segunda-feira, 24 de setembro de 2018

SAÚDE ? SEM ELA NÃO DÁ ENTÃO VAMOS CUIDAR DOS DEPENDE DE NÓS.






A boa notícia é que a tosse, considerada um mecanismo de proteção do organismo, costuma ser benigna na maior parte das vezes. Saiba quais são os tipos existentes e como contorná-los.

Por que ocorre a tosse?
É um mecanismo de defesa. Promovida pelo sistema respiratório, ajuda a eliminar secreções ou corpos estranhos presentes no organismo. 
Quando a criança aspira poeira, por exemplo, a mucosa das vias aéreas produz um bom volume de secreção para expulsar tais agressores, expelidos pela tosse.

Quais são seus principais gatilhos?

As infecções respiratórias virais, a exemplo dos resfriados comuns, são as causas mais frequentes (prepare-se, pois é normal as crianças terem de seis a nove episódios por ano). Em segundo lugar, estão as alergias respiratórias, como rinite alérgica e asma. Menos comuns, mas não pouco importantes, as gripes, a pneumonia, a bronquiolite – infecção viral nos bronquíolos –, a coqueluche e a sinusite figuram na terceira posição dos gatilhos mais frequentes.
Qual é a causa mais comum em cada fase?

Os resfriados aparecem com mais intensidade no primeiro ano de vida, bem como a bronquiolite, pois, nesse período, os bebês ainda não têm o sistema imunológico totalmente desenvolvido. Já as alergias respiratórias costumam aparecer a partir dos 12 meses – os sintomas dificilmente se manifestam antes disso. A sinusite, por sua vez, tende a incomodar meninos e meninas com mais de 6 anos.
 Problemas mais graves, como as infecções bacterianas (a exemplo da tuberculose e da coqueluche), podem surgir a qualquer momento. Para preveni-las, é essencial vacinar as crianças, já que se trata de doenças altamente contagiosas.
De acordo com o calendário do Ministério da Saúde, bebês de 2 meses devem tomar a primeira dose da vacina pentavalente (DTP) – contra difteria, coqueluche, tétano, haemophilus influenzae do tipo B e hepatite B. 
A segunda dose é aplicada aos 4 meses e a terceira, aos 6 (os reforços começam a ser administrados a partir dos 15 meses). 
Conhecida popularmente como “vacina da marquinha”, a proteção contra a tuberculose é chamada de BCG e geralmente é dada ainda na maternidade em dose única.
Quando os pais devem se preocupar e levar o filho ao médico?
Episódios curtos e isolados não exigem assistência médica. Quando a tosse vier acompanhada de outros sintomas, como febre alta, vômito, falta de ar, mal-estar, chiado no peito e falta de apetite, é essencial levar a criança ao pediatra para uma investigação. 
Essas manifestações podem significar que o quadro infeccioso evoluiu para as vias aéreas inferiores, que são os pulmões e os brônquios.
A duração também pode indicar o tipo de problema?
Sim. Até 14 dias, a tosse é considerada comum, principalmente se for sintoma de um resfriado. Depois desse período, é preciso investigar a causa do problema com cautela, uma vez que pode indicar algo mais grave (como asma, sinusite ou coqueluche).
O que o pediatra considera para determinar a causa e o tratamento?
É importante avaliar o som emitido durante os acessos. A tosse seca, por exemplo, é caracterizada pela ausência de catarro e indica quadros alérgicos. 
Quando há muco, decorrente de gripes, resfriados e sinusites, é conhecida como tosse produtiva. 
Nesse caso, a secreção existente se movimenta e é eliminada pelo organismo. Daí a importância de não bloquear a tosse, responsável pela expulsão do catarro.
Há medidas coadjuvantes que aliviem o sintoma?
Dá para atenuar o incômodo com algumas ações simples e caseiras. 
A hidratação é uma boa saída, pois umedece o muco (que é expulso do organismo com mais facilidade). Ofereça água, sopas, chás variados e sucos à criança. Dar uma colher de mel antes de dormir também é uma boa pedida. O ingrediente tem ação antimicrobiana, que garante proteção a algumas doenças. 
Mas os pequenos só devem consumir o alimento depois de 1 ano de idade. O motivo? Em casos raros, o mel pode provocar uma intoxicação alimentar grave, conhecida como botulismo.
Quais são as classes de medicamentos prescritas em cada caso?
Por ser um processo natural de defesa, muitos especialistas não recomendam medicações específicas para aliviar a tosse. — mas, sim, remédios que combatem a doença por trás do sintoma. 
Corticoides ou antialérgicos, por exemplo, geralmente são recomendados para crianças asmáticas.
No caso de resfriado, o ideal é usar um descongestionante nasal. Mas, se o problema for provocado por bactéria, pode ser necessário tomar antibiótico. 
A tosse, em si, só deve ser combatida quando for muito forte, a ponto de irritar a garganta. Nesses casos, alguns pediatras podem receitar xaropes mucolíticos, que dissolvem o catarro e facilitam a expectoração.
 Em todas as situações, é fundamental seguir as doses recomendadas na receita médica. Evite usar colheres para fazer a dosagem. Prefira sempre o medidor que vem junto com a embalagem.
A inalação também ajuda?
Sim! Fazer o procedimento, pelo menos uma vez por dia, com soro fisiológico ajuda a eliminar o catarro. A vaporização promove um efeito semelhante, com a vantagem de ser mais fácil de fazer. Funciona assim: no banho, feche as saídas de ar e deixe o vapor do chuveiro agir. Depois, é só se sentar em um banco, com seu filho no colo, para que ele respire normalmente, umidificando as vias aéreas. Outra vantagem desse método é que as crianças tendem a apresentar pouca resistência, diferentemente da inalação convencional. Colocar toalhas molhadas no quarto do seu filho é uma boa dica para tornar o ambiente mais úmido. Para essa finalidade, evite usar baldes e bacias, pois eles representam risco de afogamento, principalmente se houver bebês por perto. Outro cuidado fundamental é manter o ambiente sempre limpo, livre da poluição e de fumaça de cigarro. Por fim, abrir a janela para arejar a casa é mais uma precaução importante, mesmo nos dias mais frios.


Dicas úteis

  • Não tenha medo de ser criativo. Acrescente mel, gengibre, suco de limão ou laranja e teste suas próprias alternativas sempre que quiser;
  • Lembre-se que todas as receitas caseiras naturais têm prazo de validade curtos por serem livres de químicos e de conservantes. Evite deixar passar de 3 dias, e em hipótese alguma consuma após 1 semana do preparo;
  • Tenha paciência. Remédios caseiros não têm efeitos imediatos e, geralmente, podem levar até 1 semana para mostrarem efeitos;
  • Para uso infantil, deve-se procurar saber se a criança pode consumir os ingredientes da fórmula.
As dicas deste artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado. E para obter os resultados mencionados também é preciso aliar a uma vida e alimentação saudável e equilibrada.


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