quinta-feira, 18 de outubro de 2018

SABEDORIA DO MÉDICO


 Há muitos médicos na face da Terra e, por conseguinte, grande variedade de procedimentos por parte de cada um deles.
Existem belas histórias de médicos que se superam como profissionais e conseguem grandes resultados junto aos pacientes, mesmo sem uso de remédios ou bisturis.
Há alguns anos, lemos a história de um desses médicos fantásticos que curam, desde as doenças físicas até as enfermidades da alma.
Um amigo lhe perguntou qual era a fórmula mágica que usava para ajudar seus pacientes e ele respondeu:
Meus doentes se restabelecem com uma prescrição que foi recomendada há muitos séculos, na Galileia. Ponho-me, às vezes, a pensar sobre o que aconteceria se o Sermão da Montanha fosse levado em conta por todos os médicos...
É indiscutível que Jesus nos deu conselhos preciosos para o bem-estar mental e físico.
Fazer o bem com desinteresse é a maior das salvaguardas contra as lamentações inúteis, o ódio e o medo. Por conseguinte, é uma espécie de remédio contra muitas formas de insanidade.
Outro médico contou que, certo dia, foi chamado a atender a um agente de seguros chamado Bill Wilkins, que acordou certa manhã num hospital para alcoólatras.
Com profundo desânimo, Bill perguntou ao médico: Doutor, quantas vezes já estive neste buraco?
Cinquenta, respondeu o médico. Você já se tornou um dos nossos mais velhos pacientes.
Este vício acaba me matando, o senhor não acha? Indagou.
Ora, Bill, respondeu o médico com voz grave, você, no caminho por onde vai, não vai durar muito.
Então, que tal se me deixasse tomar um "tragozinho"? Sugeriu Bill, com o rosto iluminado.
Está bem, concordou o médico. Mas, vamos fazer um acordo. Há um rapaz no quarto ao lado, que está em más condições. É a primeira vez que vem aqui.
Se você se mostrar a ele, como um horrível exemplo do que o espera, talvez consiga fazer com que renuncie à bebida para o resto da vida.
Em vez de zangar-se, Bill mostrou-se interessado.
Está bem, respondeu. Mas, não se esqueça da garrafa, quando eu voltar.
O rapaz estava mesmo em péssimas condições. Bill, que se considerava incapaz de convencer a quem quer que seja, mal pôde acreditar na sua própria voz, quando começou a insistir com o moço:
O álcool é uma força externa que conseguiu vencê-lo. Só outra força poderá ajudá-lo. Se não quiser chamá-la de Deus, poderá denominá-la a Verdade. O nome pouco importa, o importante é que essa força está dentro de você.
Fosse qual fosse a reação do rapaz, Bill acabou por impressionar-se a si próprio.
Ao voltar ao seu quarto, esquecera o trato feito com o médico.
Interessando-se, finalmente, por outra pessoa, permitiu que a lei do desinteresse e da generosidade viesse em seu próprio auxílio.
Os resultados foram tão eficazes que ele se tornou o fundador de um movimento muito útil, para os que perderam a fé em si próprios e cujo nome é Alcoólicos Anônimos.
*   *   *
Toda pessoa tem na intimidade a centelha Divina.
E, por mais difícil que esteja a situação, sempre haverá uma solução possível, basta que a busquemos com disposição e coragem.
Redação do Momento Espírita com base em
 artigo de Seleções Reader’s Digest, nov/1946.
Em 26.04.2010.

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