terça-feira, 31 de maio de 2022

BULLYING?

 Apesar de ser um tema já muito popularizado, o bullying ainda desperta bastante confusão nos pais. Afinal, é certo se intrometer? Ou é melhor deixar a criança resolver o problema por conta própria?

De acordo com pesquisa recente da Unesco, um em cada três alunos em todo o mundo é vítima de bullying, com consequências arrasadoras no desempenho escolar, na saúde física e mental.

Diante desse cenário preocupante e da urgência de ajudar os filhos, os pais podem tomar decisões equivocadas. É por isso que criamos este manual do que não fazer em uma situação de bullying. 

Confira:

 

  • Menosprezar a situação

Com a intenção de tranquilizar o filho, os pais podem, sem perceber, dar à criança a impressão de desmerecer seus sentimentos. 

Isso acontece quando os adultos dizem frases como: “Não se preocupa com isso, não é nada de mais.”; “Daqui a pouco esse menino desiste de te perturbar, você vai ver.” 

  • Procurar os pais do agressor

Quando os pais tentam resolver o problema pelo filho em geral não adianta. Em primeiro lugar porque a criança não aprende a lidar com as inevitáveis dificuldades que surgirão ao longo de sua vida. 

Em depois porque aquele que pratica o bullying vai ter mais um motivo para espezinhar o colega, com apelidos do tipo “bebezão”, “filhinho da mamãe”.

  • Estimular o troco na mesma moeda

Essa tentativa de empoderar o filho para resolver suas questões também é infrutífera. Ao estimular a reação à violência com mais violência (seja ela física ou psicológica), é mais provável que isso gere uma verdadeira bola de neve de agressões, fazendo com que o que estava mal fique pior ainda.

Afinal, o que funciona de verdade?

 

  • Procurar a escola para um debate construtivo

A maioria das situações de bullying acontece no ambiente escolar. Nesse caso vale a pena marcar uma reunião com o colégio não para pedir uma punição ao agressor, mas para pensar juntos sobre como é possível criar formas de integrar as diversidades naturais entre os estudantes de forma mais harmônica.

  • Acolher o sentimento do filho

Nesta conversa os pais buscam entender o que aconteceu, sem julgamentos (nem à vítima nem ao agressor), ajudando o filho a retomar sua autoestima e a buscar formas de resolver a questão de forma pacífica e efetiva.

  • Fazer boas perguntas e estimular a junção do cérebro que sente com o cérebro que pensa

Exemplos:

– “Estamos aqui, sempre prontos a ouvir, caso alguém machuque ou ameace você.”

– “Hoje você teve algum sentimento diferente? Qual foi? Conta para mim.”

– “Se você pudesse cantar uma música agora para dizer o que está sentindo, qual seria? Por quê?”

– “Qual foi a melhor coisa que aconteceu hoje na escola? E a pior?”

Fonte:

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