segunda-feira, 9 de julho de 2018

NUNCA SE DIMINUA OU SE SINTA SUPERIOR A ALGUÉM.

Texto de Augusto Cury do livro Você é Insubstituível
Todo ser humano passa por turbulências em sua vida. A
alguns falta o pão na mesa; a outros, a alegria na alma. Uns lutam
para sobreviver. Outros são ricos e abastados, mas mendigam o pão da tranqüilidade e da felicidade.

Que pão falta em sua vida?
Quando o homem explorar intensamente o pequeno átomo e o
imenso espaço e disser que domina o mundo, quando conquistar as
mais complexas tecnologias e disser que sabe tudo, então ele terá tempo para se voltar para dentro de si mesmo. Nesse momento descobrirá que
cometeu um grande erro. Qual?

Compreenderá que dominou o mundo de fora, mas não
dominou o mundo de dentro, os imensos territórios da sua alma.
Descobrirá que se tornou um gigante na ciência, mas que é um frágil
menino que não sabe navegar nas águas da emoção e que desconhece
os segredos que tecem a colcha de retalhos da sua inteligência.
Quando isso ocorrer, algo novo acontecerá. Ele encontrará pela
segunda vez a sua maior invenção: a roda. A roda? Sim, só que dessa vez

será a roda da emoção. Encontrando-a, ele percorrerá territórios pouco
explorados e, por fim, encontrará o que sempre procurou: o amor, o
amor pela vida e pelo Autor da vida.
Ao aprender a amar, o homem derramará lágrimas não de tristeza,
mas de alegria. Chorará não pelas guerras nem pelas injustiças, mas
porque compreendeu que procurou a felicidade em todo o universo
e não a encontrou. Perceberá que Deus a escondeu no único lugar em
que ele não pensou em procurá-la: dentro de si mesmo.
Nesse dia, sua vida se encherá de significado e uma revolução
silenciosa ocorrerá no âmago do seu espírito: a soberba dará lugar à
simplicidade, o julgamento dará lugar ao respeito, a discriminação
dará lugar à solidariedade, a insensatez dará lugar à sabedoria. Mas
esse tempo ainda está distante. Por quê?
Porque nem sequer descobrimos que a pior miséria humana se
encontra no solo da emoção. O homem sonha em viver dias felizes,
mas não sabe conquistar a felicidade. Os poderosos tentaram dominála.

Cercaram-na com exércitos, encurralaram-na com armas,
pressionaram-na com suas vitórias. Mas a felicidade os deixou atônitos,
pois nunca o poder conseguiu controlá-la.
Os magnatas tentaram comprá-la. Construíram impérios,
amealharam fortunas, compraram jóias. Mas a felicidade os deixou
perplexos, pois ela jamais se deixou vender e disse-lhes: "O sentido da
vida se encontra num mercado onde não se usa dinheiro!" Por isso
há miseráveis que moram em palácios e ricos que moram em
casebres.

Os cientistas tentaram entender a felicidade. Pesquisaram-na,
fizeram estatísticas, mas ela os confundiu, falando-lhes: "A lógica
numérica jamais compreenderá a lógica da emoção!" Perturbados,
descobriram que o mundo da emoção é indecifrável pelo mundo das
idéias. Por isso, os cientistas que viveram uma vida exclusivamente
lógica e rígida foram infelizes.
Os intelectuais buscaram a felicidade nos livros de filosofia, mas
não a encontraram. Por quê? Porque há mais mistérios entre a emoção
e a razão do que jamais sonhou a mente dos filósofos. Por isso, os

pensadores que amaram o mundo das idéias e desprezaram o mundo
da emoção perderam o encanto pela vida.


Os famosos tentaram seduzir a felicidade. Ofereceram em troca
dela os aplausos, os autógrafos, o assédio da TV.Mas ela golpeou-os,
dizendo: "Escondo-me no cerne das coisas simples!" Rejeitando o seu

recado, muitos não trabalharam bem a fama. Perderam a singeleza da
vida, se angustiaram e viveram a pior solidão: sentir-se só no meio da
multidão.
Os jovens gritaram: "O prazer de viver nos pertence!" Fizeram
festas e promoveram shows, alguns se drogaram e outros apreciaram

viver perigosamente. Mas a felicidade chocou-os com seu discurso:
"Eu não me encontro no prazer imediato, nem me revelo aos que desprezam
seu futuro e as conseqüências dos seus atos!"
Algumas pessoas creram que poderiam cultivar a felicidade em
laboratório. Isolaram-se do mundo, baniram as pessoas complicadas
de sua história e as dificuldades de sua vida. Gritaram: "Estamos
livres de problemas!" Mas a felicidade sumiu e deixou-lhes um bilhete:
"Eu aprecio o 'cheiro' de gente e cresço em meio aos transtornos da
vida."
Por que muitos falharam em conquistar a felicidade? Porque
quiseram o perfume das flores, mas não quiseram sujar suas mãos
para cultivá-las; porque quiseram um lugar no pódio, mas desprezaram
a labuta dos treinos. Precisamos aprender a navegar nas águas da
emoção se quisermos ter qualidade de vida no mundo estressante em
que vivemos.
O mundo da emoção não aceita atos heróicos tais como: "De
hoje em diante acordarei bem-humorado", "Daqui para frente serei
uma pessoa calma", "De agora em diante serei uma pessoa feliz, com
alto astral e cheia de auto-estima". Grande engano! No calor da
segunda-feira todas essas intenções se evaporam...
No mundo da emoção as palavras-chaves são "treinamento" e
"educação". Você precisa treinar sua emoção para ser feliz. Você precisa
educá-la para superar as perdas e as frustrações. Caso contrário, sua
emoção nunca será estável e nem capaz de contemplar o belo nos
pequenos eventos da rotina diária. Você contempla o belo?
Pisou nesta Terra um excelente mestre da emoção. Ele conseguia
erguer os olhos e enxergar o belo num ambiente de pedras e areias.
No auge da fama e sob intensa perseguição, ele fazia pausas e dizia:
"Olhai os lírios do campo." Somente alguém plenamente feliz e em paz é

capaz de gerenciar seus pensamentos e fazer de uma pequena flor um
espetáculo aos seus olhos.
Entretanto, muitos não conseguem ter prazer de viver. Eles estão
desanimados e ansiosos. Por isso dizem: "A felicidade não existe. Ela é
um sonho de homens que não acordam." Eles se sentem sem forças
para superar seus pensamentos negativos e para vencer as batalhas do
dia-a-dia. Alguns, apesar de não terem problemas exteriores, também
perderam o sentido da vida.
Hoje você é grande, mas sente-se
pequeno. Por quê? Porque as barreiras o assustam e, às vezes, o
paralisam.
Ao nascer, a memória de uma criança parece uma esponja,
absorve tudo, arquiva inúmeras experiências. Foi assim que
aconteceu com você. Nos computadores, o registro das informações
depende de um comando. Na memória humana, ele é automático e
involuntário, produzido pelo fenômeno RAM (Registro Automático
da Memória). O fenômeno RAM se tornou o artesão de sua
inteligência.
Diariamente, milhares de pensamentos e emoções foram
registrados. As experiências com grande volume emocional foram
arquivadas privilegiadamente. Desse modo, o medo, carinho, rejeição, correção, apoio foram tecendo a colcha de retalhos de sua memória
consciente e inconsciente. Cuidar do que você arquiva é acarinhar a

sua vida. Você sabe cuidar de si mesmo?
Sua inteligência é um
mistério. Encante-se com ela. Jamais duvide que você possui uma
biografia espetacular.
Depois de arquivar milhões de pensamentos na sua memória,
surgiu algo ainda mais fantástico: a consciência. Milhões de livros são
insuficientes para explicá-la. Através dela descobrimos que temos um

"eu" e que somos um ser exclusivo no teatro da vida. Através dela
construímos as relações sociais, amamos, sentimos falta das pessoas e
procuramos romper nossa bolha de solidão.
A personalidade foi, assim, confeccionada de maneira multifocal e
bela. Se você é negativista, inseguro, corajoso, sonhador, isto se deve à

história escrita em sua memória. Você interpreta o mundo pelas
janelas da sua história. Ela contém milhares de arquivos com bilhões
de informações. Você não pode deletar a sua memória, nem as
experiências dolorosas nem as prazerosas. Ela só pode ser reescrita.
Como?

Aplique a técnica do DCD (duvide, critique e determine).
Duvide de tudo aquilo que controla sua emoção e conspira contra
sua vida. Critique cada pensamento negativo. Critique a passividade
do "eu". Critique seu conformismo e reflita sobre as causas de seus
conflitos. Determine ser alegre, seguro,' feliz. Dê um choque de
lucidez em sua emoção, arquive novas experiências! Seja autor e não

vítima de sua história.
O homem é líder do mundo em que está, mas não é líder de seu
mundo psicológico. A técnica do DCD deve ser feita diariamente com
emoção e realidade e durante pelo menos seis meses.
 Ela contribui
para reeditar o filme do seu inconsciente. Você não pode apagar o
filme de sua vida, mas pode reeditá-lo. Não há milagre para mudar a
personalidade, mas é possível treinar a emoção para ser feliz.

Ao longo da formação da personalidade nos tornamos seres que
pensam e que podem mudar a nossa história, privilégio indizível da
espécie humana. Somos uma espécie inteligente num universo
desconhecido. Só não se encanta com a vida quem está sufocado por
preocupações, atolado com suas atividades e não consegue ver além da
cortina das suas dificuldades.

Cada ser humano possui um mundo único no palco da sua alma e
espírito. Descubra-o. Reis e súditos, miseráveis e abastados são
igualmente ímpares. Acima de sermos negros, brancos, árabes, judeus,
americanos, somos uma única espécie. Quem almeja ver dias felizes

precisa aprender a amar a sua espécie tanto quanto o seu grupo
social.
Se você amar profundamente a espécie humana, estará
contribuindo para provocar a maior revolução social da História.
Estamos perdendo o instinto de espécie. Temos culturas e habilidades

distintas, mas somos iguais no funcionamento da mente. Até as
crianças deficientes mentais são tão complexas quanto os intelectuais.
A diferença está apenas na reserva da memória.
Por isso, toda discriminação é insana e inumana. Nunca se
diminua ou se considere superior a alguém. Estenda as mãos, a
partir de hoje, para as pessoas que pensam diferente de você.Você

também comete erros e nem sempre é fácil suportá-los. Seja um
sábio, reconheça seus erros e não se esconda atrás da sua rigidez e de
seus julgamentos.
Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior. A sabedoria
inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo

quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior. Seja um eterno aprendiz na escola da
vida. A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior alivia, a
inferior culpa; a superior perdoa, a inferior condena.
Sem o perdão, o monstro do passado eclodirá em seu presente e
controlará seu futuro. Qual é a melhor forma de enfrentar um
inimigo? É perdoá-lo.

A palavra-chave para perdoá-lo não é tentar perdoá-lo, mas
compreendê-lo. Ao compreendê-lo, você o perdoa. Se o perdoa, ele
morre dentro de você e renasce de outra forma. Caso contrário, seu
inimigo dormirá com você...
Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o
confronto, procure as janelas. Lembre-se da sabedoria da água: "A

água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna."
Texto de Augusto Cury do livro Você é Insubstituível

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