Apesar de ser um tema já muito popularizado, o bullying ainda desperta bastante confusão nos pais. Afinal, é certo se intrometer? Ou é melhor deixar a criança resolver o problema por conta própria?
De acordo com pesquisa recente da Unesco, um em cada três alunos em todo o mundo é vítima de bullying, com consequências arrasadoras no desempenho escolar, na saúde física e mental.
Diante desse cenário preocupante e da urgência de ajudar os filhos, os pais podem tomar decisões equivocadas. É por isso que criamos este manual do que não fazer em uma situação de bullying.
Confira:
- Menosprezar a situação
Com a intenção de tranquilizar o filho, os pais podem, sem perceber, dar à criança a impressão de desmerecer seus sentimentos.
Isso acontece quando os adultos dizem frases como: “Não se preocupa com isso, não é nada de mais.”; “Daqui a pouco esse menino desiste de te perturbar, você vai ver.”
- Procurar os pais do agressor
Quando os pais tentam resolver o problema pelo filho em geral não adianta. Em primeiro lugar porque a criança não aprende a lidar com as inevitáveis dificuldades que surgirão ao longo de sua vida.
Em depois porque aquele que pratica o bullying vai ter mais um motivo para espezinhar o colega, com apelidos do tipo “bebezão”, “filhinho da mamãe”.
- Estimular o troco na mesma moeda
Essa tentativa de empoderar o filho para resolver suas questões também é infrutífera. Ao estimular a reação à violência com mais violência (seja ela física ou psicológica), é mais provável que isso gere uma verdadeira bola de neve de agressões, fazendo com que o que estava mal fique pior ainda.
Afinal, o que funciona de verdade?
- Procurar a escola para um debate construtivo
A maioria das situações de bullying acontece no ambiente escolar. Nesse caso vale a pena marcar uma reunião com o colégio não para pedir uma punição ao agressor, mas para pensar juntos sobre como é possível criar formas de integrar as diversidades naturais entre os estudantes de forma mais harmônica.
- Acolher o sentimento do filho
Nesta conversa os pais buscam entender o que aconteceu, sem julgamentos (nem à vítima nem ao agressor), ajudando o filho a retomar sua autoestima e a buscar formas de resolver a questão de forma pacífica e efetiva.
- Fazer boas perguntas e estimular a junção do cérebro que sente com o cérebro que pensa
Exemplos:
– “Estamos aqui, sempre prontos a ouvir, caso alguém machuque ou ameace você.”
– “Hoje você teve algum sentimento diferente? Qual foi? Conta para mim.”
– “Se você pudesse cantar uma música agora para dizer o que está sentindo, qual seria? Por quê?”
– “Qual foi a melhor coisa que aconteceu hoje na escola? E a pior?”
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