Derivada do latim “honestitas”, a palavra honestidade representa uma das características mais nobres e admiradas no ser humano. Tão nobre que, segundo uma pesquisa realizada pela Pew Research nos Estados Unidos em novembro do ano passado, a honestidade é o principal atributo de um bom líder.
Do total de entrevistados, entre homens e mulheres, 84% disseram que ser honesto é fundamental para quem está no comando, seguido por inteligência (80%) e determinação (80%).
A empresa de consultoria Randstad pesquisou também quais as características que um candidato leva em consideração ao analisar uma proposta de emprego. Onze mil profissionais de idade entre 18 e 65 anos participaram da pesquisa e 78% deles citaram a honestidade como atributo fundamental na hora de se candidatar a uma vaga. “Ser uma empresa honesta” desbancou opções como “oferecer segurança” (62%) e “ser uma empresa respeitada no mercado” (51%).
Para o palestrante e escritor Daniel Godri Junior, a franqueza pode fazer uma empresa a crescer e evitar crises. “A honestidade pode aumentar a produtividade e proporcionar o bom relacionamento entre os funcionários e empregadores. Quando há falta dela, a empresa fica sujeita a problemas internos graves, como a improbidade, que é apontada como uma das maiores causas de demissões no Brasil. Ser honesto ajuda nos negócios”, diz.
Uma cafeteria em Ivana, nas Filipinas, testa constantemente o quanto seus clientes são honestos. Na entrada da lanchonete uma placa esclarece “Pegue o que você precisar. Por favor pague por aquilo que pegar. Se você não tiver trocados, bata na porta. Se ninguém atender, lamentamos, pague mais que o valor. Que a sua tribo cresça. Lembre-se, honestidade é a melhor política”.
Na “Honesty Coffee Shop”, como é chamada, não há atendentes. O cliente se serve do que ele quiser, anota o que pegou em um caderno e coloca o dinheiro em uma caixinha. No Rio de Janeiro uma cafeteria também tem um esquema de trabalho aparecido, o cliente pede o café e decide quanto vai pagar.
Ainda sobre cafeterias, segundo pesquisadores, o café pode estimular a honestidade no ambiente de trabalho. Estudiosos das universidades de Washigton, do Arizona e da Carolina do Norte descobriram que a privação do sono contribui com os comportamentos desonestos dentro das empresas. A cafeína, que atua no sistema nervoso, combate o sono e, por isso, era auxiliada dos entrevistados na hora de evitar a desonestidade.
Godri Junior diz também que a honestidade pode ajudar o funcionário a crescer no emprego. “Quando uma pessoa é honesta você passa a confiar mais nela e confiança é fundamental no momento de uma promoção, por exemplo. O funcionário que tem a confiança do chefe pode crescer mais rapidamente no trabalho”, afirma. “Outro exemplo é um vendedor de carros usados, que ganha credibilidade ao apontar os reparos que precisam ser feitos no veículo. A honestidade pode facilitar um relacionamento e até uma negociação”, conclui.
O palestrante lembra ainda que as empresas devem ser honestas com seus clientes e funcionários. “Tanto empresa quanto funcionário devem continuamente trabalhar valores que forjam o caráter. O caráter é o mantenedor do sucesso. Ele faz com que os talentos não se percam na arrogância, na vaidade, nos vícios e também na desonestidade”. Honestidade é essencial para quem deseja alcançar uma boa posição dentro da empresa em que trabalha ou fazer com que a empresa cresça no mercado.
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