas que pensam diferente de nós.
Mostremos, de todas as maneiras possíveis, nossas intenções de paz e de amizade.
Porém, se o adversário desdenhar de nossas boas intenções, o problema passa a ser dele somente.
Tranquilizemos, assim, a nossa própria consciência.
Façamos a nossa parte, ofertemos nossa mão, nossa disposição de harmonizar, de conciliar. E fiquemos em paz.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 120,
 do livro 
Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de  Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 26.11.2016.

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